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Encontros e Desencontros

Diretor
Sofia Coppola
Elenco
Bill Murray, Scarlett Johansson
Ano
2009
País
EUA

Drama ml-relacoes ml-oscar ml-familia ml-casal ml-cinema ml-hc Telecine

Encontros e Desencontros

É realmente complicado encontrar um filme capaz de quebrar as barreiras do tempo e da cultura e assim se transformar em uma experiência única e permanente que sabe exatamente o seu poder como obra cinematográfica - especialmente pelo seu caráter extremamente sensorial. "Encontros e Desencontros," dirigido por uma Sofia Coppola no melhor da sua forma, é exatamente isso, mesmo que algumas pessoas possam achar um certo exagero de nossa parte. Naturalmente o filme exige uma certa dose de sensibilidade para entender como sua narrativa é uma viagem pelo autoconhecimento - partindo da melancolia , da solidão, até o encontro da paixão e da saudade antes mesmo dela acontecer. Essa característica tão especial de "Lost in Translation" (no seu título original) proporcionou ao filme uma centena de prêmios em festivais importantes ao redor do planeta, incluindo o Oscar de Melhor Roteiro Original - sem falar na indicação como "Melhor Filme do Ano". Agora é preciso dizer: para se conectar com a história de Bob e Charlotte, você precisa gostar de filmes mais intimistas, que exploram a complexidade das relações humanas - mas saiba também que isso, Sofia Coppola faz como poucos!

No coração de "Encontros e Desencontros" está a história de Bob Harris (Bill Murray) e Charlotte (Scarlett Johansson). Bob, um ator em decadência, é enviado para Tóquio para filmar um comercial, enquanto Charlotte, uma jovem esposa em busca de significado, acompanha seu marido fotógrafo na mesma cidade. O filme se desenrola a partir do encontro inesperado dessas duas pessoas, em meio às luzes neon de Tóquio, pela perspectiva da solidão e da busca pela felicidade, mesmo que passageira. Confira o trailer (em inglês):

Ao analisar "Encontros e Desencontros" é mesmo impossível ignorar o brilhante trabalho de Sofia Coppola como diretora e, principalmente, como roteirista. Ela foi capaz de nos colocar como audiência em uma profunda atmosfera melancólica e contemplativa graças ao signo universal que inevitavelmente cria barreiras de comunicação: o idioma. E é aí que a escolha de Tóquio como pano de fundo não apenas contribui para a estética visual única do filme, mas também serve como metáfora para a desconexão emocional dos personagens já que ambos se sentem sozinhos até quando podem se comunicar em inglês - essa dualidade narrativa entre o que é falado e o que é sentido nos acompanha durante todo filme e, acreditem, mexe demais com nossas sensações e sentimentos.

A fotografia do Lance Acord (de "Onde Vivem os Monstros") é uma verdadeira obra-prima, já que ele é capaz de capturar a beleza caótica da cidade de Tóquio ao mesmo tempo em que transforma os olhares e as expressões sutis dos protagonistas perante o silêncio em uma verdadeira janela para alma. E aqui entra outro ponto crucial para o sucesso da proposta de Coppola: a performance magistral de Bill Murray e Scarlett Johansson. A química entre os dois atores cria uma dinâmica tão envolvente e autêntica que fica impossível não torcer por eles. Reparem como a montagem cuidadosa de Sarah Flack potencializa a direção e a relação dos atores em seus dramas, permitindo que os vários momentos de introspecção falem mais alto do que as próprias palavras - essa abordagem cria uma ressonância emocional impressionante. 

"Encontros e Desencontros" dividiu opiniões na época de seu lançamento e vai continuar dividindo por algum tempo, no entanto é preciso admitir que mais do que apenas um filme sobre relações improváveis, sua proposta se aproxima de uma interessante experiência cinematográfica transformadora que vai tocar fundo em qualquer pessoa que busca a autenticidade e a conexão com uma história, de fato, muito marcante por sua sensibilidade e delicadeza. Sofia Coppola, para mim, entregou um filme que transcende com muita inteligência as fronteiras culturais daquele cenário, explorando a essência da solidão e da redescoberta pessoal, mesmo que acompanhado daquele "dolorido" aperto no peito.  

Dê o play e prepare-se para uma jornada emocional e estética que permanecerá contigo muito depois dos créditos finais. Eu garanto.

Assista Agora

É realmente complicado encontrar um filme capaz de quebrar as barreiras do tempo e da cultura e assim se transformar em uma experiência única e permanente que sabe exatamente o seu poder como obra cinematográfica - especialmente pelo seu caráter extremamente sensorial. "Encontros e Desencontros," dirigido por uma Sofia Coppola no melhor da sua forma, é exatamente isso, mesmo que algumas pessoas possam achar um certo exagero de nossa parte. Naturalmente o filme exige uma certa dose de sensibilidade para entender como sua narrativa é uma viagem pelo autoconhecimento - partindo da melancolia , da solidão, até o encontro da paixão e da saudade antes mesmo dela acontecer. Essa característica tão especial de "Lost in Translation" (no seu título original) proporcionou ao filme uma centena de prêmios em festivais importantes ao redor do planeta, incluindo o Oscar de Melhor Roteiro Original - sem falar na indicação como "Melhor Filme do Ano". Agora é preciso dizer: para se conectar com a história de Bob e Charlotte, você precisa gostar de filmes mais intimistas, que exploram a complexidade das relações humanas - mas saiba também que isso, Sofia Coppola faz como poucos!

No coração de "Encontros e Desencontros" está a história de Bob Harris (Bill Murray) e Charlotte (Scarlett Johansson). Bob, um ator em decadência, é enviado para Tóquio para filmar um comercial, enquanto Charlotte, uma jovem esposa em busca de significado, acompanha seu marido fotógrafo na mesma cidade. O filme se desenrola a partir do encontro inesperado dessas duas pessoas, em meio às luzes neon de Tóquio, pela perspectiva da solidão e da busca pela felicidade, mesmo que passageira. Confira o trailer (em inglês):

Ao analisar "Encontros e Desencontros" é mesmo impossível ignorar o brilhante trabalho de Sofia Coppola como diretora e, principalmente, como roteirista. Ela foi capaz de nos colocar como audiência em uma profunda atmosfera melancólica e contemplativa graças ao signo universal que inevitavelmente cria barreiras de comunicação: o idioma. E é aí que a escolha de Tóquio como pano de fundo não apenas contribui para a estética visual única do filme, mas também serve como metáfora para a desconexão emocional dos personagens já que ambos se sentem sozinhos até quando podem se comunicar em inglês - essa dualidade narrativa entre o que é falado e o que é sentido nos acompanha durante todo filme e, acreditem, mexe demais com nossas sensações e sentimentos.

A fotografia do Lance Acord (de "Onde Vivem os Monstros") é uma verdadeira obra-prima, já que ele é capaz de capturar a beleza caótica da cidade de Tóquio ao mesmo tempo em que transforma os olhares e as expressões sutis dos protagonistas perante o silêncio em uma verdadeira janela para alma. E aqui entra outro ponto crucial para o sucesso da proposta de Coppola: a performance magistral de Bill Murray e Scarlett Johansson. A química entre os dois atores cria uma dinâmica tão envolvente e autêntica que fica impossível não torcer por eles. Reparem como a montagem cuidadosa de Sarah Flack potencializa a direção e a relação dos atores em seus dramas, permitindo que os vários momentos de introspecção falem mais alto do que as próprias palavras - essa abordagem cria uma ressonância emocional impressionante. 

"Encontros e Desencontros" dividiu opiniões na época de seu lançamento e vai continuar dividindo por algum tempo, no entanto é preciso admitir que mais do que apenas um filme sobre relações improváveis, sua proposta se aproxima de uma interessante experiência cinematográfica transformadora que vai tocar fundo em qualquer pessoa que busca a autenticidade e a conexão com uma história, de fato, muito marcante por sua sensibilidade e delicadeza. Sofia Coppola, para mim, entregou um filme que transcende com muita inteligência as fronteiras culturais daquele cenário, explorando a essência da solidão e da redescoberta pessoal, mesmo que acompanhado daquele "dolorido" aperto no peito.  

Dê o play e prepare-se para uma jornada emocional e estética que permanecerá contigo muito depois dos créditos finais. Eu garanto.

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