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O Labirinto

Diretor
Donato Carrisi
Elenco
Dustin Hoffman, Toni Servillo, Valentina Bellè
Ano
2019
País
Italia

Suspense Globoplay ml-psicologico ml-investigação ml-crime ml-europa ml-livro ml-nivel-b ml-vc

O Labirinto

"O Labirinto" é mais um daqueles filmes "ame ou odeie", bem na linha do espanhol "O Poço". Essa produção italiana que tem Dustin Hoffman (falando em inglês) no elenco, é bem peculiar - tanto na forma quanto no seu conteúdo, ou seja, é possível amar a história, mas odiar a estética e vice-versa. O fato é que essa adaptação da obra homônima do aclamado escritor italiano Donato Carrisi (que também dirige o filme) é um suspense psicológico com elementos que remetem ao drama policial e que tenta, de várias maneiras, revitalizar o estilo noir trazendo para os dias de hoje, toda aquela experiência do exagero visual e da narrativa pontuada por uma trilha sonora igualmente marcante.

Na história, Samantha (Valentina Bellè) está no hospital, em estado de choque, quinze anos depois de ser raptada a caminho da escola. Ao lado dela, Dr. Green (Dustin Hoffman) busca resgatar suas memórias para tentar encontrar o criminoso que a manteve em cativeiro por tanto tempo. É nesse processo que Green descobre o labirinto - uma prisão subterrânea, aparentemente sem saída, onde a jovem era obrigada a resolver alguns enigmas em troca de recompensas por seus sucessos (ou sendo punida por seus fracassos). Paralelo a isso, Bruno Genko (Toni Servillo), um investigador particular de talento excepcional, também está ansioso para resolver o mistério já que não tem muito tempo de vida e ainda guarda uma relação de dívida com os pais de Samantha que o contrataram na época do sequestro. Confira o trailer:

Partindo do principio que dois protagonistas (um italiano e um americano) buscam encontrar o mesmo criminoso, mas usando de métodos e estilos distintos, a sensação de urgência e dúvida nos fisga logo de cara. A pergunta sobre qual deles conseguirá chegar até a verdade primeiro, nos guia por duas linhas narrativas distintas que, é preciso que se diga, deve ter funcionado muito melhor no livro do que no filme - e aqui cabe um comentário pertinente: muito dessa falta de conexão entre o propósito e os personagens é culpa do diretor que não teve (e não tem) a capacidade de construir uma jornada inesquecível a partir de uma história ótima, por simplesmente não dominar a gramática cinematográfica do suspense policial. Para mim a forma é falha, o conteúdo não - para você a inverso pode ser verdadeiro e tudo bem, será uma questão de gosto.

É de se ressaltar que essa é uma adaptação das mais difíceis, já que os elementos narrativos pedem uma atmosfera repleta de cenários abstratos para trazer uma forte sensação de terror psicológico com base em ambientes apavorantes - daqueles que nunca sabemos se é real ou produto da imaginação dos personagens. Essa mistura entre o pesadelo juvenil e o cabaré hardcore, mesmo em sua complexidade, funciona em vários momentos e entrega a sustentação para uma trama cheia de peças e informações espalhadas e que, a todo momento, nos convida a participar de uma investigação interessante - sempre esperando aqueles plots twists matadores.

Veja, como todo filme "ame ou odeie", se você se permitir mergulhar no exagero estético que comentamos, abstrair o senso de realidade e ainda se permitir embarcar na proposta do diretor, é muito provável que você vai se divertir (e muito) com "L'uomo del Labirinto" (no original). Agora, se você procura uma história mais palpável, com um realismo narrativo e estético mais conservador, esse filme definitivamente não vai te agradar. 

Na linha de Harlan Coben (de "Não Fale com Estranhos") ou dos games de investigação como "Black Dahlia", vale a pena experimentar!

Assista Agora

"O Labirinto" é mais um daqueles filmes "ame ou odeie", bem na linha do espanhol "O Poço". Essa produção italiana que tem Dustin Hoffman (falando em inglês) no elenco, é bem peculiar - tanto na forma quanto no seu conteúdo, ou seja, é possível amar a história, mas odiar a estética e vice-versa. O fato é que essa adaptação da obra homônima do aclamado escritor italiano Donato Carrisi (que também dirige o filme) é um suspense psicológico com elementos que remetem ao drama policial e que tenta, de várias maneiras, revitalizar o estilo noir trazendo para os dias de hoje, toda aquela experiência do exagero visual e da narrativa pontuada por uma trilha sonora igualmente marcante.

Na história, Samantha (Valentina Bellè) está no hospital, em estado de choque, quinze anos depois de ser raptada a caminho da escola. Ao lado dela, Dr. Green (Dustin Hoffman) busca resgatar suas memórias para tentar encontrar o criminoso que a manteve em cativeiro por tanto tempo. É nesse processo que Green descobre o labirinto - uma prisão subterrânea, aparentemente sem saída, onde a jovem era obrigada a resolver alguns enigmas em troca de recompensas por seus sucessos (ou sendo punida por seus fracassos). Paralelo a isso, Bruno Genko (Toni Servillo), um investigador particular de talento excepcional, também está ansioso para resolver o mistério já que não tem muito tempo de vida e ainda guarda uma relação de dívida com os pais de Samantha que o contrataram na época do sequestro. Confira o trailer:

Partindo do principio que dois protagonistas (um italiano e um americano) buscam encontrar o mesmo criminoso, mas usando de métodos e estilos distintos, a sensação de urgência e dúvida nos fisga logo de cara. A pergunta sobre qual deles conseguirá chegar até a verdade primeiro, nos guia por duas linhas narrativas distintas que, é preciso que se diga, deve ter funcionado muito melhor no livro do que no filme - e aqui cabe um comentário pertinente: muito dessa falta de conexão entre o propósito e os personagens é culpa do diretor que não teve (e não tem) a capacidade de construir uma jornada inesquecível a partir de uma história ótima, por simplesmente não dominar a gramática cinematográfica do suspense policial. Para mim a forma é falha, o conteúdo não - para você a inverso pode ser verdadeiro e tudo bem, será uma questão de gosto.

É de se ressaltar que essa é uma adaptação das mais difíceis, já que os elementos narrativos pedem uma atmosfera repleta de cenários abstratos para trazer uma forte sensação de terror psicológico com base em ambientes apavorantes - daqueles que nunca sabemos se é real ou produto da imaginação dos personagens. Essa mistura entre o pesadelo juvenil e o cabaré hardcore, mesmo em sua complexidade, funciona em vários momentos e entrega a sustentação para uma trama cheia de peças e informações espalhadas e que, a todo momento, nos convida a participar de uma investigação interessante - sempre esperando aqueles plots twists matadores.

Veja, como todo filme "ame ou odeie", se você se permitir mergulhar no exagero estético que comentamos, abstrair o senso de realidade e ainda se permitir embarcar na proposta do diretor, é muito provável que você vai se divertir (e muito) com "L'uomo del Labirinto" (no original). Agora, se você procura uma história mais palpável, com um realismo narrativo e estético mais conservador, esse filme definitivamente não vai te agradar. 

Na linha de Harlan Coben (de "Não Fale com Estranhos") ou dos games de investigação como "Black Dahlia", vale a pena experimentar!

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