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The Last of Us

Diretor
Craig Mazin
Elenco
Pedro Pascal, Bella Ramsey, Anna Torv
Ano
2023
País
EUA

Ficção Max ml-investigação ml-relacoes ml-catastrofe ml-aventura ml-familia ml-games ml-monstro ml-distopico

The Last of Us

Se você ainda não assistiu, dê o play sem o menor receio de errar, mas saiba: muito mais do que uma "série de zumbis", "The Last of Us" é uma jornada de autoconhecimento, emocionalmente carregada de feridas profundas, onde as relações estabelecidas entre os personagens tem muito mais valor do que a mera luta pela sobrevivência ou pela cura da humanidade. Lançada em 2023 pela HBO, a série é uma adaptação do aclamado jogo de videogame da Naughty Dog, criado por Neil Druckmann. Com uma narrativa poderosa e personagens cheios de camadas, "The Last of Us" traz para as telas uma história de redenção em um mundo pós-apocalíptico que nos envolve do inicio ao fim! Desenvolvida por Craig Mazin (a mente criativa por trás de "Chernobyl") e pelo próprio Neil Druckmann, a série consegue capturar a essência do jogo ao mesmo tempo que expande as possibilidades dramáticas, oferecendo uma experiência cinematográfica intensa e emocionalmente, de fato, ressonante. Imperdível!

A trama se passa em uma realidade onde parte da humanidade foi dizimada por uma infecção fúngica que transforma pessoas em uma espécie de zumbi. Joel (Pedro Pascal), um sobrevivente que carrega a dor de ter perdido sua filha adolescente, é incumbido de proteger Ellie (Bella Ramsey), uma jovem que pode ser a chave para encontrar uma cura. A série segue sua perigosa jornada através de um Estados Unidos devastado, explorando os laços que se formam na busca por um bem maior e os sacrifícios feitos em troca de alguma esperança. Confira o trailer:

Mazin e Druckmann trazem para "The Last of Us" uma jornada sensível diante do caos que é 'viver sob uma ameaça invisível - algo que parecia distante, mas que, nas devidas proporções, experienciamos durante a pandemia. Acontece que aqui o invisível vai ganhando forma e o horror do inexplicável se transforma em algo ainda mais assustador. Embora a série nos entregue uma fotografia deslumbrante e grandiosa das paisagens devastadas de um EUA irreconhecível, é na intimidade das interações humanas (e na sua constante tensão) que a série muda de patamar. As cores sombrias e a iluminação naturalista extremamente recortada pelas intervenções externas da destruição, criam uma atmosfera tão opressiva quanto autêntica que acaba nos envolvendo em uma realidade brutal de um mundo pós-apocalíptico que nem parece tão absurdo assim - e esse fator mais, digamos, palpável diante do que em outros tempos parecia apenas ficção, é que se torna essencial para nossa imersão pela cruzada de Joel e Ellie. E olha, de certa forma foi assim do videogame, e agora só potencializou na série.

O roteiro é fiel ao material original e o conceito visual, idem. Mas é preciso dizer que a série também oferece novas camadas de profundidade aos personagens e ao mundo que nos é apresentado. Mazin e Druckmann sabem equilibrar a luta pela vida, em vários momentos de ação, com pausas introspectivas, poéticas até, que exploram temas como a dor e as marcas da perda, sugerindo um olhar de esperança e de fé na humanidade. É interessante como essa premissa mais sensível do roteiro impacta em diálogos mais afiados e cheios de subtexto, fugindo um pouco do gênero "sobrevivência" para refletir as complexidades das relações entre os personagens e os dilemas morais que cada um deles enfrentam durante a jornada. Pedro Pascal captura a dureza quase bronca de Joel com a vulnerabilidade interior de um pai marcado por uma tragédia - sua intensidade emocional torna seu personagem uma figura profundamente empática. Já Bella Ramsey traz uma mistura de coragem, inocência e determinação, sempre com um toque de ironia para não dizer, de deboche. Mas é a química entre os dois que deixa tudo ainda mais real, formando uma conexão emocional entre a audiência e a série que chama atenção desde o primeiro episódio.

"The Last of Us" não está isenta de críticas. Algumas pessoas podem achar que a série, em sua fidelidade ao jogo, é previsível demais. Eu discordo. Claro que a história é a mesma, alguns enquadramentos e várias sequências são praticamente uma cópia em live-action, mas a série traz uma intensidade emocional diferente, mais contemplativa até, e a violência gráfica que encontramos no jogo, na minha opinião, está ainda melhor aqui. O fato é que "The Last of Us" é uma adaptação notável, que consegue honrar o legado do jogo e ainda oferecer uma experiência cinematográfica envolvente e profunda -  uma exploração poderosa da condição humana em face da adversidade extrema, destacando os laços que nos definem e os sacrifícios que fazemos por aqueles que amamos. Sem dúvida, uma das melhores produções realizadas nos últimos anos!

"The Last of Us" ganhou 8 Emmys em 2023 depois de receber, surpreendentes, 24 indicações!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Se você ainda não assistiu, dê o play sem o menor receio de errar, mas saiba: muito mais do que uma "série de zumbis", "The Last of Us" é uma jornada de autoconhecimento, emocionalmente carregada de feridas profundas, onde as relações estabelecidas entre os personagens tem muito mais valor do que a mera luta pela sobrevivência ou pela cura da humanidade. Lançada em 2023 pela HBO, a série é uma adaptação do aclamado jogo de videogame da Naughty Dog, criado por Neil Druckmann. Com uma narrativa poderosa e personagens cheios de camadas, "The Last of Us" traz para as telas uma história de redenção em um mundo pós-apocalíptico que nos envolve do inicio ao fim! Desenvolvida por Craig Mazin (a mente criativa por trás de "Chernobyl") e pelo próprio Neil Druckmann, a série consegue capturar a essência do jogo ao mesmo tempo que expande as possibilidades dramáticas, oferecendo uma experiência cinematográfica intensa e emocionalmente, de fato, ressonante. Imperdível!

A trama se passa em uma realidade onde parte da humanidade foi dizimada por uma infecção fúngica que transforma pessoas em uma espécie de zumbi. Joel (Pedro Pascal), um sobrevivente que carrega a dor de ter perdido sua filha adolescente, é incumbido de proteger Ellie (Bella Ramsey), uma jovem que pode ser a chave para encontrar uma cura. A série segue sua perigosa jornada através de um Estados Unidos devastado, explorando os laços que se formam na busca por um bem maior e os sacrifícios feitos em troca de alguma esperança. Confira o trailer:

Mazin e Druckmann trazem para "The Last of Us" uma jornada sensível diante do caos que é 'viver sob uma ameaça invisível - algo que parecia distante, mas que, nas devidas proporções, experienciamos durante a pandemia. Acontece que aqui o invisível vai ganhando forma e o horror do inexplicável se transforma em algo ainda mais assustador. Embora a série nos entregue uma fotografia deslumbrante e grandiosa das paisagens devastadas de um EUA irreconhecível, é na intimidade das interações humanas (e na sua constante tensão) que a série muda de patamar. As cores sombrias e a iluminação naturalista extremamente recortada pelas intervenções externas da destruição, criam uma atmosfera tão opressiva quanto autêntica que acaba nos envolvendo em uma realidade brutal de um mundo pós-apocalíptico que nem parece tão absurdo assim - e esse fator mais, digamos, palpável diante do que em outros tempos parecia apenas ficção, é que se torna essencial para nossa imersão pela cruzada de Joel e Ellie. E olha, de certa forma foi assim do videogame, e agora só potencializou na série.

O roteiro é fiel ao material original e o conceito visual, idem. Mas é preciso dizer que a série também oferece novas camadas de profundidade aos personagens e ao mundo que nos é apresentado. Mazin e Druckmann sabem equilibrar a luta pela vida, em vários momentos de ação, com pausas introspectivas, poéticas até, que exploram temas como a dor e as marcas da perda, sugerindo um olhar de esperança e de fé na humanidade. É interessante como essa premissa mais sensível do roteiro impacta em diálogos mais afiados e cheios de subtexto, fugindo um pouco do gênero "sobrevivência" para refletir as complexidades das relações entre os personagens e os dilemas morais que cada um deles enfrentam durante a jornada. Pedro Pascal captura a dureza quase bronca de Joel com a vulnerabilidade interior de um pai marcado por uma tragédia - sua intensidade emocional torna seu personagem uma figura profundamente empática. Já Bella Ramsey traz uma mistura de coragem, inocência e determinação, sempre com um toque de ironia para não dizer, de deboche. Mas é a química entre os dois que deixa tudo ainda mais real, formando uma conexão emocional entre a audiência e a série que chama atenção desde o primeiro episódio.

"The Last of Us" não está isenta de críticas. Algumas pessoas podem achar que a série, em sua fidelidade ao jogo, é previsível demais. Eu discordo. Claro que a história é a mesma, alguns enquadramentos e várias sequências são praticamente uma cópia em live-action, mas a série traz uma intensidade emocional diferente, mais contemplativa até, e a violência gráfica que encontramos no jogo, na minha opinião, está ainda melhor aqui. O fato é que "The Last of Us" é uma adaptação notável, que consegue honrar o legado do jogo e ainda oferecer uma experiência cinematográfica envolvente e profunda -  uma exploração poderosa da condição humana em face da adversidade extrema, destacando os laços que nos definem e os sacrifícios que fazemos por aqueles que amamos. Sem dúvida, uma das melhores produções realizadas nos últimos anos!

"The Last of Us" ganhou 8 Emmys em 2023 depois de receber, surpreendentes, 24 indicações!

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