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Radioactive

Diretor
Marjane Satrapi
Elenco
Rosamund Pike, Yvette Feuer, Mirjam Novak
Ano
2019
País
EUA

Drama netflix ml-real ml-epoca ml-empreendedorismo ml-biografia ml-racismo ml-livro ml-gb

Radioactive

Quem já nos conhece há algum tempo sabe que eu tenho uma tese de que biografias deveriam ser produzidas apenas como minisséries e não mais no formato de filmes. É um pecado que a história de uma vida tão genial tenha que ser contada apenas em 120 minutos! Com "Radioactive" não é diferente - Marie Curie é uma personagem incrível, cheia de camadas, que faz parte da história mundial por sua descoberta da radioatividade, vencedora de dois prêmios Nobel, cientista, física  química, mulher, imigrante, mãe de outra mulher incrível e, tudo isso, precisou ser contado sem nenhuma profundidade por causa da limitação de tempo. Não que o filme seja ruim, de fato ele não é e precisa ser assistido por sua importância histórica, inclusive; mas dava para ir além... muito além!

Devota da ciência, Marie (Rosamund Pike) sempre enfrentou dificuldades em conseguir apoio para suas experiências devido ao fato de ser uma mulher. Ao conhecer Pierre Curie (Sam Riley), ela logo se surpreende pelo fato dele conhecer seu trabalho, o que a deixa lisonjeada. Logo os dois estão trabalhando e, posteriormente, iniciam um relacionamento que resultou em duas filhas. Juntos, Marie e Pierre descobrem dois novos elementos químicos, o "radio" e o "polônio", que dão início ao uso da radioatividade. Confira o trailer (em inglês):

De cara, o que mais chama atenção em "Radioactive" é a direção de arte de Michael Carlin (“Enola Holmes”) e a fotografia do Anthony Dod Mantle (vencedor do Oscar por "Quem quer ser um Milionário"- a Paris do inicio do século XX está incrível! E, logo depois, nos deparamos com outro trabalho incrível de Rosamund Pike como Marie Curie e uma excelente participações de Anya Taylor-Joy como a filha mais velha de Curie, Irène. Embora o roteiro sofra com a necessidade de condensar anos de existência e de trabalho da personagem em apenas duas horas, como comentamos, é inegável que a diretora Marjane Satrapi consegue impor um bom ritmo para a história e ainda simplificar um assunto tão complicado com ótimas analogias que nos ajudam a entender o tamanho das descobertas de Curie - a analogia que ela faz com a uva é muito bacana, reparem! O que incomoda um pouco é a velocidade como tudo acontece e a falta de coerência na montagem - e aqui vale o registro: as soluções artísticas nas transições são bem criativas, o que atrapalha é que os flashfowards e os flashbacks ficaram tão perdidos dentro da linha temporal da narrativa quando as citações de uma relação cientifica e espiritual tão presentes em Paris naquela época - uma pena!

"Radioactive" serve muito bem como retrato de uma personalidade que pouca gente conhece e que merecia ter sua história contada pelo brilhantismo de suas descobertas. São muitas curiosidades para quem gosta de personalidades e muitas lições para quem gosta de empreendedorismo, bem na linha de "Self Made - A Vida e a História de Madam C.J. Walker", só que com menos tempo de tela. Se você procura por cinebiografias, essa é mais uma interessante para acompanhar - não será inesquecível, mas é um ótimo exemplo de como uma obra audiovisual pode ampliar nosso conhecimento história e nos apresentar personagens importantes (e interessantes) que pouco temos acesso!

Assista Agora

Quem já nos conhece há algum tempo sabe que eu tenho uma tese de que biografias deveriam ser produzidas apenas como minisséries e não mais no formato de filmes. É um pecado que a história de uma vida tão genial tenha que ser contada apenas em 120 minutos! Com "Radioactive" não é diferente - Marie Curie é uma personagem incrível, cheia de camadas, que faz parte da história mundial por sua descoberta da radioatividade, vencedora de dois prêmios Nobel, cientista, física  química, mulher, imigrante, mãe de outra mulher incrível e, tudo isso, precisou ser contado sem nenhuma profundidade por causa da limitação de tempo. Não que o filme seja ruim, de fato ele não é e precisa ser assistido por sua importância histórica, inclusive; mas dava para ir além... muito além!

Devota da ciência, Marie (Rosamund Pike) sempre enfrentou dificuldades em conseguir apoio para suas experiências devido ao fato de ser uma mulher. Ao conhecer Pierre Curie (Sam Riley), ela logo se surpreende pelo fato dele conhecer seu trabalho, o que a deixa lisonjeada. Logo os dois estão trabalhando e, posteriormente, iniciam um relacionamento que resultou em duas filhas. Juntos, Marie e Pierre descobrem dois novos elementos químicos, o "radio" e o "polônio", que dão início ao uso da radioatividade. Confira o trailer (em inglês):

De cara, o que mais chama atenção em "Radioactive" é a direção de arte de Michael Carlin (“Enola Holmes”) e a fotografia do Anthony Dod Mantle (vencedor do Oscar por "Quem quer ser um Milionário"- a Paris do inicio do século XX está incrível! E, logo depois, nos deparamos com outro trabalho incrível de Rosamund Pike como Marie Curie e uma excelente participações de Anya Taylor-Joy como a filha mais velha de Curie, Irène. Embora o roteiro sofra com a necessidade de condensar anos de existência e de trabalho da personagem em apenas duas horas, como comentamos, é inegável que a diretora Marjane Satrapi consegue impor um bom ritmo para a história e ainda simplificar um assunto tão complicado com ótimas analogias que nos ajudam a entender o tamanho das descobertas de Curie - a analogia que ela faz com a uva é muito bacana, reparem! O que incomoda um pouco é a velocidade como tudo acontece e a falta de coerência na montagem - e aqui vale o registro: as soluções artísticas nas transições são bem criativas, o que atrapalha é que os flashfowards e os flashbacks ficaram tão perdidos dentro da linha temporal da narrativa quando as citações de uma relação cientifica e espiritual tão presentes em Paris naquela época - uma pena!

"Radioactive" serve muito bem como retrato de uma personalidade que pouca gente conhece e que merecia ter sua história contada pelo brilhantismo de suas descobertas. São muitas curiosidades para quem gosta de personalidades e muitas lições para quem gosta de empreendedorismo, bem na linha de "Self Made - A Vida e a História de Madam C.J. Walker", só que com menos tempo de tela. Se você procura por cinebiografias, essa é mais uma interessante para acompanhar - não será inesquecível, mas é um ótimo exemplo de como uma obra audiovisual pode ampliar nosso conhecimento história e nos apresentar personagens importantes (e interessantes) que pouco temos acesso!

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