indika.tv - O Homem mais odiado da Internet
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O Homem mais odiado da Internet

Diretor
Rob Miller
Elenco
Charlotte Laws, Kirra Hughes, Camille Dodero
Ano
2022
País
EUA

netflix Documentário ml-real ml-investigação ml-assedio ml-crime ml-sexo ml-mm ml-celebridade

O Homem mais odiado da Internet

O adjetivo "idiota" foi redefinido em "O Homem mais odiado da Internet" - e não falo apenas do personagem, mas também de todos que viam nele um herói! Dito isso, prepara-se para uma jornada completamente indigesta, cruel e revoltante! Essa minissérie de 3 episódios da Netflix expõe, de fato, uma das figuras mais desprezíveis que você vai conhecer na sua vida - e ver ele se dar muito mal, será a força motivadora que vai te fazer suportar essa história absurda!

Hunter Moore ganhou fama por se considerar um profissional especializado em arruinar a vida dos outros graças a um site que ele criou chamado "IsAnyoneUp", focado em fotos de mulheres nuas sem o consentimento das vítimas e ainda indicando seus respectivos perfis nas redes sociais. O mais mórbido, porém, é que, com a popularidade do site, Hunter conquistou milhares de seguidores fiéis, em especial por fortalecer misoginia e todo tipo de discurso de ódio em seu fórum. Além da busca de uma mãe para que Hunter fosse punido por seus crimes, a minissérie expõe o ponto de vista de várias vítimas que tiveram sua intimidade exposta e por isso sua vida transformada completamente.

Dirigida pelo praticamente estreante Rob Miller, "O Homem mais odiado da Internet" surpreende pela qualidade técnica e artística que além de criar uma linha do tempo extremamente cuidadosa para que a audiência tenha a exata noção do que aconteceu com algumas das vitimas do "IsAnyoneUp", ainda denuncia um verdadeiro submundo de depravação virtual e desmascara o que há de mais nojento na internet.

Miller foi muito inteligente ao construir um perfil do Hunter Moore a partir de suas próprias atitudes e declarações - essa escolha é provocativa já que naturalmente exalta nossas emoções não pelo olhar da vitima, mas pela perspectiva de alguém que um dia poderia ter sido sua vitima. Já ao detalhar os bastidores da saga de Charlotte Laws, que foi até às últimas consequências para impedir que outras mulheres fossem expostas como sua filha, o diretor usa da empatia imediata como gatilho para criar nossa conexão com a jornada e nos manter grudados na tela - como disse acima, a cada nova aparição de Moore temos mais vontade de vê-lo se dar mal (para manter a educação) - aqui é preciso mencionar o excelente trabalho do montador Jules Cornell (indicado ao Emmy em 2019 por "Deixando Neverland").

O fato é que no decorrer das quase três horas de documentário, acompanhamos a ascensão de Moore, que alcançou veículos de imprensa do nível de "The Rolling Stones", "Village Voice" e "Vice", até sua queda que envolveu o coletivo hacker "Anonymous" e uma grandiosa investigação do FBI - tudo graças à Laws. Mais do que uma caçada ao criminoso, "O Homem mais odiado da Internet" é um retrato de uma sociedade doentia, basta pensar que o site de Moore tinha mais 100 milhões de acessos em 2012, e que mesmo com muito mérito, parece ter chegado alguns anos atrasado. 

PS: a título de curiosidade, Charlotte Laws ajudou a implementar legislações sobre o tema em mais de 40 estados nos EUA.

Vale muito o seu play!

Assista Agora

O adjetivo "idiota" foi redefinido em "O Homem mais odiado da Internet" - e não falo apenas do personagem, mas também de todos que viam nele um herói! Dito isso, prepara-se para uma jornada completamente indigesta, cruel e revoltante! Essa minissérie de 3 episódios da Netflix expõe, de fato, uma das figuras mais desprezíveis que você vai conhecer na sua vida - e ver ele se dar muito mal, será a força motivadora que vai te fazer suportar essa história absurda!

Hunter Moore ganhou fama por se considerar um profissional especializado em arruinar a vida dos outros graças a um site que ele criou chamado "IsAnyoneUp", focado em fotos de mulheres nuas sem o consentimento das vítimas e ainda indicando seus respectivos perfis nas redes sociais. O mais mórbido, porém, é que, com a popularidade do site, Hunter conquistou milhares de seguidores fiéis, em especial por fortalecer misoginia e todo tipo de discurso de ódio em seu fórum. Além da busca de uma mãe para que Hunter fosse punido por seus crimes, a minissérie expõe o ponto de vista de várias vítimas que tiveram sua intimidade exposta e por isso sua vida transformada completamente.

Dirigida pelo praticamente estreante Rob Miller, "O Homem mais odiado da Internet" surpreende pela qualidade técnica e artística que além de criar uma linha do tempo extremamente cuidadosa para que a audiência tenha a exata noção do que aconteceu com algumas das vitimas do "IsAnyoneUp", ainda denuncia um verdadeiro submundo de depravação virtual e desmascara o que há de mais nojento na internet.

Miller foi muito inteligente ao construir um perfil do Hunter Moore a partir de suas próprias atitudes e declarações - essa escolha é provocativa já que naturalmente exalta nossas emoções não pelo olhar da vitima, mas pela perspectiva de alguém que um dia poderia ter sido sua vitima. Já ao detalhar os bastidores da saga de Charlotte Laws, que foi até às últimas consequências para impedir que outras mulheres fossem expostas como sua filha, o diretor usa da empatia imediata como gatilho para criar nossa conexão com a jornada e nos manter grudados na tela - como disse acima, a cada nova aparição de Moore temos mais vontade de vê-lo se dar mal (para manter a educação) - aqui é preciso mencionar o excelente trabalho do montador Jules Cornell (indicado ao Emmy em 2019 por "Deixando Neverland").

O fato é que no decorrer das quase três horas de documentário, acompanhamos a ascensão de Moore, que alcançou veículos de imprensa do nível de "The Rolling Stones", "Village Voice" e "Vice", até sua queda que envolveu o coletivo hacker "Anonymous" e uma grandiosa investigação do FBI - tudo graças à Laws. Mais do que uma caçada ao criminoso, "O Homem mais odiado da Internet" é um retrato de uma sociedade doentia, basta pensar que o site de Moore tinha mais 100 milhões de acessos em 2012, e que mesmo com muito mérito, parece ter chegado alguns anos atrasado. 

PS: a título de curiosidade, Charlotte Laws ajudou a implementar legislações sobre o tema em mais de 40 estados nos EUA.

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