indika.tv - Prescrição Fatal
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Prescrição Fatal

Diretor
Jenner Furst e Julia Willoughby Nason
Ano
2020
País
EUA

netflix Documentário ml-real ml-investigação ml-crime ml-catastrofe ml-drogas ml-tribunal ml-mm ml-fraude

Prescrição Fatal

"Prescrição Fatal" é uma minissérie documental da Netflix muito curiosa, pois ela mistura dois estilos de documentários bastante peculiares: no primeiro momento, achamos que estamos assistindo mais um "Making a Murderer", onde o foco é a investigação de um crime misterioso, porém as coisas são resolvidas tão rapidamente que logo desconfiamos se existirá conteúdo relevante para segurar mais 3 episódios até o seu final! Não é por acaso, pois esse segundo momento traz muito do "estilo Michael Moore", usando esse prólogo "true crime" só como motivação para o que vem a seguir - e aí a forma se encontra com o conteúdo e o narrador se coloca em primeira pessoa, não mais para desvendar, mas sim para expor!

"Pharmacist" (O Farmacêutico) é o nome original da série e, nesse caso, a tradução jogou contra nossa experiência, pois ela entrega o que vem pela frente e, conceitualmente, tira de quem move a história o seu protagonismo! Dan Schneider é um senhor de Nova Orleans que perdeu seu filho assassinado quando, supostamente, ele iria comprar drogas. Ainda em um período de intensa dor e luto, ele começa a perceber que muitos outros jovens estão morrendo de overdose na sua cidade, porém a droga responsável por tantas mortes sai do local onde ele trabalha: uma farmácia! É aí que que os paralelos vão sendo construídos e a série vai ganhando força, afinal Schneider não se conforma em ser uma peça fundamental nessa cadeia - da mesma forma que um traficante foi na morte do seu filho! Olha, vale muito a pena, mas é preciso dizer que, mais uma vez, ter acesso a essa realidade tão dura (e completamente institucionalizada) não é tão fácil de digerir! Assista o trailer (em inglês) porque vale a pena:

Encontrar o assassino do seu filho e entender o motivo da sua morte, é assim que Dan Schneider nos é apresentado. O primeiro episódio é, de fato, uma grande sequência investigativa com um plot twist sensacional, mas não é esse o gênero da minissérie - que fique bem claro! A direção de Jenner Furst e Julia Willoughby Nason usa desse primeiro ato como um convite para conhecer o protagonista em um momento de muita dor e entender como um drama pessoal é capaz de mover (e motivar) suas ações para que os acontecimentos que vão se seguir sejam devidamente justificados - embora não necessariamente vinculados! É até engraçado como o roteiro se preocupa em tentar transformar um fato isolado em um propósito de vida - eu diria até que funciona, mas não me pareceu tão natural como a minissérie nos vende! O fato é que, conhecendo o modo de enxergar seus desafios, temos um perfil bastante sólido de Dan Schneider - ele é o herói da série! Mas e o vilão? É quando entra em cena Jacqueline Cleggett, uma média que só atende depois que o sol se põe e que tem como pacientes jovens viciados em uma droga chamada OxyContin. O OxyContin é um opioide analgésico extremamente potente que, mal prescrito, pode causar o vício - afinal sua composição é basicamente igual ao da heroína (palavras de uma especialista). Não é preciso dizer que Cleggett não se preocupava com a saúde dos pacientes, certo?

A luta de Dan Schneider é muito bem retratada durante os quatro episódios, existem ganchos muito fortes entre um episódio e outro que nos prendem à história e sabendo que a série não é sobre o crime que matou o filho de Schneider e sim sobre sua luta para provar que Cleggett e o OxyContin são os reais motivos de tantas mortes de jovens na sua região (a maior dos EUA), o entretenimento está garantido. Existem elementos completamente dispensáveis durante a narrativa como a passagem do Katrina e a destruição total da região ou a citação da indústria do tabaco ou até uma suposta perseguição de carro que Schneider sofreu, porém não se pode negar que o roteiro aproveita dessas passagens importantes para criar vínculos de tensão e empatia com sua narrativa principal, fazendo com que tudo ganhe um sentido e deixando a história bastante dinâmica!

Eu gostei muito de "Prescrição Fatal" e indico tranquilamente!

Assista Agora 

"Prescrição Fatal" é uma minissérie documental da Netflix muito curiosa, pois ela mistura dois estilos de documentários bastante peculiares: no primeiro momento, achamos que estamos assistindo mais um "Making a Murderer", onde o foco é a investigação de um crime misterioso, porém as coisas são resolvidas tão rapidamente que logo desconfiamos se existirá conteúdo relevante para segurar mais 3 episódios até o seu final! Não é por acaso, pois esse segundo momento traz muito do "estilo Michael Moore", usando esse prólogo "true crime" só como motivação para o que vem a seguir - e aí a forma se encontra com o conteúdo e o narrador se coloca em primeira pessoa, não mais para desvendar, mas sim para expor!

"Pharmacist" (O Farmacêutico) é o nome original da série e, nesse caso, a tradução jogou contra nossa experiência, pois ela entrega o que vem pela frente e, conceitualmente, tira de quem move a história o seu protagonismo! Dan Schneider é um senhor de Nova Orleans que perdeu seu filho assassinado quando, supostamente, ele iria comprar drogas. Ainda em um período de intensa dor e luto, ele começa a perceber que muitos outros jovens estão morrendo de overdose na sua cidade, porém a droga responsável por tantas mortes sai do local onde ele trabalha: uma farmácia! É aí que que os paralelos vão sendo construídos e a série vai ganhando força, afinal Schneider não se conforma em ser uma peça fundamental nessa cadeia - da mesma forma que um traficante foi na morte do seu filho! Olha, vale muito a pena, mas é preciso dizer que, mais uma vez, ter acesso a essa realidade tão dura (e completamente institucionalizada) não é tão fácil de digerir! Assista o trailer (em inglês) porque vale a pena:

Encontrar o assassino do seu filho e entender o motivo da sua morte, é assim que Dan Schneider nos é apresentado. O primeiro episódio é, de fato, uma grande sequência investigativa com um plot twist sensacional, mas não é esse o gênero da minissérie - que fique bem claro! A direção de Jenner Furst e Julia Willoughby Nason usa desse primeiro ato como um convite para conhecer o protagonista em um momento de muita dor e entender como um drama pessoal é capaz de mover (e motivar) suas ações para que os acontecimentos que vão se seguir sejam devidamente justificados - embora não necessariamente vinculados! É até engraçado como o roteiro se preocupa em tentar transformar um fato isolado em um propósito de vida - eu diria até que funciona, mas não me pareceu tão natural como a minissérie nos vende! O fato é que, conhecendo o modo de enxergar seus desafios, temos um perfil bastante sólido de Dan Schneider - ele é o herói da série! Mas e o vilão? É quando entra em cena Jacqueline Cleggett, uma média que só atende depois que o sol se põe e que tem como pacientes jovens viciados em uma droga chamada OxyContin. O OxyContin é um opioide analgésico extremamente potente que, mal prescrito, pode causar o vício - afinal sua composição é basicamente igual ao da heroína (palavras de uma especialista). Não é preciso dizer que Cleggett não se preocupava com a saúde dos pacientes, certo?

A luta de Dan Schneider é muito bem retratada durante os quatro episódios, existem ganchos muito fortes entre um episódio e outro que nos prendem à história e sabendo que a série não é sobre o crime que matou o filho de Schneider e sim sobre sua luta para provar que Cleggett e o OxyContin são os reais motivos de tantas mortes de jovens na sua região (a maior dos EUA), o entretenimento está garantido. Existem elementos completamente dispensáveis durante a narrativa como a passagem do Katrina e a destruição total da região ou a citação da indústria do tabaco ou até uma suposta perseguição de carro que Schneider sofreu, porém não se pode negar que o roteiro aproveita dessas passagens importantes para criar vínculos de tensão e empatia com sua narrativa principal, fazendo com que tudo ganhe um sentido e deixando a história bastante dinâmica!

Eu gostei muito de "Prescrição Fatal" e indico tranquilamente!

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