indika.tv - O Assassino
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O Assassino

Diretor
David Fincher
Elenco
Michael Fassbender, Tilda Swinton, Sophie Charlotte
Ano
2023
País
EUA

Ação netflix ml-perseguição ml-crime ml-espionagem ml-lcp

O Assassino

É difícil não se apaixonar por "O Assassino" logo de cara - a forma como o grande David Fincher (de "Se7en") conceitualiza a narrativa dessa adaptação do seu parceiro Andrew Kevin Walker a partir da graphic novel "The Killer", escrita por Alexis Nolent, é simplesmente genial! Existe uma certa poesia na narração feita pelo protagonista (certamente referenciada por jogos de video-game como "Max Payne"), onde ele compartilha com a audiência seu estado de espirito mais íntimo, criando uma espécie de filosofia de ação por trás de sua rotina meticulosa como um assassino de aluguel, explorando as nuances mais particulares do seu trabalho e ainda destacando o perfeccionismo como um sintoma da obsessão pela necessidade de cumprir sua missão. Olha, esse filme é, sem dúvida, um dos melhores do ano (2023) e possivelmente um dos mais autorais de Fincher. 

A história ganha tons de tensão permanente logo de início quando, após um erro desastroso em uma missão em Paris, o assassino (Michael Fassbender) começa a colapsar psicologicamente enquanto busca por vingança depois que sua mulher sofre um atentado e tudo leva a crer que um de seus clientes queria a sua morte. Confira o trailer:

{videobox}https://youtu.be/nsdjzHqlb_Q/videobox}

No coração da trama está um protagonista que entrega uma performance eletrizante como o assassino profissional em busca por respostas. Mesmo com a história se desenrolando de maneira intensa, explorando os dilemas morais e éticos do personagem, o que chama muito a atenção é maneira como o Assassino enfrenta um mundo obscuro e impiedoso que ele mesmo ajudou a construir - eu diria que Fincher propõe uma reflexão ácida sobre a selvageria do mundo moderno pelo olhar de quem não se permite errar, mas erra.

A genialidade de Fincher, obviamente, brilha nos aspectos técnicos e artísticos de "The Killer" (no original). A fotografia do Erik Messerschmidt (de "Mindhunter") captura exatamente a essência sombria da graphic novel, fazendo com que o diretor nos arremesse em uma atmosfera densa e provocativa que mistura as sensações de uma profunda solidão com caos cotidiano de uma metrópole - mais ou menos como vimos Michael Mann fazer em "Colateral".  Aliás, como no filme de 2004 de Mann, "O Assassino" também se aproveita de uma relação sensorial que uma edição de som fora da curva do Steve Bissinger (de "Transformers") e uma trilha sonora digna de muito prêmios do Atticus Ross e do Trent Reznor (ambos vencedores do Oscar por "A Rede Social"), podem proporcionar - eu diria que essa relação som e imagem é uma peça fundamental que intensifica nossas emoções e nos envolve demais com a trama. Uma aula!

Dito tudo isso, é inegável que o que diferencia essa adaptação está no detalhe como obra cinematográfica e na habilidade de Fincher em explorar as nuances psicológicas do protagonista, proporcionando uma profundidade emocional que dificilmente encontramos em um filme de ação -  e sim, "O Assassino" é um clássico filme de ação dos anos 90, fantasiado de drama existencial na mão de um diretor muito acima da média! "The Killer" não é apenas um filme de vingança, é uma experiência visceral que desafia as expectativas de quem assiste e oferece uma nova perspectiva sobre o gênero. Indo um pouco mais longe (com o risco de soar exagerado), eu diria que é uma obra-prima que vai deixar uma marca duradoura na biografia do diretor e que merece o nosso reconhecimento!

Imperdível!

Assista Agora

É difícil não se apaixonar por "O Assassino" logo de cara - a forma como o grande David Fincher (de "Se7en") conceitualiza a narrativa dessa adaptação do seu parceiro Andrew Kevin Walker a partir da graphic novel "The Killer", escrita por Alexis Nolent, é simplesmente genial! Existe uma certa poesia na narração feita pelo protagonista (certamente referenciada por jogos de video-game como "Max Payne"), onde ele compartilha com a audiência seu estado de espirito mais íntimo, criando uma espécie de filosofia de ação por trás de sua rotina meticulosa como um assassino de aluguel, explorando as nuances mais particulares do seu trabalho e ainda destacando o perfeccionismo como um sintoma da obsessão pela necessidade de cumprir sua missão. Olha, esse filme é, sem dúvida, um dos melhores do ano (2023) e possivelmente um dos mais autorais de Fincher. 

A história ganha tons de tensão permanente logo de início quando, após um erro desastroso em uma missão em Paris, o assassino (Michael Fassbender) começa a colapsar psicologicamente enquanto busca por vingança depois que sua mulher sofre um atentado e tudo leva a crer que um de seus clientes queria a sua morte. Confira o trailer:

{videobox}https://youtu.be/nsdjzHqlb_Q/videobox}

No coração da trama está um protagonista que entrega uma performance eletrizante como o assassino profissional em busca por respostas. Mesmo com a história se desenrolando de maneira intensa, explorando os dilemas morais e éticos do personagem, o que chama muito a atenção é maneira como o Assassino enfrenta um mundo obscuro e impiedoso que ele mesmo ajudou a construir - eu diria que Fincher propõe uma reflexão ácida sobre a selvageria do mundo moderno pelo olhar de quem não se permite errar, mas erra.

A genialidade de Fincher, obviamente, brilha nos aspectos técnicos e artísticos de "The Killer" (no original). A fotografia do Erik Messerschmidt (de "Mindhunter") captura exatamente a essência sombria da graphic novel, fazendo com que o diretor nos arremesse em uma atmosfera densa e provocativa que mistura as sensações de uma profunda solidão com caos cotidiano de uma metrópole - mais ou menos como vimos Michael Mann fazer em "Colateral".  Aliás, como no filme de 2004 de Mann, "O Assassino" também se aproveita de uma relação sensorial que uma edição de som fora da curva do Steve Bissinger (de "Transformers") e uma trilha sonora digna de muito prêmios do Atticus Ross e do Trent Reznor (ambos vencedores do Oscar por "A Rede Social"), podem proporcionar - eu diria que essa relação som e imagem é uma peça fundamental que intensifica nossas emoções e nos envolve demais com a trama. Uma aula!

Dito tudo isso, é inegável que o que diferencia essa adaptação está no detalhe como obra cinematográfica e na habilidade de Fincher em explorar as nuances psicológicas do protagonista, proporcionando uma profundidade emocional que dificilmente encontramos em um filme de ação -  e sim, "O Assassino" é um clássico filme de ação dos anos 90, fantasiado de drama existencial na mão de um diretor muito acima da média! "The Killer" não é apenas um filme de vingança, é uma experiência visceral que desafia as expectativas de quem assiste e oferece uma nova perspectiva sobre o gênero. Indo um pouco mais longe (com o risco de soar exagerado), eu diria que é uma obra-prima que vai deixar uma marca duradoura na biografia do diretor e que merece o nosso reconhecimento!

Imperdível!

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