indika.tv - Pamela Anderson
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Pamela Anderson

Diretor
Ryan White
Elenco
Pamela Anderson
Ano
2023
País
EUA

netflix Documentário ml-real ml-relacoes ml-assedio ml-casal ml-celebridade ml-pam

Pamela Anderson

É inegável a fragilidade do documentário da Netflix, "Pamela Anderson - Uma História de Amor". Por outro lado, com um pouco menos de olhar crítico, é perceptível seu magnetismo, onde, ao final de quase 120 minutos de filme, vemos o reflexo de uma mulher em busca de redenção sem ao menos se dar conta que seus maiores fantasmas apontam justamente para suas próprias escolhas - escolhas essas que a protagonista faz questão de dizer não se arrepender de ter feito, diga-se de passagem. A história é bem interessante (dolorida para ela) e a personagem é de fato marcante (se você tem mais que 40 anos vai saber do que estou falando), mas nem a soma desses dois elementos essenciais para uma boa narrativa, chega a nos provocar mais do que 20 minutos de empatia - embora o esforço para isso seja tremendo!

"Pamela, A Love Story" (no original) não é um documentário ruim, longe disso, mas talvez a forma como alguns assuntos foram abordados possa dar essa impressão errada. A história de vida que retrata a ascensão à fama e uma quebra de privacidade marcante, de uma vida pessoal turbulenta, bem como seu casamento com Tommy Lee, sua sex tape vazada, os fracassos como atriz e ainda sua ambígua relação com a mídia, fazem do documentário uma curiosa jornada pela intimidade da mulher, Pamela Anderson. Confira o trailer (em inglês):

Se pegarmos o documentário da HBO, "Tina", e compararmos com "Pamela Anderson - Uma História de Amor", encontramos inúmeras semelhanças narrativas - na forma e no conteúdo. O diferencial, e aí já é preciso uma certa reflexão, diz respeito ao que cada uma das personagens representou para sua arte. Obviamente que a comparação é mais teórica do que prática (eu diria até injusta), mas o enredo, repare, aponta para as mesmas lacunas emocionais: uma infância dura, sem muita referência afetiva, relacionamentos tóxicos por todos os lados, fracassos, sucessos, muito sensacionalismo e, claro, uma busca pelo auto-perdão. Indo um pouco mais longe, ambos documentários têm um importante e cruel fio condutor: o amor (ou a falta que ele faz).

O diretor Ryan White (do excelente "Boa Noite Oppy") usa e abusa dos depoimentos de Pamela para construir a imagem de uma mulher frágil, em certos momentos até infantil, o que de alguma forma (para quem conhece um pouco mais da vida da atriz) soa hipocrisia. Ela mesmo tenta se desvencilhar da imagem de vítima, mas com as narrações em off de passagens escritas por ela em seu diário, fica mais difícil. No entanto, uma característica nos chama atenção: a capacidade que Pamela Anderson tem de rir de si mesma é impressionante - e sempre foi assim. É perceptível seu constrangimento ao enfrentar as piadas mais infames e machistas dos Late Show's dos anos 80/90, mas ela se sai bem - já atualmente, quando em uma situação realmente mais desconfortável, ela simplesmente sai de cena.

Para quem assistiu a ótima minissérie do Star+ (no caso, do Hulu), "Pam & Tommy", e gostou; "Pamela Anderson - Uma História de Amor" é quase um complemento obrigatório que possibilita um mergulho mais profundo e real na intimidade de Anderson. A construção apoteótica do mito vs. a mulher que só queria uma família ao lado do amor de sua vida, está ali; o que nos resta é entender se seu ponto de vista, de fato, condiz com uma realidade que ela mesmo semeou, plantou e colheu - difícil dizer, mas o exercício, ao assistir o filme, é dos melhores. Ah, e não deixe de ver os créditos, ele conecta muitos pontos - vai por mim!

Vale seu play!   

Assista Agora

É inegável a fragilidade do documentário da Netflix, "Pamela Anderson - Uma História de Amor". Por outro lado, com um pouco menos de olhar crítico, é perceptível seu magnetismo, onde, ao final de quase 120 minutos de filme, vemos o reflexo de uma mulher em busca de redenção sem ao menos se dar conta que seus maiores fantasmas apontam justamente para suas próprias escolhas - escolhas essas que a protagonista faz questão de dizer não se arrepender de ter feito, diga-se de passagem. A história é bem interessante (dolorida para ela) e a personagem é de fato marcante (se você tem mais que 40 anos vai saber do que estou falando), mas nem a soma desses dois elementos essenciais para uma boa narrativa, chega a nos provocar mais do que 20 minutos de empatia - embora o esforço para isso seja tremendo!

"Pamela, A Love Story" (no original) não é um documentário ruim, longe disso, mas talvez a forma como alguns assuntos foram abordados possa dar essa impressão errada. A história de vida que retrata a ascensão à fama e uma quebra de privacidade marcante, de uma vida pessoal turbulenta, bem como seu casamento com Tommy Lee, sua sex tape vazada, os fracassos como atriz e ainda sua ambígua relação com a mídia, fazem do documentário uma curiosa jornada pela intimidade da mulher, Pamela Anderson. Confira o trailer (em inglês):

Se pegarmos o documentário da HBO, "Tina", e compararmos com "Pamela Anderson - Uma História de Amor", encontramos inúmeras semelhanças narrativas - na forma e no conteúdo. O diferencial, e aí já é preciso uma certa reflexão, diz respeito ao que cada uma das personagens representou para sua arte. Obviamente que a comparação é mais teórica do que prática (eu diria até injusta), mas o enredo, repare, aponta para as mesmas lacunas emocionais: uma infância dura, sem muita referência afetiva, relacionamentos tóxicos por todos os lados, fracassos, sucessos, muito sensacionalismo e, claro, uma busca pelo auto-perdão. Indo um pouco mais longe, ambos documentários têm um importante e cruel fio condutor: o amor (ou a falta que ele faz).

O diretor Ryan White (do excelente "Boa Noite Oppy") usa e abusa dos depoimentos de Pamela para construir a imagem de uma mulher frágil, em certos momentos até infantil, o que de alguma forma (para quem conhece um pouco mais da vida da atriz) soa hipocrisia. Ela mesmo tenta se desvencilhar da imagem de vítima, mas com as narrações em off de passagens escritas por ela em seu diário, fica mais difícil. No entanto, uma característica nos chama atenção: a capacidade que Pamela Anderson tem de rir de si mesma é impressionante - e sempre foi assim. É perceptível seu constrangimento ao enfrentar as piadas mais infames e machistas dos Late Show's dos anos 80/90, mas ela se sai bem - já atualmente, quando em uma situação realmente mais desconfortável, ela simplesmente sai de cena.

Para quem assistiu a ótima minissérie do Star+ (no caso, do Hulu), "Pam & Tommy", e gostou; "Pamela Anderson - Uma História de Amor" é quase um complemento obrigatório que possibilita um mergulho mais profundo e real na intimidade de Anderson. A construção apoteótica do mito vs. a mulher que só queria uma família ao lado do amor de sua vida, está ali; o que nos resta é entender se seu ponto de vista, de fato, condiz com uma realidade que ela mesmo semeou, plantou e colheu - difícil dizer, mas o exercício, ao assistir o filme, é dos melhores. Ah, e não deixe de ver os créditos, ele conecta muitos pontos - vai por mim!

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