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Não Fale o Mal

Diretor
Christian Tafdrup
Elenco
Morten Burian, Sidsel Siem Koch, Fedja van Huêt, Karina Smulders
Ano
2022
País
Dinamarca

Suspense ml-psicologico ml-shyamalan ml-relacoes ml-violencia ml-livro ml-familia ml-nordica ml-vc Imovision

Não Fale o Mal

Esse filme é simplesmente genial! Bem na linha do premiado filme austríaco "Goodnight Mommy", "Não Fale o Mal" é o que existe de melhor na cinematografia de M. Night Shyamalan (de "A Visita"), Ari Aster (de "Hereditário") e da dupla Severin Fiala e Veronika Franz (de o "Chalé")! Angustiante, corajoso e impactante! Lançado em 2022 e dirigido pelo dinamarquês Christian Tafdrup (olho nesse diretor), essa é a versão original do remake hollywoodiano que tem James McAvoy como protagonista. "Speak No Evil" (no original) é um suspense psicológico perturbador que explora os limites do desconforto em uma relação social e as consequências sombrias por ignorar todos os sinais de perigo - chega a ser impressionante como o filme utiliza a tensão psicológica e a dissonância cultural para criar um horror realmente inquietante que, olha, permanece com a audiência muito tempo depois dos créditos subirem!

A trama segue Bjørn (Morten Burian) e Louise (Sidsel Siem Koch), um casal dinamarquês que, durante férias na Itália, conhece Patrick (Fedja van Huêt) e Karin (Karina Smulders), um casal holandês aparentemente acolhedor e simpático. Após a viagem, Bjørn e Louise recebem um convite para visitar esse casal em sua casa no interior remoto da Holanda, e, apesar de hesitantes, decidem aceitar. À medida que a estadia avança, no entanto, comportamentos cada vez mais bizarros começam a surgir, gerando tensão entre os anfitriões e os visitantes, que se veem presos em uma situação bastante ameaçadora. Confira o trailer (em inglês):

O roteiro co-escrito pelo diretor Christian Tafdrup e pelo seu irmão Mads, é uma crítica assustadora aos códigos de cortesia social que muitas vezes nos levam a ignorar comportamentos alarmantes pelo simples intuito de evitar conflitos. Obviamente que em "Não Fale o Mal" essa premissa é elevada até níveis extsratostfericos, mas chega a ser impressionante como a história revela o medo de parecer rude ou ofensivo e como isso pode se tornar um instrumento de manipulação e violência, ultrapassando os limites entre confiança e submissão que podem ser explorados de uma maneira muito cruel - para não dizer doentia. A narrativa dos Tafdrup não se preocupa em explicar as motivações dos antagonistas de forma óbvia, isso nem importa na verdade, mas sim em manter um nível de ambiguidade que só aumenta a sensação de que algo terrível está prestes a acontecer a todo momento.

A direção de Christian é eficaz em criar essa atmosfera angustiante de desconforto crescente. Desde o início, o diretor constrói uma tensão sutil, utilizando diálogos aparentemente inofensivos e interações que soam inocentes para gerar uma sensação de mal-estar suportável. Ao explorar algumas dinâmicas de poder e certas pressões sociais que levam os personagens a ignorar sinais de alerta, questionando até que ponto somos levados a priorizar a polidez e a acomodação em situações desconfortáveis, o diretor manipula nossas sensações e nos entrega uma experiência rara - pela força e pela originalidade. Repare como a escolha de uma abordagem mais minimalista e focada na psicologia dos personagens só intensifica a sensação de impotência que vemos na tela. O trabalho de Morten Burian e Sidsel Siem Koch transmitem esse desconforto gradual de uma forma muito realista. Fedja van Huêt e Karina Smulders, por sua vez, entregam performances mais intensas, alternando entre a simpatia desconcertante e hostilidade velada, contribuindo para uma relação verdadeiramente sinistra. 

A fotografia aqui, é quase um personagem: o uso de espaços mais apertados e planos mais fechados reforça o caráter opressor do filme, enquanto as paisagens isoladas da Holanda contribuem para o sentimento de vulnerabilidade dos personagens. A paleta de cores fria e os enquadramentos cuidadosamente compostos intensificam a sensação de angústia, transformando cenas simples em momentos de grande tensão - mérito de Erik Molberg Hansen (de "Industry"). Tecnicamente perfeito e artisticamente irretocável, "Não Fale o Mal" entrou para o ranking dos melhores filmes que já recomendei - por ser eficiente em seu propósito de gerar constrangimento e tensão, pela intensidade de sua trama e por transitar no limite do doentio e do perturbador com tanta sabedoria. Antes do play saiba que o filme não recorre aos sustos tradicionais do suspense, mas se apropria de uma abordagem psicológica profunda que culmina em um desfecho brutal e inquietante. 

Não espere respostas, mergulhe na experiência. Vale demais o seu play!

Assista Agora

Esse filme é simplesmente genial! Bem na linha do premiado filme austríaco "Goodnight Mommy", "Não Fale o Mal" é o que existe de melhor na cinematografia de M. Night Shyamalan (de "A Visita"), Ari Aster (de "Hereditário") e da dupla Severin Fiala e Veronika Franz (de o "Chalé")! Angustiante, corajoso e impactante! Lançado em 2022 e dirigido pelo dinamarquês Christian Tafdrup (olho nesse diretor), essa é a versão original do remake hollywoodiano que tem James McAvoy como protagonista. "Speak No Evil" (no original) é um suspense psicológico perturbador que explora os limites do desconforto em uma relação social e as consequências sombrias por ignorar todos os sinais de perigo - chega a ser impressionante como o filme utiliza a tensão psicológica e a dissonância cultural para criar um horror realmente inquietante que, olha, permanece com a audiência muito tempo depois dos créditos subirem!

A trama segue Bjørn (Morten Burian) e Louise (Sidsel Siem Koch), um casal dinamarquês que, durante férias na Itália, conhece Patrick (Fedja van Huêt) e Karin (Karina Smulders), um casal holandês aparentemente acolhedor e simpático. Após a viagem, Bjørn e Louise recebem um convite para visitar esse casal em sua casa no interior remoto da Holanda, e, apesar de hesitantes, decidem aceitar. À medida que a estadia avança, no entanto, comportamentos cada vez mais bizarros começam a surgir, gerando tensão entre os anfitriões e os visitantes, que se veem presos em uma situação bastante ameaçadora. Confira o trailer (em inglês):

O roteiro co-escrito pelo diretor Christian Tafdrup e pelo seu irmão Mads, é uma crítica assustadora aos códigos de cortesia social que muitas vezes nos levam a ignorar comportamentos alarmantes pelo simples intuito de evitar conflitos. Obviamente que em "Não Fale o Mal" essa premissa é elevada até níveis extsratostfericos, mas chega a ser impressionante como a história revela o medo de parecer rude ou ofensivo e como isso pode se tornar um instrumento de manipulação e violência, ultrapassando os limites entre confiança e submissão que podem ser explorados de uma maneira muito cruel - para não dizer doentia. A narrativa dos Tafdrup não se preocupa em explicar as motivações dos antagonistas de forma óbvia, isso nem importa na verdade, mas sim em manter um nível de ambiguidade que só aumenta a sensação de que algo terrível está prestes a acontecer a todo momento.

A direção de Christian é eficaz em criar essa atmosfera angustiante de desconforto crescente. Desde o início, o diretor constrói uma tensão sutil, utilizando diálogos aparentemente inofensivos e interações que soam inocentes para gerar uma sensação de mal-estar suportável. Ao explorar algumas dinâmicas de poder e certas pressões sociais que levam os personagens a ignorar sinais de alerta, questionando até que ponto somos levados a priorizar a polidez e a acomodação em situações desconfortáveis, o diretor manipula nossas sensações e nos entrega uma experiência rara - pela força e pela originalidade. Repare como a escolha de uma abordagem mais minimalista e focada na psicologia dos personagens só intensifica a sensação de impotência que vemos na tela. O trabalho de Morten Burian e Sidsel Siem Koch transmitem esse desconforto gradual de uma forma muito realista. Fedja van Huêt e Karina Smulders, por sua vez, entregam performances mais intensas, alternando entre a simpatia desconcertante e hostilidade velada, contribuindo para uma relação verdadeiramente sinistra. 

A fotografia aqui, é quase um personagem: o uso de espaços mais apertados e planos mais fechados reforça o caráter opressor do filme, enquanto as paisagens isoladas da Holanda contribuem para o sentimento de vulnerabilidade dos personagens. A paleta de cores fria e os enquadramentos cuidadosamente compostos intensificam a sensação de angústia, transformando cenas simples em momentos de grande tensão - mérito de Erik Molberg Hansen (de "Industry"). Tecnicamente perfeito e artisticamente irretocável, "Não Fale o Mal" entrou para o ranking dos melhores filmes que já recomendei - por ser eficiente em seu propósito de gerar constrangimento e tensão, pela intensidade de sua trama e por transitar no limite do doentio e do perturbador com tanta sabedoria. Antes do play saiba que o filme não recorre aos sustos tradicionais do suspense, mas se apropria de uma abordagem psicológica profunda que culmina em um desfecho brutal e inquietante. 

Não espere respostas, mergulhe na experiência. Vale demais o seu play!

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