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Blind

Diretor
Eskil Vogt
Elenco
Ellen Dorrit Petersen, Henrik Rafaelsen, Vera Vitali
Ano
2014
País
Noruega

Drama ml-psicologico ml-relacoes ml-livro ml-sexo ml-casal ml-nordica ml-aronofsky ml-hc Imovision

Blind

"Blind" é um grande filme, mas você só vai perceber isso depois que conseguir digerir sua proposta e, em retrospectiva, encaixar uma série de detalhes que a principio pareciam até uma certa loucura do roteirista ou um experimento cinematográfico para um público bem alternativo e amante da arte independente! Vai por mim: tudo fará muito sentido e a genialidade da dinâmica narrativa de "Blind" é justamente a de brincar com nossas percepções, como se não conseguíssemos enxergar as várias pistas que o diretor Eskil Vogt vai nos dando - e não estou sendo redundante.

Ingrid (Ellen Dorrit Petersen) é uma linda mulher que perdeu a visão já adulta. Aparentemente deprimida com a nova condição, ela resolve ficar isolada em sua própria casa, onde se sente mais segura. Seu grande parceiro nesta difícil adaptação é o marido, Morten (Henrik Rafaelsen). Porém, com o passar dos dias, presa em um cotidiano monocromático, suas lembranças de um mundo que ela conheceu vão desaparecendo gradativamente, é quando ela percebe que o maior perigo está dentro de si mesma. Confira o trailer:

"Blind" fala sobre a solidão e os reflexos que ela pode causar no nosso comportamento - principalmente se essa solidão for uma escolha, mesmo que inconsciente, para se proteger de uma nova condição. O impacto que ela causa no outro é tão profundo quanto reflexivo e talvez esse premiado filme norueguês pareça confuso demais para quem não está disposto a embarcar em uma narrativa bastante particular - e aqui não basta estar apenas disposto, será preciso ter paciência até que as coisas façam sentido! O filme não é "uma viagem" , ele é uma representação clara de como nossa mente pode nos derrubar a qualquer momento e isso se extende para quem está assistindo. Olha, filme tão difícil, quanto genial! Vale muito a pena!

"Blind" foi premiado como Melhor Roteiro no Festival de Sundance, nos EUA, em 2014; foi exibido com sucesso e também premiado no Festival de Berlim com o "Label Europa Cinema", além de acumular mais de uma dezena de indicações e troféus em festivais ao redor do mundo! Com essa chancela, "Blind" se permite sair do óbvio desde o seu roteiro até sua direção e quem amarra tudo isso é uma montagem sensacional. Toda estranheza incomoda visualmente e é com uma edição bem orgânica que a narrativa subverte o conceito espacial e temporal, fazendo nossa cabeça quase explodir!

É muito interessante como o mundo de Ingrid é exatamente o mesmo de quem assiste ao filme - existe uma linha muito tênue entre realidade e imaginação e seguindo essa lógica, o diretor Eskil Vogt, nos convida para brincar - não foi uma vez que pausei e voltei o filme para tentar entender o que tinha acontecido ou se foi uma distração momentânea que tinha me confundido. O bacana é que a história vai se desenvolvendo sem a menor pressa, mesmo correndo o risco de perder audiência, tudo acontece no seu devido tempo e quando nos damos conta do que realmente está acontecendo já caminhamos para o final - ao melhor estilo "Sexto Sentido", mas sem a necessidade de provar que tudo foi minuciosamente pensado.

Algumas cenas podem parecer exageradas, colocadas para chocar, mas não, tudo tem seu propósito e, justamente por isso, nosso pré-conceito trabalha sem filtro e no final das contas, nunca acerta. Criticamos, sentimos asco, julgamos e até sofremos pelo outro, mas esquecemos que, como na vida, toda história tem dois lados e nem sempre teremos acesso a eles. "Blind" funciona no detalhe, não se esqueça, pois essa percepção mudará sua experiência ao assistir as filme.

Vale muito a pena! 

Assista Agora

"Blind" é um grande filme, mas você só vai perceber isso depois que conseguir digerir sua proposta e, em retrospectiva, encaixar uma série de detalhes que a principio pareciam até uma certa loucura do roteirista ou um experimento cinematográfico para um público bem alternativo e amante da arte independente! Vai por mim: tudo fará muito sentido e a genialidade da dinâmica narrativa de "Blind" é justamente a de brincar com nossas percepções, como se não conseguíssemos enxergar as várias pistas que o diretor Eskil Vogt vai nos dando - e não estou sendo redundante.

Ingrid (Ellen Dorrit Petersen) é uma linda mulher que perdeu a visão já adulta. Aparentemente deprimida com a nova condição, ela resolve ficar isolada em sua própria casa, onde se sente mais segura. Seu grande parceiro nesta difícil adaptação é o marido, Morten (Henrik Rafaelsen). Porém, com o passar dos dias, presa em um cotidiano monocromático, suas lembranças de um mundo que ela conheceu vão desaparecendo gradativamente, é quando ela percebe que o maior perigo está dentro de si mesma. Confira o trailer:

"Blind" fala sobre a solidão e os reflexos que ela pode causar no nosso comportamento - principalmente se essa solidão for uma escolha, mesmo que inconsciente, para se proteger de uma nova condição. O impacto que ela causa no outro é tão profundo quanto reflexivo e talvez esse premiado filme norueguês pareça confuso demais para quem não está disposto a embarcar em uma narrativa bastante particular - e aqui não basta estar apenas disposto, será preciso ter paciência até que as coisas façam sentido! O filme não é "uma viagem" , ele é uma representação clara de como nossa mente pode nos derrubar a qualquer momento e isso se extende para quem está assistindo. Olha, filme tão difícil, quanto genial! Vale muito a pena!

"Blind" foi premiado como Melhor Roteiro no Festival de Sundance, nos EUA, em 2014; foi exibido com sucesso e também premiado no Festival de Berlim com o "Label Europa Cinema", além de acumular mais de uma dezena de indicações e troféus em festivais ao redor do mundo! Com essa chancela, "Blind" se permite sair do óbvio desde o seu roteiro até sua direção e quem amarra tudo isso é uma montagem sensacional. Toda estranheza incomoda visualmente e é com uma edição bem orgânica que a narrativa subverte o conceito espacial e temporal, fazendo nossa cabeça quase explodir!

É muito interessante como o mundo de Ingrid é exatamente o mesmo de quem assiste ao filme - existe uma linha muito tênue entre realidade e imaginação e seguindo essa lógica, o diretor Eskil Vogt, nos convida para brincar - não foi uma vez que pausei e voltei o filme para tentar entender o que tinha acontecido ou se foi uma distração momentânea que tinha me confundido. O bacana é que a história vai se desenvolvendo sem a menor pressa, mesmo correndo o risco de perder audiência, tudo acontece no seu devido tempo e quando nos damos conta do que realmente está acontecendo já caminhamos para o final - ao melhor estilo "Sexto Sentido", mas sem a necessidade de provar que tudo foi minuciosamente pensado.

Algumas cenas podem parecer exageradas, colocadas para chocar, mas não, tudo tem seu propósito e, justamente por isso, nosso pré-conceito trabalha sem filtro e no final das contas, nunca acerta. Criticamos, sentimos asco, julgamos e até sofremos pelo outro, mas esquecemos que, como na vida, toda história tem dois lados e nem sempre teremos acesso a eles. "Blind" funciona no detalhe, não se esqueça, pois essa percepção mudará sua experiência ao assistir as filme.

Vale muito a pena! 

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