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Succession

Elenco
Hiam Abbass, Nicholas Braun, Brian Cox
Ano
2018
País
EUA

Drama Max ml-relacoes ml-empreendedorismo ml-politico ml-familia ml-ff ml-crise

Succession

Se você é um fã de "Billions" e acha que que já assistiu tudo sobre traições e armações em "Game of Thrones", provavelmente você (como eu) não vai conseguir parar de assistir "Succession" da HBO. A série pega o que tem de melhor dessas séries citadas e se aprofunda ainda mais no desenvolvimento de 5 ou 6 personagens bastante complexos e perturbadores. Ok, então como eu ainda não sabia que uma série tão interessante assim existia? Essa é uma boa pergunta, mas pode confiar: não perca mais tempo, assista e depois me agradeça. 

"Succession" acompanha o dia a dia da Família Roy dona de um dos maiores conglomerados de Mídia e Entretenimento do Mundo. Acontece que as relações dentro dos convívio familiar não são, digamos, tão sadias assim. As disputas pelo poder movem os personagens dentro desse universo corporativo, trabalhando como ninguém aquela linha bastante tênue entre o objetivo pessoal (e privado) e a ganância profissional (e pública) - tudo isso regado a muito dinheiro e ostentação capaz de deixar "Suits" no chinelo!

Logan (Brian Cox) comanda o 5º maior conglomerado de mídia de entretenimento do mundo. O patriarca da família Roy conseguiu construir um verdadeiro império e se tronar um dos homens mais poderosos (e odiados) do mundo. Seu estilo pouco popular de administrar o negócio transformou Logan em um profissional muito bem sucedido, ao mesmo tempo em que foi um pai extremamente autoritário e um ser humano rancoroso, misógino e preconceituoso. Em cima desses valores nada nobres é  que conhecemos Kendall (Jeremy Strong), o segundo filho mais velho, um rapaz esforçado e o mais envolvido com o negócio da família, o problema é que suas referências o tornaram um profissional inseguro, sem alto estima e limitado. Recém separado da mulher Rava e depois de um problema crônico com drogas, Kendall sofre para se tornar alguém respeitado dentro da empresa e principalmente para ganhar a aprovação e o apoio do pai - chega a dar dó! Roman (Kieran Culkin - o irmão de Macaulay) é o caçula, um playboy mimado, preguiçoso e sem noção, completamente sem escrúpulos nos negócios e nas relações pessoais - um perfeito idiota! Shiv (Saraha Snook), a única filha mulher, é completamente desequilibrada emocionalmente, provavelmente o reflexo da criação machista que teve durante toda sua infância. Embora seja uma profissional respeitada na carreira política, Shiv vive interferindo nas decisões da empresa da família e se colocando contra as atitudes egoístas e vaidosas dos irmãos (e muitas vezes do próprio pai). Para finalizar, o filho mais velho, Connor (Alan Ruck), não quer nenhuma ligação com a empresa desde que continue sendo financiado pelo dinheiro "que lhe é de direito"! Completamente fora da realidade, Connor mora em uma fazenda (de luxo) e namora uma jovem atriz de teatro que a família insiste em dizer que é uma prostituta! Outros três personagens coadjuvantes também chamam a atenção por sua importância nas tramas e pela complexidade com que se envolvem nas relações: Greg (Nicholas Braun) um sobrinho distante que quer vencer na vida custe o que custar, Tom (Matthew Macfadyen), noivo de Shiv e um executivo medíocre em busca de ascensão profissional / social e Marcia (Hiam Abbass), a companheira misteriosa de Logan.

A partir do trailer e da descrição dos personagens já dá para se ter uma idéia de como podem ser constrangedoras as situações envolvendo esses pares. Sério, a sensação é que somos colocados em um ambiente fechado, claustrofóbico até, com uma bomba prestes a explodir, só não sabemos exatamente "quando" e nem "como" - isso gera uma espécie de tensão como poucas vezes senti ao assistir uma série (talvez minha única lembrança imediata seja "Breaking Bad"). A relação entre eles é tão superficial e egocêntrica que chega a embrulhar o estômago e essa sensação é muito mérito do conceito estético que o showrunner aplicou na série. Com uma câmera mais solta, os diretores usam muito do "zoom" para nos aproximar da tensão de cada diálogo, trazendo um toque documental para a ficção - mais ou menos como foi feito em "The Office". A fotografia também merece destaque, os planos abertos, além de mostrar uma arquitetura moderna e luxuosa, trás uma Nova Yorke charmosa e agitada como nas já citadas "Billions" e "Suits".

É fato que "Succession" surfa na onda do hype corporativo e da tendência de dramas do mercado financeiro - como citamos recentemente no Blog da Viu Review, porém a série não deixa de ser uma grande (e agradável) surpresa, pois mesmo chegando quietinha, sem muito marketing, acabou levando o Emmy 2019 de Melhor Roteiro para Série Dramática com "Nobody is ever missing" - do excelente episódio final da primeira temporada! Ah, a série ainda levou o prêmio de Melhor Música de Abertura! Olha, vale muito a pena, mas é preciso ter estômago, porque os roteiros escancaram, uma cena atrás da outra, aquele famoso ditado de que "dinheiro não traz felicidade" e vai além, trazendo para discussão uma outra pergunta: então, o que é preciso para feliz?

Dê o play sem medo!

Assista Agora

Se você é um fã de "Billions" e acha que que já assistiu tudo sobre traições e armações em "Game of Thrones", provavelmente você (como eu) não vai conseguir parar de assistir "Succession" da HBO. A série pega o que tem de melhor dessas séries citadas e se aprofunda ainda mais no desenvolvimento de 5 ou 6 personagens bastante complexos e perturbadores. Ok, então como eu ainda não sabia que uma série tão interessante assim existia? Essa é uma boa pergunta, mas pode confiar: não perca mais tempo, assista e depois me agradeça. 

"Succession" acompanha o dia a dia da Família Roy dona de um dos maiores conglomerados de Mídia e Entretenimento do Mundo. Acontece que as relações dentro dos convívio familiar não são, digamos, tão sadias assim. As disputas pelo poder movem os personagens dentro desse universo corporativo, trabalhando como ninguém aquela linha bastante tênue entre o objetivo pessoal (e privado) e a ganância profissional (e pública) - tudo isso regado a muito dinheiro e ostentação capaz de deixar "Suits" no chinelo!

Logan (Brian Cox) comanda o 5º maior conglomerado de mídia de entretenimento do mundo. O patriarca da família Roy conseguiu construir um verdadeiro império e se tronar um dos homens mais poderosos (e odiados) do mundo. Seu estilo pouco popular de administrar o negócio transformou Logan em um profissional muito bem sucedido, ao mesmo tempo em que foi um pai extremamente autoritário e um ser humano rancoroso, misógino e preconceituoso. Em cima desses valores nada nobres é  que conhecemos Kendall (Jeremy Strong), o segundo filho mais velho, um rapaz esforçado e o mais envolvido com o negócio da família, o problema é que suas referências o tornaram um profissional inseguro, sem alto estima e limitado. Recém separado da mulher Rava e depois de um problema crônico com drogas, Kendall sofre para se tornar alguém respeitado dentro da empresa e principalmente para ganhar a aprovação e o apoio do pai - chega a dar dó! Roman (Kieran Culkin - o irmão de Macaulay) é o caçula, um playboy mimado, preguiçoso e sem noção, completamente sem escrúpulos nos negócios e nas relações pessoais - um perfeito idiota! Shiv (Saraha Snook), a única filha mulher, é completamente desequilibrada emocionalmente, provavelmente o reflexo da criação machista que teve durante toda sua infância. Embora seja uma profissional respeitada na carreira política, Shiv vive interferindo nas decisões da empresa da família e se colocando contra as atitudes egoístas e vaidosas dos irmãos (e muitas vezes do próprio pai). Para finalizar, o filho mais velho, Connor (Alan Ruck), não quer nenhuma ligação com a empresa desde que continue sendo financiado pelo dinheiro "que lhe é de direito"! Completamente fora da realidade, Connor mora em uma fazenda (de luxo) e namora uma jovem atriz de teatro que a família insiste em dizer que é uma prostituta! Outros três personagens coadjuvantes também chamam a atenção por sua importância nas tramas e pela complexidade com que se envolvem nas relações: Greg (Nicholas Braun) um sobrinho distante que quer vencer na vida custe o que custar, Tom (Matthew Macfadyen), noivo de Shiv e um executivo medíocre em busca de ascensão profissional / social e Marcia (Hiam Abbass), a companheira misteriosa de Logan.

A partir do trailer e da descrição dos personagens já dá para se ter uma idéia de como podem ser constrangedoras as situações envolvendo esses pares. Sério, a sensação é que somos colocados em um ambiente fechado, claustrofóbico até, com uma bomba prestes a explodir, só não sabemos exatamente "quando" e nem "como" - isso gera uma espécie de tensão como poucas vezes senti ao assistir uma série (talvez minha única lembrança imediata seja "Breaking Bad"). A relação entre eles é tão superficial e egocêntrica que chega a embrulhar o estômago e essa sensação é muito mérito do conceito estético que o showrunner aplicou na série. Com uma câmera mais solta, os diretores usam muito do "zoom" para nos aproximar da tensão de cada diálogo, trazendo um toque documental para a ficção - mais ou menos como foi feito em "The Office". A fotografia também merece destaque, os planos abertos, além de mostrar uma arquitetura moderna e luxuosa, trás uma Nova Yorke charmosa e agitada como nas já citadas "Billions" e "Suits".

É fato que "Succession" surfa na onda do hype corporativo e da tendência de dramas do mercado financeiro - como citamos recentemente no Blog da Viu Review, porém a série não deixa de ser uma grande (e agradável) surpresa, pois mesmo chegando quietinha, sem muito marketing, acabou levando o Emmy 2019 de Melhor Roteiro para Série Dramática com "Nobody is ever missing" - do excelente episódio final da primeira temporada! Ah, a série ainda levou o prêmio de Melhor Música de Abertura! Olha, vale muito a pena, mas é preciso ter estômago, porque os roteiros escancaram, uma cena atrás da outra, aquele famoso ditado de que "dinheiro não traz felicidade" e vai além, trazendo para discussão uma outra pergunta: então, o que é preciso para feliz?

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