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Rio, eu te amo

Diretor
Vários
Elenco
Fernanda Montenegro, Rodrigo Santoro, Vincent Cassel
Ano
2014
País
Brasil

Drama ml-dramedia ml-relacoes ml-independente ml-antologia ml-casal Youtube ml-wood-allen ml-hc

Rio, eu te amo

Só assista "Rio, eu te amo" se você já conhecer a dinâmica narrativa da série de filmes que fazem parte do projeto "Cities of Love" dos ótimos "Paris Je T’Aime" e "New York, I Love You". Primeiro por ter uma identidade muito particular e segundo por se tratar de um projeto extremamente autoral e, em muitos momentos, bastante experimental. Pessoalmente, acho a série de filmes incrível, porém reconheço que existe uma oscilação entre uma história e outra que acaba englobando vários estilos e gêneros e isso afasta boa parte da audiência que está acostumada com uma narrativa mais conservadora e linear - e aqui não se trata de uma crítica, já que "gosto é gosto", mas é preciso alinhar as expectativas para você não se decepcionar com a proposta do filme.

Como os seus antecessores, "Rio, Eu Te Amo" reúne dez curtas de diretores brasileiros e internacionais que contam histórias que se passam em diferentes pontos do Rio de Janeiro, revelando as características da cidade e tendo um elemento em comum: o amor (ou a falta dele). Confira o trailer:

Produzida pelo francês Emmanuel Benbihy, "Rio, eu te amo" tem mais acertos do que falhas e um dos elementos que mais me atrai na proposta experimental do filme é a forma como a montagem vai encaixando as histórias que, diga-se de passagem, não tem a menor necessidade de conversarem entre si. Veja, como toda metrópole o Rio de Janeiro também tem as suas histórias e seus personagens muito particulares, além de um visual incrível (lindamente trabalhada na fotografia), com isso a passagem de bastão entre um curta-metragem e outro é muito fluida quando a interação entre os protagonistas acontecem. Claro que existem alguns desalinhamentos, mas a conexão cria, de fato, uma sensação de unidade, mesmo com conduções tão fragmentadas.

Reparem que nada indica quando uma história termina e outra começa, por isso conhecer o conceito ajuda a se relacionar melhor com o filme, mas é notório que algumas das propostas funcionam melhor do que outras quando observadas de perto. De cara vale destacar "O Milagre" de Nadine Labaki ("E Agora, Aonde Vamos"). Durante uma filmagem no Rio, um casal de atores famosos conhecem um menino que acredita receber telefonemas de Jesus. No início, eles o encaram com desconfiança, mas logo percebem que esse "Jesus" não é quem o menino está pensando e resolvem "ajudar" o simpático carioquinha - o jovem Cauã Antunes é uma pérola. Outro segmento que me chamou atenção foi "Texas" de Guillermo Arriaga (roteirista de "Babel"). Após um acidente de carro, Texas, um ex-lutador de boxe, perde um braço e sua esposa não consegue mais andar. Para conseguir pagar uma cirurgia que pode curar a esposa, ele acaba se envolvendo em uma rede lutas clandestinas que coloca o seu relacionamento em jogo. E para finalizar, "Pas de Deux" de Carlos Saldanha. Aqui temos uma curiosidade: esse foi o primeiro filme em live-action dirigido pelo animador brasileiro. Ele se passa no interior do belíssimo Teatro Municipal e retrata a relação de um casal de bailarinos que entra em crise por causa da carreira, que pode separá-los, momentos antes de iniciarem uma importante apresentação.

Claro que "Rio, eu te amo" é um recorte do Brasil, que está naquela mesma prateleira que vimos em New York e Paris - ou seja, o filme que se apropria da paisagem e das particularidades locais com aquela pitada de conto literal para "inglês ver". O filme tem o pretexto de misturar talento (e são muitos: Andrucha Waddington,  José Padilha, Fernando Meirelles,  Paolo Sorrentino, etc) com liberdade criativa, para fazer publicidade com um toque de homenagem, crítica social e até um certo ufanismo. Eu te digo que é uma experiência interessante, divertida, mas que não será uma unanimidade na sua totalidade. Como mérito, talvez essa versão brasileira do projeto "Cities of Love" seja a mais sincera e honesta até aqui.

Vale o play!

Assista Agora

Só assista "Rio, eu te amo" se você já conhecer a dinâmica narrativa da série de filmes que fazem parte do projeto "Cities of Love" dos ótimos "Paris Je T’Aime" e "New York, I Love You". Primeiro por ter uma identidade muito particular e segundo por se tratar de um projeto extremamente autoral e, em muitos momentos, bastante experimental. Pessoalmente, acho a série de filmes incrível, porém reconheço que existe uma oscilação entre uma história e outra que acaba englobando vários estilos e gêneros e isso afasta boa parte da audiência que está acostumada com uma narrativa mais conservadora e linear - e aqui não se trata de uma crítica, já que "gosto é gosto", mas é preciso alinhar as expectativas para você não se decepcionar com a proposta do filme.

Como os seus antecessores, "Rio, Eu Te Amo" reúne dez curtas de diretores brasileiros e internacionais que contam histórias que se passam em diferentes pontos do Rio de Janeiro, revelando as características da cidade e tendo um elemento em comum: o amor (ou a falta dele). Confira o trailer:

Produzida pelo francês Emmanuel Benbihy, "Rio, eu te amo" tem mais acertos do que falhas e um dos elementos que mais me atrai na proposta experimental do filme é a forma como a montagem vai encaixando as histórias que, diga-se de passagem, não tem a menor necessidade de conversarem entre si. Veja, como toda metrópole o Rio de Janeiro também tem as suas histórias e seus personagens muito particulares, além de um visual incrível (lindamente trabalhada na fotografia), com isso a passagem de bastão entre um curta-metragem e outro é muito fluida quando a interação entre os protagonistas acontecem. Claro que existem alguns desalinhamentos, mas a conexão cria, de fato, uma sensação de unidade, mesmo com conduções tão fragmentadas.

Reparem que nada indica quando uma história termina e outra começa, por isso conhecer o conceito ajuda a se relacionar melhor com o filme, mas é notório que algumas das propostas funcionam melhor do que outras quando observadas de perto. De cara vale destacar "O Milagre" de Nadine Labaki ("E Agora, Aonde Vamos"). Durante uma filmagem no Rio, um casal de atores famosos conhecem um menino que acredita receber telefonemas de Jesus. No início, eles o encaram com desconfiança, mas logo percebem que esse "Jesus" não é quem o menino está pensando e resolvem "ajudar" o simpático carioquinha - o jovem Cauã Antunes é uma pérola. Outro segmento que me chamou atenção foi "Texas" de Guillermo Arriaga (roteirista de "Babel"). Após um acidente de carro, Texas, um ex-lutador de boxe, perde um braço e sua esposa não consegue mais andar. Para conseguir pagar uma cirurgia que pode curar a esposa, ele acaba se envolvendo em uma rede lutas clandestinas que coloca o seu relacionamento em jogo. E para finalizar, "Pas de Deux" de Carlos Saldanha. Aqui temos uma curiosidade: esse foi o primeiro filme em live-action dirigido pelo animador brasileiro. Ele se passa no interior do belíssimo Teatro Municipal e retrata a relação de um casal de bailarinos que entra em crise por causa da carreira, que pode separá-los, momentos antes de iniciarem uma importante apresentação.

Claro que "Rio, eu te amo" é um recorte do Brasil, que está naquela mesma prateleira que vimos em New York e Paris - ou seja, o filme que se apropria da paisagem e das particularidades locais com aquela pitada de conto literal para "inglês ver". O filme tem o pretexto de misturar talento (e são muitos: Andrucha Waddington,  José Padilha, Fernando Meirelles,  Paolo Sorrentino, etc) com liberdade criativa, para fazer publicidade com um toque de homenagem, crítica social e até um certo ufanismo. Eu te digo que é uma experiência interessante, divertida, mas que não será uma unanimidade na sua totalidade. Como mérito, talvez essa versão brasileira do projeto "Cities of Love" seja a mais sincera e honesta até aqui.

Vale o play!

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