indika.tv - Vinagre de Maçã
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Vinagre de Maçã

Diretor
Jeffrey Walker
Elenco
Kaitlyn Dever, Alycia Debnam-Carey, Aisha Dee
Ano
2025
País
Australia

Drama netflix ml-real ml-relacoes ml-empreendedorismo ml-biografia ml-tecnologia ml-ff ml-fraude

Vinagre de Maçã

Como "The Dropout" e "Inventando Anna", "Vinagre de Maçã" mergulha na ascensão e queda de uma personagem carismática e manipuladora, explorando até que ponto a busca por sucesso e reconhecimento pode levar para uma completa destruição - e sim, Belle Gibson é mesmo uma mistura explosiva de Elizabeth Holmes com Anna Delvey. Inspirada na obra "The Woman Who Fooled the World", de Beau Donelly e Nick Toscano, "Apple Cider Vinegar" (no original) chega à Netflix como um dos lançamentos mais aguardados de 2025 e com a promessa de explorar o mundo das influencers digitais de "bem-estar" e os riscos da tão cultuada pseudociência de Instagram, a partir de uma história (assombrosamente) real.

Criada por Samantha Strauss (de "Nove Desconhecidos"), a minissérie de 6 episódios gira em torno de Belle Gibson (Kaitlyn Dever), uma jovem sem grandes perspectivas que constrói um império de mentiras ao alegar que curou um câncer terminal através de uma alimentação natural e de um estilo de vida alternativo. Seu discurso viraliza, transformando-a em uma referência no mercado do bem-estar, garantindo contratos milionários, um livro best-seller e um aplicativo de saúde que foi sucesso por muitos anos. Mas conforme jornalistas começam a investigar sua trajetória, as contradições vêm à tona e toda essa farsa ameaça desmoronar. Paralelamente, acompanhamos Milla Blake (Alycia Debnam-Carey), uma jovem diagnosticada com câncer que rejeita tratamentos médicos convencionais para seguir métodos mais alternativos - foi essa jornada que serviu como um espelho para as consequências reais da desinformação propagada por figuras como Belle. Confira o trailer (em inglês):

"Vinagre de Maçã" é realmente envolvente, especialmente por não se limitar a contar a história de uma fraude individual, mas sim por ampliar a discussão para um fenômeno infinitamente maior: a cultura da influência e a crescente credulidade em curas milagrosas exponenciadas na era digital. Strauss e sua equipe estruturam a narrativa de uma forma não linear, alternando entre diferentes períodos de tempo e muitas vezes utilizando quebras da quarta parede para reforçar o cinismo e a manipulação envolvidas no discurso da protagonista. Essa abordagem, aliás, confere um dinamismo impressionante para a narrativa, nos aproximando da trama, tornando a experiência do play muito mais imersiva e naturalmente crítica. Visualmente, "Vinagre de Maçã" também merece destaque - a minissérie dirigida pelo Jeffrey Walker (de "O Casamento de Ali") aposta em uma estética vibrante e cuidadosamente estilizada, refletindo o universo das redes sociais e do marketing digital com inúmeras intervenções gráficas. A paleta de cores mais saturada, uma fotografia impecável e uma montagem dinâmica reforçam o contraste entre a imagem vendida por Belle e a dura realidade por trás de sua farsa - eu diria até que "Vinagre de Maçã" é uma aula de marketing de percepção.

Kaitlyn Dever entrega uma performance digna de prêmios (talvez a melhor de sua respeitável carreira), transitando com maestria entre a vulnerabilidade de uma garota problemática e a frieza calculada de uma empreendedora voraz. Dever constrói sua personagem de maneira ambígua, ao mesmo tempo fascinante e repulsiva, que de fato lembra o magnetismo de Julia Garner em "Inventando Anna". Alycia Debnam-Carey também se destaca - ela traz profundidade para sua personagem, evidenciando o impacto destrutivo da pseudociência pautada na esperança de ter uma segunda chance. Em muitas passagens, sua luta é de cortar o coração. O elenco de apoio, que inclui Aisha Dee, Tilda Cobham-Hervey, Mark Coles Smith e Ashley Zukerman, contribui para dar o peso emocional que narrativa pede, adicionando camadas doloridas para a história e tornando os conflitos de vários núcleos ainda mais realista.

Obviamente que apesar de sua abordagem criativa, "Vinagre de Maçã" não está isenta de alguns deslizes estruturais. Em alguns momentos, a narrativa se perde em convencionalismos do gênero biográfico e algumas subtramas poderiam ser melhor desenvolvidas, no entanto, esses pontos não comprometem em nada, pois a trama consegue transitar com inteligência entre o drama e a crítica social sem parecer chapa-branca demais. Embalados por uma trilha sonora maravilhosa, com faixas inspiradoras contrastando com o tom irônico da minissérie, o que de certa forma reforça a proposta da narrativa, "Vinagre de Maçã" samba na nossa cara ao fazer um retrato honesto de uma influencer golpista e assim expor os perigos da desinformação e do culto às celebridades digitais.

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Como "The Dropout" e "Inventando Anna", "Vinagre de Maçã" mergulha na ascensão e queda de uma personagem carismática e manipuladora, explorando até que ponto a busca por sucesso e reconhecimento pode levar para uma completa destruição - e sim, Belle Gibson é mesmo uma mistura explosiva de Elizabeth Holmes com Anna Delvey. Inspirada na obra "The Woman Who Fooled the World", de Beau Donelly e Nick Toscano, "Apple Cider Vinegar" (no original) chega à Netflix como um dos lançamentos mais aguardados de 2025 e com a promessa de explorar o mundo das influencers digitais de "bem-estar" e os riscos da tão cultuada pseudociência de Instagram, a partir de uma história (assombrosamente) real.

Criada por Samantha Strauss (de "Nove Desconhecidos"), a minissérie de 6 episódios gira em torno de Belle Gibson (Kaitlyn Dever), uma jovem sem grandes perspectivas que constrói um império de mentiras ao alegar que curou um câncer terminal através de uma alimentação natural e de um estilo de vida alternativo. Seu discurso viraliza, transformando-a em uma referência no mercado do bem-estar, garantindo contratos milionários, um livro best-seller e um aplicativo de saúde que foi sucesso por muitos anos. Mas conforme jornalistas começam a investigar sua trajetória, as contradições vêm à tona e toda essa farsa ameaça desmoronar. Paralelamente, acompanhamos Milla Blake (Alycia Debnam-Carey), uma jovem diagnosticada com câncer que rejeita tratamentos médicos convencionais para seguir métodos mais alternativos - foi essa jornada que serviu como um espelho para as consequências reais da desinformação propagada por figuras como Belle. Confira o trailer (em inglês):

"Vinagre de Maçã" é realmente envolvente, especialmente por não se limitar a contar a história de uma fraude individual, mas sim por ampliar a discussão para um fenômeno infinitamente maior: a cultura da influência e a crescente credulidade em curas milagrosas exponenciadas na era digital. Strauss e sua equipe estruturam a narrativa de uma forma não linear, alternando entre diferentes períodos de tempo e muitas vezes utilizando quebras da quarta parede para reforçar o cinismo e a manipulação envolvidas no discurso da protagonista. Essa abordagem, aliás, confere um dinamismo impressionante para a narrativa, nos aproximando da trama, tornando a experiência do play muito mais imersiva e naturalmente crítica. Visualmente, "Vinagre de Maçã" também merece destaque - a minissérie dirigida pelo Jeffrey Walker (de "O Casamento de Ali") aposta em uma estética vibrante e cuidadosamente estilizada, refletindo o universo das redes sociais e do marketing digital com inúmeras intervenções gráficas. A paleta de cores mais saturada, uma fotografia impecável e uma montagem dinâmica reforçam o contraste entre a imagem vendida por Belle e a dura realidade por trás de sua farsa - eu diria até que "Vinagre de Maçã" é uma aula de marketing de percepção.

Kaitlyn Dever entrega uma performance digna de prêmios (talvez a melhor de sua respeitável carreira), transitando com maestria entre a vulnerabilidade de uma garota problemática e a frieza calculada de uma empreendedora voraz. Dever constrói sua personagem de maneira ambígua, ao mesmo tempo fascinante e repulsiva, que de fato lembra o magnetismo de Julia Garner em "Inventando Anna". Alycia Debnam-Carey também se destaca - ela traz profundidade para sua personagem, evidenciando o impacto destrutivo da pseudociência pautada na esperança de ter uma segunda chance. Em muitas passagens, sua luta é de cortar o coração. O elenco de apoio, que inclui Aisha Dee, Tilda Cobham-Hervey, Mark Coles Smith e Ashley Zukerman, contribui para dar o peso emocional que narrativa pede, adicionando camadas doloridas para a história e tornando os conflitos de vários núcleos ainda mais realista.

Obviamente que apesar de sua abordagem criativa, "Vinagre de Maçã" não está isenta de alguns deslizes estruturais. Em alguns momentos, a narrativa se perde em convencionalismos do gênero biográfico e algumas subtramas poderiam ser melhor desenvolvidas, no entanto, esses pontos não comprometem em nada, pois a trama consegue transitar com inteligência entre o drama e a crítica social sem parecer chapa-branca demais. Embalados por uma trilha sonora maravilhosa, com faixas inspiradoras contrastando com o tom irônico da minissérie, o que de certa forma reforça a proposta da narrativa, "Vinagre de Maçã" samba na nossa cara ao fazer um retrato honesto de uma influencer golpista e assim expor os perigos da desinformação e do culto às celebridades digitais.

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