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Ad Astra

Diretor
James Gray
Elenco
Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Negga
Ano
2019
País
EUA

Ficção ml-relacoes ml-catastrofe ml-tecnologia ml-familia ml-bm ml-disney ml-superação Disney+ ml-espaco

Ad Astra

Aqui temos uma ficção científica raiz, ou seja, com muito mais drama do que alienígenas - e obviamente com aquele toque reflexivo sobre a existência humana pela perspectiva das relações familiares. Pois bem, dirigido por James Gray, "Ad Astra" é um filme mais contemplativo (e visualmente impressionante) que usa a vastidão do espaço como pano de fundo para explorar dilemas existenciais profundos - talvez por isso que a obra nos remeta aos grandes clássicos como "2001: Uma Odisseia no Espaço", mas com um certo ar de modernidade técnica e artística que encontramos em filmes mais recentes como "Gravidade" e "Interestelar". A grande verdade é que "Ad Astra" oferece uma jornada introspectiva das mais interessantes se encaramos a proposta de Gray e assim refletirmos sobre solidão e sobre o eterno conflito entre pai e filho. Indicado ao Oscar de Melhor Desenho de Som em 2020, "Ad Astra" se destaca especialmente pelo trabalho meticuloso de sua ambientação sonora, transportando a audiência diretamente para uma imensidão silenciosa e ao mesmo tempo perturbadora, do universo.

O filme, basicamente, acompanha Roy McBride (Brad Pitt), um astronauta experiente e conhecido pela serenidade quase sobre-humana durante missões mais arriscadas. Quando a Terra começa a sofrer os efeitos devastadores de uma série de pulsos energéticos misteriosos, Roy é convocado para investigar o caso - só que a missão rapidamente ganha contornos pessoais. Ele descobre que seu pai, Clifford McBride (Tommy Lee Jones), lendário astronauta dado como desaparecido há mais de duas décadas em uma missão secreta nas profundezas do sistema solar, pode estar vivo – e diretamente ligado à ameaça que agora coloca em risco toda a humanidade. Ao embarcar nessa missão, Roy precisa confrontar segredos do seu passado com suas próprias escolhas. Confira o trailer:

Antes de mais nada é preciso dizer que James Gray é um diretor conhecido por explorar com muita habilidade, dramas intensos sobre relações familiares e sobre a busca existencial - e aqui, mesmo se tratando de uma ficção científica, não é diferente. "Ad Astra" é, acima de tudo, uma jornada emocional profunda sobre isolamento e busca por significado. A direção de Gray então, opta por uma narrativa introspectiva, deixando espaço para reflexões mais silenciosas, amplificadas pela atuação sutil e poderosa de Brad Pitt, que carrega o filme com uma performance no tom certo, expressando um turbilhão de emoções através de pequenas gestos e com seu olhar - o Roy McBride de Pitt é uma versão de Ryan Stone (Sandra Bullock) em "Gravidade". É de se aplaudir a forma como o ator consegue transmitir uma fragilidade camuflada pela disciplina militar de seu personagem, especialmente evidente nas cenas mais silenciosas, onde ele trava batalhas internas devastadoras antes do potencial encontro com seu pai.

Do ponto de vista técnico, "Ad Astra" impressiona em diversos aspectos. O desenho de som, obviamente, merece destaque pela forma como captura a sensação de estar perdido no espaço, alternando o silêncio absoluto, inquietante e opressivo, com as explosões de ruído cuidadosamente controladas que marcam os momentos de tensão. A equipe de som liderada por Gary Rydstrom (ganhador de 7 Oscars) construiu uma experiência sensorial absurda em detalhes - cada mínimo ruído assume uma importância crucial na narrativa, desde o leve chiado das comunicações via rádio até o assustador impacto de uma explosão silenciosa em gravidade zero. Outro ponto forte é a direção de fotografia de Hoyte van Hoytema (de "Tenet") - ele cria um espetáculo visual deslumbrante, destacando-se em planos que transmitem a insignificância humana diante do espaço infinito. A iluminação bem pontuada, as sombras pronunciadas e o uso expressivo do contraste, especialmente entre os tons de azul e laranja, reforçam a sensação de introspecção e solidão, além de dar ao filme uma elegância visual ímpar.

Se há algo que pode afastar parte da audiência, no entanto, é o seu ritmo mais cadenciado e naturalmente mais reflexivo. Diferente de filmes mais comerciais, "Ad Astra" é menos focado na ação e mais nas implicações psicológicas e filosóficas de sua trama. é essa abordagem contemplativa, embora desafiadora para a audiência, que torna o filme mais memorável - especialmente ao abandonar a necessidade de explicar todos os elementos científicos para privilegiar as questões humanas fundamentais.

Uma experiência profundamente emocional e existencialista, em resumo, "Ad Astra" é uma obra corajosa e sofisticada por isso, que eleva o gênero da ficção científica ao utilizar o espaço como metáfora para explorar o incômodo do "vazio" em sua essência. Vale muito o seu play!

Assista Agora

Aqui temos uma ficção científica raiz, ou seja, com muito mais drama do que alienígenas - e obviamente com aquele toque reflexivo sobre a existência humana pela perspectiva das relações familiares. Pois bem, dirigido por James Gray, "Ad Astra" é um filme mais contemplativo (e visualmente impressionante) que usa a vastidão do espaço como pano de fundo para explorar dilemas existenciais profundos - talvez por isso que a obra nos remeta aos grandes clássicos como "2001: Uma Odisseia no Espaço", mas com um certo ar de modernidade técnica e artística que encontramos em filmes mais recentes como "Gravidade" e "Interestelar". A grande verdade é que "Ad Astra" oferece uma jornada introspectiva das mais interessantes se encaramos a proposta de Gray e assim refletirmos sobre solidão e sobre o eterno conflito entre pai e filho. Indicado ao Oscar de Melhor Desenho de Som em 2020, "Ad Astra" se destaca especialmente pelo trabalho meticuloso de sua ambientação sonora, transportando a audiência diretamente para uma imensidão silenciosa e ao mesmo tempo perturbadora, do universo.

O filme, basicamente, acompanha Roy McBride (Brad Pitt), um astronauta experiente e conhecido pela serenidade quase sobre-humana durante missões mais arriscadas. Quando a Terra começa a sofrer os efeitos devastadores de uma série de pulsos energéticos misteriosos, Roy é convocado para investigar o caso - só que a missão rapidamente ganha contornos pessoais. Ele descobre que seu pai, Clifford McBride (Tommy Lee Jones), lendário astronauta dado como desaparecido há mais de duas décadas em uma missão secreta nas profundezas do sistema solar, pode estar vivo – e diretamente ligado à ameaça que agora coloca em risco toda a humanidade. Ao embarcar nessa missão, Roy precisa confrontar segredos do seu passado com suas próprias escolhas. Confira o trailer:

Antes de mais nada é preciso dizer que James Gray é um diretor conhecido por explorar com muita habilidade, dramas intensos sobre relações familiares e sobre a busca existencial - e aqui, mesmo se tratando de uma ficção científica, não é diferente. "Ad Astra" é, acima de tudo, uma jornada emocional profunda sobre isolamento e busca por significado. A direção de Gray então, opta por uma narrativa introspectiva, deixando espaço para reflexões mais silenciosas, amplificadas pela atuação sutil e poderosa de Brad Pitt, que carrega o filme com uma performance no tom certo, expressando um turbilhão de emoções através de pequenas gestos e com seu olhar - o Roy McBride de Pitt é uma versão de Ryan Stone (Sandra Bullock) em "Gravidade". É de se aplaudir a forma como o ator consegue transmitir uma fragilidade camuflada pela disciplina militar de seu personagem, especialmente evidente nas cenas mais silenciosas, onde ele trava batalhas internas devastadoras antes do potencial encontro com seu pai.

Do ponto de vista técnico, "Ad Astra" impressiona em diversos aspectos. O desenho de som, obviamente, merece destaque pela forma como captura a sensação de estar perdido no espaço, alternando o silêncio absoluto, inquietante e opressivo, com as explosões de ruído cuidadosamente controladas que marcam os momentos de tensão. A equipe de som liderada por Gary Rydstrom (ganhador de 7 Oscars) construiu uma experiência sensorial absurda em detalhes - cada mínimo ruído assume uma importância crucial na narrativa, desde o leve chiado das comunicações via rádio até o assustador impacto de uma explosão silenciosa em gravidade zero. Outro ponto forte é a direção de fotografia de Hoyte van Hoytema (de "Tenet") - ele cria um espetáculo visual deslumbrante, destacando-se em planos que transmitem a insignificância humana diante do espaço infinito. A iluminação bem pontuada, as sombras pronunciadas e o uso expressivo do contraste, especialmente entre os tons de azul e laranja, reforçam a sensação de introspecção e solidão, além de dar ao filme uma elegância visual ímpar.

Se há algo que pode afastar parte da audiência, no entanto, é o seu ritmo mais cadenciado e naturalmente mais reflexivo. Diferente de filmes mais comerciais, "Ad Astra" é menos focado na ação e mais nas implicações psicológicas e filosóficas de sua trama. é essa abordagem contemplativa, embora desafiadora para a audiência, que torna o filme mais memorável - especialmente ao abandonar a necessidade de explicar todos os elementos científicos para privilegiar as questões humanas fundamentais.

Uma experiência profundamente emocional e existencialista, em resumo, "Ad Astra" é uma obra corajosa e sofisticada por isso, que eleva o gênero da ficção científica ao utilizar o espaço como metáfora para explorar o incômodo do "vazio" em sua essência. Vale muito o seu play!

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