indika.tv - Planeta dos Macacos: A Guerra
Planeta-Macacos-A-Guerra.jpeg

Planeta dos Macacos: A Guerra

Diretor
Matt Reeves
Elenco
Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn
Ano
2017
País
EUA

Ação ml-epico ml-fantasia ml-livro ml-aventura ml-got ml-lcp ml-historico Disney+ ml-pm

Planeta dos Macacos: A Guerra

O terceiro capítulo da franquia "Planeta dos Macacos", possivelmente é o menos profundo se olharmos pela perspectiva de um roteiro cheio de camadas e nuances, que sempre nos deixou aquela sensação de ser algo inteligente, bem desenvolvido. No entanto, também é preciso que se diga, esse talvez seja o filme que melhor se aproxima de sua proposta em ser um thriller de ação e não um drama existencial. Lançado em 2017,  "A Guerra" (ou "War for the Planet of the Apes", no original) seria o encerramento épico da trilogia que redefiniu o legado da franquia, até que, sete anos depois, a 20th Century Studios inventou o competente, "O Reinado" - mas esse é assunto para outro review. Mais uma vez dirigido pelo Matt Reeves, esse filme combina um escopo grandioso de um universo bem construído e com uma abordagem emocionalmente íntima capaz de entregar uma história que explora as consequências do "Confronto" - especialmente temas como liderança e os limites da luta pela sobrevivência. Assim como grandes épicos do cinema, Reeves utiliza a grandiosidade de um conceito visual único e o impacto emocional de nossa relação com personagens já marcantes para oferecer um desfecho que é ao mesmo tempo espetacular e introspectivo.

A narrativa acompanha César (Andy Serkis), o líder dos macacos, enquanto ele enfrenta uma guerra implacável contra os humanos liderados por um coronel impiedoso (Woody Harrelson). Após sofrer uma perda devastadora, César embarca em uma jornada pessoal de vingança e redenção, que o coloca diante de decisões morais complexas e questionamentos sobre o verdadeiro significado de liderança e sacrifício. Confira o trailer:

Veja, "Planeta dos Macacos: A Guerra" até busca o equilibro entra a ação de grande escala com momentos de pura introspecção, no entanto a evolução emocional de César como personagem central já estava estabelecida desde os outros dois filmes, o que transformou sua motivação aqui em algo mais visceral (primitivo) - e funciona, mas causa uma certa estranheza ao percebermos que os sub-plots encontram soluções mais óbvias (e muitas vezes mais fáceis) do que estávamos acostumados. O roteiro, assinado por Reeves e pelo time liderado pelo Mark Bomback, se pauta nas consequências sanguinárias de uma guerra e na luta por encontrar um estado de paz que parece ser impossível. Bomback continua sua busca por humanizar os macacos ao mesmo tempo que usa da simbologia para questionar a crueldade e a hipocrisia dos humanos. A construção de César como um líder complexo e moralmente ambíguo é um dos grandes méritos da trilogia, e "A Guerra" só aprofunda ainda mais sua jornada, com mais ação para destacar, na prática, os dilemas éticos que ele enfrenta ao tentar proteger seu povo enquanto lida com sua sede de vingança (tão discutida no filme anterior "com" e "por" Koba).

Matt Reeves demonstra mais uma vez sua habilidade excepcional como diretor. Ele constrói uma narrativa explorando temas como empatia, moralidade e brutalidade. Sua segunda direção na franquia, dessa vez se destaca pela maneira como ele utiliza a fotografia e os efeitos visuais para dar mais amplitude e fluidez, e assim contar sua história - confiando nos movimentos, gestos e olhares tanto quanto nos diálogos. Sua escolha por planos longos em uma atmosfera desoladora reforça a sensação de tensão e melancolia que permeia o filme. Nesse sentido Andy Serkis entrega uma das melhores performances de sua carreira - ele é capaz de transmitir a dor, mas também a determinação e a sabedoria de César. Woody Harrelson, como o Coronel, é o outro pilar do conflito principal - ele traz intensidade ao papel de um antagonista cuja motivação é moldada pelo medo e pela crueldade, criando um vilão de fato ameaçador.

Tecnicamente, o filme é impecável. Os efeitos visuais, mais uma vez criados pela Weta Digital, elevam o realismo dos macacos para um novo patamar - garantindo, inclusive, a terceira indicação ao Oscar de Efeitos Visuais. É realmente incrível como, filme após filme, o visual em CG (e captura) só melhora! "Planeta dos Macacos: A Guerra" é uma conclusão coerente para a trilogia, com ação, tensão e ritmo, mas sem nunca esquecer da importância de um impacto emocional.  Para quem procura uma imersão ao universo da franquia, esse filme é tão essencial quanto os outros e certamente fará ainda mais sentido no destino de uma nova geração de personagens que vem por aí!

Vale seu play!

Assista Agora

O terceiro capítulo da franquia "Planeta dos Macacos", possivelmente é o menos profundo se olharmos pela perspectiva de um roteiro cheio de camadas e nuances, que sempre nos deixou aquela sensação de ser algo inteligente, bem desenvolvido. No entanto, também é preciso que se diga, esse talvez seja o filme que melhor se aproxima de sua proposta em ser um thriller de ação e não um drama existencial. Lançado em 2017,  "A Guerra" (ou "War for the Planet of the Apes", no original) seria o encerramento épico da trilogia que redefiniu o legado da franquia, até que, sete anos depois, a 20th Century Studios inventou o competente, "O Reinado" - mas esse é assunto para outro review. Mais uma vez dirigido pelo Matt Reeves, esse filme combina um escopo grandioso de um universo bem construído e com uma abordagem emocionalmente íntima capaz de entregar uma história que explora as consequências do "Confronto" - especialmente temas como liderança e os limites da luta pela sobrevivência. Assim como grandes épicos do cinema, Reeves utiliza a grandiosidade de um conceito visual único e o impacto emocional de nossa relação com personagens já marcantes para oferecer um desfecho que é ao mesmo tempo espetacular e introspectivo.

A narrativa acompanha César (Andy Serkis), o líder dos macacos, enquanto ele enfrenta uma guerra implacável contra os humanos liderados por um coronel impiedoso (Woody Harrelson). Após sofrer uma perda devastadora, César embarca em uma jornada pessoal de vingança e redenção, que o coloca diante de decisões morais complexas e questionamentos sobre o verdadeiro significado de liderança e sacrifício. Confira o trailer:

Veja, "Planeta dos Macacos: A Guerra" até busca o equilibro entra a ação de grande escala com momentos de pura introspecção, no entanto a evolução emocional de César como personagem central já estava estabelecida desde os outros dois filmes, o que transformou sua motivação aqui em algo mais visceral (primitivo) - e funciona, mas causa uma certa estranheza ao percebermos que os sub-plots encontram soluções mais óbvias (e muitas vezes mais fáceis) do que estávamos acostumados. O roteiro, assinado por Reeves e pelo time liderado pelo Mark Bomback, se pauta nas consequências sanguinárias de uma guerra e na luta por encontrar um estado de paz que parece ser impossível. Bomback continua sua busca por humanizar os macacos ao mesmo tempo que usa da simbologia para questionar a crueldade e a hipocrisia dos humanos. A construção de César como um líder complexo e moralmente ambíguo é um dos grandes méritos da trilogia, e "A Guerra" só aprofunda ainda mais sua jornada, com mais ação para destacar, na prática, os dilemas éticos que ele enfrenta ao tentar proteger seu povo enquanto lida com sua sede de vingança (tão discutida no filme anterior "com" e "por" Koba).

Matt Reeves demonstra mais uma vez sua habilidade excepcional como diretor. Ele constrói uma narrativa explorando temas como empatia, moralidade e brutalidade. Sua segunda direção na franquia, dessa vez se destaca pela maneira como ele utiliza a fotografia e os efeitos visuais para dar mais amplitude e fluidez, e assim contar sua história - confiando nos movimentos, gestos e olhares tanto quanto nos diálogos. Sua escolha por planos longos em uma atmosfera desoladora reforça a sensação de tensão e melancolia que permeia o filme. Nesse sentido Andy Serkis entrega uma das melhores performances de sua carreira - ele é capaz de transmitir a dor, mas também a determinação e a sabedoria de César. Woody Harrelson, como o Coronel, é o outro pilar do conflito principal - ele traz intensidade ao papel de um antagonista cuja motivação é moldada pelo medo e pela crueldade, criando um vilão de fato ameaçador.

Tecnicamente, o filme é impecável. Os efeitos visuais, mais uma vez criados pela Weta Digital, elevam o realismo dos macacos para um novo patamar - garantindo, inclusive, a terceira indicação ao Oscar de Efeitos Visuais. É realmente incrível como, filme após filme, o visual em CG (e captura) só melhora! "Planeta dos Macacos: A Guerra" é uma conclusão coerente para a trilogia, com ação, tensão e ritmo, mas sem nunca esquecer da importância de um impacto emocional.  Para quem procura uma imersão ao universo da franquia, esse filme é tão essencial quanto os outros e certamente fará ainda mais sentido no destino de uma nova geração de personagens que vem por aí!

Vale seu play!

Assista Agora

Acesse com o Facebook Acesse com o Google

Cookies: a gente guarda estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação, ao continuar navegando você concorda com a nossa Política de Privacidade.