"Schumacher" é muito mais uma homenagem ao piloto do que um documentário com passagens inéditas ou curiosidades de bastidores - como atleta ou sobre seu acidente. Na verdade, talvez o momento mais marcante do filme seja justamente quando vemos a relação entre ele e Senna, antes e depois do acidente - eu diria até que esse é o ponto alto do documentário, o que para mim, amante da Fórmula 1, é pouco perante o tamanho que foi Michael Schumacher.
A Netflix apresentou o projeto da seguinte maneira: "Schumacher" é o documentário definitivo sobre um dos maiores nomes da Fórmula 1. O único filme aprovado pela família do piloto, traz entrevistas raras e imagens de arquivos nunca antes reveladas, para traçar um sensível perfil do homem que foi 7 vezes campeão mundial. Confira o trailer:
Dirigido porHanns-Bruno Kammertöns, Michael Wech e Vanessa Nöcke (todos responsáveis pelo documentários de outro ídolo do esporte alemão "Boris Becker: Der Spieler"), "Schumacher" tem uma narrativa dinâmica e para quem acompanha Fórmula 1 há alguns bons anos, certamente vai trazer uma sensação de nostalgia bastante interessante. É preciso dizer, porém, que o documentário não tem a qualidade cinematográfica de "Senna" e muito menos de "Formula 1: Dirigir para Viver" - é como se os diretores e roteiristas não quisesse arriscar em nenhum momento. Veja, a forma cronológica e linear como a carreira de Schumacher é construída, se apoia muito mais no seu envolvimento com o automobilismo do que na construção de um ícone do esporte - e aqui a comparação com "Senna" (o documentário) é ainda mais cruel.
Desde muito cedo, Michael se dedicou ao automobilismo, começou em uma equipe pequena (no caso a Jordan), logo depois chamou a atenção da Benetton - na época a quarta força do circuito, até ser o piloto mais jovem a vencer uma corrida e depois levar a equipe ao título em 1994. Tudo isso nós já sabemos, então o que esperávamos era um pouco mais de intimidade, dos bastidores - e por esse caminho, vemos muito pouco. Mesmo com depoimentos de pilotos como o irmão Ralf Schumacher, o ex-companheiro Eddie Irvine, David Coulthard, Mika Hakkinen e Sebastian Vettel, faltam informações, histórias. Por isso comentei acima: o tom é tão leve, mesmo nas explosões e nas atitudes anti-desportivas que marcaram a trajetória do piloto, que tudo não passa de uma grande homenagem.
É natural a curiosidade sobre o acidente - não que se esperasse mostrar a situação atual do piloto, longe disso; mas apenas citar o acidente nos dez minutos finais do documentário, me soou decepcionante, confesso. Os poucos relatos mais íntimos da família, especialmente deCorinna, esposa de Michael, e dos filhos, Gina-Maria e Mick trazem um pouco de emoção ao documentário, mas é tão rápido que não dá nem tempo de mergulhamos no drama e na saudade.
"Schumacher" é um documentário imperdível? Não. Merece ser assistido? Não tenha a menor dúvida - principalmente para os amantes do esporte!
PS: Nem Barrichello e muito menos Massa (um dos melhores amigos do piloto) inexplicavelmente sequer são citados em todo documentário.
"Schumacher" é muito mais uma homenagem ao piloto do que um documentário com passagens inéditas ou curiosidades de bastidores - como atleta ou sobre seu acidente. Na verdade, talvez o momento mais marcante do filme seja justamente quando vemos a relação entre ele e Senna, antes e depois do acidente - eu diria até que esse é o ponto alto do documentário, o que para mim, amante da Fórmula 1, é pouco perante o tamanho que foi Michael Schumacher.
A Netflix apresentou o projeto da seguinte maneira: "Schumacher" é o documentário definitivo sobre um dos maiores nomes da Fórmula 1. O único filme aprovado pela família do piloto, traz entrevistas raras e imagens de arquivos nunca antes reveladas, para traçar um sensível perfil do homem que foi 7 vezes campeão mundial. Confira o trailer:
Dirigido porHanns-Bruno Kammertöns, Michael Wech e Vanessa Nöcke (todos responsáveis pelo documentários de outro ídolo do esporte alemão "Boris Becker: Der Spieler"), "Schumacher" tem uma narrativa dinâmica e para quem acompanha Fórmula 1 há alguns bons anos, certamente vai trazer uma sensação de nostalgia bastante interessante. É preciso dizer, porém, que o documentário não tem a qualidade cinematográfica de "Senna" e muito menos de "Formula 1: Dirigir para Viver" - é como se os diretores e roteiristas não quisesse arriscar em nenhum momento. Veja, a forma cronológica e linear como a carreira de Schumacher é construída, se apoia muito mais no seu envolvimento com o automobilismo do que na construção de um ícone do esporte - e aqui a comparação com "Senna" (o documentário) é ainda mais cruel.
Desde muito cedo, Michael se dedicou ao automobilismo, começou em uma equipe pequena (no caso a Jordan), logo depois chamou a atenção da Benetton - na época a quarta força do circuito, até ser o piloto mais jovem a vencer uma corrida e depois levar a equipe ao título em 1994. Tudo isso nós já sabemos, então o que esperávamos era um pouco mais de intimidade, dos bastidores - e por esse caminho, vemos muito pouco. Mesmo com depoimentos de pilotos como o irmão Ralf Schumacher, o ex-companheiro Eddie Irvine, David Coulthard, Mika Hakkinen e Sebastian Vettel, faltam informações, histórias. Por isso comentei acima: o tom é tão leve, mesmo nas explosões e nas atitudes anti-desportivas que marcaram a trajetória do piloto, que tudo não passa de uma grande homenagem.
É natural a curiosidade sobre o acidente - não que se esperasse mostrar a situação atual do piloto, longe disso; mas apenas citar o acidente nos dez minutos finais do documentário, me soou decepcionante, confesso. Os poucos relatos mais íntimos da família, especialmente deCorinna, esposa de Michael, e dos filhos, Gina-Maria e Mick trazem um pouco de emoção ao documentário, mas é tão rápido que não dá nem tempo de mergulhamos no drama e na saudade.
"Schumacher" é um documentário imperdível? Não. Merece ser assistido? Não tenha a menor dúvida - principalmente para os amantes do esporte!
PS: Nem Barrichello e muito menos Massa (um dos melhores amigos do piloto) inexplicavelmente sequer são citados em todo documentário.
"Brawn: Uma História Incrível da Fórmula 1", minissérie do Hulu, é realmente imperdível para qualquer amante do automobilismo - especialmente para aqueles que contam os dias para a chegada de uma nova temporada de "Formula 1: Dirigir paraViver".Aqui, a produção dirigida por Daryl Goodrich (de "Ferrari: Rumo à Imortalidade") e produzida pelo astro do cinema, Keanu Reeves, conta a surpreendente história real da equipe Brawn GP, que conquistou o Campeonato Mundial de Pilotos e Construtores da Fórmula 1 na temporada de 2009, contra todas as probabilidades possíveis e imagináveis! Sério, para quem conhece os bastidores da F1, fica fácil afirmar que se trata de verdadeiro conto de fadas esportivo, com todos os ingredientes necessários para emocionar e inspirar a audiência como um bom drama de superação. Olha, "Brawn" é um ótimo exemplo do significado de ser resiliente. Vai por mim!
Quando a crise de 2008 chega na fórmula 1 e provoca a aquisição da Honda pelo então diretor técnico da equipe, Ross Brawn, a recém batizada Brawn GP precisa se virar com um orçamento limitado, um tempo curto para desenvolver um novo carro, arranjar patrocínios, um motor, e assim competir em todas as provas de 2009 - o que além de tudo garantiria o emprego de centenas de pessoas em pleno período de recessão. A grande verdade é que a Brawn precisaria mesmo era de um milagre para se mostrar competitiva... e esse milagre acontece quando um de seus engenheiros descobre uma brecha inesperada nas novas regras da modalidade e assim ajuda a transformar o BGP 001 em um dos carros mais inovadores da história. Confira o trailer (em inglês):
Se "Brawn: Uma História Incrível da Fórmula 1" não tem aquela narrativa dinâmica e aquele belíssimo conceito visual cinematográficos da série da Netflix, pode ter certeza que Goodrich se vale de outros elementos primordiais para nos envolver com essa história: um host e um protagonista carismático, no caso Keanu Reeves e Ross Brawn, respectivamente, além de uma dupla de pilotos que é quase uma unanimidade entre seus parceiros, Jenson Button e Rubens Barrichello. Claro que a premissa "David x Golias" é importante, que as cenas de arquivo e encenações estão ótimas, mas a forma como o diretor consegue criar um ritmo envolvente e emocionante, mesmo pontuando passagens complicadas dos bastidores da Fórmula 1, é impressionante - eu diria que ele foi capaz de criar uma trama que se apoia no fator humano da jornada, da criatividade, mas sem esquecer dos embates políticos e esportivos de uma das temporadas mais marcantes desse esporte.
2009 trouxe algumas subtramas para a temporada que ajudam a minissérie, isso é inegável. A perspectiva sobre o mundo da Fórmula 1, mostrando os bastidores da competição e as dificuldades que as equipes enfrentaram naquele ano para vencer o duplo difusor da Brawn é só o inicio da conversa. Foi em 2009 que a mola do carro do Rubinho quase matou Felipe Massa. Foi nesse ano também que a FIA quase viu todas as equipes criarem um campeonato independente graças a relação ditatorial que Bernie Ecclestone e Max Mosley tinham com a categoria. Enfim, além do conto de fadas da Brawn e da improvável briga pelo título de Button e Barrichello, todos esses fatos transformam a narrativa de Goodrich em algo ainda mais interessante.
A BrawnGP foi a primeira equipe a vencer o campeonato de construtores com um carro que não foi fabricado por uma das grandes montadoras. Tinha um carro que no começo da temporada nem motor possuía. Tinha pilotos contratados apenas até a quarta etapa. Um orçamento 90% menor que suas maiores concorrentes. Enfim, "Brawn: Uma História Incrível da Fórmula 1" pode e deve ser enxergada muito além do esporte - sem dúvida que você vai encontrar uma jornada inspiradora sobre determinação, superação e... trabalho, muito trabalho!
Vale muito o seu play
"Brawn: Uma História Incrível da Fórmula 1", minissérie do Hulu, é realmente imperdível para qualquer amante do automobilismo - especialmente para aqueles que contam os dias para a chegada de uma nova temporada de "Formula 1: Dirigir paraViver".Aqui, a produção dirigida por Daryl Goodrich (de "Ferrari: Rumo à Imortalidade") e produzida pelo astro do cinema, Keanu Reeves, conta a surpreendente história real da equipe Brawn GP, que conquistou o Campeonato Mundial de Pilotos e Construtores da Fórmula 1 na temporada de 2009, contra todas as probabilidades possíveis e imagináveis! Sério, para quem conhece os bastidores da F1, fica fácil afirmar que se trata de verdadeiro conto de fadas esportivo, com todos os ingredientes necessários para emocionar e inspirar a audiência como um bom drama de superação. Olha, "Brawn" é um ótimo exemplo do significado de ser resiliente. Vai por mim!
Quando a crise de 2008 chega na fórmula 1 e provoca a aquisição da Honda pelo então diretor técnico da equipe, Ross Brawn, a recém batizada Brawn GP precisa se virar com um orçamento limitado, um tempo curto para desenvolver um novo carro, arranjar patrocínios, um motor, e assim competir em todas as provas de 2009 - o que além de tudo garantiria o emprego de centenas de pessoas em pleno período de recessão. A grande verdade é que a Brawn precisaria mesmo era de um milagre para se mostrar competitiva... e esse milagre acontece quando um de seus engenheiros descobre uma brecha inesperada nas novas regras da modalidade e assim ajuda a transformar o BGP 001 em um dos carros mais inovadores da história. Confira o trailer (em inglês):
Se "Brawn: Uma História Incrível da Fórmula 1" não tem aquela narrativa dinâmica e aquele belíssimo conceito visual cinematográficos da série da Netflix, pode ter certeza que Goodrich se vale de outros elementos primordiais para nos envolver com essa história: um host e um protagonista carismático, no caso Keanu Reeves e Ross Brawn, respectivamente, além de uma dupla de pilotos que é quase uma unanimidade entre seus parceiros, Jenson Button e Rubens Barrichello. Claro que a premissa "David x Golias" é importante, que as cenas de arquivo e encenações estão ótimas, mas a forma como o diretor consegue criar um ritmo envolvente e emocionante, mesmo pontuando passagens complicadas dos bastidores da Fórmula 1, é impressionante - eu diria que ele foi capaz de criar uma trama que se apoia no fator humano da jornada, da criatividade, mas sem esquecer dos embates políticos e esportivos de uma das temporadas mais marcantes desse esporte.
2009 trouxe algumas subtramas para a temporada que ajudam a minissérie, isso é inegável. A perspectiva sobre o mundo da Fórmula 1, mostrando os bastidores da competição e as dificuldades que as equipes enfrentaram naquele ano para vencer o duplo difusor da Brawn é só o inicio da conversa. Foi em 2009 que a mola do carro do Rubinho quase matou Felipe Massa. Foi nesse ano também que a FIA quase viu todas as equipes criarem um campeonato independente graças a relação ditatorial que Bernie Ecclestone e Max Mosley tinham com a categoria. Enfim, além do conto de fadas da Brawn e da improvável briga pelo título de Button e Barrichello, todos esses fatos transformam a narrativa de Goodrich em algo ainda mais interessante.
A BrawnGP foi a primeira equipe a vencer o campeonato de construtores com um carro que não foi fabricado por uma das grandes montadoras. Tinha um carro que no começo da temporada nem motor possuía. Tinha pilotos contratados apenas até a quarta etapa. Um orçamento 90% menor que suas maiores concorrentes. Enfim, "Brawn: Uma História Incrível da Fórmula 1" pode e deve ser enxergada muito além do esporte - sem dúvida que você vai encontrar uma jornada inspiradora sobre determinação, superação e... trabalho, muito trabalho!
Vale muito o seu play
Quase um ano depois do Brasil ganhar a Copa do Mundo nos EUA em 94, estreiou o filme "Todos os corações do Mundo". Era a primeira vez que víamos um documentário sobre a Copa do Mundo por um outro angulo - não só aquele que as emissoras mostravam durante as transmissões, que, na época, não tinham essa tecnologia toda. Era a primeira vez que víamos um jogo de futebol no Cinema, filmado em película 35 mm, em 24 fps, e embora muita gente não soubesse muito bem explicar o motivo, aquelas imagens tinham uma atmosférica mágica, um história, personagens... A grande verdade é que o diretor Murilo Salles teve a sensibilidade de humanizar o evento esportivo mais amado pelos brasileiros e a sorte de documentar o tetra campeonato depois de 24 anos!!!! Uma cena icônica captada por Salles, foi quando Baggio encara Romário no túnel do estádio, pouco antes de entrar em campo para jogar a final!!! Lindo de ver e de viver!!! Pois bem, por que eu falei de futebol em um review de uma série sobre F1? Porque a sensação que eu tive ao assistir "Formula 1: Dirigir paraViver" foi muito parecida com a que eu tive ao assistir, no cinema, "Todos os corações do Mundo" - a série da Netflix é sensacional!!!! Para quem gosta do/de esporte, é daquelas coisas que você assiste bem devagar pra não acabar e ficar sem, sabe? É um episódio melhor que o outro, confira o trailer:
"Formula 1: Dirigir paraViver" é uma série Original da Netflix com 10 episódios, de 40 minutos cada, que mostra os bastidores da Formula 1 na temporada de 2018. Na verdade, muito mais que os bastidores, a série vai atrás de pequenas e rápidas histórias, mas com personagens grandiosos: sejam eles os próprios pilotos ou alguém da equipe: um mecânico, um projetista, o chefe... até a família dos pilotos o diretor teve o cuidado de retratar! Tudo isso com o pano de fundo dos 21 GPs da Temporada e todo aquele visual maravilhoso dos países onde as corridas acontecem! Sério, é incrível como o diretor foi capaz de construir uma linha narrativa tão dinâmica focando em histórias tão particulares dos personagens e não só nas corridas em si! A edição é espetacular, um show a parte - capaz de criar um clima de tensão, de curiosidade, de tristeza, de ansiedade... Demais! A fotografia é sensacional - um espetáculo: são imagens inéditas, com uma qualidade impressionante. As reações, os bastidores, os comentários e, claro, as corridas estão muito bem captadas!!! São cenas em em close total, outras vezes, super lentas, poéticas - e sem perder nada da qualidade ou da emoção de cada momento!!! É realmente muito bonito - em 4K é imbatível!!! O desenho e a própria captação de som estão sensacionais também - é o mesmo conceito dos filmes que a NFL produz em cada Superbowl!!! A sensação é de estarmos dentro da pista... é sério!!!
O ex "todo poderoso" da Formula 1, Bernie Ecclestone, dizia que não existe espetáculo esportivo mais grandioso que uma temporada de Formula 1. Na sua Biografia "Não sou um anjo" (para quem gosta do assunto, recomento) ele se gaba em dizer que era o único homem capaz que organizar uma Copa do Mundo por final de semana, tamanho era o Circo que precisava ser montado para uma corrida acontecer (em 4 Continentes, em pouquíssimo tempo entre uma e outra)... e é isso que a série mostra, essa grandiosidade: do glamour à pressão por resultados, da alegria de uma vitória ao desespero do abandono por um erro infantil, da frieza do piloto à ansiedade do mecânico que vai trocar um dos pneus, da empolgação por uma nova tecnologia à frustração de um carro mal nascido... enfim, todas as engrenagens estão lá e de uma forma muito particular... e linda!!! Talvez o primeiro episódio seja explicativo (e redundante) demais, mas depois, meu amigo, é só alegria!!!! Tudo muito cinematográfico!!!!!
"Formula 1: Dirigir paraViver" é para ver e rever!!! Série para aproveitar cada minuto!!! Se você é fã do esporte, vai ser difícil parar de assistir; se não é, tenho certeza que a temporada 2019 vai ganhar novo significado, pois não serão apenas carros correndo em uma pista à 300 km por hora... serão as histórias por trás dos personagens que fazem esse espetáculo acontecer!!! Olha, talvez a série se transforme em um grande case de Branded Entertainment, mas e daí???
Vale muito mais que o play!!!!!!!
Quase um ano depois do Brasil ganhar a Copa do Mundo nos EUA em 94, estreiou o filme "Todos os corações do Mundo". Era a primeira vez que víamos um documentário sobre a Copa do Mundo por um outro angulo - não só aquele que as emissoras mostravam durante as transmissões, que, na época, não tinham essa tecnologia toda. Era a primeira vez que víamos um jogo de futebol no Cinema, filmado em película 35 mm, em 24 fps, e embora muita gente não soubesse muito bem explicar o motivo, aquelas imagens tinham uma atmosférica mágica, um história, personagens... A grande verdade é que o diretor Murilo Salles teve a sensibilidade de humanizar o evento esportivo mais amado pelos brasileiros e a sorte de documentar o tetra campeonato depois de 24 anos!!!! Uma cena icônica captada por Salles, foi quando Baggio encara Romário no túnel do estádio, pouco antes de entrar em campo para jogar a final!!! Lindo de ver e de viver!!! Pois bem, por que eu falei de futebol em um review de uma série sobre F1? Porque a sensação que eu tive ao assistir "Formula 1: Dirigir paraViver" foi muito parecida com a que eu tive ao assistir, no cinema, "Todos os corações do Mundo" - a série da Netflix é sensacional!!!! Para quem gosta do/de esporte, é daquelas coisas que você assiste bem devagar pra não acabar e ficar sem, sabe? É um episódio melhor que o outro, confira o trailer:
"Formula 1: Dirigir paraViver" é uma série Original da Netflix com 10 episódios, de 40 minutos cada, que mostra os bastidores da Formula 1 na temporada de 2018. Na verdade, muito mais que os bastidores, a série vai atrás de pequenas e rápidas histórias, mas com personagens grandiosos: sejam eles os próprios pilotos ou alguém da equipe: um mecânico, um projetista, o chefe... até a família dos pilotos o diretor teve o cuidado de retratar! Tudo isso com o pano de fundo dos 21 GPs da Temporada e todo aquele visual maravilhoso dos países onde as corridas acontecem! Sério, é incrível como o diretor foi capaz de construir uma linha narrativa tão dinâmica focando em histórias tão particulares dos personagens e não só nas corridas em si! A edição é espetacular, um show a parte - capaz de criar um clima de tensão, de curiosidade, de tristeza, de ansiedade... Demais! A fotografia é sensacional - um espetáculo: são imagens inéditas, com uma qualidade impressionante. As reações, os bastidores, os comentários e, claro, as corridas estão muito bem captadas!!! São cenas em em close total, outras vezes, super lentas, poéticas - e sem perder nada da qualidade ou da emoção de cada momento!!! É realmente muito bonito - em 4K é imbatível!!! O desenho e a própria captação de som estão sensacionais também - é o mesmo conceito dos filmes que a NFL produz em cada Superbowl!!! A sensação é de estarmos dentro da pista... é sério!!!
O ex "todo poderoso" da Formula 1, Bernie Ecclestone, dizia que não existe espetáculo esportivo mais grandioso que uma temporada de Formula 1. Na sua Biografia "Não sou um anjo" (para quem gosta do assunto, recomento) ele se gaba em dizer que era o único homem capaz que organizar uma Copa do Mundo por final de semana, tamanho era o Circo que precisava ser montado para uma corrida acontecer (em 4 Continentes, em pouquíssimo tempo entre uma e outra)... e é isso que a série mostra, essa grandiosidade: do glamour à pressão por resultados, da alegria de uma vitória ao desespero do abandono por um erro infantil, da frieza do piloto à ansiedade do mecânico que vai trocar um dos pneus, da empolgação por uma nova tecnologia à frustração de um carro mal nascido... enfim, todas as engrenagens estão lá e de uma forma muito particular... e linda!!! Talvez o primeiro episódio seja explicativo (e redundante) demais, mas depois, meu amigo, é só alegria!!!! Tudo muito cinematográfico!!!!!
"Formula 1: Dirigir paraViver" é para ver e rever!!! Série para aproveitar cada minuto!!! Se você é fã do esporte, vai ser difícil parar de assistir; se não é, tenho certeza que a temporada 2019 vai ganhar novo significado, pois não serão apenas carros correndo em uma pista à 300 km por hora... serão as histórias por trás dos personagens que fazem esse espetáculo acontecer!!! Olha, talvez a série se transforme em um grande case de Branded Entertainment, mas e daí???
Vale muito mais que o play!!!!!!!
"Senna por Ayrton" transcende o propósito de ser mais um mero documentário em homenagem aos 30 anos de sua morte. Na verdade a minissérie em três episódios da Globoplay traz o que a própria Globo tem de melhor: um riquíssimo acervo de imagens e entrevistas com o piloto para assim construir um tributo comovente e íntimo a um dos maiores ícones do esporte mundial, o inesquecível Ayrton Senna da Silva (ou do Brasil, como preferir). Mais do que reviver corridas épicas e momentos marcantes de sua carreira, a minissérie ainda foi capaz de mergulhar na alma do piloto pela perspectiva nostálgica de quem acompanhou toda sua trajetória pela televisão - não só assistindo as corridas, mas também os telejornais, especiais, etc. Eu diria, inclusive, que "Senna por Ayrton" é um imperdível e definitivo recorte jornalístico que merece ser assistido toda vez que a saudade bater!
Com direção de Rafael Pirrho e Rafael Timóteo, ambos roteiristas ao lado de Camila Côrtes e José Emílio Aguiar, "Senna por Ayrton" é o resultado de um um mergulho em cerca de 150 horas de arquivos da Globo (e também de outros veículos de comunicação do país e estrangeiros) brilhantemente montados para traçar a trajetória de Senna desde seus primórdios no kart até o trágico acidente em Ímola, em 1994. Explorando suas relações, motivações, fé, ambições e lutas internas, a minissérie se apoia na perspectiva de vida e carreira do próprio Ayrton, um esportista que nunca escondeu a inquietude pela busca constante de aperfeiçoamento e, claro, de vitórias. Confira o trailer:
Bom, pelo trailer já dá para se ter uma ideia do que esperar, certo? Errado, é muito mais do que isso! "Senna por Ayrton" é um retorno ao melhores dias dos anos 80 e 90 pelo olhar muito especial de quem construiu memórias marcantes em toda uma geração. Nada na minissérie é ruim, tudo tem seu encaixe e propósito ao ponto de torcermos para que aquela experiência não acabe. "Senna por Ayrton" vai além das pistas, revelando um lado menos conhecido do piloto - embora, é preciso dizer, não traga lá muitas novidades para quem (como eu) de fato é fã ferrenho do piloto. Mesmo que a minissérie tenha matérias que exploram sua relação com a família, seus hobbies, sua fé, sem dúvida que é nas conquistas esportivas que nos apegamos emocionalmente.
Aqui, tudo é construído em cima de uma contexto mais amplo - o que deve ter dado um baita de um trabalho para organizar. Vemos desde um Senna devoto até um esportista (com razão) vingativo. Essa visão mais holística do homem contribui para uma compreensão mais profunda de sua persona e do impacto que ele teve para os brasileiros em uma época onde nada dava certo para nós - no esporte e na vida. Nesse sentido é impossível não destacar a qualidade técnica e artística impecáveis do projeto - a direção, o roteiro e a montagem foram capazes de capturar a beleza viciante das corridas de fórmula 1 (mas sem aquela gramática cinematográfica belíssima que hoje encontramos nos streamings) ao mesmo tempo que contam uma história coesa e dinâmica criando um ritmo envolvente que nos impede de sair da frente da TV até que o terceiro episódio termine.
Ao som do "Tema da Vitória" e envolvidos pelas narrações inesquecíveis de Galvão Bueno, "Senna por Ayrton" é tão emocionante quanto inspirador - cenário perfeito para nos conectarmos com as imagens históricas de Ayrton Senna ao longo de 20 anos de carreira. Mais do que um tributo ao campeão Ayrton Senna, essa minissérie é uma celebração da vida, da superação e do legado duradouro de um ídolo que continuará transcendendo gerações graças a esse tipo de produto audiovisual. Se você tem mais de 40 anos, prepare-se para se emocionar, porque eu te garanto: essas lembranças vão tocar sua alma!
Imperdível!
"Senna por Ayrton" transcende o propósito de ser mais um mero documentário em homenagem aos 30 anos de sua morte. Na verdade a minissérie em três episódios da Globoplay traz o que a própria Globo tem de melhor: um riquíssimo acervo de imagens e entrevistas com o piloto para assim construir um tributo comovente e íntimo a um dos maiores ícones do esporte mundial, o inesquecível Ayrton Senna da Silva (ou do Brasil, como preferir). Mais do que reviver corridas épicas e momentos marcantes de sua carreira, a minissérie ainda foi capaz de mergulhar na alma do piloto pela perspectiva nostálgica de quem acompanhou toda sua trajetória pela televisão - não só assistindo as corridas, mas também os telejornais, especiais, etc. Eu diria, inclusive, que "Senna por Ayrton" é um imperdível e definitivo recorte jornalístico que merece ser assistido toda vez que a saudade bater!
Com direção de Rafael Pirrho e Rafael Timóteo, ambos roteiristas ao lado de Camila Côrtes e José Emílio Aguiar, "Senna por Ayrton" é o resultado de um um mergulho em cerca de 150 horas de arquivos da Globo (e também de outros veículos de comunicação do país e estrangeiros) brilhantemente montados para traçar a trajetória de Senna desde seus primórdios no kart até o trágico acidente em Ímola, em 1994. Explorando suas relações, motivações, fé, ambições e lutas internas, a minissérie se apoia na perspectiva de vida e carreira do próprio Ayrton, um esportista que nunca escondeu a inquietude pela busca constante de aperfeiçoamento e, claro, de vitórias. Confira o trailer:
Bom, pelo trailer já dá para se ter uma ideia do que esperar, certo? Errado, é muito mais do que isso! "Senna por Ayrton" é um retorno ao melhores dias dos anos 80 e 90 pelo olhar muito especial de quem construiu memórias marcantes em toda uma geração. Nada na minissérie é ruim, tudo tem seu encaixe e propósito ao ponto de torcermos para que aquela experiência não acabe. "Senna por Ayrton" vai além das pistas, revelando um lado menos conhecido do piloto - embora, é preciso dizer, não traga lá muitas novidades para quem (como eu) de fato é fã ferrenho do piloto. Mesmo que a minissérie tenha matérias que exploram sua relação com a família, seus hobbies, sua fé, sem dúvida que é nas conquistas esportivas que nos apegamos emocionalmente.
Aqui, tudo é construído em cima de uma contexto mais amplo - o que deve ter dado um baita de um trabalho para organizar. Vemos desde um Senna devoto até um esportista (com razão) vingativo. Essa visão mais holística do homem contribui para uma compreensão mais profunda de sua persona e do impacto que ele teve para os brasileiros em uma época onde nada dava certo para nós - no esporte e na vida. Nesse sentido é impossível não destacar a qualidade técnica e artística impecáveis do projeto - a direção, o roteiro e a montagem foram capazes de capturar a beleza viciante das corridas de fórmula 1 (mas sem aquela gramática cinematográfica belíssima que hoje encontramos nos streamings) ao mesmo tempo que contam uma história coesa e dinâmica criando um ritmo envolvente que nos impede de sair da frente da TV até que o terceiro episódio termine.
Ao som do "Tema da Vitória" e envolvidos pelas narrações inesquecíveis de Galvão Bueno, "Senna por Ayrton" é tão emocionante quanto inspirador - cenário perfeito para nos conectarmos com as imagens históricas de Ayrton Senna ao longo de 20 anos de carreira. Mais do que um tributo ao campeão Ayrton Senna, essa minissérie é uma celebração da vida, da superação e do legado duradouro de um ídolo que continuará transcendendo gerações graças a esse tipo de produto audiovisual. Se você tem mais de 40 anos, prepare-se para se emocionar, porque eu te garanto: essas lembranças vão tocar sua alma!
Imperdível!