indika.tv - Batman - A Piada Mortal
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Batman - A Piada Mortal

Diretor
Sam Liu
Elenco
Kevin Conroy, Mark Hamill, Ray Wise, Tara Strong
Ano
2016
País
EUA

animação Max ml-psicologico ml-violencia ml-heroi ml-dc ml-vu

Batman - A Piada Mortal

Se alguém me perguntasse o que eu faria depois de "Coringa" do Todd Phillips e do "Batman" do Matt Reeves, eu responderia tranquilamente: adaptaria "Batman - A Piada Mortal" em live-action - minha única dúvida seria se eu usaria o final que vemos na tela ou de fato mostraria o que aconteceu após a "piada" do Coringa pela mente brilhante de Alan Moore! Dito isso, posso afirmar sem medo de errar que esse filme em animação da DC é simplesmente sensacional, mas, como já é possível imaginar, é também polêmico - já que nem todos vão entender a genialidade do diretor Sam Liu (A Morte do Superman) a partir do roteiro de Brian Azzarello e da HQ de Moore.

Na história acompanhamos um Batman enfurecido procurando o fugitivo Coringa depois de uma ataque covarde à família Gordon com o único intuito de provar sua tese, da maneira mais diabólica, que inocentaria sua própria descendência na loucura. Confira o trailer (em inglês):

"A Piada Mortal" foi lançada em 1988 e rapidamente se tornou um enorme sucesso e referência entre os leitores das HQs do Batman. Depois de assistir uma adaptação tão fiel como "Batman e o Longo dia das Bruxas", eu diria que a DC se superou, pois ela conseguiu expandir ainda mais o universo criado por Moore e ainda honrar a sua obra original sem deixar de lado toda aquela autenticidade e visão criativa.

Veja, se na HQ a Batgirl estava inserida na história somente para alavancar a trama de outros personagens, aqui ela é peça importante na humanização do herói - que casa perfeitamente com o perfil estabelecido por Reeves em "The Batman". Outro ponto alto e muito bem explorado, sem dúvida, é a participação do Coringa - e aqui é impossível não fazer a conexão que citei na apresentação desse review. Brilhantemente interpretado por Mark Hamill (o Luke Skywalker de "Star Wars"), esse Coringa tem o sadismo no olhar, a loucura nos gestos e a inteligência nos discursos como na performance de Joaquin Phoenix - sua última piada é uma resposta simplesmente genial para uma "proposta" (que nunca seria cumprida) do Batman. É lindo de ver (e de imaginar na voz do ator).

Essa animação é basicamente sobre a "loucura". Sabendo que o original de Moore se baseou no livro "A História da Loucura" do sociólogo Michel Foucault, fica clara a preocupação do diretor em explorar cada detalhe da psiquê dos personagens e os gatilhos (ou atitudes) que fariam cada um deles serem classificados como "loucos" dentro de um contexto. São várias passagens, da violência da Batgirl às atitudes do Comissário Gordon e do próprio Batman no final da história - algumas referências nas cenas onde a animação explora o passado do Coringa, embora diferentes do filme de Phillips, na essência transformadora são as mesmas; e muito marcantes!

Visualmente, "A Piada Mortal" não tem a beleza e mood  depressivo de "Batman e o Longo dia das Bruxas", mas também está longe de ser simplista. Existe um charme nos traços, principalmente dos personagens - eu só senti falta de uma Gotham mais sombria, opressora, escura. A própria narração da Batgirl no inicio da jornada pontua esse clima menos denso. Resumindo, essa animação consegue mostrar, mais uma vez, a força de um personagem que parece vai ser levado a sério daqui para frente nos cinemas, com um universo rico, cheio de conexões entre passado e presente, e que estão prontos para serem aproveitados - sem se esquecer da reflexão honesta e profunda sobre a diferença ente propósito e loucura.

Vale muito seu play!

Assista Agora

Se alguém me perguntasse o que eu faria depois de "Coringa" do Todd Phillips e do "Batman" do Matt Reeves, eu responderia tranquilamente: adaptaria "Batman - A Piada Mortal" em live-action - minha única dúvida seria se eu usaria o final que vemos na tela ou de fato mostraria o que aconteceu após a "piada" do Coringa pela mente brilhante de Alan Moore! Dito isso, posso afirmar sem medo de errar que esse filme em animação da DC é simplesmente sensacional, mas, como já é possível imaginar, é também polêmico - já que nem todos vão entender a genialidade do diretor Sam Liu (A Morte do Superman) a partir do roteiro de Brian Azzarello e da HQ de Moore.

Na história acompanhamos um Batman enfurecido procurando o fugitivo Coringa depois de uma ataque covarde à família Gordon com o único intuito de provar sua tese, da maneira mais diabólica, que inocentaria sua própria descendência na loucura. Confira o trailer (em inglês):

"A Piada Mortal" foi lançada em 1988 e rapidamente se tornou um enorme sucesso e referência entre os leitores das HQs do Batman. Depois de assistir uma adaptação tão fiel como "Batman e o Longo dia das Bruxas", eu diria que a DC se superou, pois ela conseguiu expandir ainda mais o universo criado por Moore e ainda honrar a sua obra original sem deixar de lado toda aquela autenticidade e visão criativa.

Veja, se na HQ a Batgirl estava inserida na história somente para alavancar a trama de outros personagens, aqui ela é peça importante na humanização do herói - que casa perfeitamente com o perfil estabelecido por Reeves em "The Batman". Outro ponto alto e muito bem explorado, sem dúvida, é a participação do Coringa - e aqui é impossível não fazer a conexão que citei na apresentação desse review. Brilhantemente interpretado por Mark Hamill (o Luke Skywalker de "Star Wars"), esse Coringa tem o sadismo no olhar, a loucura nos gestos e a inteligência nos discursos como na performance de Joaquin Phoenix - sua última piada é uma resposta simplesmente genial para uma "proposta" (que nunca seria cumprida) do Batman. É lindo de ver (e de imaginar na voz do ator).

Essa animação é basicamente sobre a "loucura". Sabendo que o original de Moore se baseou no livro "A História da Loucura" do sociólogo Michel Foucault, fica clara a preocupação do diretor em explorar cada detalhe da psiquê dos personagens e os gatilhos (ou atitudes) que fariam cada um deles serem classificados como "loucos" dentro de um contexto. São várias passagens, da violência da Batgirl às atitudes do Comissário Gordon e do próprio Batman no final da história - algumas referências nas cenas onde a animação explora o passado do Coringa, embora diferentes do filme de Phillips, na essência transformadora são as mesmas; e muito marcantes!

Visualmente, "A Piada Mortal" não tem a beleza e mood  depressivo de "Batman e o Longo dia das Bruxas", mas também está longe de ser simplista. Existe um charme nos traços, principalmente dos personagens - eu só senti falta de uma Gotham mais sombria, opressora, escura. A própria narração da Batgirl no inicio da jornada pontua esse clima menos denso. Resumindo, essa animação consegue mostrar, mais uma vez, a força de um personagem que parece vai ser levado a sério daqui para frente nos cinemas, com um universo rico, cheio de conexões entre passado e presente, e que estão prontos para serem aproveitados - sem se esquecer da reflexão honesta e profunda sobre a diferença ente propósito e loucura.

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