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Lift: Roubo nas Alturas

Diretor
F. Gary Gray
Elenco
Kevin Hart, Gugu Mbatha-Raw, Sam Worthington
Ano
2024
País
EUA

netflix ml-investigação ml-perseguição ml-crime ml-assalto ml-lcp

Lift: Roubo nas Alturas

Divertido como um "filme de assalto" deve ser - mas, sim, será preciso uma boa dose de suspensão da realidade para embarcar na proposta narrativa do diretor F. Gary Gray (de "Código de Conduta") e do roteirista Daniel Kunka (de "12 rounds"). "Lift: Roubo nas Alturas" é entretenimento puro, uma mistura de ação com ótimos toques de comédia que realmente prende a atenção da audiência do início ao fim pela forma despretensiosa com que conduz sua narrativa. Essa produção original da Netflix segue a fórmula mirabolante do roubo improvável com uma equipe de ladrões, com diferentes habilidades, que se reune para realizar o maior golpe de suas vidas. Inovador? Longe disso, aliás é cheio de clichês, o que é ótimo para o gênero, no entanto aqui temos um ponto que triunfa, mesmo tendo essa premissa, digamos, batida: seu elenco, e a interação entre todos os atores, é excelente! 

A trama segue um grupo de criminosos internacionais liderado por Cyrus (Kevin Hart) que acabam de ser contratados por Abby (Gugu Mbatha-Raw), uma agente federal, para que cumpram uma missão ambiciosa: roubar meio bilhão de dólares em barras de ouro que estão sendo transportadas para uma célula terrorista. Para deixar tudo ainda mais insano, a carga está sendo transportada em um Boeing 777 que parte de Londres rumo a Zurique, e eles devem roubá-la em pleno vôo. Confira o trailer:

"Lift: Roubo nas Alturas" é "cinema pipoca", um prato cheio para quem gosta de filmes de ação e não quer pensar muito. Como obra ele até repete aquela atmosfera "La Casa de Papel" com um dinamismo que a própria série teve dificuldade de emplacar em sua primeira temporada. Se você reparar bem, aqui no filme, a sequência que mostra toda a preparação do golpe é menor, claro, mas tão divertida quanto da série espanhola. Enquanto o texto brinca com as diferentes possibilidades e soluções para que tudo dê certo na hora do roubo (e nunca dá), também temos  a oportunidade de ver o elenco de apoio ter seu momento - talvez sem o mesmo charme, mas igualmente simpáticos, eu diria. Olhando já pelo lado da ação, as sequências de perseguição são, de fato, bem realizadas - a do plot inicial, que acompanha o roubo no leilão, achei até melhor que a do plot principal (especialmente porque exige menos das composições em CGI - e algumas não estão 100% no filme). 

Olhando pela perspectiva do roteiro, é até fácil dizer que o filme não decepciona, que tem um bom senso de humor, com piadas que funcionam na maioria das vezes, de forma equilibrada e sem forçar muito a barra. O que pega, é a falta de originalidade ou até de coragem para propor algo menos previsível - é aqui que a química de todo o elenco segura o rojão. Kevin Hart está engraçado, irônico - parece que está se divertindo em cena (o que mostra sua capacidade como um comediante que amadurece como ator). Hart tem ótimas sacadas com Gugu Mbatha-Raw - que chega até aqui depois de uma ótima jornada em "The Morning Show". Tenho certeza que ainda vamos ver ótimos e mais profundos trabalhos desses dois atores.

A direção de F. Gary Gray é segura e competente - ele sabe como criar cenas de ação e como equilibrar drama e humor. Ele brinca com a câmera, é coerente na forma como conta a história, mas acho que seu principal valor está em saber os limites da produção, do roteiro e do orçamento. Dentro dos limites, tudo é bacana! Sabe aquele filme que a gente reservava na quinta-feira para alugar no fim de semana, e quando devolvíamos na segunda achando divertido, até dávamos boas recomendações, só que nunca mais pensávamos nele? Pois é, "Lift: Roubo nas Alturas" é isso: uma ótima opção para quem está procurando um filme de ação mais descartável, no bom sentido, mais ou menos como foi aquele "O Fugitivo" de 1993.

Assista Agora

Divertido como um "filme de assalto" deve ser - mas, sim, será preciso uma boa dose de suspensão da realidade para embarcar na proposta narrativa do diretor F. Gary Gray (de "Código de Conduta") e do roteirista Daniel Kunka (de "12 rounds"). "Lift: Roubo nas Alturas" é entretenimento puro, uma mistura de ação com ótimos toques de comédia que realmente prende a atenção da audiência do início ao fim pela forma despretensiosa com que conduz sua narrativa. Essa produção original da Netflix segue a fórmula mirabolante do roubo improvável com uma equipe de ladrões, com diferentes habilidades, que se reune para realizar o maior golpe de suas vidas. Inovador? Longe disso, aliás é cheio de clichês, o que é ótimo para o gênero, no entanto aqui temos um ponto que triunfa, mesmo tendo essa premissa, digamos, batida: seu elenco, e a interação entre todos os atores, é excelente! 

A trama segue um grupo de criminosos internacionais liderado por Cyrus (Kevin Hart) que acabam de ser contratados por Abby (Gugu Mbatha-Raw), uma agente federal, para que cumpram uma missão ambiciosa: roubar meio bilhão de dólares em barras de ouro que estão sendo transportadas para uma célula terrorista. Para deixar tudo ainda mais insano, a carga está sendo transportada em um Boeing 777 que parte de Londres rumo a Zurique, e eles devem roubá-la em pleno vôo. Confira o trailer:

"Lift: Roubo nas Alturas" é "cinema pipoca", um prato cheio para quem gosta de filmes de ação e não quer pensar muito. Como obra ele até repete aquela atmosfera "La Casa de Papel" com um dinamismo que a própria série teve dificuldade de emplacar em sua primeira temporada. Se você reparar bem, aqui no filme, a sequência que mostra toda a preparação do golpe é menor, claro, mas tão divertida quanto da série espanhola. Enquanto o texto brinca com as diferentes possibilidades e soluções para que tudo dê certo na hora do roubo (e nunca dá), também temos  a oportunidade de ver o elenco de apoio ter seu momento - talvez sem o mesmo charme, mas igualmente simpáticos, eu diria. Olhando já pelo lado da ação, as sequências de perseguição são, de fato, bem realizadas - a do plot inicial, que acompanha o roubo no leilão, achei até melhor que a do plot principal (especialmente porque exige menos das composições em CGI - e algumas não estão 100% no filme). 

Olhando pela perspectiva do roteiro, é até fácil dizer que o filme não decepciona, que tem um bom senso de humor, com piadas que funcionam na maioria das vezes, de forma equilibrada e sem forçar muito a barra. O que pega, é a falta de originalidade ou até de coragem para propor algo menos previsível - é aqui que a química de todo o elenco segura o rojão. Kevin Hart está engraçado, irônico - parece que está se divertindo em cena (o que mostra sua capacidade como um comediante que amadurece como ator). Hart tem ótimas sacadas com Gugu Mbatha-Raw - que chega até aqui depois de uma ótima jornada em "The Morning Show". Tenho certeza que ainda vamos ver ótimos e mais profundos trabalhos desses dois atores.

A direção de F. Gary Gray é segura e competente - ele sabe como criar cenas de ação e como equilibrar drama e humor. Ele brinca com a câmera, é coerente na forma como conta a história, mas acho que seu principal valor está em saber os limites da produção, do roteiro e do orçamento. Dentro dos limites, tudo é bacana! Sabe aquele filme que a gente reservava na quinta-feira para alugar no fim de semana, e quando devolvíamos na segunda achando divertido, até dávamos boas recomendações, só que nunca mais pensávamos nele? Pois é, "Lift: Roubo nas Alturas" é isso: uma ótima opção para quem está procurando um filme de ação mais descartável, no bom sentido, mais ou menos como foi aquele "O Fugitivo" de 1993.

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