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Senna

Diretor
Vicente Amorim, Julia Rezende
Elenco
Gabriel Leone, Kaya Scodelario, Matt Mella
Ano
2024
País
Brasil

Lançamentos Drama netflix ml-real ml-biografia ml-esporte ml-automobilismo ml-brasil ml-f1 ml-senna

Senna

Uma minissérie à altura de seu protagonista! Assim é a tão esperada produção da Netflix, "Senna" - então amigo, "prepare o seu coração", porque você vai mergulhar em uma jornada de nostalgia, cheia de emoção e com uma qualidade técnica de se aplaudir de pé! Dirigida por Vicente Amorim (de "Santo") e Julia Rezende (de "Todo Dia a Mesma Noite"), "Senna" narra em seis episódios, com uma impressionante precisão, momentos marcantes da vida e da carreira do lendário piloto brasileiro, Ayrton Senna da Silva. Ambiciosa em sua essência, mas muito competente em sua realização, a minissérie  busca capturar o espírito vencedor de um ícone que transcendeu o automobilismo e se tornou um símbolo de inspiração global. Escrita por Gustavo Bragança (de "Bom Dia, Verônica"), a produção combina a adrenalina das corridas de Fórmula 1 com um mergulho mais intimista sobre a vida do protagonista, explorando sua complexidade como atleta e como pessoa. Assim como produções biográficas de esportistas, de alto impacto pela sua dinâmica narrativa e visual,  como "Rush", por exemplo; "Senna" é o retrato perfeito de um esportista tão admirado com um olhar profundamente humano - uma referência para um Brasil que não cansa de sentir saudades! 

"Senna" se concentra nos anos mais marcantes da carreira de Ayrton (Gabriel Leone), desde sua infância, passando pela sua ida para correr na Inglaterra até sua ascensão nos circuitos de Fórmula 1. Com muita inteligência, a minissérie  aborda tanto o lado público do piloto - suas rivalidades intensas, como com Alain Prost (Matt Mella), e as conquistas inesquecíveis nas pistas - quanto sua vida pessoal, marcada por dilemas, relações familiares e amorosas, além de sua busca incessante pela perfeição. A construção da narrativa é feita com cuidado para não apenas retratar os eventos históricos que já conhecemos, mas também revelar as motivações, as dúvidas e as crenças que moldaram o caráter desse eterno campeão. Confira o trailer:

A direção de Vicente Amorim e Julia Rezende chega até a ser surpreendente pela eficiência com que captura a grandiosidade das corridas sem perder de vista o valor humano de Ayrton. E aqui eu preciso citar dois pontos que fizeram toda diferença no resultado final: o trabalho de composição em CG, dos carros aos autódromos, feito sob a supervisão do craque Marcelo Siqueira - sério, é coisa de Hollywood! Além disso, a montagem da minissérie, utilizando diversos planos com aquelas câmeras mais dinâmicas, criativas, e closes realmente intensos, olha, coloca a audiência no cockpit junto com o piloto - sem brincadeira, não deixa nada a desejar perante o trabalho do Andrew Buckland e do Michael McCusker que ganharam o Oscar de Montagem por "Ford vs. Ferrari". As sequências das corridas, em Mônaco, no Japão e no Brasil, são visualmente arrebatadoras, transmitindo não só a velocidade, como o perigo e a precisão necessários para competir em um nível tão alto como Senna fazia. Ao mesmo tempo, também é preciso que se diga, a dupla de diretores acerta ao desacelerar a narrativa nos momentos de introspecção do Ayrton, oferecendo um retrato mais palpável como nunca vimos - a ênfase em seus valores, na sua espiritualidade e na relação com a família, é um golaço da minissérie!

O roteiro de Gustavo Bragança é equilibrado, destacando as conquistas de Senna sem cair na armadilha de glorificá-lo a todo custo de maneira unilateral - embora, diga-se de passagem, é muito difícil afastar o rótulo de "herói nacional" (e na boa, dane-se!). "Senna" usa o conceito linear para pontuar, capítulo a capítulos, seu crescimento profissional, mas não hesita em mostrar os aspectos mais controversos da personalidade do piloto, o que adiciona profundidade e autenticidade à narrativa. São seis pilares dessa dinâmica narrativa que ajudam a contar a história: Vocação, Determinação, Ambição, Paixão, Herói e Tempo. Somado a isso, ainda temos as cenas de arquivo e o tema da vitória, cirurgicamente inseridos dentro de um contexto todo especial para criar a sensação nostálgica dos anos 1990. É genial!

Sobre o elenco, o que dizer? Quase todos entregam performances sólidas, além de uma caracterização sensacional - Leone parece ter a voz de Ayrton, dado o seu cuidado com a forma com que o piloto se comunicava, sem falar em seu trabalho corporal. Mella, de perfil, é o Prost. E Pâmela Tomé, essa é a Xuxa mesmo (não é possível parecer tanto). Outra atriz que me chamou atenção foi Kaya Scodelario como a jornalista Laura - ela fala com o olhar, mesmo que para dizer o contrário que suas palavras. Ainda sobre Gabriel Leone - ele incorporou Senna com intensidade e carisma, e soube transmitir com muito respeito não apenas a habilidade técnica guiando um fórmula, mas também o magnetismo que cativou fãs ao redor do mundo quando dava qualquer tipo de declaração.

Alguns fãs (como esse que vos escreve) podem sentir que determinados aspectos da vida do piloto, como sua espiritualidade, algumas rivalidades (com Piquet, por exemplo), algumas corridas épicas (Donington Park de 93 ou Mônaco de 92), poderiam ter sido explorados com mais profundidade, é verdade - acho até que os bastidores após sua morte também merecia mais tempo de tela. Mas, no geral, é compreensível a escolha do time de criação em focar em momentos-chave sem correr o risco de se estender demais e assim perder o ritmo da narrativa - o que funcionou bem! "Senna" é uma minissérie que realmente honra o legado de Ayrton com um recorte emocionante e tecnicamente impecável - para fãs, imperdível. Para quem busca histórias inspiradoras ou que querem revisitar a trajetória de um herói nacional, Senna é uma obra tão essencial quanto deliciosa de assistir! Parabéns para Netflix, não decepcionou!

Vale demais o seu play!

Assista Agora

Uma minissérie à altura de seu protagonista! Assim é a tão esperada produção da Netflix, "Senna" - então amigo, "prepare o seu coração", porque você vai mergulhar em uma jornada de nostalgia, cheia de emoção e com uma qualidade técnica de se aplaudir de pé! Dirigida por Vicente Amorim (de "Santo") e Julia Rezende (de "Todo Dia a Mesma Noite"), "Senna" narra em seis episódios, com uma impressionante precisão, momentos marcantes da vida e da carreira do lendário piloto brasileiro, Ayrton Senna da Silva. Ambiciosa em sua essência, mas muito competente em sua realização, a minissérie  busca capturar o espírito vencedor de um ícone que transcendeu o automobilismo e se tornou um símbolo de inspiração global. Escrita por Gustavo Bragança (de "Bom Dia, Verônica"), a produção combina a adrenalina das corridas de Fórmula 1 com um mergulho mais intimista sobre a vida do protagonista, explorando sua complexidade como atleta e como pessoa. Assim como produções biográficas de esportistas, de alto impacto pela sua dinâmica narrativa e visual,  como "Rush", por exemplo; "Senna" é o retrato perfeito de um esportista tão admirado com um olhar profundamente humano - uma referência para um Brasil que não cansa de sentir saudades! 

"Senna" se concentra nos anos mais marcantes da carreira de Ayrton (Gabriel Leone), desde sua infância, passando pela sua ida para correr na Inglaterra até sua ascensão nos circuitos de Fórmula 1. Com muita inteligência, a minissérie  aborda tanto o lado público do piloto - suas rivalidades intensas, como com Alain Prost (Matt Mella), e as conquistas inesquecíveis nas pistas - quanto sua vida pessoal, marcada por dilemas, relações familiares e amorosas, além de sua busca incessante pela perfeição. A construção da narrativa é feita com cuidado para não apenas retratar os eventos históricos que já conhecemos, mas também revelar as motivações, as dúvidas e as crenças que moldaram o caráter desse eterno campeão. Confira o trailer:

A direção de Vicente Amorim e Julia Rezende chega até a ser surpreendente pela eficiência com que captura a grandiosidade das corridas sem perder de vista o valor humano de Ayrton. E aqui eu preciso citar dois pontos que fizeram toda diferença no resultado final: o trabalho de composição em CG, dos carros aos autódromos, feito sob a supervisão do craque Marcelo Siqueira - sério, é coisa de Hollywood! Além disso, a montagem da minissérie, utilizando diversos planos com aquelas câmeras mais dinâmicas, criativas, e closes realmente intensos, olha, coloca a audiência no cockpit junto com o piloto - sem brincadeira, não deixa nada a desejar perante o trabalho do Andrew Buckland e do Michael McCusker que ganharam o Oscar de Montagem por "Ford vs. Ferrari". As sequências das corridas, em Mônaco, no Japão e no Brasil, são visualmente arrebatadoras, transmitindo não só a velocidade, como o perigo e a precisão necessários para competir em um nível tão alto como Senna fazia. Ao mesmo tempo, também é preciso que se diga, a dupla de diretores acerta ao desacelerar a narrativa nos momentos de introspecção do Ayrton, oferecendo um retrato mais palpável como nunca vimos - a ênfase em seus valores, na sua espiritualidade e na relação com a família, é um golaço da minissérie!

O roteiro de Gustavo Bragança é equilibrado, destacando as conquistas de Senna sem cair na armadilha de glorificá-lo a todo custo de maneira unilateral - embora, diga-se de passagem, é muito difícil afastar o rótulo de "herói nacional" (e na boa, dane-se!). "Senna" usa o conceito linear para pontuar, capítulo a capítulos, seu crescimento profissional, mas não hesita em mostrar os aspectos mais controversos da personalidade do piloto, o que adiciona profundidade e autenticidade à narrativa. São seis pilares dessa dinâmica narrativa que ajudam a contar a história: Vocação, Determinação, Ambição, Paixão, Herói e Tempo. Somado a isso, ainda temos as cenas de arquivo e o tema da vitória, cirurgicamente inseridos dentro de um contexto todo especial para criar a sensação nostálgica dos anos 1990. É genial!

Sobre o elenco, o que dizer? Quase todos entregam performances sólidas, além de uma caracterização sensacional - Leone parece ter a voz de Ayrton, dado o seu cuidado com a forma com que o piloto se comunicava, sem falar em seu trabalho corporal. Mella, de perfil, é o Prost. E Pâmela Tomé, essa é a Xuxa mesmo (não é possível parecer tanto). Outra atriz que me chamou atenção foi Kaya Scodelario como a jornalista Laura - ela fala com o olhar, mesmo que para dizer o contrário que suas palavras. Ainda sobre Gabriel Leone - ele incorporou Senna com intensidade e carisma, e soube transmitir com muito respeito não apenas a habilidade técnica guiando um fórmula, mas também o magnetismo que cativou fãs ao redor do mundo quando dava qualquer tipo de declaração.

Alguns fãs (como esse que vos escreve) podem sentir que determinados aspectos da vida do piloto, como sua espiritualidade, algumas rivalidades (com Piquet, por exemplo), algumas corridas épicas (Donington Park de 93 ou Mônaco de 92), poderiam ter sido explorados com mais profundidade, é verdade - acho até que os bastidores após sua morte também merecia mais tempo de tela. Mas, no geral, é compreensível a escolha do time de criação em focar em momentos-chave sem correr o risco de se estender demais e assim perder o ritmo da narrativa - o que funcionou bem! "Senna" é uma minissérie que realmente honra o legado de Ayrton com um recorte emocionante e tecnicamente impecável - para fãs, imperdível. Para quem busca histórias inspiradoras ou que querem revisitar a trajetória de um herói nacional, Senna é uma obra tão essencial quanto deliciosa de assistir! Parabéns para Netflix, não decepcionou!

Vale demais o seu play!

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