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Je Suis Karl

Diretor
Christian Schwochow
Elenco
Luna Wedler, Jannis Niewöhner, Milan Peschel
Ano
2021
País
Alemanha

Drama netflix ml-investigação ml-terrorismo ml-relacoes ml-violencia ml-alemanha ml-europa ml-hoc

Je Suis Karl

"Je Suis Karl" é um verdadeiro soco no estômago. Essa produção alemã usa muitos elementos de outros dois grandes sucessos do país: "Em Pedaços" e "Nós somos a Onda" - e aqui não estamos comparando as produções e sim pontuando características que facilmente conseguimos encontrar se olharmos com mais atenção para cada uma delas. Veja, "Je Suis Karl" explora várias camadas de uma complexa discussão sobre a imigração na Europa e seus reflexos em atentados terroristas, seja ele qual for a motivação - é um recorte de quem ataca e de quem é a vítima através de uma visão extremamente delicada sobre o extremismo e a ascensão da ultra direita.

Maxi Baier (Luna Wedler) é uma sobrevivente de um ataque terrorista que matou sua mãe e seus dois irmãos, restando apenas o pai. Em um belo dia, a jovem conhece Karl (Jannis Niewöhner), um sedutor estudante que a convida para um seminário de verão sobre a diversidade. Entretanto, na chamada para o evento destaca-se a frase “assuma o controle”. Juntos, eles se tornam parte de um movimento juvenil europeu que visa tomar, de fato, o poder a partir de ideias extremistas de supremacia branca. Confira o trailer (original):

Chancelado pela seleção no 71ª Festival de Berlin, o filme dirigido magistralmente por Christian Schwochow e escrito por Thomas Wendrich, apresenta uma reflexão sobre uma interpretação deturpada das origens e consequências de uma tragédia pelos olhos (e cliques) irresponsáveis de um grupo supremacista obcecado por suas estratégias de sedução - é impressionante a habilidade com que Schwochow vai quebrando a linha temporal e usando de conceitos estéticos para explorar uma narrativa que sobrepõe a dor com fanatismo, xenofobia e aliciamento, além, claro, da deturpação de valores morais com o único objetivo de mudar a mentalidade de pessoas aparentemente boas, mas facilmente influenciáveis - e aí está o grande problema (da humanidade em tempos de redes sociais).

Além de um roteiro bem redondinho e de uma direção com muita identidade, "Je Suis Karl" tem um conceito estética muito marcante, com uma fotografia deslumbrante que é potencializada por um trabalho de pós-produção das mais interessantes: reparem como as cores e as texturas se encaixam perfeitamente com a ambientação e com o clímax da história, seja em Berlim, Paris ou Praga. Mesmo em alguns momentos acima do tom, Maxi Baier faz um excelente trabalho ao lado de Jannis Niewöhner - mas a performance que mais me chamou a atenção foi a do pai de Maxi, Alex (Milan Peschel). Tem uma dor marcante no seu olhar que corta o coração.

"Je Suis Karl" tem uma levada independente que impacta na história e surpreende pelas escolhas narrativas que Schwochow e Wendrich fizeram. Saiba que o conflito prometido desde o início vai se transformando durante o segundo ato do filme e assim eliminando toda aquela previsibilidade que parecia natural, com isso a progressão das relações entre os personagens vão ganhando força e a interpretação de seus ideais, fatalmente, vai te provocar ótimas de reflexões - e esse é o ponto alto do filme!

Uma boa surpresa que vale cada minuto!

Assista Agora

"Je Suis Karl" é um verdadeiro soco no estômago. Essa produção alemã usa muitos elementos de outros dois grandes sucessos do país: "Em Pedaços" e "Nós somos a Onda" - e aqui não estamos comparando as produções e sim pontuando características que facilmente conseguimos encontrar se olharmos com mais atenção para cada uma delas. Veja, "Je Suis Karl" explora várias camadas de uma complexa discussão sobre a imigração na Europa e seus reflexos em atentados terroristas, seja ele qual for a motivação - é um recorte de quem ataca e de quem é a vítima através de uma visão extremamente delicada sobre o extremismo e a ascensão da ultra direita.

Maxi Baier (Luna Wedler) é uma sobrevivente de um ataque terrorista que matou sua mãe e seus dois irmãos, restando apenas o pai. Em um belo dia, a jovem conhece Karl (Jannis Niewöhner), um sedutor estudante que a convida para um seminário de verão sobre a diversidade. Entretanto, na chamada para o evento destaca-se a frase “assuma o controle”. Juntos, eles se tornam parte de um movimento juvenil europeu que visa tomar, de fato, o poder a partir de ideias extremistas de supremacia branca. Confira o trailer (original):

Chancelado pela seleção no 71ª Festival de Berlin, o filme dirigido magistralmente por Christian Schwochow e escrito por Thomas Wendrich, apresenta uma reflexão sobre uma interpretação deturpada das origens e consequências de uma tragédia pelos olhos (e cliques) irresponsáveis de um grupo supremacista obcecado por suas estratégias de sedução - é impressionante a habilidade com que Schwochow vai quebrando a linha temporal e usando de conceitos estéticos para explorar uma narrativa que sobrepõe a dor com fanatismo, xenofobia e aliciamento, além, claro, da deturpação de valores morais com o único objetivo de mudar a mentalidade de pessoas aparentemente boas, mas facilmente influenciáveis - e aí está o grande problema (da humanidade em tempos de redes sociais).

Além de um roteiro bem redondinho e de uma direção com muita identidade, "Je Suis Karl" tem um conceito estética muito marcante, com uma fotografia deslumbrante que é potencializada por um trabalho de pós-produção das mais interessantes: reparem como as cores e as texturas se encaixam perfeitamente com a ambientação e com o clímax da história, seja em Berlim, Paris ou Praga. Mesmo em alguns momentos acima do tom, Maxi Baier faz um excelente trabalho ao lado de Jannis Niewöhner - mas a performance que mais me chamou a atenção foi a do pai de Maxi, Alex (Milan Peschel). Tem uma dor marcante no seu olhar que corta o coração.

"Je Suis Karl" tem uma levada independente que impacta na história e surpreende pelas escolhas narrativas que Schwochow e Wendrich fizeram. Saiba que o conflito prometido desde o início vai se transformando durante o segundo ato do filme e assim eliminando toda aquela previsibilidade que parecia natural, com isso a progressão das relações entre os personagens vão ganhando força e a interpretação de seus ideais, fatalmente, vai te provocar ótimas de reflexões - e esse é o ponto alto do filme!

Uma boa surpresa que vale cada minuto!

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