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O Dia do Atentado

Diretor
Peter Berg
Elenco
Mark Wahlberg, Kevin Bacon, John Goodman
Ano
2016
País
EUA

Drama netflix ml-real ml-religião ml-investigação ml-terrorismo ml-politico ml-catastrofe ml-hoc

O Dia do Atentado

Existe uma linha muito tênue entre retratar fatos (mesmo que na ficção) e espetacularizar os horrores de um atentado terrorista - e é aqui que talvez esteja o maior mérito de "O Dia do Atentado". Seu roteiro consegue respeitar todos os limites narrativos do bom senso enquanto a direção não precisa abrir mão de um único plano que pudesse, de alguma forma, nos deixar fora do inferno que se tornou a maratona de Boston em 2013. Bem na linha de "Voo United 93", o diretor Peter Berg (de "Hancock") conecta cenas reais e encenações com uma habilidade incrível, dando uma conotação documental e imersiva para o filme, sem perder aquela atmosfera de thriller policial que nos envolve ao mesmo tempo em que nos provoca inúmeras sensações! 

Em 15 de abril de 2013, o sargento da polícia Tommy Saunders (Mark Wahlberg) está trabalhando na segurança da maratona anual de Boston quando duas bombas caseiras explodem em um ato de terrorismo. Após os atentados, o grupo formado por Tommy, o Agente Especial Richard Deslauries (Kevin Bacon), o Comissário da Polícia Ed Davis (John Goodman) e o Sargento Jeffrey Pugliese (J.K. Simmons) se unem aos bravos sobreviventes para tentar identificar e capturar os responsáveis pelos ataques antes que eles possam fazer novas vítimas. Confira o trailer:

Logo de cara percebemos uma escolha criativa que acaba se mostrando das mais acertadas: ao apresentar (mesmo que superficialmente) algumas subtramas e seus respectivos personagens, antes dos acontecimentos que marcariam aquele dia, fica estabelecido que a vida nada mais é que um sopro e que será essa relação de imprevisibilidade que nos acompanhará por toda essa dura jornada. Veja, se à primeira vista os personagens parecem desconectados, é por causa da individualização de suas histórias que entendemos seus anseios, seus desejos, suas motivações, e, aos poucos, conforme as cartas vão sendo colocadas na mesa, é que percebemos o valor de cada um dentro desse enorme quebra-cabeça - e o mais interessante, aliás, é que todas essas histórias são, de fato, reais (por isso não deixem de assistir os créditos)!

Como Paul Greengrass, que recriou um dos momentos mais tensos dos atentados em 11 de setembro se apoiando no fator humano, Berg também combina uma série de técnicas cinematográficas para exaltar a humanidade do evento e assim manipular nossas sensações - e ele faz isso com uma maestria impressionante. A partir de uma montagem cirúrgica da dupla Gabriel Fleming e Colby Parker Jr (ambos de "Horizonte Profundo"), o diretor alterna planos nervosos com a câmera mais soltas, onde a lente está mais suja; com inúmeros materiais de arquivo, esses com imagens de noticiários da época, de câmeras de vigilância das lojas e restaurantes próximas da explosão; e até das gravações dos próprios agentes do FBI que participaram das investigações. É lindo de ver e repare como isso simula um senso de urgência que dá o tom do filme.

"O Dia do Atentado" tem tiroteios e explosões, com planos filmados ao melhor "estilo blockbuster", mas em nenhum momento esquece do fator humano, dos dramas mais íntimos pela qual os policiais estão passando enquanto tentam encontrar os criminosos. E é aí que somos surpreendidos de novo já que o filme tinha tudo para cair na armadilha do patriotismo barato, mas não é o que acontece - o que vemos no final das contas é uma história eficiente, dinâmica, coerente, tecnicamente perfeita, com momentos de tirar o fôlego enquanto outros são extremamente emocionantes. Olha, de fato, estamos diante de um filmaço!

Vale muito seu play!

Assista Agora

Existe uma linha muito tênue entre retratar fatos (mesmo que na ficção) e espetacularizar os horrores de um atentado terrorista - e é aqui que talvez esteja o maior mérito de "O Dia do Atentado". Seu roteiro consegue respeitar todos os limites narrativos do bom senso enquanto a direção não precisa abrir mão de um único plano que pudesse, de alguma forma, nos deixar fora do inferno que se tornou a maratona de Boston em 2013. Bem na linha de "Voo United 93", o diretor Peter Berg (de "Hancock") conecta cenas reais e encenações com uma habilidade incrível, dando uma conotação documental e imersiva para o filme, sem perder aquela atmosfera de thriller policial que nos envolve ao mesmo tempo em que nos provoca inúmeras sensações! 

Em 15 de abril de 2013, o sargento da polícia Tommy Saunders (Mark Wahlberg) está trabalhando na segurança da maratona anual de Boston quando duas bombas caseiras explodem em um ato de terrorismo. Após os atentados, o grupo formado por Tommy, o Agente Especial Richard Deslauries (Kevin Bacon), o Comissário da Polícia Ed Davis (John Goodman) e o Sargento Jeffrey Pugliese (J.K. Simmons) se unem aos bravos sobreviventes para tentar identificar e capturar os responsáveis pelos ataques antes que eles possam fazer novas vítimas. Confira o trailer:

Logo de cara percebemos uma escolha criativa que acaba se mostrando das mais acertadas: ao apresentar (mesmo que superficialmente) algumas subtramas e seus respectivos personagens, antes dos acontecimentos que marcariam aquele dia, fica estabelecido que a vida nada mais é que um sopro e que será essa relação de imprevisibilidade que nos acompanhará por toda essa dura jornada. Veja, se à primeira vista os personagens parecem desconectados, é por causa da individualização de suas histórias que entendemos seus anseios, seus desejos, suas motivações, e, aos poucos, conforme as cartas vão sendo colocadas na mesa, é que percebemos o valor de cada um dentro desse enorme quebra-cabeça - e o mais interessante, aliás, é que todas essas histórias são, de fato, reais (por isso não deixem de assistir os créditos)!

Como Paul Greengrass, que recriou um dos momentos mais tensos dos atentados em 11 de setembro se apoiando no fator humano, Berg também combina uma série de técnicas cinematográficas para exaltar a humanidade do evento e assim manipular nossas sensações - e ele faz isso com uma maestria impressionante. A partir de uma montagem cirúrgica da dupla Gabriel Fleming e Colby Parker Jr (ambos de "Horizonte Profundo"), o diretor alterna planos nervosos com a câmera mais soltas, onde a lente está mais suja; com inúmeros materiais de arquivo, esses com imagens de noticiários da época, de câmeras de vigilância das lojas e restaurantes próximas da explosão; e até das gravações dos próprios agentes do FBI que participaram das investigações. É lindo de ver e repare como isso simula um senso de urgência que dá o tom do filme.

"O Dia do Atentado" tem tiroteios e explosões, com planos filmados ao melhor "estilo blockbuster", mas em nenhum momento esquece do fator humano, dos dramas mais íntimos pela qual os policiais estão passando enquanto tentam encontrar os criminosos. E é aí que somos surpreendidos de novo já que o filme tinha tudo para cair na armadilha do patriotismo barato, mas não é o que acontece - o que vemos no final das contas é uma história eficiente, dinâmica, coerente, tecnicamente perfeita, com momentos de tirar o fôlego enquanto outros são extremamente emocionantes. Olha, de fato, estamos diante de um filmaço!

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