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Nosso Sonho

Diretor
Eduardo Albergaria
Elenco
Lucas Penteado, Juan Paiva, Antonio Pitanga
Ano
2023
País
Brasil

Drama netflix ml-real ml-musica ml-biografia ml-brasil ml-celebridade ml-ne ml-gb ml-nostalgia

Nosso Sonho

Para muitos esse é o melhor filme brasileiro de 2023! Não sei se iria por essa linha, no entanto posso te garantir: esse é um filme que carrega em sua modesta produção algo que dificilmente encontramos em cinebiografias, especialmente nas realizadas por aqui - "alma"! "Nosso Sonho", dirigido pelo Eduardo Albergaria, pode ter certeza, é uma das biografias musicais brasileiras mais cativantes dos últimos anos. Ao trazer para as telas a história da icônica dupla Claudinho e Buchecha, o filme se encaixa perfeitamente na tendência de produções nacionais que revisitam trajetórias reais, como "Simonal", "Tim Maia" e "Elis", porém com uma sensibilidade ainda maior ao explorar não apenas a trajetória artística, mas a profundidade emocional de uma amizade que definiu uma geração e que deveria servir de exemplo pela sua essência tão especial.

A trama acompanha a vida de Claudinho (Lucas Penteado) e Buchecha (Juan Paiva), dois amigos inseparáveis da periferia fluminense que sonhavam juntos em sair do anonimato através da música. Desde a infância humilde em São Gonçalo até a explosão do sucesso nos anos 90, o filme captura com fidelidade a ascensão meteórica da dupla, que conquistou o país com hits inesquecíveis. Confira o trailer:

Um dos grandes méritos de "Nosso Sonho" está justamente na sua proposta narrativa que não se limita apenas em retratar uma suposta jornada do herói "da pobreza até o sucesso musical" - o filme sabe usar, com muita inteligência, as dificuldades sociais, familiares e emocionais que marcaram a trajetória dos dois artistas apenas para criar um contexto sólido que justifique a forte mensagem por trás da forma como a dupla Claudinho e Buchecha encararam o sucesso. A habilidade do roteiro, assinado por Albergaria e por Mauricio Lissovsky (de "Nise: O Coração da Loucura"), está em equilibrar com precisão momentos leves e divertidos com sequências de forte impacto emocional - especialmente aquelas que antecederam a tragédia da morte precoce de Claudinho. Essa abordagem, muito mais que um recorte superficial, humaniza profundamente os personagens, permitindo que a audiência crie uma conexão verdadeira e intensa com a história da dupla, que vai além do apelo nostálgico para alcançar uma relação de empatia impressionante.

A direção de Albergaria é inteligente e criativa, utilizando técnicas visuais eficazes para recriar o ambiente dos anos 90 com autenticidade. O diretor opta por uma cinematografia vibrante, destacando as cores fortes e o estilo característico da época, se esforçando muito para não cair em excessos caricatos - e aqui cabe um comentário: esse é o tipo do filme que mereceria um orçamento maior. Mesmo que a estética imposta por Albergaria ajude a evocar o clima nostálgico e festivo dos bailes funks em ebulição no Rio de Janeiro, fica claro que o dinheiro não permitiu alcançar outro patamar de produção - uma pena! Ao mesmo tempo, é preciso elogiar, o diretor sabe manipular nossas emoções ao sugerir passagens que ele não teria condições de mostrar com sua câmera - essa escolha conceitual potencializa momentos mais dramáticos, onde o uso de sombras, de planos fechados, de tons mais frios, de silêncio e até de ausência de imagens, ampliam a intensidade emocional.

Outro ponto que merece destaque: Lucas Penteado e Juan Paiva - eles estão excepcionais em seus papéis, com destaque absoluto para a química autêntica entre eles. Penteado brilha ao transmitir a energia magnética de Claudinho, enquanto Paiva traz uma performance igualmente sólida, representando um Buchecha mais introspectivo e emocionalmente complexo. Ambos conseguem capturar com sutileza a essência das personalidades reais, indo muito além de meras imitações. Com uma trilha sonora, que não se limita apenas a reproduzir os grandes hits da dupla, mas que é inteligentemente inserida para impulsionar a narrativa, trazendo um novo significado às letras já conhecidas do público, "Nosso Sonho" pode ser definido como mais do que uma cinebiografia musical padrão, e sim como um filme sobre amizade, perda, superação e, acima de tudo, sobre sonhos compartilhados que tenho certeza, vai te emocionar!

Vale demais o seu play!

Assista Agora

Para muitos esse é o melhor filme brasileiro de 2023! Não sei se iria por essa linha, no entanto posso te garantir: esse é um filme que carrega em sua modesta produção algo que dificilmente encontramos em cinebiografias, especialmente nas realizadas por aqui - "alma"! "Nosso Sonho", dirigido pelo Eduardo Albergaria, pode ter certeza, é uma das biografias musicais brasileiras mais cativantes dos últimos anos. Ao trazer para as telas a história da icônica dupla Claudinho e Buchecha, o filme se encaixa perfeitamente na tendência de produções nacionais que revisitam trajetórias reais, como "Simonal", "Tim Maia" e "Elis", porém com uma sensibilidade ainda maior ao explorar não apenas a trajetória artística, mas a profundidade emocional de uma amizade que definiu uma geração e que deveria servir de exemplo pela sua essência tão especial.

A trama acompanha a vida de Claudinho (Lucas Penteado) e Buchecha (Juan Paiva), dois amigos inseparáveis da periferia fluminense que sonhavam juntos em sair do anonimato através da música. Desde a infância humilde em São Gonçalo até a explosão do sucesso nos anos 90, o filme captura com fidelidade a ascensão meteórica da dupla, que conquistou o país com hits inesquecíveis. Confira o trailer:

Um dos grandes méritos de "Nosso Sonho" está justamente na sua proposta narrativa que não se limita apenas em retratar uma suposta jornada do herói "da pobreza até o sucesso musical" - o filme sabe usar, com muita inteligência, as dificuldades sociais, familiares e emocionais que marcaram a trajetória dos dois artistas apenas para criar um contexto sólido que justifique a forte mensagem por trás da forma como a dupla Claudinho e Buchecha encararam o sucesso. A habilidade do roteiro, assinado por Albergaria e por Mauricio Lissovsky (de "Nise: O Coração da Loucura"), está em equilibrar com precisão momentos leves e divertidos com sequências de forte impacto emocional - especialmente aquelas que antecederam a tragédia da morte precoce de Claudinho. Essa abordagem, muito mais que um recorte superficial, humaniza profundamente os personagens, permitindo que a audiência crie uma conexão verdadeira e intensa com a história da dupla, que vai além do apelo nostálgico para alcançar uma relação de empatia impressionante.

A direção de Albergaria é inteligente e criativa, utilizando técnicas visuais eficazes para recriar o ambiente dos anos 90 com autenticidade. O diretor opta por uma cinematografia vibrante, destacando as cores fortes e o estilo característico da época, se esforçando muito para não cair em excessos caricatos - e aqui cabe um comentário: esse é o tipo do filme que mereceria um orçamento maior. Mesmo que a estética imposta por Albergaria ajude a evocar o clima nostálgico e festivo dos bailes funks em ebulição no Rio de Janeiro, fica claro que o dinheiro não permitiu alcançar outro patamar de produção - uma pena! Ao mesmo tempo, é preciso elogiar, o diretor sabe manipular nossas emoções ao sugerir passagens que ele não teria condições de mostrar com sua câmera - essa escolha conceitual potencializa momentos mais dramáticos, onde o uso de sombras, de planos fechados, de tons mais frios, de silêncio e até de ausência de imagens, ampliam a intensidade emocional.

Outro ponto que merece destaque: Lucas Penteado e Juan Paiva - eles estão excepcionais em seus papéis, com destaque absoluto para a química autêntica entre eles. Penteado brilha ao transmitir a energia magnética de Claudinho, enquanto Paiva traz uma performance igualmente sólida, representando um Buchecha mais introspectivo e emocionalmente complexo. Ambos conseguem capturar com sutileza a essência das personalidades reais, indo muito além de meras imitações. Com uma trilha sonora, que não se limita apenas a reproduzir os grandes hits da dupla, mas que é inteligentemente inserida para impulsionar a narrativa, trazendo um novo significado às letras já conhecidas do público, "Nosso Sonho" pode ser definido como mais do que uma cinebiografia musical padrão, e sim como um filme sobre amizade, perda, superação e, acima de tudo, sobre sonhos compartilhados que tenho certeza, vai te emocionar!

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