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O Mistério de Maya

Diretor
Henry Roosevelt
Elenco
Maya Kowalski, Jack Kowalski, Kyle Kowalski
Ano
2023
País
EUA

netflix Documentário ml-real ml-investigação ml-crime ml-drogas ml-tribunal

O Mistério de Maya

"O Mistério de Maya" está muito longe de ser uma jornada das mais tranquilas, pois envolve alguns elementos que realmente nos impactam emocionalmente e adianto: impactam de uma forma devastadora (principalmente se você já tem filhos). Essa produção da Netflix é dirigida pelo estreante Henry Roosevelt e em um primeiro olhar pode até soar como mais um daqueles "true crime" que estamos acostumados, mas com o andar da narrativa fica muito claro que não é o caso - eu diria que a obra está mais para um "documentário denúncia' como vimos em boa parte de "Prescrição Fatal", por exemplo.

O documentário conta a história de Maya Kowalski, uma garota de 10 anos diagnosticada com uma rara doença e que acabou sendo tratada de forma alternativa, fora dos EUA, até melhorar. Acontece que um tempo depois ela tem um forte recaída e ao dar entrada às pressas em um hospital, aí sim nos EUA, Maya e seus pais, Jack e Beata, foram pegos de surpresa com uma notícia desoladora: por suspeitas da equipe médica acerca da relação familiar e dos cuidados (na visão deles incorretos) com a garota, Maya foi colocada sob a custódia do Estado, e qualquer tipo de contato com os pais foi proibido. Confira o trailer (em inglês):

O ponto forte de "O Mistério de Maya" está longe de ser seu conceito estético, embora Roosevelt encontre formas muito criativas para cobrir a falta de imagens de determinadas passagens do caso - principalmente com gravações em áudio e de algumas câmeras de segurança. A base narrativa mesmo, é construída a partir de depoimentos dos envolvidos, especialmente com o pai de Maya, Jack; e simulações que criam toda uma atmosfera de suspense e angústia que o filme sugere. Existe sim um tom sensacionalista no roteiro e talvez até na direção, mas nada que prejudique nossa experiência, pois é a história envolvendo Maya que nos provoca, que nos indigna.

O caso em si desperta várias questões e levanta preocupações em relação à justiça e ao sistema penal americano, mas isso não é entregue de cara. A contextualizarão do problema de Maya feita no primeiro ato, serve para nos conectarmos com o drama da família ao mesmo tempo em que também nos deixa uma pulga atrás da orelha - é impossível não nos colocarmos no lugar daquela mãe e daquele pai e até de julga-los, mas olha, é incrível como as peças vão se encaixando e o desenrolar da história vai nos fazendo entender a razão de determinadas atitudes e de determinadas escolhas.

Existe uma falta de dinâmica em "Take Care of Maya" (no original) que nos deixa clara a sensação que o jornalismo se desconectou do entretenimento para não sobrar muito espaço para nossa imaginação - e de fato esse é um ponto a ser observado, que pode incomodar parte da audiência, mas que até acaba fazendo sentido no final das contas. Talvez um aprofundamento maior em algumas passagens tenha deixado algumas dúvidas sobre esse ou aquele assunto (os jurídicos principalmente).  Agora é inegável como essa jornada é marcante, como o drama da família Kowalski é potente e como tudo isso mexe com a gente!

Vale muito o seu play! 

Assista Agora

"O Mistério de Maya" está muito longe de ser uma jornada das mais tranquilas, pois envolve alguns elementos que realmente nos impactam emocionalmente e adianto: impactam de uma forma devastadora (principalmente se você já tem filhos). Essa produção da Netflix é dirigida pelo estreante Henry Roosevelt e em um primeiro olhar pode até soar como mais um daqueles "true crime" que estamos acostumados, mas com o andar da narrativa fica muito claro que não é o caso - eu diria que a obra está mais para um "documentário denúncia' como vimos em boa parte de "Prescrição Fatal", por exemplo.

O documentário conta a história de Maya Kowalski, uma garota de 10 anos diagnosticada com uma rara doença e que acabou sendo tratada de forma alternativa, fora dos EUA, até melhorar. Acontece que um tempo depois ela tem um forte recaída e ao dar entrada às pressas em um hospital, aí sim nos EUA, Maya e seus pais, Jack e Beata, foram pegos de surpresa com uma notícia desoladora: por suspeitas da equipe médica acerca da relação familiar e dos cuidados (na visão deles incorretos) com a garota, Maya foi colocada sob a custódia do Estado, e qualquer tipo de contato com os pais foi proibido. Confira o trailer (em inglês):

O ponto forte de "O Mistério de Maya" está longe de ser seu conceito estético, embora Roosevelt encontre formas muito criativas para cobrir a falta de imagens de determinadas passagens do caso - principalmente com gravações em áudio e de algumas câmeras de segurança. A base narrativa mesmo, é construída a partir de depoimentos dos envolvidos, especialmente com o pai de Maya, Jack; e simulações que criam toda uma atmosfera de suspense e angústia que o filme sugere. Existe sim um tom sensacionalista no roteiro e talvez até na direção, mas nada que prejudique nossa experiência, pois é a história envolvendo Maya que nos provoca, que nos indigna.

O caso em si desperta várias questões e levanta preocupações em relação à justiça e ao sistema penal americano, mas isso não é entregue de cara. A contextualizarão do problema de Maya feita no primeiro ato, serve para nos conectarmos com o drama da família ao mesmo tempo em que também nos deixa uma pulga atrás da orelha - é impossível não nos colocarmos no lugar daquela mãe e daquele pai e até de julga-los, mas olha, é incrível como as peças vão se encaixando e o desenrolar da história vai nos fazendo entender a razão de determinadas atitudes e de determinadas escolhas.

Existe uma falta de dinâmica em "Take Care of Maya" (no original) que nos deixa clara a sensação que o jornalismo se desconectou do entretenimento para não sobrar muito espaço para nossa imaginação - e de fato esse é um ponto a ser observado, que pode incomodar parte da audiência, mas que até acaba fazendo sentido no final das contas. Talvez um aprofundamento maior em algumas passagens tenha deixado algumas dúvidas sobre esse ou aquele assunto (os jurídicos principalmente).  Agora é inegável como essa jornada é marcante, como o drama da família Kowalski é potente e como tudo isso mexe com a gente!

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