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Mike: Além de Tyson

Diretor
Craig Gillespie, Tiffany Johnson, Director X
Elenco
Trevante Rhodes, Russell Hornsby, Li Eubanks
Ano
2022
País
EUA

Drama ml-real ml-biografia ml-esporte ml-celebridade ml-boxe ml-gb Disney+

Mike: Além de Tyson

“Mike" que aqui no Brasil ganhou o subtítulo de "Além de Tyson”, é um recorte curioso sobre a história de vida de um dos maiores boxeadores de todos os tempos! Seguindo um conceito narrativo bem similar ao que a HBO aplicou em "Lakers: Hora de Vencer", a minissérie da Hulu (aqui disponível no Star+) parte de uma ideia bem interessante: mostrar em retrospectiva alguns dos momentos-chave da vida do lutador sob a perspectiva do próprio protagonista (com excessão do polêmico episódio 5, onde quem tem voz é apenas Desiree Washington - suposta vítima de estupro de Tyson).

Em oito episódios, de 25 minutos em média, acompanhamos a trajetória do famoso boxeador Mike Tyson (Trevante Rhodes) desde a sua complicada infância e adolescência até a meteórica ascensão no pugilismo. Conhecido por sua capacidade como atleta e por sua excentricidade na vida pessoal (que o levou a ter um tigre albino como animal de estimação), a minissérie apresenta detalhes mais profundos e pouco conhecidos do público sobre a vida e a carreira do atleta. Confira o trailer:

Após declarar falência, o ex-campeão mundial dos pesos-pesados, Mike Tyson criou uma espécie de stand-up comedy onde, de uma maneira até desajeitada e naturalmente cômica, subia ao placo para dar sua versão sobre alguns dos momentos mais polêmicos da sua vida. Apoiado nessa iniciativa do boxeador, o roteirista Steven Rogers (de "Eu, Tonya") emprestou essa ideia para desenvolver uma história contada em flashbacks, tendo Tyson como narrador e protagonista de suas próprias histórias.

Bastam alguns minutos para entender que a referência de "Lakers: Hora de Vencer" vai além do tom leve com que os dramas são retratados. Com uma ótima (e propositalmente caricata) performance de Rhodes, a figura mítica de Tyson é completamente desconstruída - da mesma forma como Adam McKay e Quincy Isaiah fizeram com Magic Johnson. Aliás essa humanização dos personagens, ao mesmo tempo que nos afasta do atleta fenomenal, nos aproxima do ser humano e por consequência escancaram os defeitos e as falhas de caráter que não tínhamos conhecimento. No caso de Tyson, essas falhas estão, inclusive, em outro patamar - diga-se de passagem.

Também é preciso que se diga, que Rogers procura nos munir de muitas informações para que possamos entender as atitudes de Tyson. O roteirista deixa todo o processo de julgamento nas nossas mãos e a cada episódio essa dinâmica vai ganhando força - a relação de "causa e consequência" é muito bem explorada na série. Agora é inegável que no meio da temporada somos surpreendidos com uma forte quebra conceitual ao dar voz "apenas" para Desiree Washington (Li Eubanks) no caso de estupro que levou o boxeador ao julgamento e posteriormente até a prisão. Me parece que faltou coragem para Rogers, independente da versão de Tyson ser a verdadeira ou não, dele ser culpado ou inocente, o fato é que essa escolha destruiu toda uma coerência narrativa - no mínimo Rogers poderia ter usado a estratégia que Antonio Campos usou em "A Escada" de apresentar versões para uma mesma história. 

Obviamente que existem pontos que poderiam ser melhor aproveitados caso a minissérie tivesse uma hora de duração por episódio - minha crítica passa pela superficialidade com que algumas passagens importantes foram retratadas ou até esquecidas, porém se você também sentir a necessidade de saber um pouco mais, inclusive sobre as acusações de Desiree Washington e como o julgamento foi conduzido, recomendo a leitura da autobiografia "Mike Tyson: a verdade nua e crua"

“Mike" - Além de Tyson” é tão curioso quanto interessante, um ótimo e rápido entretenimento para aqueles que gostam de desvendar os mistérios por trás de uma carreira de sucesso como a do boxeador que, mesmo com seus sérios problemas fora do ringue, foi capaz de deixar o nome marcado na história do esporte mundial.

Vale muito a pena!

Assista Agora

“Mike" que aqui no Brasil ganhou o subtítulo de "Além de Tyson”, é um recorte curioso sobre a história de vida de um dos maiores boxeadores de todos os tempos! Seguindo um conceito narrativo bem similar ao que a HBO aplicou em "Lakers: Hora de Vencer", a minissérie da Hulu (aqui disponível no Star+) parte de uma ideia bem interessante: mostrar em retrospectiva alguns dos momentos-chave da vida do lutador sob a perspectiva do próprio protagonista (com excessão do polêmico episódio 5, onde quem tem voz é apenas Desiree Washington - suposta vítima de estupro de Tyson).

Em oito episódios, de 25 minutos em média, acompanhamos a trajetória do famoso boxeador Mike Tyson (Trevante Rhodes) desde a sua complicada infância e adolescência até a meteórica ascensão no pugilismo. Conhecido por sua capacidade como atleta e por sua excentricidade na vida pessoal (que o levou a ter um tigre albino como animal de estimação), a minissérie apresenta detalhes mais profundos e pouco conhecidos do público sobre a vida e a carreira do atleta. Confira o trailer:

Após declarar falência, o ex-campeão mundial dos pesos-pesados, Mike Tyson criou uma espécie de stand-up comedy onde, de uma maneira até desajeitada e naturalmente cômica, subia ao placo para dar sua versão sobre alguns dos momentos mais polêmicos da sua vida. Apoiado nessa iniciativa do boxeador, o roteirista Steven Rogers (de "Eu, Tonya") emprestou essa ideia para desenvolver uma história contada em flashbacks, tendo Tyson como narrador e protagonista de suas próprias histórias.

Bastam alguns minutos para entender que a referência de "Lakers: Hora de Vencer" vai além do tom leve com que os dramas são retratados. Com uma ótima (e propositalmente caricata) performance de Rhodes, a figura mítica de Tyson é completamente desconstruída - da mesma forma como Adam McKay e Quincy Isaiah fizeram com Magic Johnson. Aliás essa humanização dos personagens, ao mesmo tempo que nos afasta do atleta fenomenal, nos aproxima do ser humano e por consequência escancaram os defeitos e as falhas de caráter que não tínhamos conhecimento. No caso de Tyson, essas falhas estão, inclusive, em outro patamar - diga-se de passagem.

Também é preciso que se diga, que Rogers procura nos munir de muitas informações para que possamos entender as atitudes de Tyson. O roteirista deixa todo o processo de julgamento nas nossas mãos e a cada episódio essa dinâmica vai ganhando força - a relação de "causa e consequência" é muito bem explorada na série. Agora é inegável que no meio da temporada somos surpreendidos com uma forte quebra conceitual ao dar voz "apenas" para Desiree Washington (Li Eubanks) no caso de estupro que levou o boxeador ao julgamento e posteriormente até a prisão. Me parece que faltou coragem para Rogers, independente da versão de Tyson ser a verdadeira ou não, dele ser culpado ou inocente, o fato é que essa escolha destruiu toda uma coerência narrativa - no mínimo Rogers poderia ter usado a estratégia que Antonio Campos usou em "A Escada" de apresentar versões para uma mesma história. 

Obviamente que existem pontos que poderiam ser melhor aproveitados caso a minissérie tivesse uma hora de duração por episódio - minha crítica passa pela superficialidade com que algumas passagens importantes foram retratadas ou até esquecidas, porém se você também sentir a necessidade de saber um pouco mais, inclusive sobre as acusações de Desiree Washington e como o julgamento foi conduzido, recomendo a leitura da autobiografia "Mike Tyson: a verdade nua e crua"

“Mike" - Além de Tyson” é tão curioso quanto interessante, um ótimo e rápido entretenimento para aqueles que gostam de desvendar os mistérios por trás de uma carreira de sucesso como a do boxeador que, mesmo com seus sérios problemas fora do ringue, foi capaz de deixar o nome marcado na história do esporte mundial.

Vale muito a pena!

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