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Vidas à Deriva

Diretor
Baltasar Kormákur
Elenco
Shailene Woodley, Sam Claflin, Jeffrey Thomas
Ano
2018
País
EUA

Drama Max ml-real ml-relacoes ml-catastrofe ml-superação ml-gb ml-natureza

Vidas à Deriva

Você vai se surpreender - principalmente se você gosta de filmes angustiantes, baseado em fatos reais, como "127 Horas", por exemplo. Aliás, "Vidas à Deriva" é sim mais "um filme de ator" e admito: fiquei muito impressionado com a performance de Shailene Woodley (de "Big Little Lies") - praticamente sozinha, como James Franco (diga-se de passagem), ela é capaz de nos conectar com aquele pesadelo de uma forma muito particular, homeopática até, se aproveitando muito bem do "tempo de tela" para potencializar o valor do silêncio, da solidão, da reflexão e da angustia, que nos provoca, nos tira da zona de conforto e, finalmente, nos emociona! 

Apaixonados, os noivos Tami Oldham (Shailene Woodley) e Richard Sharp (Sam Claflin) velejam em mar aberto quando são atingidos por uma terrível tempestade. Passada a tormenta, ela se vê completamente perdida na embarcação em ruínas e tenta encontrar uma maneira de salvar a própria vida e a do parceiro bastante machucado. Confira o trailer:

Dirigido pelo talentoso cineasta islandês Baltasar Kormákur (de "A Fera") e escrito pelo trio Aaron Kandell, Jordan Kandell (ambos de "Moana") e David Branson Smith (de "UnReal"), "Vidas à Deriva" funciona basicamente como dois filmes em um - o primeiro é pautado no relacionamento de Oldham e Sharp; e o segundo na luta pela sobrevivência durante a deriva. Naturalmente, contada a partir de flashbacks, a versão romântica da história, de fato, não soa como das mais atraentes - tudo acontece tão rápido que mesmo com cenas belíssimas, muito bem fotografadas pelo craque Robert Richardson (vencedor de 3 Oscars, o último por "Hugo"), fica difícil se envolver ou se identificar com aquela dinâmica entre os personagens (soa adolescente demais). Já o lado mais dramático do filme, esse sim funciona perfeitamente, algo como "Mar Aberto" - e aqui cabe um comentário: durante esse plot, não existe muita ação ou cortes mais acelerados para criar tensão; a própria situação já nos provoca inúmeras sensações que acabam colocando nossa experiência em outro patamar. Funciona e bem!

É claro que a escolha conceitual de misturar esses dois plots tão diferentes em uma montagem que vai e volta na linha temporal sem deixar muito espaço para nos localizarmos ou nos conectarmos com os personagens, cria um fluxo narrativo frágil, mas também não deixa de ser interessante, só que prejudica uma imersão mais profunda e em determinadas passagens faz falta essa relação de empatia - principalmente no primeiro e segundo atos. Sinceramente isso não me atrapalhou, pois eu achei que os saltos aconteceram de forma bem orgânica e consciente - lembra um pouco "Lost" nesse sentido; mas imagino que isso pode incomodar parte da audiência.

A jornada contada pelos olhos de Tami contém desespero (reparem na cena em que ela nota um navio cargueiro vindo ao seu encontro) e também alívio (igualmente ótima a cena em que a ela comemora a chegada da chuva, nua, sobre a proa do barco), e é essa dicotomia que dá o tom de "Vidas à Deriva" - essa complexidade da personagem X o drama que ela esta vivendo, faz valer a jornada da mesma forma que nos faz esquecer o lado "love is in the air" do roteiro; porém, é inegável que o ponto de virada do terceiro ato e o que se segue, ajuda demais na conclusão emocionante e (aí sim) coerente dessa história de amor em meio ao caos!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Você vai se surpreender - principalmente se você gosta de filmes angustiantes, baseado em fatos reais, como "127 Horas", por exemplo. Aliás, "Vidas à Deriva" é sim mais "um filme de ator" e admito: fiquei muito impressionado com a performance de Shailene Woodley (de "Big Little Lies") - praticamente sozinha, como James Franco (diga-se de passagem), ela é capaz de nos conectar com aquele pesadelo de uma forma muito particular, homeopática até, se aproveitando muito bem do "tempo de tela" para potencializar o valor do silêncio, da solidão, da reflexão e da angustia, que nos provoca, nos tira da zona de conforto e, finalmente, nos emociona! 

Apaixonados, os noivos Tami Oldham (Shailene Woodley) e Richard Sharp (Sam Claflin) velejam em mar aberto quando são atingidos por uma terrível tempestade. Passada a tormenta, ela se vê completamente perdida na embarcação em ruínas e tenta encontrar uma maneira de salvar a própria vida e a do parceiro bastante machucado. Confira o trailer:

Dirigido pelo talentoso cineasta islandês Baltasar Kormákur (de "A Fera") e escrito pelo trio Aaron Kandell, Jordan Kandell (ambos de "Moana") e David Branson Smith (de "UnReal"), "Vidas à Deriva" funciona basicamente como dois filmes em um - o primeiro é pautado no relacionamento de Oldham e Sharp; e o segundo na luta pela sobrevivência durante a deriva. Naturalmente, contada a partir de flashbacks, a versão romântica da história, de fato, não soa como das mais atraentes - tudo acontece tão rápido que mesmo com cenas belíssimas, muito bem fotografadas pelo craque Robert Richardson (vencedor de 3 Oscars, o último por "Hugo"), fica difícil se envolver ou se identificar com aquela dinâmica entre os personagens (soa adolescente demais). Já o lado mais dramático do filme, esse sim funciona perfeitamente, algo como "Mar Aberto" - e aqui cabe um comentário: durante esse plot, não existe muita ação ou cortes mais acelerados para criar tensão; a própria situação já nos provoca inúmeras sensações que acabam colocando nossa experiência em outro patamar. Funciona e bem!

É claro que a escolha conceitual de misturar esses dois plots tão diferentes em uma montagem que vai e volta na linha temporal sem deixar muito espaço para nos localizarmos ou nos conectarmos com os personagens, cria um fluxo narrativo frágil, mas também não deixa de ser interessante, só que prejudica uma imersão mais profunda e em determinadas passagens faz falta essa relação de empatia - principalmente no primeiro e segundo atos. Sinceramente isso não me atrapalhou, pois eu achei que os saltos aconteceram de forma bem orgânica e consciente - lembra um pouco "Lost" nesse sentido; mas imagino que isso pode incomodar parte da audiência.

A jornada contada pelos olhos de Tami contém desespero (reparem na cena em que ela nota um navio cargueiro vindo ao seu encontro) e também alívio (igualmente ótima a cena em que a ela comemora a chegada da chuva, nua, sobre a proa do barco), e é essa dicotomia que dá o tom de "Vidas à Deriva" - essa complexidade da personagem X o drama que ela esta vivendo, faz valer a jornada da mesma forma que nos faz esquecer o lado "love is in the air" do roteiro; porém, é inegável que o ponto de virada do terceiro ato e o que se segue, ajuda demais na conclusão emocionante e (aí sim) coerente dessa história de amor em meio ao caos!

Vale muito o seu play!

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