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O Caso Richard Jewell

Diretor
Clint Eastwood
Elenco
Paul Walter Hauser, Sam Rockwell, Brandon Stanley
Ano
2019
País
EUA

Drama Prime Video ml-real ml-eastwood ml-investigação ml-terrorismo ml-jornalismo ml-livro ml-gb

O Caso Richard Jewell

"O Caso Richard Jewell" não é um filme de investigação, é um filme de empatia! 

Richard Jewell (Paul Walter Hauser) sempre sonhou em se tornar policial, mas entre um bico e outro, acabou como segurança nos jogos olímpicos de Atlanta em 1996. No dia 27 de julho, durante um show no Centennial Olympic Park, Jewell reparou em uma mochila que estava largada próximo a torre de iluminação. Receoso, ele chamou a policia local e depois o esquadrão anti-bombas - ambos não puderam fazer nada a tempo: a bomba explodiu, matando duas pessoas e ferindo outras 112. Certamente a tragédia teria sido ainda maior se Richard Jewell não tivesse agido rápido, afastando o máximo de pessoas possíveis do local da explosão. Da noite para o dia ele se tornou um herói, uma celebridade instantânea, até que um investigador do FBI sugeriu que ele pudesse ser o principal suspeito, vazando a informação para a jornalista Kathy Scruggs (Olivia Wilde) que, irresponsavelmente, o colocou em um perfil completamente estereotipado de quem seria capaz de cometer um atentado terrorista para chamar a atenção. O fato é que Jewell e sua mãe Bobi (Kathy Bates) passam a viver um inferno, sendo massacrados pela mídia e perseguidos pelo FBI.

A escolha do diretor Clint Eastwood e do roteirista Billy Ray (Captain Phillips) em contar essa história real pelos olhos inocentes de Richard Jewell, transforma nossa percepção sobre o caso e nos provoca à reflexão sobre aqueles personagens de uma forma muito próxima, quase familiar, emotiva até! Olha, vale muito a pena! O filme estreia dia 2 de janeiro e é cotado para, pelo menos, 2 ou 3 indicações no Oscar 2020! 

Embora a história seja muito interessante e nos prenda por mais de duas horas, a força do filme está, sem dúvida, no seu elenco: Paul Walter Hauser está sensacional e, para mim, seria um dos indicados no Oscar, porém sua ausência no Globo de Ouro ligou um sinal de alerta. O mesmo serve para o excelente Sam Rockwell como o advogado Watson Bryant - ele está perfeito, mas vai cair em uma das categorias mais disputadas e que deve contar com Joe Pesci (O irlandês), Anthony Hopkins (Dois papas) e Brad Pitt (Era uma Vez em Hollywood). Kathy Bates tem uma das cenas mais emocionantes que eu assisti em 2019 - um monólogo que vale o filme e que a credencia como uma das favoritas para melhor atriz coadjuvante. Até Olivia Wilde mereceria uma indicação, mas acho que não será dessa vez: sua postura como uma repórter ambiciosa é irritante ao mesmo tempo que muito charmosa - aliás, uma das polêmicas que o filme gerou diz respeito a sua personagem que, teoricamente, teria oferecido sexo em troca de uma informação. Kathy Scruggs faleceu em 2001, mas a A Cox Enterprises, responsável pelo diário Atlanta Journal-Constitution que deu o furo na época, enviou uma carta aberta para o diretor Clint Eastwood, afirmando que sua versão para os fatos seria "errada e malévola [...] difamatória e destruidora de reputações"! O fato é que essa polêmica, em tempos de #MeToo, deve atrapalhar a corrida do filme pela disputa do prêmio máximo do Oscar.

Outros fatores contribuem para o ótimo resultado de "O Caso Richard Jewell". Sem muita inventividade , mas com muita competência, a direção de Eastwood é infinitamente melhor do que em "15h17 - Trem para Paris". A montagem de Joel Cox (Os Imperdoáveis e American Sniper) cria uma dinâmica bastante interessante, embora muito linear, mistura bem o que é arquivo e o que é ficção. A trilha sonora do Arturo Sandoval (três vezes vencedor do Grammy) ajuda a dar o tom emocional que o roteiro propõe com muita habilidade. Outro elemento que pode passar batido, mas que é muito interessante é a bela fotografia de Yves Bélanger (o cara por trás de Big Little Lies da HBO e de Clube de Compras Dallas). 

"O Caso Richard Jewell" é um filme com potencial para fazer barulho graças ao excelente trabalho de um elenco acima da média! O roteiro, mesmo acertando no conceito narrativo, dá umas pequenas vaciladas, deixando algumas ações sem muita explicação (até aí, ok) ou aprofundamento (como a dor no peito de Richard Jewell ou a crise de consciência Kathy Scruggs durante a entrevista coletiva da mãe de Richard) - dá a impressão que algo não entrou no corte final, sabe? De modo geral eu gostei muito do filme e digo que vale muito a pena! Indico de olhos fechados e com o coração apertado ao lembrar da cena da Kathy Bates!!!

Assista Agora

"O Caso Richard Jewell" não é um filme de investigação, é um filme de empatia! 

Richard Jewell (Paul Walter Hauser) sempre sonhou em se tornar policial, mas entre um bico e outro, acabou como segurança nos jogos olímpicos de Atlanta em 1996. No dia 27 de julho, durante um show no Centennial Olympic Park, Jewell reparou em uma mochila que estava largada próximo a torre de iluminação. Receoso, ele chamou a policia local e depois o esquadrão anti-bombas - ambos não puderam fazer nada a tempo: a bomba explodiu, matando duas pessoas e ferindo outras 112. Certamente a tragédia teria sido ainda maior se Richard Jewell não tivesse agido rápido, afastando o máximo de pessoas possíveis do local da explosão. Da noite para o dia ele se tornou um herói, uma celebridade instantânea, até que um investigador do FBI sugeriu que ele pudesse ser o principal suspeito, vazando a informação para a jornalista Kathy Scruggs (Olivia Wilde) que, irresponsavelmente, o colocou em um perfil completamente estereotipado de quem seria capaz de cometer um atentado terrorista para chamar a atenção. O fato é que Jewell e sua mãe Bobi (Kathy Bates) passam a viver um inferno, sendo massacrados pela mídia e perseguidos pelo FBI.

A escolha do diretor Clint Eastwood e do roteirista Billy Ray (Captain Phillips) em contar essa história real pelos olhos inocentes de Richard Jewell, transforma nossa percepção sobre o caso e nos provoca à reflexão sobre aqueles personagens de uma forma muito próxima, quase familiar, emotiva até! Olha, vale muito a pena! O filme estreia dia 2 de janeiro e é cotado para, pelo menos, 2 ou 3 indicações no Oscar 2020! 

Embora a história seja muito interessante e nos prenda por mais de duas horas, a força do filme está, sem dúvida, no seu elenco: Paul Walter Hauser está sensacional e, para mim, seria um dos indicados no Oscar, porém sua ausência no Globo de Ouro ligou um sinal de alerta. O mesmo serve para o excelente Sam Rockwell como o advogado Watson Bryant - ele está perfeito, mas vai cair em uma das categorias mais disputadas e que deve contar com Joe Pesci (O irlandês), Anthony Hopkins (Dois papas) e Brad Pitt (Era uma Vez em Hollywood). Kathy Bates tem uma das cenas mais emocionantes que eu assisti em 2019 - um monólogo que vale o filme e que a credencia como uma das favoritas para melhor atriz coadjuvante. Até Olivia Wilde mereceria uma indicação, mas acho que não será dessa vez: sua postura como uma repórter ambiciosa é irritante ao mesmo tempo que muito charmosa - aliás, uma das polêmicas que o filme gerou diz respeito a sua personagem que, teoricamente, teria oferecido sexo em troca de uma informação. Kathy Scruggs faleceu em 2001, mas a A Cox Enterprises, responsável pelo diário Atlanta Journal-Constitution que deu o furo na época, enviou uma carta aberta para o diretor Clint Eastwood, afirmando que sua versão para os fatos seria "errada e malévola [...] difamatória e destruidora de reputações"! O fato é que essa polêmica, em tempos de #MeToo, deve atrapalhar a corrida do filme pela disputa do prêmio máximo do Oscar.

Outros fatores contribuem para o ótimo resultado de "O Caso Richard Jewell". Sem muita inventividade , mas com muita competência, a direção de Eastwood é infinitamente melhor do que em "15h17 - Trem para Paris". A montagem de Joel Cox (Os Imperdoáveis e American Sniper) cria uma dinâmica bastante interessante, embora muito linear, mistura bem o que é arquivo e o que é ficção. A trilha sonora do Arturo Sandoval (três vezes vencedor do Grammy) ajuda a dar o tom emocional que o roteiro propõe com muita habilidade. Outro elemento que pode passar batido, mas que é muito interessante é a bela fotografia de Yves Bélanger (o cara por trás de Big Little Lies da HBO e de Clube de Compras Dallas). 

"O Caso Richard Jewell" é um filme com potencial para fazer barulho graças ao excelente trabalho de um elenco acima da média! O roteiro, mesmo acertando no conceito narrativo, dá umas pequenas vaciladas, deixando algumas ações sem muita explicação (até aí, ok) ou aprofundamento (como a dor no peito de Richard Jewell ou a crise de consciência Kathy Scruggs durante a entrevista coletiva da mãe de Richard) - dá a impressão que algo não entrou no corte final, sabe? De modo geral eu gostei muito do filme e digo que vale muito a pena! Indico de olhos fechados e com o coração apertado ao lembrar da cena da Kathy Bates!!!

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