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A Grande Virada

Diretor
John Wells
Elenco
Ben Affleck, Tommy Lee Jones, Chris Cooper
Ano
2010
País
EUA

Drama netflix ml-real ml-relacoes ml-empreendedorismo ml-politico ml-familia ml-ff ml-crise ml-fraude

A Grande Virada

Esse filme é uma pancada muito bem dada! Sério, é impressionante como "A Grande Virada" aborda de uma maneira incrivelmente realista e contundente os efeitos devastadores do desemprego e, consequentemente, da perda de identidade que muitos executivos enfrentaram pós-crise de 2008, quando, da noite para o dia, foram demitidos sem muitas explicações. O talentoso diretor e roteirista John Wells (de "West King") constrói uma narrativa muito sólida, cheia de nuances, que mergulha nas vidas dos protagonistas de modo a explorar suas lutas mais íntimas e suas transformações pessoais, além, obviamente, de fazer um recorte emocionante sobre os reflexos sociais dessa delicada situação - tudo como se fosse um documentário (não na forma, mas na profundidade do conteúdo).

"The Company Men" (no original) acompanha a vida de três executivos de uma grande empresa que são demitidos devido a crise financeira de 2008. O filme explora as consequências emocionais e financeiras que eles enfrentam enquanto tentam se adaptar a uma nova realidade e encontrar um propósito além de suas carreiras. Confira o trailer (em inglês):

O filme, de cara, se destaca por seu elenco brilhante. Ben Affleck interpreta Bobby Walker, um jovem executivo ambicioso e bem-sucedido, cuja vida desmorona após ser demitido. Affleck oferece uma interpretação convincente, retratando de forma comovente o impacto emocional que o desemprego tem sobre seu personagem. Tommy Lee Jones (Gene McClary) é um executivo de alto escalão que sofre com as demissões de sua equipe, no entanto sua atuação traz uma mistura de determinação e vulnerabilidade, enquanto ele lida com as mudanças em sua vida e as pressões financeiras de uma possível (e latente) demissão. A forma como Jones acrescenta essa camada de insegurança mesmo quando navega por mares aparentemente tranquilos, tem um impacto impressionante na nossa experiência como audiência. Mas talvez seja o personagem de Chris Cooper, o Phil Woodward (um veterano funcionário da empresa que está prestes a se aposentar) que transmite a maior angústia entre todos - pela idade, pela forma como enxerga a vida e, principalmente, pela dificuldade de encontrar um propósito ao perder a segurança que tinha em sua carreira.

É interessante como através de todas essas personas,  "A Grande Virada" é capaz de oferecer uma crítica perspicaz sobre o mundo corporativo e, consequentemente, sobre aqueles que tomam as decisões, a fim de mostrar como as empresas priorizam o lucro em detrimento de seus colaboradores e como a ganância pode, tranquilamente, destruir muitas vidas sem ao menos se dar conta disso. O roteiro é ainda muito feliz ao abordar questões sociais relevantes, como a perda de empregos durante uma crise econômica e a dificuldade de reinserção no mercado de trabalho em diferentes aspectos - da manutenção dos altos salários ao problema de se ter uma idade avançada.

A fotografia do mestre Roger Deakins (de "1917") captura toda essa atmosfera melancólica e desoladora da história, com uma paleta de cores frias e com cenas que refletem a solidão dos personagens que chega a incomodar! Mesmo que o filme possa parecer lento em certos momentos, é no seu esmero estético e nas performances de seu elenco que encontramos o valor dramático de sua proposta. Reparem como, a todo momento, o filme nos oferece uma reflexão profunda sobre a vida além do trabalho enquanto a busca pelo significado pessoal parece estar tão conectada ao dinheiro que nos esquecemos do que realmente vale a pena. Olha, uma aula!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Esse filme é uma pancada muito bem dada! Sério, é impressionante como "A Grande Virada" aborda de uma maneira incrivelmente realista e contundente os efeitos devastadores do desemprego e, consequentemente, da perda de identidade que muitos executivos enfrentaram pós-crise de 2008, quando, da noite para o dia, foram demitidos sem muitas explicações. O talentoso diretor e roteirista John Wells (de "West King") constrói uma narrativa muito sólida, cheia de nuances, que mergulha nas vidas dos protagonistas de modo a explorar suas lutas mais íntimas e suas transformações pessoais, além, obviamente, de fazer um recorte emocionante sobre os reflexos sociais dessa delicada situação - tudo como se fosse um documentário (não na forma, mas na profundidade do conteúdo).

"The Company Men" (no original) acompanha a vida de três executivos de uma grande empresa que são demitidos devido a crise financeira de 2008. O filme explora as consequências emocionais e financeiras que eles enfrentam enquanto tentam se adaptar a uma nova realidade e encontrar um propósito além de suas carreiras. Confira o trailer (em inglês):

O filme, de cara, se destaca por seu elenco brilhante. Ben Affleck interpreta Bobby Walker, um jovem executivo ambicioso e bem-sucedido, cuja vida desmorona após ser demitido. Affleck oferece uma interpretação convincente, retratando de forma comovente o impacto emocional que o desemprego tem sobre seu personagem. Tommy Lee Jones (Gene McClary) é um executivo de alto escalão que sofre com as demissões de sua equipe, no entanto sua atuação traz uma mistura de determinação e vulnerabilidade, enquanto ele lida com as mudanças em sua vida e as pressões financeiras de uma possível (e latente) demissão. A forma como Jones acrescenta essa camada de insegurança mesmo quando navega por mares aparentemente tranquilos, tem um impacto impressionante na nossa experiência como audiência. Mas talvez seja o personagem de Chris Cooper, o Phil Woodward (um veterano funcionário da empresa que está prestes a se aposentar) que transmite a maior angústia entre todos - pela idade, pela forma como enxerga a vida e, principalmente, pela dificuldade de encontrar um propósito ao perder a segurança que tinha em sua carreira.

É interessante como através de todas essas personas,  "A Grande Virada" é capaz de oferecer uma crítica perspicaz sobre o mundo corporativo e, consequentemente, sobre aqueles que tomam as decisões, a fim de mostrar como as empresas priorizam o lucro em detrimento de seus colaboradores e como a ganância pode, tranquilamente, destruir muitas vidas sem ao menos se dar conta disso. O roteiro é ainda muito feliz ao abordar questões sociais relevantes, como a perda de empregos durante uma crise econômica e a dificuldade de reinserção no mercado de trabalho em diferentes aspectos - da manutenção dos altos salários ao problema de se ter uma idade avançada.

A fotografia do mestre Roger Deakins (de "1917") captura toda essa atmosfera melancólica e desoladora da história, com uma paleta de cores frias e com cenas que refletem a solidão dos personagens que chega a incomodar! Mesmo que o filme possa parecer lento em certos momentos, é no seu esmero estético e nas performances de seu elenco que encontramos o valor dramático de sua proposta. Reparem como, a todo momento, o filme nos oferece uma reflexão profunda sobre a vida além do trabalho enquanto a busca pelo significado pessoal parece estar tão conectada ao dinheiro que nos esquecemos do que realmente vale a pena. Olha, uma aula!

Vale muito o seu play!

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