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Marvel Stories

Diretor
Philippe Guedj e Philippe Roure
Elenco
Avi Arad, Mark Millar, Harvey Miller
Ano
2016
País
França

Documentário ml-real ml-empreendedorismo ml-heroi ml-tecnologia ml-marvel ml-disney ml-cinema ml-ff Belas Artes

Marvel Stories

Muito na linha de "A História da Pixar" e "A História do Imagineering", chegou na Globoplay (atenção: não no Disney+) um excelente documentário francês de 2016 que conta em quatro atos como a Marvel se reinventou e transformou o mercado depois de quase falir entre os anos 80 e 90, surfando no crescimento da cultura pop e inovando na forma e nas estratégias de contar histórias - porém, o mais interessante do filme é seu enfoque mercadológico e não necessariamente os processos criativos, assunto que encontramos em outros documentários como no ótimo "Marvel 616" (esse sim da Disney+).

"Marvel Stories" é quase um recorte da jornada corporativa da Marvel Comics do caos ao seu processo de ascensão e criação da Marvel Studios. Dividido em quatro temas, os diretores Philippe Guedj e Philippe Roure criam uma dinâmica narrativa bastante competente que expõe muitas das decisões e disputas que fizeram a Marvel renascer das cinzas. Embora seja um documentário de 2016, algumas passagens explicam exatamente o que vemos té hoje dentro do MCU, fazendo um paralelo com a mudança de status das HQs que trouxeram novos leitores, colecionadores e que, de alguma forma, ajudaram a salvar a empresa e a remodelar o negócio.

Uma das lições mais importantes, um pouco batida até, mas muito relevante no contexto, diz respeito a como o roteiro foi capaz de dar uma exata (e clara) noção de como uma empresa tem a necessidade de se reinventar a todo momento, independente do mercado, do tamanho e do passado glorioso!

Veja, se a DC dominava o mercado de HQs nos anos 60 e 70 e pioneira na produção de filmes de heróis, foi Marvel que colocou a importância de propriedade intelectual (IP) em outro patamar, mesmo que meio por acaso. O documentário detalhada muito bem esse processo e as estratégias desesperadas dos executivos para recuperar o controle de seus personagens e histórias. Os depoimentos de artistas e dos executivos que lideraram essas mudanças e bancaram algumas ideias que pareciam malucas na época, ajudam a posicionar cada uma das vitórias da empresa em uma linha do tempo e com pilares muito particulares: no primeiro ato, por exemplo, conhecemos os bastidores das negociações entre banqueiros e executivos de Wall Street pelo controle da empresa. Já no segundo ato o mergulho é no crescimento e nas transformações do mercado de cultura pop e como a Marvel entendeu essa oportunidade. No terceiro, o mais fraco na minha opinião (embora curioso), é discutido a relação histórica que Nova York tem com a Marvel, com as obras e com o mercado editorial. E finalmente o quarto e último ato, assistimos a migração da estratégia de crescimento da empresa que antes focava nas HQs e passa a valorizar seus IPs - que lhe rendeu, inclusive, a venda para a Disney, uma enorme e sustentável receita em licenciamentos e uma nova geração de Filmes com enorme sucesso em Hollywood.

O fato é que o documentário vai interessar mais aqueles curiosos e empreendedores do que o fãs de heróis. Não que seja um produto chato para os fãs, mas o enfoque é no negócio, não nas obras ou nos personagens. Fica claro porém, que essa história merecia um pouco mais de tempo, para que mais curiosidades pudessem ser desenvolvidas. São muitos detalhes interessantes e a presença de personalidades importantes como Avi Arad, Mark Millar, Harvey Miller (entre outros) poderia ter sido melhor aproveitada - certamente uma minissérie como "GDLK" funcionaria melhor, principalmente para quem já leu Marvel Comics - a História Secreta, que, aliás, recomendo para quem gostar do filme.

Vale a pena! 

Assista Agora

Muito na linha de "A História da Pixar" e "A História do Imagineering", chegou na Globoplay (atenção: não no Disney+) um excelente documentário francês de 2016 que conta em quatro atos como a Marvel se reinventou e transformou o mercado depois de quase falir entre os anos 80 e 90, surfando no crescimento da cultura pop e inovando na forma e nas estratégias de contar histórias - porém, o mais interessante do filme é seu enfoque mercadológico e não necessariamente os processos criativos, assunto que encontramos em outros documentários como no ótimo "Marvel 616" (esse sim da Disney+).

"Marvel Stories" é quase um recorte da jornada corporativa da Marvel Comics do caos ao seu processo de ascensão e criação da Marvel Studios. Dividido em quatro temas, os diretores Philippe Guedj e Philippe Roure criam uma dinâmica narrativa bastante competente que expõe muitas das decisões e disputas que fizeram a Marvel renascer das cinzas. Embora seja um documentário de 2016, algumas passagens explicam exatamente o que vemos té hoje dentro do MCU, fazendo um paralelo com a mudança de status das HQs que trouxeram novos leitores, colecionadores e que, de alguma forma, ajudaram a salvar a empresa e a remodelar o negócio.

Uma das lições mais importantes, um pouco batida até, mas muito relevante no contexto, diz respeito a como o roteiro foi capaz de dar uma exata (e clara) noção de como uma empresa tem a necessidade de se reinventar a todo momento, independente do mercado, do tamanho e do passado glorioso!

Veja, se a DC dominava o mercado de HQs nos anos 60 e 70 e pioneira na produção de filmes de heróis, foi Marvel que colocou a importância de propriedade intelectual (IP) em outro patamar, mesmo que meio por acaso. O documentário detalhada muito bem esse processo e as estratégias desesperadas dos executivos para recuperar o controle de seus personagens e histórias. Os depoimentos de artistas e dos executivos que lideraram essas mudanças e bancaram algumas ideias que pareciam malucas na época, ajudam a posicionar cada uma das vitórias da empresa em uma linha do tempo e com pilares muito particulares: no primeiro ato, por exemplo, conhecemos os bastidores das negociações entre banqueiros e executivos de Wall Street pelo controle da empresa. Já no segundo ato o mergulho é no crescimento e nas transformações do mercado de cultura pop e como a Marvel entendeu essa oportunidade. No terceiro, o mais fraco na minha opinião (embora curioso), é discutido a relação histórica que Nova York tem com a Marvel, com as obras e com o mercado editorial. E finalmente o quarto e último ato, assistimos a migração da estratégia de crescimento da empresa que antes focava nas HQs e passa a valorizar seus IPs - que lhe rendeu, inclusive, a venda para a Disney, uma enorme e sustentável receita em licenciamentos e uma nova geração de Filmes com enorme sucesso em Hollywood.

O fato é que o documentário vai interessar mais aqueles curiosos e empreendedores do que o fãs de heróis. Não que seja um produto chato para os fãs, mas o enfoque é no negócio, não nas obras ou nos personagens. Fica claro porém, que essa história merecia um pouco mais de tempo, para que mais curiosidades pudessem ser desenvolvidas. São muitos detalhes interessantes e a presença de personalidades importantes como Avi Arad, Mark Millar, Harvey Miller (entre outros) poderia ter sido melhor aproveitada - certamente uma minissérie como "GDLK" funcionaria melhor, principalmente para quem já leu Marvel Comics - a História Secreta, que, aliás, recomendo para quem gostar do filme.

Vale a pena! 

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