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Amor e Morte

Diretor
Lesli Linka Glatter, Clark Johnson
Elenco
Elizabeth Olsen, Jesse Plemons, Krysten Ritter
Ano
2023
País
EUA

Drama Max ml-real ml-investigação ml-relacoes ml-crime ml-tribunal ml-livro ml-pf

Amor e Morte

"Amor e Morte" é a "versão HBO" da igualmente competente "Candy" - talvez um pouco menos estereotipada e sensivelmente mais profunda na construção das camadas dos personagens. Essa versão lançada em 2023, foi criada por David E. Kelley ("Acima de Qualquer Suspeita") e dirigida por Lesli Linka Glatter ("Homeland") e Clark Johnson (de "Seven Seconds"), ou seja, um time que definitivamente sabe o que está fazendo quando o assunto é construir tensão. Baseada em uma história real e adaptado do livro "Evidence of Love: A True Story of Passion and Death in the Suburbs", a minissérie mergulha nas profundezas da psique de Candy, explorando sua obsessão a partir de uma traição - eu diria que a trama faz um recorte muito interessante sobre escuridão que pode se esconder sob a superfície de vidas aparentemente comuns. Com uma narrativa que combina romance, investigação, suspense (psicológico) e até um toque de drama de tribunal, "Amor e Morte" oferece uma experiência, de fato, envolvente e emocionalmente complexa. Para os fãs de dramas criminais baseados em fatos reais, impossível não dar um play!

Candy Montgomery (Elizabeth Olsen) é uma dona de casa de uma pequena cidade do Texas que, em 1978, se envolve em um caso extraconjugal com Allan Gore (Jesse Plemons), o marido de sua colega de comunidade, Betty Gore (Lily Rabe). O relacionamento secreto entre os dois leva a uma série de eventos devastadores que culminam em um brutal assassinato. "Amor e Morte" segue justamente o desenrolar desses acontecimentos, desde a descoberta do caso até as consequências legais e emocionais, oferecendo um retrato perturbador das nuances morais e psicológicas envolvidas no crime. Confira o trailer:

David E. Kelley, conhecido por sua habilidade em criar dramas policiais e jurídicos com uma camada emocional bastante complexa, traz mais uma vez sua identidade para "Amor e Morte". Kelley constrói a narrativa de maneira meticulosa, não se limitando a um simples relato de um crime real, mas sim se aprofundando nas motivações e nas pressões sociais que moldam as vidas dos personagens. Ele, definitivamente, sabe construir o suspense "true crime", mas sempre com o equilíbrio de quem explora os aspectos emocionais e psicológicos dos envolvidos - está aí seu grande diferencial e aqui, mais uma vez, ele coloca sua proposta em jogo e sai ganhando. A direção de Glatter e Johnson é crucial para que o tom de Kelley alcance a eficácia necessária. Glatter, com sua vasta experiência em séries como "Homeland", "The Morning Show e "The Leftovers" (só para citar três grandes sucessos de seu extenso currículo), traz para a narrativa uma sensibilidade visual que captura perfeitamente claustrofobia e a tensão emocional dos protagonistas; enquanto Johnson, por sua vez, contribui com sua vasta experiência em dramas policiais e de tribunal, garantindo que toda linha jurídica e investigativa seja bem convincente. 

Elizabeth Olsen entrega uma performance extraordinária como Candy Montgomery. Olsen entende a complexidade de sua personagem, retratando Candy como uma mulher aparentemente comum, mas que esconde uma intensidade emocional e uma capacidade de violência que são reveladas de forma chocante. Sua atuação é ao mesmo tempo sutil e poderosa, tornando Candy uma figura fascinante e perturbadora - esse trabalho lhe rendeu algumas boas indicações como "Melhor Atriz" como no Critics Choice, no Globo de Ouro e no Bafta de 2024.Já Jesse Plemons, o Allan Gore, oferece uma atuação igualmente forte, retratando um homem que é simultaneamente culpado e vítima das circunstâncias - chega a ser impressionante a forma como ele expõe suas dúvidas como marido e seus desejos como amante. Aliás, por esse personagem, Plemons foi indicado ao Emmy. Lily Rabe e Patrick Fugit, também merecem elogios como os "pares traídos" dos protagonistas.

Um detalhe que vale pontuar: a trilha sonora da minissérie é simplesmente fantástica - um mergulho ao final dos anos 70 e inicio dos anos 80. Ela complementa a atmosfera de uma forma que habilmente intensifica o suspense e a carga emocional de diversas cenas - sutil, mas eficaz, essa trilha sonora ajuda a criar uma sensação de inquietação que permeia todos os episódios, em muitos momentos sem diálogo algum, inclusive! Dito isso, é preciso alinhar as expectativas: "Amor e Morte" pode parecer lenta em certos momentos, especialmente nos três primeiros episódios onde a minissérie constrói a linha mais romântica da trama para depois preparar o terreno para o crime e assim tomar um caminho mais tradicional, focando na investigação e no julgamento do assassinato em si.

"Amor e Morte" é corajosa e fascinante ao discutir as complexidades morais e emocionais de um crime real sem hipocrisia. Ao questionar as aparências e os papéis sociais, oferecendo uma visão perturbadora do que acontece quando a pressão da conformidade social e os desejos ocultos entram em colisão, a minissérie não decepciona. Pode acreditar!

Assista Agora

"Amor e Morte" é a "versão HBO" da igualmente competente "Candy" - talvez um pouco menos estereotipada e sensivelmente mais profunda na construção das camadas dos personagens. Essa versão lançada em 2023, foi criada por David E. Kelley ("Acima de Qualquer Suspeita") e dirigida por Lesli Linka Glatter ("Homeland") e Clark Johnson (de "Seven Seconds"), ou seja, um time que definitivamente sabe o que está fazendo quando o assunto é construir tensão. Baseada em uma história real e adaptado do livro "Evidence of Love: A True Story of Passion and Death in the Suburbs", a minissérie mergulha nas profundezas da psique de Candy, explorando sua obsessão a partir de uma traição - eu diria que a trama faz um recorte muito interessante sobre escuridão que pode se esconder sob a superfície de vidas aparentemente comuns. Com uma narrativa que combina romance, investigação, suspense (psicológico) e até um toque de drama de tribunal, "Amor e Morte" oferece uma experiência, de fato, envolvente e emocionalmente complexa. Para os fãs de dramas criminais baseados em fatos reais, impossível não dar um play!

Candy Montgomery (Elizabeth Olsen) é uma dona de casa de uma pequena cidade do Texas que, em 1978, se envolve em um caso extraconjugal com Allan Gore (Jesse Plemons), o marido de sua colega de comunidade, Betty Gore (Lily Rabe). O relacionamento secreto entre os dois leva a uma série de eventos devastadores que culminam em um brutal assassinato. "Amor e Morte" segue justamente o desenrolar desses acontecimentos, desde a descoberta do caso até as consequências legais e emocionais, oferecendo um retrato perturbador das nuances morais e psicológicas envolvidas no crime. Confira o trailer:

David E. Kelley, conhecido por sua habilidade em criar dramas policiais e jurídicos com uma camada emocional bastante complexa, traz mais uma vez sua identidade para "Amor e Morte". Kelley constrói a narrativa de maneira meticulosa, não se limitando a um simples relato de um crime real, mas sim se aprofundando nas motivações e nas pressões sociais que moldam as vidas dos personagens. Ele, definitivamente, sabe construir o suspense "true crime", mas sempre com o equilíbrio de quem explora os aspectos emocionais e psicológicos dos envolvidos - está aí seu grande diferencial e aqui, mais uma vez, ele coloca sua proposta em jogo e sai ganhando. A direção de Glatter e Johnson é crucial para que o tom de Kelley alcance a eficácia necessária. Glatter, com sua vasta experiência em séries como "Homeland", "The Morning Show e "The Leftovers" (só para citar três grandes sucessos de seu extenso currículo), traz para a narrativa uma sensibilidade visual que captura perfeitamente claustrofobia e a tensão emocional dos protagonistas; enquanto Johnson, por sua vez, contribui com sua vasta experiência em dramas policiais e de tribunal, garantindo que toda linha jurídica e investigativa seja bem convincente. 

Elizabeth Olsen entrega uma performance extraordinária como Candy Montgomery. Olsen entende a complexidade de sua personagem, retratando Candy como uma mulher aparentemente comum, mas que esconde uma intensidade emocional e uma capacidade de violência que são reveladas de forma chocante. Sua atuação é ao mesmo tempo sutil e poderosa, tornando Candy uma figura fascinante e perturbadora - esse trabalho lhe rendeu algumas boas indicações como "Melhor Atriz" como no Critics Choice, no Globo de Ouro e no Bafta de 2024.Já Jesse Plemons, o Allan Gore, oferece uma atuação igualmente forte, retratando um homem que é simultaneamente culpado e vítima das circunstâncias - chega a ser impressionante a forma como ele expõe suas dúvidas como marido e seus desejos como amante. Aliás, por esse personagem, Plemons foi indicado ao Emmy. Lily Rabe e Patrick Fugit, também merecem elogios como os "pares traídos" dos protagonistas.

Um detalhe que vale pontuar: a trilha sonora da minissérie é simplesmente fantástica - um mergulho ao final dos anos 70 e inicio dos anos 80. Ela complementa a atmosfera de uma forma que habilmente intensifica o suspense e a carga emocional de diversas cenas - sutil, mas eficaz, essa trilha sonora ajuda a criar uma sensação de inquietação que permeia todos os episódios, em muitos momentos sem diálogo algum, inclusive! Dito isso, é preciso alinhar as expectativas: "Amor e Morte" pode parecer lenta em certos momentos, especialmente nos três primeiros episódios onde a minissérie constrói a linha mais romântica da trama para depois preparar o terreno para o crime e assim tomar um caminho mais tradicional, focando na investigação e no julgamento do assassinato em si.

"Amor e Morte" é corajosa e fascinante ao discutir as complexidades morais e emocionais de um crime real sem hipocrisia. Ao questionar as aparências e os papéis sociais, oferecendo uma visão perturbadora do que acontece quando a pressão da conformidade social e os desejos ocultos entram em colisão, a minissérie não decepciona. Pode acreditar!

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