indika.tv - Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
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Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Diretor
Sam Raimi
Elenco
Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen, Chiwetel Ejiofor
Ano
2022
País
EUA

Ação ml-heroi ml-marvel ml-lcp ml-vu ml-luta Disney+

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Muita gente criticou, mas eu me diverti muito assistindo "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" - mesmo entendendo a estratégia da Marvel como uma aposta complicada de realizar, já que a interdependência entre as produções vem se tornando cada vez mais latente. Por outro lado, o Estúdio vem dando uma liberdade (até surpreendente) para que os diretores imponham sua identidade ao ponto de transformar um gênero (bastante criticado por sua pasteurização) em algo cada vez mais autoral - e foi aí que Sam Raimi brilhou!

Em "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", após derrotar Dormammu e enfrentar Thanos nos eventos de "Vingadores: Ultimato", o Mago Supremo, Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), e seu parceiro Wong (Benedict Wong), continuam suas pesquisas sobre a Jóia do Tempo. Mas uma velha conhecida coloca um ponto final nos seus planos e faz com que Strange desencadeie um mal indescritível, o obrigando a enfrentar uma nova e poderosa ameaça. Confira o trailer:

Antes de mais nada é preciso contextualizar onde estamos nessa complicada (e cheia de detalhes) linha temporal do MCU. Mas que fique claro, nossa função aqui não é fazer estudo aprofundado de caso e sim posicionar a audiência menos especializada em um ótimo cenário de entretenimento onde estão os filmes de heróis. Pois bem, em "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa", o Dr. Stephen Strange tenta ajudar Peter Parker, que teve sua identidade revelada em "Longe de Casa", com um feitiço que acaba dando errado, criando uma certa, digamos, confusão através de vários Universos. Mas não é só isso, toda uma preparação foi criada com as séries do Disney+, "WandaVision", "Loki" e, especialmente "What if...?", que se conectam diretamente com o filme, trazendo uma sensação de complementariedade para quem assistiu e de alguma confusão para quem não assistiu.

Em "What If…?", mais especificamente no 4º episódio (embora tenhamos outras referências da série no filme), há um Stephen Strange diferente que acaba enlouquecendo. Em “E se… O Doutor Estranho perdesse o coração em vez das mãos?”, uma realidade inteira é destruída após uma sequência desastrosa de atitudes precipitadas do personagem, após a morte do amor de sua vida, Christine Palmer (Rachel McAdams), em um acidente. Seguindo essa linha narrativa, o roteirista Michael Waldron (não por coincidência, o mesmo de "Loki") se esforça ao máximo para conectar as pontas sem a necessidade de explicações muito elaboradas e, na minha opinião, ele não é tão bem sucedido - não por culpa dele, mas pela aposta da Marvel de que todos que assistem seus filmes, também assistem suas séries e estão interessados em mergulhar muito fundo naquele universo que ela vem criando.

Isoladamente, o filme continua muito divertido, com excelentes sequências de ação e um toque magistral de Raimi que traz vários elementos de terror e suspense, variando a gramática cinematográfica entre diferentes subgêneros, que vai do slasher ao psicológico, pontuando a violência gráfica sem a necessidade de impactar com "sangue" - o que interferiria diretamente na classificação do filme. Elizabeth Olsen é outro grande destaque - ela transita brilhantemente entre a doçura de Wanda e a crueldade da Feiticeira Escarlate, enquanto Benedict Cumberbatch se afasta do piadista do primeiro filme e nos apresenta seu lado infeliz, amargurado, arrependido e, ao mesmo tempo, egoísta (muito do que vimos em "What If…?", inclusive)

Em um filme que se aproveita do equilíbrio conseguido em "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis", onde os ótimos efeitos em CGI estão completamente alinhados ao caráter mais místico das artes marciais, "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", acaba sendo um delicioso espetáculo visual digno de um personagem que finalmente parece ter encontrado o seu tom e uma história consistente para contar. Palmas para Sam Raimi!

Assista Agora

Muita gente criticou, mas eu me diverti muito assistindo "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" - mesmo entendendo a estratégia da Marvel como uma aposta complicada de realizar, já que a interdependência entre as produções vem se tornando cada vez mais latente. Por outro lado, o Estúdio vem dando uma liberdade (até surpreendente) para que os diretores imponham sua identidade ao ponto de transformar um gênero (bastante criticado por sua pasteurização) em algo cada vez mais autoral - e foi aí que Sam Raimi brilhou!

Em "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", após derrotar Dormammu e enfrentar Thanos nos eventos de "Vingadores: Ultimato", o Mago Supremo, Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), e seu parceiro Wong (Benedict Wong), continuam suas pesquisas sobre a Jóia do Tempo. Mas uma velha conhecida coloca um ponto final nos seus planos e faz com que Strange desencadeie um mal indescritível, o obrigando a enfrentar uma nova e poderosa ameaça. Confira o trailer:

Antes de mais nada é preciso contextualizar onde estamos nessa complicada (e cheia de detalhes) linha temporal do MCU. Mas que fique claro, nossa função aqui não é fazer estudo aprofundado de caso e sim posicionar a audiência menos especializada em um ótimo cenário de entretenimento onde estão os filmes de heróis. Pois bem, em "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa", o Dr. Stephen Strange tenta ajudar Peter Parker, que teve sua identidade revelada em "Longe de Casa", com um feitiço que acaba dando errado, criando uma certa, digamos, confusão através de vários Universos. Mas não é só isso, toda uma preparação foi criada com as séries do Disney+, "WandaVision", "Loki" e, especialmente "What if...?", que se conectam diretamente com o filme, trazendo uma sensação de complementariedade para quem assistiu e de alguma confusão para quem não assistiu.

Em "What If…?", mais especificamente no 4º episódio (embora tenhamos outras referências da série no filme), há um Stephen Strange diferente que acaba enlouquecendo. Em “E se… O Doutor Estranho perdesse o coração em vez das mãos?”, uma realidade inteira é destruída após uma sequência desastrosa de atitudes precipitadas do personagem, após a morte do amor de sua vida, Christine Palmer (Rachel McAdams), em um acidente. Seguindo essa linha narrativa, o roteirista Michael Waldron (não por coincidência, o mesmo de "Loki") se esforça ao máximo para conectar as pontas sem a necessidade de explicações muito elaboradas e, na minha opinião, ele não é tão bem sucedido - não por culpa dele, mas pela aposta da Marvel de que todos que assistem seus filmes, também assistem suas séries e estão interessados em mergulhar muito fundo naquele universo que ela vem criando.

Isoladamente, o filme continua muito divertido, com excelentes sequências de ação e um toque magistral de Raimi que traz vários elementos de terror e suspense, variando a gramática cinematográfica entre diferentes subgêneros, que vai do slasher ao psicológico, pontuando a violência gráfica sem a necessidade de impactar com "sangue" - o que interferiria diretamente na classificação do filme. Elizabeth Olsen é outro grande destaque - ela transita brilhantemente entre a doçura de Wanda e a crueldade da Feiticeira Escarlate, enquanto Benedict Cumberbatch se afasta do piadista do primeiro filme e nos apresenta seu lado infeliz, amargurado, arrependido e, ao mesmo tempo, egoísta (muito do que vimos em "What If…?", inclusive)

Em um filme que se aproveita do equilíbrio conseguido em "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis", onde os ótimos efeitos em CGI estão completamente alinhados ao caráter mais místico das artes marciais, "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", acaba sendo um delicioso espetáculo visual digno de um personagem que finalmente parece ter encontrado o seu tom e uma história consistente para contar. Palmas para Sam Raimi!

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