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Banshee

Diretor
Ole Christian Madsen
Elenco
Antony Starr, Ivana Milicevic, Ulrich Thomsen
Ano
2013
País
EUA

Ação Max ml-mafia ml-violencia ml-politico ml-perseguição ml-crime ml-heroi ml-lcp

Banshee

Um pouquinho de "Mayor of Kingstown", um pouquinho de "Reacher", um pouquinho de "Tulsa King" - é isso que você vai encontrar nas quatro temporadas da excelente "Banshee". E sim, a série já acabou e tem um final! Criada por Jonathan Tropper (de "See") e David Schickler, e dirigida com o estilo marcante do dinamarquês Ole Christian Madsen, "Banshee" é um verdadeiro furacão de adrenalina e intensidade, capaz de prender qualquer pessoa que goste de muita ação combinada com uma narrativa, de fato, bem desenvolvida (e a prova disso você vai tirar no último episódio da quarta temporada). Essa série da Warner (leia-se Max) é uma mistura poderosa de violência, sexo, personagens cheios de personalidade e uma trama que equilibra o drama e o caos com um toque de humor ácido, ou seja, entretenimento puro que nos remete ao melhor do universo neo-noir que já foi produzido para a televisão.

A história se desenrola na fictícia cidade de Banshee, na Pensilvânia, onde Lucas Hood (Antony Starr), um ladrão profissional recém-saído da prisão, assume inesperadamente a identidade do novo xerife local após testemunhar sua morte. Enquanto tenta manter sua verdadeira identidade escondida, Hood precisa lidar com diversos desafios, entre eles a perigosa figura do gângster local Kai Proctor (Ulrich Thomsen), seu amor do passado, Anastasia (Ivana Milicevic), agora com nova identidade, e a constante ameaça de antigos inimigos que buscam vingança. Em meio a tudo isso, Hood tenta equilibrar sua ambígua moralidade enquanto enfrenta dilemas éticos a cada novo episódio. Confira o trailer (em inglês):

Vamos começar pelo roteiro - e a conexão impecável com a direção: Tropper e Schickler acertam demais ao oferecer uma abordagem direta, corajosa e sem concessões em uma narrativa que tinha tudo para cair no estereótipo. Não que isso não exista, afinal estamos falando de uma série de ação, mas aqui parece não haver espaço para sutilezas ou sentimentalismos exagerados já que "Banshee" entrega violência gráfica e uma ação visceral em doses, digamos, bastante elevadas (mas nunca gratuitamente). Ao melhor estilo "Demolidor" (e quem assistiu a série da Netflix vai entender perfeitamente a comparação), cada confronto físico é meticulosamente coreografado e filmado de maneira brilhante, mostrando que o diretor Ole Christian Madsen está em plena sintonia com a energia crua exigida pela série. Existe um uso inteligente das locações e uma iluminação sombria e granulada que contribuem demais para uma estética que oscila entre o western moderno e o thriller policial. Essa fotografia, aliás, explora muito bem o contraste entre as paisagens rurais e urbanas de Banshee, com uma iluminação que intensifica o clima mais noir da narrativa. 

Antony Starr brilha intensamente na pele do enigmático Lucas Hood, oferecendo uma atuação sólida e cheia de intenções - repare que a jornada do personagem é muito mais profunda que o amontoado de socos e chutes que nunca faltam. Sua interpretação é crível e envolvente, se destacando não apenas nas cenas violentas, mas principalmente nos momentos introspectivos em que sua complexidade emocional e moral vem à tona. Ulrich Thomsen, por outro lado, entrega uma performance mais clássica, que mistura brutalidade com elegância, criando um antagonista memorável e muitas vezes imprevisível. Ivana Milicevic também merece destaque - ela consegue criar camadas significativas para sua personagem, transitando entre a vulnerabilidade e a força com absoluta naturalidade. Outro ponto positivo da série é a construção de personagens secundários intrigantes como Job (Hoon Lee), o hacker extravagante e bem-humorado, que garante ótimos momentos de leveza e ironia - bem anos 90, eu diria.

Apesar de ser uma série que nunca teve o reconhecimento absoluto que merecia enquanto estava no ar, "Banshee" possui muitos méritos justamente pelo seu compromisso em entregar entretenimento intenso, mas inteligente. Veja, a série não tenta agradar todo mundo, mas sim conquistar aqueles que gostam de uma narrativa potente, a base de testosterona e com personagens que constantemente desafiam padrões éticos e morais em situações que nos tiram da zona de conforto. Chega a ser curioso como uma série tão boa como essa, não tenha alcançado o reconhecimento além de um Emmy de "Efeitos Visuais" em 2013 - embora tenha ganho o status de "The Best Final Season" pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, dos EUA. Em resumo, "Banshee", posso te garantir, é um retrato pulsante e eletrizante sobre redenção e violência que vai te surpreender!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Um pouquinho de "Mayor of Kingstown", um pouquinho de "Reacher", um pouquinho de "Tulsa King" - é isso que você vai encontrar nas quatro temporadas da excelente "Banshee". E sim, a série já acabou e tem um final! Criada por Jonathan Tropper (de "See") e David Schickler, e dirigida com o estilo marcante do dinamarquês Ole Christian Madsen, "Banshee" é um verdadeiro furacão de adrenalina e intensidade, capaz de prender qualquer pessoa que goste de muita ação combinada com uma narrativa, de fato, bem desenvolvida (e a prova disso você vai tirar no último episódio da quarta temporada). Essa série da Warner (leia-se Max) é uma mistura poderosa de violência, sexo, personagens cheios de personalidade e uma trama que equilibra o drama e o caos com um toque de humor ácido, ou seja, entretenimento puro que nos remete ao melhor do universo neo-noir que já foi produzido para a televisão.

A história se desenrola na fictícia cidade de Banshee, na Pensilvânia, onde Lucas Hood (Antony Starr), um ladrão profissional recém-saído da prisão, assume inesperadamente a identidade do novo xerife local após testemunhar sua morte. Enquanto tenta manter sua verdadeira identidade escondida, Hood precisa lidar com diversos desafios, entre eles a perigosa figura do gângster local Kai Proctor (Ulrich Thomsen), seu amor do passado, Anastasia (Ivana Milicevic), agora com nova identidade, e a constante ameaça de antigos inimigos que buscam vingança. Em meio a tudo isso, Hood tenta equilibrar sua ambígua moralidade enquanto enfrenta dilemas éticos a cada novo episódio. Confira o trailer (em inglês):

Vamos começar pelo roteiro - e a conexão impecável com a direção: Tropper e Schickler acertam demais ao oferecer uma abordagem direta, corajosa e sem concessões em uma narrativa que tinha tudo para cair no estereótipo. Não que isso não exista, afinal estamos falando de uma série de ação, mas aqui parece não haver espaço para sutilezas ou sentimentalismos exagerados já que "Banshee" entrega violência gráfica e uma ação visceral em doses, digamos, bastante elevadas (mas nunca gratuitamente). Ao melhor estilo "Demolidor" (e quem assistiu a série da Netflix vai entender perfeitamente a comparação), cada confronto físico é meticulosamente coreografado e filmado de maneira brilhante, mostrando que o diretor Ole Christian Madsen está em plena sintonia com a energia crua exigida pela série. Existe um uso inteligente das locações e uma iluminação sombria e granulada que contribuem demais para uma estética que oscila entre o western moderno e o thriller policial. Essa fotografia, aliás, explora muito bem o contraste entre as paisagens rurais e urbanas de Banshee, com uma iluminação que intensifica o clima mais noir da narrativa. 

Antony Starr brilha intensamente na pele do enigmático Lucas Hood, oferecendo uma atuação sólida e cheia de intenções - repare que a jornada do personagem é muito mais profunda que o amontoado de socos e chutes que nunca faltam. Sua interpretação é crível e envolvente, se destacando não apenas nas cenas violentas, mas principalmente nos momentos introspectivos em que sua complexidade emocional e moral vem à tona. Ulrich Thomsen, por outro lado, entrega uma performance mais clássica, que mistura brutalidade com elegância, criando um antagonista memorável e muitas vezes imprevisível. Ivana Milicevic também merece destaque - ela consegue criar camadas significativas para sua personagem, transitando entre a vulnerabilidade e a força com absoluta naturalidade. Outro ponto positivo da série é a construção de personagens secundários intrigantes como Job (Hoon Lee), o hacker extravagante e bem-humorado, que garante ótimos momentos de leveza e ironia - bem anos 90, eu diria.

Apesar de ser uma série que nunca teve o reconhecimento absoluto que merecia enquanto estava no ar, "Banshee" possui muitos méritos justamente pelo seu compromisso em entregar entretenimento intenso, mas inteligente. Veja, a série não tenta agradar todo mundo, mas sim conquistar aqueles que gostam de uma narrativa potente, a base de testosterona e com personagens que constantemente desafiam padrões éticos e morais em situações que nos tiram da zona de conforto. Chega a ser curioso como uma série tão boa como essa, não tenha alcançado o reconhecimento além de um Emmy de "Efeitos Visuais" em 2013 - embora tenha ganho o status de "The Best Final Season" pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, dos EUA. Em resumo, "Banshee", posso te garantir, é um retrato pulsante e eletrizante sobre redenção e violência que vai te surpreender!

Vale muito o seu play!

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