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Rio-Paris

Diretor
Rafael Norton,
Ano
2024
País
Brasil

Globoplay Documentário ml-real ml-investigação ml-catastrofe ml-aerea

Rio-Paris

"Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447", minissérie produzida pelo Globoplay, não deixa absolutamente nada a desejar para obras semelhantes como "Voo 370: O Avião Que Desapareceu" ou "Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing", ambas da Netflix, ou "Risco de Voo", da Prime Vídeo. E já adianto: você vai assistir esses quatro episódios com um certo nó na garganta! Em um ano marcado por diversas homenagens e reflexões depois de 15 anos da tragédia do voo da Air France, essa obra documental chama atenção pela qualidade técnica e artística, além de uma bem construída linha narrativa que se apoia em vasto material de pesquisa, que certamente vai intrigar aqueles que buscam ir além dos fatos para mergulhar em uma complexa história por trás do acidente que vitimou 228 pessoas, de 32 nacionalidades, sendo 59 brasileiros. Mais do que um doloroso relato factual, a produção se destaca como um tributo sensível às vítimas, entrelaçando o jornalismo investigativo com o drama pessoal de alguns familiares, em uma jornada capaz de nos prender a atenção do início ao fim sem deixar qualquer espaço para sequer retomarmos o fôlego.

Basicamente, "Rio-Paris - A Tragédia do Voo 447" acompanha os bastidores da investigação sobre a queda do avião da Air France, que aconteceu no dia 1º de junho de 2009, reconstruindo minuto a minuto, a infeliz cadeia de acontecimentos, falhas tecnológicas e de procedimento que causaram a queda do avião no mar. Além das dificuldades de encontrar os destroços e o trauma das famílias que foram destruídas pela tragédia, a minissérie ainda pontua como esse acidente foi mudando na história da aviação de lá para cá.

Filmado na França, nos Estados Unidos e no Brasil ao longo de três meses, a minissérie nos conduz por uma jornada indigesta de investigação, construindo uma narrativa muito acessível e fácil de compreender até para os mais leigos. É perceptível como a direção se preocupou em cobrir todos os fatos respeitando uma linha temporal coerente - veja, os detalhes que antecederam a queda, bem como as particularidades que aconteceram durante o voo e, obviamente, após o acidente do avião, tudo vai sendo desvendado ponto a ponto, sem atropelos ou julgamentos precipitados. A direção sabe perfeitamente como conectar os depoimentos comoventes de familiares das vítimas, que compartilham suas histórias de perda e de luto, com a busca por resposta a partir de reconstituições muito bem feitas, sempre apoiadas aos dados recuperados das caixas-preta do Air France 447. É impressionante como essa dinâmica nos aproxima da angústia e do desespero vivenciados naquela noite de junho de forma tão visceral e multifacetada.

"Rio-Paris" se destaca pela qualidade impecável da pesquisa jornalística da Globo e de seu vasto material de arquivo, no entanto a produção também merece ser reconhecida pelas intervenções de CG e pela gramática mais ficcional que, ao mesmo tempo que capturam a tensão antes da queda, recriam uma trilha de acontecimentos que fazem toda diferença para a nossa experiência como audiência. Se a narrativa peca na falta de emoção ao dublar os diálogos entres os pilotos durante o voo, sem dúvida que o conceito estético/visual da minissérie deixa bem claro como tudo aconteceu. Aqui também preciso citar a trilha sonora que envelopa os depoimentos dos familiares das vítimas - ela é tocante, melancólica, mas belíssima. Repare como ela sublinha a carga emocional das entrevistas de uma forma sensível e reflexiva, criando sensações bastante desconfortáveis.

Dirigido por Rafael Norton, com roteiro de Andrey Frasson e Gabriel Mitani, "Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447" é um convite à reflexão sobre os limites da segurança dos voos, sobre as condições humanas em momentos que exigem total controle emocional, além, é claro, de ser um lembrete importante sobre a luta por justiça e respeito a memória daqueles que partiram tão tragicamente. Imperdível para quem gosta de histórias marcantes, para quem busca entender essa complexa história por trás do acidente e assim se conectar com a dor e a esperança daqueles que foram profundamente impactados por ele, mais uma vez, eu te digo: a Globoplay realmente entrega um documentário digno de muito prêmios!

Imperdível!

Assista Agora

"Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447", minissérie produzida pelo Globoplay, não deixa absolutamente nada a desejar para obras semelhantes como "Voo 370: O Avião Que Desapareceu" ou "Queda Livre: A Tragédia do Caso Boeing", ambas da Netflix, ou "Risco de Voo", da Prime Vídeo. E já adianto: você vai assistir esses quatro episódios com um certo nó na garganta! Em um ano marcado por diversas homenagens e reflexões depois de 15 anos da tragédia do voo da Air France, essa obra documental chama atenção pela qualidade técnica e artística, além de uma bem construída linha narrativa que se apoia em vasto material de pesquisa, que certamente vai intrigar aqueles que buscam ir além dos fatos para mergulhar em uma complexa história por trás do acidente que vitimou 228 pessoas, de 32 nacionalidades, sendo 59 brasileiros. Mais do que um doloroso relato factual, a produção se destaca como um tributo sensível às vítimas, entrelaçando o jornalismo investigativo com o drama pessoal de alguns familiares, em uma jornada capaz de nos prender a atenção do início ao fim sem deixar qualquer espaço para sequer retomarmos o fôlego.

Basicamente, "Rio-Paris - A Tragédia do Voo 447" acompanha os bastidores da investigação sobre a queda do avião da Air France, que aconteceu no dia 1º de junho de 2009, reconstruindo minuto a minuto, a infeliz cadeia de acontecimentos, falhas tecnológicas e de procedimento que causaram a queda do avião no mar. Além das dificuldades de encontrar os destroços e o trauma das famílias que foram destruídas pela tragédia, a minissérie ainda pontua como esse acidente foi mudando na história da aviação de lá para cá.

Filmado na França, nos Estados Unidos e no Brasil ao longo de três meses, a minissérie nos conduz por uma jornada indigesta de investigação, construindo uma narrativa muito acessível e fácil de compreender até para os mais leigos. É perceptível como a direção se preocupou em cobrir todos os fatos respeitando uma linha temporal coerente - veja, os detalhes que antecederam a queda, bem como as particularidades que aconteceram durante o voo e, obviamente, após o acidente do avião, tudo vai sendo desvendado ponto a ponto, sem atropelos ou julgamentos precipitados. A direção sabe perfeitamente como conectar os depoimentos comoventes de familiares das vítimas, que compartilham suas histórias de perda e de luto, com a busca por resposta a partir de reconstituições muito bem feitas, sempre apoiadas aos dados recuperados das caixas-preta do Air France 447. É impressionante como essa dinâmica nos aproxima da angústia e do desespero vivenciados naquela noite de junho de forma tão visceral e multifacetada.

"Rio-Paris" se destaca pela qualidade impecável da pesquisa jornalística da Globo e de seu vasto material de arquivo, no entanto a produção também merece ser reconhecida pelas intervenções de CG e pela gramática mais ficcional que, ao mesmo tempo que capturam a tensão antes da queda, recriam uma trilha de acontecimentos que fazem toda diferença para a nossa experiência como audiência. Se a narrativa peca na falta de emoção ao dublar os diálogos entres os pilotos durante o voo, sem dúvida que o conceito estético/visual da minissérie deixa bem claro como tudo aconteceu. Aqui também preciso citar a trilha sonora que envelopa os depoimentos dos familiares das vítimas - ela é tocante, melancólica, mas belíssima. Repare como ela sublinha a carga emocional das entrevistas de uma forma sensível e reflexiva, criando sensações bastante desconfortáveis.

Dirigido por Rafael Norton, com roteiro de Andrey Frasson e Gabriel Mitani, "Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447" é um convite à reflexão sobre os limites da segurança dos voos, sobre as condições humanas em momentos que exigem total controle emocional, além, é claro, de ser um lembrete importante sobre a luta por justiça e respeito a memória daqueles que partiram tão tragicamente. Imperdível para quem gosta de histórias marcantes, para quem busca entender essa complexa história por trás do acidente e assim se conectar com a dor e a esperança daqueles que foram profundamente impactados por ele, mais uma vez, eu te digo: a Globoplay realmente entrega um documentário digno de muito prêmios!

Imperdível!

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