indika.tv - No Ritmo do Coração
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No Ritmo do Coração

Diretor
Sian Heder
Elenco
Emilia Jones, Troy Kotsur, Marlee Matlin
Ano
2021
País
EUA

Drama Prime Video ml-musica ml-dramedia ml-relacoes ml-jovem ml-oscar ml-familia ml-ne ml-gb

No Ritmo do Coração

"CODA", que no Brasil ganhou o sugestivo título "No Ritmo do Coração", é uma graça - uma mistura de "Nasce uma Estrela" com "Juno" ou "Lady Bird". O fato é que o filme da diretora Sian Heder é uma delicia de assistir, equilibrando perfeitamente o drama da protagonista com todo aquele universo que ela está inserida - o que me deixa muito tranquilo em afirmar que "CODA" é mesmo um filme sobre "empatia"!

Nele acompanhamos a história de Ruby (Emilia Jones), uma jovem que mora com sua família em uma cidade pesqueira no norte dos Estados Unidos. Todas as manhãs, antes de ir para a escola, ela embarca com seu pai Frank (Troy Kotsur) e seu irmão Leo (Daniel Durant) para ajudá-los na pescaria do dia - o que já seria uma grande responsabilidade não fosse um agravante - ela é a única pessoa da família que não é surda. Dividida entre sua paixão, a música, e a necessidade de ajudar sua família a se comunicar com o mundo, Ruby precisa decidir quais os caminhos deve seguir assim que acabar o seu último ano do Ensino Médio. Confira o trailer:

CODA significa "children of deaf adults" ou "filha de adultos surdos" em uma tradução livre - é esse "detalhe" que transforma a premissa simples daquela clássica trama de amadurecimento, protagonizada por uma adolescente que se vê dividida entre as obrigações familiares e a vontade de seguir seus próprios sonhos, em um um filme único e muito sensível.

Também roteirizado por Sian Heder (que se baseou no filme francês "A Família Bélier", de 2014), "No Ritmo do Coração" usa de uma narrativa bastante leve para discutir a importância da inclusão e a relação que os surdos tem com o mundo - e aqui cabe um comentário: a dinâmica familiar entre Ruby, seu pai Frank, seu irmão Leo e sua mãe Jackie (Marlee Matlin) é muito divertida, o que nos ajuda a criar uma conexão imediata com todos e a entender os limites e dificuldades de se comunicar quando o outro, muitas vezes, não está disposto a lidar com as diferenças.

Embora o filme não tenha nenhuma inovação narrativa ou visual tão impactante, mesmo se apropriando do silêncio e das legendas para facilitar o entendimento quando a linguagem de sinais é a única ferramenta de comunicação, a cena em que Ruby se apresenta no coral da escola é simplesmente fantástica - é nela que temos a exata sensação do problema que o filme se propõe a discutir! O elenco é um show à parte: Emilia Jones, mostra todo o seu carisma e talento ao criar uma adolescente apaixonante, mas que sobe de patamar ao assumir toda a potência vocal que personagem pede - eu diria que é nível indicação para o Oscar de "Melhor Atriz". Já Kotsur, Matlin e Durant, todos surdos na vida real, entregam atuações cheias de detalhes e simpatia - e mesmo em cenas que exigem mais do drama, funcionam cirurgicamente como alívios cômicos com todo respeito que lhes são de direito, mostrando assim várias camadas de seus personagem. Te desafio a não se emocionar com eles - Kotsur ou (e) Matlin mereceriam uma indicação de ator/atriz coadjuvante tranquilamente.

"CODA - No Ritmo do Coração" é um filme levemente açucarado e previsível - feito para nos fazer rir e chorar, além de aquecer nossa alma e nosso coração, e tudo bem, porque falo isso sem demérito algum, já que traz uma honestidade para sua trama que o coloca naquela prateleira de um dos melhores filmes do ano de 2021.

Vale muito a pena! 

Up-date: "CODA - No Ritmo do Coração" ganhou em três categorias no Oscar 2022: Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Filme!

Assista Agora

"CODA", que no Brasil ganhou o sugestivo título "No Ritmo do Coração", é uma graça - uma mistura de "Nasce uma Estrela" com "Juno" ou "Lady Bird". O fato é que o filme da diretora Sian Heder é uma delicia de assistir, equilibrando perfeitamente o drama da protagonista com todo aquele universo que ela está inserida - o que me deixa muito tranquilo em afirmar que "CODA" é mesmo um filme sobre "empatia"!

Nele acompanhamos a história de Ruby (Emilia Jones), uma jovem que mora com sua família em uma cidade pesqueira no norte dos Estados Unidos. Todas as manhãs, antes de ir para a escola, ela embarca com seu pai Frank (Troy Kotsur) e seu irmão Leo (Daniel Durant) para ajudá-los na pescaria do dia - o que já seria uma grande responsabilidade não fosse um agravante - ela é a única pessoa da família que não é surda. Dividida entre sua paixão, a música, e a necessidade de ajudar sua família a se comunicar com o mundo, Ruby precisa decidir quais os caminhos deve seguir assim que acabar o seu último ano do Ensino Médio. Confira o trailer:

CODA significa "children of deaf adults" ou "filha de adultos surdos" em uma tradução livre - é esse "detalhe" que transforma a premissa simples daquela clássica trama de amadurecimento, protagonizada por uma adolescente que se vê dividida entre as obrigações familiares e a vontade de seguir seus próprios sonhos, em um um filme único e muito sensível.

Também roteirizado por Sian Heder (que se baseou no filme francês "A Família Bélier", de 2014), "No Ritmo do Coração" usa de uma narrativa bastante leve para discutir a importância da inclusão e a relação que os surdos tem com o mundo - e aqui cabe um comentário: a dinâmica familiar entre Ruby, seu pai Frank, seu irmão Leo e sua mãe Jackie (Marlee Matlin) é muito divertida, o que nos ajuda a criar uma conexão imediata com todos e a entender os limites e dificuldades de se comunicar quando o outro, muitas vezes, não está disposto a lidar com as diferenças.

Embora o filme não tenha nenhuma inovação narrativa ou visual tão impactante, mesmo se apropriando do silêncio e das legendas para facilitar o entendimento quando a linguagem de sinais é a única ferramenta de comunicação, a cena em que Ruby se apresenta no coral da escola é simplesmente fantástica - é nela que temos a exata sensação do problema que o filme se propõe a discutir! O elenco é um show à parte: Emilia Jones, mostra todo o seu carisma e talento ao criar uma adolescente apaixonante, mas que sobe de patamar ao assumir toda a potência vocal que personagem pede - eu diria que é nível indicação para o Oscar de "Melhor Atriz". Já Kotsur, Matlin e Durant, todos surdos na vida real, entregam atuações cheias de detalhes e simpatia - e mesmo em cenas que exigem mais do drama, funcionam cirurgicamente como alívios cômicos com todo respeito que lhes são de direito, mostrando assim várias camadas de seus personagem. Te desafio a não se emocionar com eles - Kotsur ou (e) Matlin mereceriam uma indicação de ator/atriz coadjuvante tranquilamente.

"CODA - No Ritmo do Coração" é um filme levemente açucarado e previsível - feito para nos fazer rir e chorar, além de aquecer nossa alma e nosso coração, e tudo bem, porque falo isso sem demérito algum, já que traz uma honestidade para sua trama que o coloca naquela prateleira de um dos melhores filmes do ano de 2021.

Vale muito a pena! 

Up-date: "CODA - No Ritmo do Coração" ganhou em três categorias no Oscar 2022: Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Filme!

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