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High Flying Bird

Diretor
Steven Soderbergh
Elenco
André Holland, Melvin Gregg, Eddie Tavares
Ano
2019
País
EUA

Drama netflix ml-real ml-empreendedorismo ml-esporte ml-basquete ml-ff

High Flying Bird

"High Flying Bird" é, antes de mais nada, um filme de reflexão! Aí você me pergunta: como um filme sobre basquete pode ser um filme para reflexão? Vamos lá: "High Flying Bird" não é sobre basquete, é sobre disrupção!!! E o genial do projeto é que essa disrupção sai da tela, vem para o processo de produção do filme e termina na maneira como o filme está sendo distribuído! Ok, vamos por partes...

O filme fala sobre um "lockout" da NBA.  "Lockout" para quem não sabe, é uma espécie de greve ao contrário, onde quem contrata impede que os contratados exerçam seu trabalho, normalmente, porque estão buscando uma melhor negociação em benefício próprio ou do negócio em si, porém durante todo esse período em que ninguém trabalha, os salários são suspensos e uma grande bola de neve começa se formar forçando a corda estourar sempre do lado mais fraco. Na NBA, para os cartolas, o lado mais fraco são os jogadores! E é aí que o filme ganha força, pois o protagonista, um agente de jovens atletas e potenciais estrelas, trabalha 72 horas para provar que o lado mais fraco, na verdade, é o sistema que a NBA insiste em exaltar e que está ficando cada vez mais ultrapassado - afinal as novas tecnologias estão aí e se você tem a matéria prima, no caso os jogadores, o show está garantido basta as pessoas saberem onde assistir. 

O Steven Soderbergh é um Diretor "a frente do seu tempo" - desde suas estreia em 89 com "Sexo, Mentiras e Videotape", filme que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original, até o ano 2000 onde foi indicado duas vezes na mesma categoria de Melhor Diretor: uma com "Erin Brockovich" e outra com "Traffic" . Aliás o que esse cara fez em "Traffic" há 19 anos atrás foi um absurdo (se você ainda não assistiu, assista e repare no que eu estou falando!!!): ele dividiu o filme em três pontos de vista diferentes para um mesmo assunto: as drogas. E conceituou cada um desses olhares com uma gramática cinematográfica diferente, apoiado em conceitos emocionais e sensoriais! Incrível, inteligente, criativo e mais quantos adjetivos couberem na mesma frase para justificar esse trabalho!!!

Bom, continuando, Soderberg, então, seguindo o mesmo conceito disruptivo do roteiro (escrito pelo Tarell Alvin McCraney de "Moonlight"), resolve filmar com um Iphone 8 e assim mostrar, mais uma vez, que com a matéria prima, o equipamento é o que menos importa: é possível fazer um filme bom até com um telefone celular que tenha uma boa câmera!!! Isso já tinha acontecido lá atrás com o movimento "Dogma" (no início da mini-DV contra o altíssimo custo da película) mas agora ele dá um passo além, tira do bolso seu iPhone, coloca uma adaptador anamórfico que custa 180 dólares e filma (em 2.35) seu projeto sem a necessidade de um Estúdio bancar o projeto! Claro que tecnicamente o filme é limitado, principalmente na óptica (lentes realmente boas e caras fazem muita falta!), mas de maneira alguma prejudica a experiência de quem assiste. Ok, mas e para distribuir um filme feito com iPhone? Tem uma melhor plataforma para bancar esse marketing disruptivo e atingir tantas pessoas no mundo inteiro, ao mesmo tempo, melhor que a Netflix? Entendem como essa cadeia foi totalmente reinterpretada nesse projeto????

"High Flying Bird" é um filme bom, inteligente e por todos esses fatores merece ser assistido! Sobre a reflexão, eu deixo para cada um buscar dentro do seu universo as respostas para mudar um sistema que não se sustenta mais com imposições ou controle financeiro - sem a matéria prima, tudo isso vira fumaça!!! 

Vale o play!!! Vale a reflexão!!!

Assista Agora

"High Flying Bird" é, antes de mais nada, um filme de reflexão! Aí você me pergunta: como um filme sobre basquete pode ser um filme para reflexão? Vamos lá: "High Flying Bird" não é sobre basquete, é sobre disrupção!!! E o genial do projeto é que essa disrupção sai da tela, vem para o processo de produção do filme e termina na maneira como o filme está sendo distribuído! Ok, vamos por partes...

O filme fala sobre um "lockout" da NBA.  "Lockout" para quem não sabe, é uma espécie de greve ao contrário, onde quem contrata impede que os contratados exerçam seu trabalho, normalmente, porque estão buscando uma melhor negociação em benefício próprio ou do negócio em si, porém durante todo esse período em que ninguém trabalha, os salários são suspensos e uma grande bola de neve começa se formar forçando a corda estourar sempre do lado mais fraco. Na NBA, para os cartolas, o lado mais fraco são os jogadores! E é aí que o filme ganha força, pois o protagonista, um agente de jovens atletas e potenciais estrelas, trabalha 72 horas para provar que o lado mais fraco, na verdade, é o sistema que a NBA insiste em exaltar e que está ficando cada vez mais ultrapassado - afinal as novas tecnologias estão aí e se você tem a matéria prima, no caso os jogadores, o show está garantido basta as pessoas saberem onde assistir. 

O Steven Soderbergh é um Diretor "a frente do seu tempo" - desde suas estreia em 89 com "Sexo, Mentiras e Videotape", filme que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original, até o ano 2000 onde foi indicado duas vezes na mesma categoria de Melhor Diretor: uma com "Erin Brockovich" e outra com "Traffic" . Aliás o que esse cara fez em "Traffic" há 19 anos atrás foi um absurdo (se você ainda não assistiu, assista e repare no que eu estou falando!!!): ele dividiu o filme em três pontos de vista diferentes para um mesmo assunto: as drogas. E conceituou cada um desses olhares com uma gramática cinematográfica diferente, apoiado em conceitos emocionais e sensoriais! Incrível, inteligente, criativo e mais quantos adjetivos couberem na mesma frase para justificar esse trabalho!!!

Bom, continuando, Soderberg, então, seguindo o mesmo conceito disruptivo do roteiro (escrito pelo Tarell Alvin McCraney de "Moonlight"), resolve filmar com um Iphone 8 e assim mostrar, mais uma vez, que com a matéria prima, o equipamento é o que menos importa: é possível fazer um filme bom até com um telefone celular que tenha uma boa câmera!!! Isso já tinha acontecido lá atrás com o movimento "Dogma" (no início da mini-DV contra o altíssimo custo da película) mas agora ele dá um passo além, tira do bolso seu iPhone, coloca uma adaptador anamórfico que custa 180 dólares e filma (em 2.35) seu projeto sem a necessidade de um Estúdio bancar o projeto! Claro que tecnicamente o filme é limitado, principalmente na óptica (lentes realmente boas e caras fazem muita falta!), mas de maneira alguma prejudica a experiência de quem assiste. Ok, mas e para distribuir um filme feito com iPhone? Tem uma melhor plataforma para bancar esse marketing disruptivo e atingir tantas pessoas no mundo inteiro, ao mesmo tempo, melhor que a Netflix? Entendem como essa cadeia foi totalmente reinterpretada nesse projeto????

"High Flying Bird" é um filme bom, inteligente e por todos esses fatores merece ser assistido! Sobre a reflexão, eu deixo para cada um buscar dentro do seu universo as respostas para mudar um sistema que não se sustenta mais com imposições ou controle financeiro - sem a matéria prima, tudo isso vira fumaça!!! 

Vale o play!!! Vale a reflexão!!!

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