indika.tv - Ninguém Vai te Salvar
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Ninguém Vai te Salvar

Diretor
Brian Duffield
Elenco
Kaitlyn Dever, Zack Duhame, Ginger Cressman
Ano
2023
País
EUA

Ficção ml-psicologico ml-investigação ml-shyamalan ml-independente ml-jovem ml-et Disney+

Ninguém Vai te Salvar

"Ninguém Vai te Salvar" é mais um que entra naquela prateleira do "ame ou odeie" e a razão é muito simples - existe uma quebra de expectativa após o segundo ato que, mesmo inteligente (e muito interpretativo), subverte o estilo narrativo proposto no inicio e impacta diretamente na experiência emocional daquela audiência que até ali sofreu com seus medos e, claro, com muitos sustos junto com a protagonista. O que eu quero dizer, é que o filme escrito e dirigido pelo Brian Duffield (roteirista de "Amor e Monstros" é muito mais do que um suspense sobre extraterrestres que chegam no meio da noite para te abduzir - ainda que esse elemento fantástico (e nostálgico) esteja presente, é o horror da culpa e a perda das conexões humanas que realmente assustam a protagonista e nem todo mundo vai comprar isso!

"No One Will Save You" (título original) acompanha a vida da jovem e reclusa Brynn Adams (Kaitlyn Dever) quando, em uma certa noite, criaturas extraterrestres inexplicavelmente invadem sua casa, forçando ela a lutar por sua sobrevivência ao mesmo tempo em que precisa lidar com seus traumas do passado. Confira o trailer:

Se você está em busca de um filme que sabe exatamente despertar alguns "medos" que intimamente sabemos ter sido construídos muito mais pela própria cultura cinematográfica que vem da nossa infância do que por experiências evidentemente reais, pode dar o play em "Ninguém Vai te Salvar" que seu entretenimento está garantido. No entanto, preciso alinhar alguns pontos com você: o que faz desse filme algo, de fato, singular é a dose generosa de drama psicológico que a história carrega, equilibrando perfeitamente aquele tom de ficção cientifica mais independente de "A Vastidão da Noite" com a gramática angustiante e requintada conceitualmente de uma grande produção como "Sinais" do Shyamalan. 

Mais até do que a competente direção de Duffield., é no seu texto que a verdadeira magia de "Ninguém Vai te Salvar" reside - a sua capacidade de nos fazer questionar a natureza daquela realidade em várias sequências onde qualquer tipo de diálogo é completamente descartável (por mais paradoxal que possa parecer) e a tensão é representada apenas pelos olhos da protagonista que enxerga seu inimigo sem ao menos entender a razão pela qual tudo aquilo está acontecendo, olha, eu diria que é um mergulho emocional e sensorial na trama. São tantas sensações que em pouco mais de 90 minutos, dificilmente encontramos tempo para respirar ou refletir sobre o que realmente causa mais terror em Adams: um extraterrestre ou os fantasmas que voltam à tona pelo contato com eles. E aqui cabe um comentário: Kaitlyn Dever é peça fundamental para que esse complicado quebra-cabeça funcione - sozinha, ela leva o filme nas costas e mesmo quando o diretor abre mão daquela estratégia de manter o "monstro" em segredo para estabelecer o terror e só depois impactar a audiência visualmente, é mesmo pelo seu drama mais pessoal que criamos a conexão direta com ela - a cena que ela entra na delegacia após a primeira noite de invasão, é um ótimo exemplo disso!

Antes de finalizar, é importante destacar a inteligência do roteiro em brincar com as nossas expectativas - é o que nos mantém constantemente intrigados. Os sustos com as criaturas existem, mas a necessidade de entender tudo aquilo que está acontecendo (e seus reflexos na protagonista) é muito mais envolvente. Cada cena é uma pista, e cada elemento cênico, uma revelação - isso exige muita atenção aos detalhes e alguma capacidade interpretativa já que o filme não entrega todas as respostas e por isso muitos vão odiar seu final (já adianto). Agora, tudo vai fazer muito mais sentido se você embarcar na maneira inteligente como "Ninguém Vai te Salvar" aborda temas como identidade e trauma - essa abordagem profundamente tocante cria uma camada extra para a narrativa, mais subjetiva, até reflexiva eu diria, e mesmo assim não exclui alguns bons sustos, perseguições, e toda angústia sobre aquela relação assustadora com o desconhecido que carregamos desde "Contatos Imediatos do Terceiro Grau"!

Vale seu play, desde que você seja capaz de enxergar além de um garota fugindo de um monstro de outro planeta! 

Assista Agora

"Ninguém Vai te Salvar" é mais um que entra naquela prateleira do "ame ou odeie" e a razão é muito simples - existe uma quebra de expectativa após o segundo ato que, mesmo inteligente (e muito interpretativo), subverte o estilo narrativo proposto no inicio e impacta diretamente na experiência emocional daquela audiência que até ali sofreu com seus medos e, claro, com muitos sustos junto com a protagonista. O que eu quero dizer, é que o filme escrito e dirigido pelo Brian Duffield (roteirista de "Amor e Monstros" é muito mais do que um suspense sobre extraterrestres que chegam no meio da noite para te abduzir - ainda que esse elemento fantástico (e nostálgico) esteja presente, é o horror da culpa e a perda das conexões humanas que realmente assustam a protagonista e nem todo mundo vai comprar isso!

"No One Will Save You" (título original) acompanha a vida da jovem e reclusa Brynn Adams (Kaitlyn Dever) quando, em uma certa noite, criaturas extraterrestres inexplicavelmente invadem sua casa, forçando ela a lutar por sua sobrevivência ao mesmo tempo em que precisa lidar com seus traumas do passado. Confira o trailer:

Se você está em busca de um filme que sabe exatamente despertar alguns "medos" que intimamente sabemos ter sido construídos muito mais pela própria cultura cinematográfica que vem da nossa infância do que por experiências evidentemente reais, pode dar o play em "Ninguém Vai te Salvar" que seu entretenimento está garantido. No entanto, preciso alinhar alguns pontos com você: o que faz desse filme algo, de fato, singular é a dose generosa de drama psicológico que a história carrega, equilibrando perfeitamente aquele tom de ficção cientifica mais independente de "A Vastidão da Noite" com a gramática angustiante e requintada conceitualmente de uma grande produção como "Sinais" do Shyamalan. 

Mais até do que a competente direção de Duffield., é no seu texto que a verdadeira magia de "Ninguém Vai te Salvar" reside - a sua capacidade de nos fazer questionar a natureza daquela realidade em várias sequências onde qualquer tipo de diálogo é completamente descartável (por mais paradoxal que possa parecer) e a tensão é representada apenas pelos olhos da protagonista que enxerga seu inimigo sem ao menos entender a razão pela qual tudo aquilo está acontecendo, olha, eu diria que é um mergulho emocional e sensorial na trama. São tantas sensações que em pouco mais de 90 minutos, dificilmente encontramos tempo para respirar ou refletir sobre o que realmente causa mais terror em Adams: um extraterrestre ou os fantasmas que voltam à tona pelo contato com eles. E aqui cabe um comentário: Kaitlyn Dever é peça fundamental para que esse complicado quebra-cabeça funcione - sozinha, ela leva o filme nas costas e mesmo quando o diretor abre mão daquela estratégia de manter o "monstro" em segredo para estabelecer o terror e só depois impactar a audiência visualmente, é mesmo pelo seu drama mais pessoal que criamos a conexão direta com ela - a cena que ela entra na delegacia após a primeira noite de invasão, é um ótimo exemplo disso!

Antes de finalizar, é importante destacar a inteligência do roteiro em brincar com as nossas expectativas - é o que nos mantém constantemente intrigados. Os sustos com as criaturas existem, mas a necessidade de entender tudo aquilo que está acontecendo (e seus reflexos na protagonista) é muito mais envolvente. Cada cena é uma pista, e cada elemento cênico, uma revelação - isso exige muita atenção aos detalhes e alguma capacidade interpretativa já que o filme não entrega todas as respostas e por isso muitos vão odiar seu final (já adianto). Agora, tudo vai fazer muito mais sentido se você embarcar na maneira inteligente como "Ninguém Vai te Salvar" aborda temas como identidade e trauma - essa abordagem profundamente tocante cria uma camada extra para a narrativa, mais subjetiva, até reflexiva eu diria, e mesmo assim não exclui alguns bons sustos, perseguições, e toda angústia sobre aquela relação assustadora com o desconhecido que carregamos desde "Contatos Imediatos do Terceiro Grau"!

Vale seu play, desde que você seja capaz de enxergar além de um garota fugindo de um monstro de outro planeta! 

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