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Círculo Fechado

Diretor
Steven Soderbergh
Elenco
Zazie Beetz, Claire Danes, Jim Gaffigan
Ano
2023
País
EUA

Drama Max ml-investigação ml-relacoes ml-crime ml-pf

Círculo Fechado

As mesmas mentes criativas por trás de "Mosaic" se reúnem novamente em mais uma complexa minissérie policial. "Círculo Fechado" se apoia em uma narrativa repleta de dramas pessoais e mistérios que nos envolve em uma atmosfera de enigmas bem estruturados e um clima de tensão constante de tirar o fôlego - principalmente nos dois primeiros episódios. A trama se desenrola ao longo de seis episódios e, bem ao estilo HBO., não facilita nossa jornada, já que a história é cheia de detalhes, muitos nem tão auto-explicativos assim, o que exige muita atenção e reflexão para uma experiência, de fato, imersiva - Ed Solomon, o criador, e Steven Soderbergh, o diretor; são craques nisso!

O casal Sam (Claire Danes) e Derek Browne (Timothy Olyphant) tem sua rotina interrompida ao receber a notícia de que seu filho, Jared (Ethan Stoddard), foi sequestrado. No entanto, o sequestro não sai exatamente como planejado e isso desencadeia uma série de segredos do passado, conectando diferentes pessoas e culturas em uma Nova York marcada por crimes e vingança. Confira o trailer:

Sem a menor dúvida, "Círculo Fechado" nos ganha pela combinação habilidosa entre personagens bem desenvolvidos e uma trama que desafia constantemente as nossas expectativas. Desde seu início, a minissérie é muito competente em estabelecer um ambiente denso e enigmático, nos transportando para um universo desconfortável onde nada é o que parece - mesmo que isso soe clichê, a forma como Soderbergh conduz a narrativa subverte essa condição e praticamente nos impede de tirar os olhos da tela durante toda a jornada. É impressionante como cada personagem é importante para a trama ao mesmo tempo que precisa lidar com uma gama complexa de motivações e segredos, que são gradualmente revelados ao longo dos episódios - você não vai ver o roteiro roubando no jogo, então preste atenção até naqueles personagens que parecem descartáveis.

Solomon criou uma verdadeira teia de relações, o que potencializa essa atmosfera de desconfiança que nos mantém intrigados enquanto procuramos as respostas. A partir do terceiro episódio existe um certo equilíbrio entre as revelações graduais e os momentos de ação, mas nada que impacte tanto como o inicio - nesse aspecto a minissérie me lembrou outra produção da HBO que eu adoro: "The Night Of". Veja. a tensão, o movimento, o caos, está na origem, mas o drama em si, esse sim encontramos à medida que os protagonistas vão mergulhando mais fundo na busca pela verdade - é aí que o enigma central vai se desdobrando em múltiplas camadas e ganha força.

A fotografia do próprio Soderbergh e a direção de arte da April Lasky (de "Morte, Morte, Morte") também merecem destaque. A paleta de cores sombrias, o nervoso movimento de câmera e a escolha cuidadosa de cenários e locações, contribuem para a criação de um ambiente extremamente perturbador em seu simples realismo - quem conhece NY vai sacar isso de cara. Mais um vez: os detalhes visuais são pensados para insinuar pistas e dicas sutis, então esteja atento.

O fato é que "Full Circle" (no original) entrega uma ótima conclusão, amarrando as pontas soltas de maneira consistente - mesmo que a verdade por trás de todo o mistério não gere tanto impacto assim. O que experienciamos aqui está na jornada inteligente, não na conclusão surpreendente - isso precisa ficar claro para alinhar as expectativas. No entanto, existe sim uma aura de ambiguidade que permeia todos os episódios, contribuindo para uma sensação de fascínio que nos convida a revisitar algumas passagens em busca de pistas que poderiam ter passado despercebidas ou que teríamos escolhido ignora-las - e quando se trata de Steven Soderbergh, isso é implacável!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

As mesmas mentes criativas por trás de "Mosaic" se reúnem novamente em mais uma complexa minissérie policial. "Círculo Fechado" se apoia em uma narrativa repleta de dramas pessoais e mistérios que nos envolve em uma atmosfera de enigmas bem estruturados e um clima de tensão constante de tirar o fôlego - principalmente nos dois primeiros episódios. A trama se desenrola ao longo de seis episódios e, bem ao estilo HBO., não facilita nossa jornada, já que a história é cheia de detalhes, muitos nem tão auto-explicativos assim, o que exige muita atenção e reflexão para uma experiência, de fato, imersiva - Ed Solomon, o criador, e Steven Soderbergh, o diretor; são craques nisso!

O casal Sam (Claire Danes) e Derek Browne (Timothy Olyphant) tem sua rotina interrompida ao receber a notícia de que seu filho, Jared (Ethan Stoddard), foi sequestrado. No entanto, o sequestro não sai exatamente como planejado e isso desencadeia uma série de segredos do passado, conectando diferentes pessoas e culturas em uma Nova York marcada por crimes e vingança. Confira o trailer:

Sem a menor dúvida, "Círculo Fechado" nos ganha pela combinação habilidosa entre personagens bem desenvolvidos e uma trama que desafia constantemente as nossas expectativas. Desde seu início, a minissérie é muito competente em estabelecer um ambiente denso e enigmático, nos transportando para um universo desconfortável onde nada é o que parece - mesmo que isso soe clichê, a forma como Soderbergh conduz a narrativa subverte essa condição e praticamente nos impede de tirar os olhos da tela durante toda a jornada. É impressionante como cada personagem é importante para a trama ao mesmo tempo que precisa lidar com uma gama complexa de motivações e segredos, que são gradualmente revelados ao longo dos episódios - você não vai ver o roteiro roubando no jogo, então preste atenção até naqueles personagens que parecem descartáveis.

Solomon criou uma verdadeira teia de relações, o que potencializa essa atmosfera de desconfiança que nos mantém intrigados enquanto procuramos as respostas. A partir do terceiro episódio existe um certo equilíbrio entre as revelações graduais e os momentos de ação, mas nada que impacte tanto como o inicio - nesse aspecto a minissérie me lembrou outra produção da HBO que eu adoro: "The Night Of". Veja. a tensão, o movimento, o caos, está na origem, mas o drama em si, esse sim encontramos à medida que os protagonistas vão mergulhando mais fundo na busca pela verdade - é aí que o enigma central vai se desdobrando em múltiplas camadas e ganha força.

A fotografia do próprio Soderbergh e a direção de arte da April Lasky (de "Morte, Morte, Morte") também merecem destaque. A paleta de cores sombrias, o nervoso movimento de câmera e a escolha cuidadosa de cenários e locações, contribuem para a criação de um ambiente extremamente perturbador em seu simples realismo - quem conhece NY vai sacar isso de cara. Mais um vez: os detalhes visuais são pensados para insinuar pistas e dicas sutis, então esteja atento.

O fato é que "Full Circle" (no original) entrega uma ótima conclusão, amarrando as pontas soltas de maneira consistente - mesmo que a verdade por trás de todo o mistério não gere tanto impacto assim. O que experienciamos aqui está na jornada inteligente, não na conclusão surpreendente - isso precisa ficar claro para alinhar as expectativas. No entanto, existe sim uma aura de ambiguidade que permeia todos os episódios, contribuindo para uma sensação de fascínio que nos convida a revisitar algumas passagens em busca de pistas que poderiam ter passado despercebidas ou que teríamos escolhido ignora-las - e quando se trata de Steven Soderbergh, isso é implacável!

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