indika.tv - Imperdoável
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Imperdoável

Diretor
Nora Fingscheidt
Elenco
Sandra Bullock, Viola Davis, Vincent D'Onofrio
Ano
2021
País
EUA

Drama netflix ml-real ml-relacoes ml-crime ml-familia ml-hc

Imperdoável

"Imperdoável" vem dividindo opniões, mas eu posso te adiantar: o filme é realmente bom e vale o seu play! Agora, não é nenhuma surpresa também que essa produção da Netflix seja baseada em uma minissérie de três episódios - no caso a britânica "Unforgiven" (no original), lançada em janeiro de 2009 e que foi muito bem de audiência e de crítica. Digo isso, pois algumas relações entre personagens que estão no filme mereciam um pouco mais de tempo de tela e certos assuntos justificariam mais aprofundamento. Isso prejudica a experiência? Não, mas fica aquele gostinho de "quero mais" (que para alguns vem sendo interpretado como um filme de resoluções atropeladas").

Na história, conhecemos a protagonista Ruth Slater (Sandra Bullock) que passa 20 anos na prisão após ter sido acusada do assassinato de um policial que estava em serviço no dia em que seria despejada de sua casa. Depois de cumprir a longa pena, Slater tenta retomar a vida em sociedade, enquanto busca de todas as formas reencontrar a irmã caçula, com quem perdeu contato após a sua prisão e que foi adotada por uma outra família na época. Confira o trailer:

Alguns pontos chamam muito nossa atenção. Sandra Bullock está sensacional e não fosse um certo preconceito com a atriz (mesmo depois do seu Oscar com "The Blind Side"), eu apostaria, no mínimo, em uma indicação na premiação de 2022 - sua performance é contida, pontuada, minimalista e sempre no tom correto para os diferentes tipos de cenas que ela precisa estar. Uma delas, inclusive, talvez seja o grande ponto alto do filme, quando "Ruth" de Bullock encontra com "Liz" de Viola Davis - além de uma cena muito bem construída para nos surpreender e de um talentoso embate entre duas excelentes atrizes, outro ponto que merece destaque é a montagem. Desde o inicio do filme, a montagem cria um ritmo sensacional para "Imperdoável" - mérito de Joe Walker (indicado ao Oscar por "A Chegada" e que usa do mesmo conceito técnico e narrativo para construir um mistério (e um suspense) em cima de um roteiro bem menos genial).

Dirigido pela ótima cineasta alemã Nora Fingscheidt, estreando em produções com um maior orçamento, o filme flerta com discussões bastante relevantes como o difícil processo de ressocialização de um ex-presidiário e como as vidas desses indivíduos são impactadas pelos crimes cometidos (especialmente contra policiais). O roteiro até pincela algumas críticas sobre os privilégios de ser uma mulher branca perante o preconceito sofrido pelos negros nas mesmas condições, mas não se tem tempo de ir além. A própria relação e as motivações dos irmãos Whelan ficam prejudicadas pela restrição de tempo.

O fato é que "Imperdoável" merece muito mais elogios do que críticas, além de ser um excelente entretenimento com um plot twist bem arquitetado, mesmo que com um final não tão corajoso. Existe um certo ar emotivo no desfecho da história, claro, mas talvez tenha faltado um pouco mais de impacto - algo que uma série da HBO entregaria sem receio, entende? 

Se você gosta de um bom drama, pode ir tranquilo que vale a pena!

Assista Agora

"Imperdoável" vem dividindo opniões, mas eu posso te adiantar: o filme é realmente bom e vale o seu play! Agora, não é nenhuma surpresa também que essa produção da Netflix seja baseada em uma minissérie de três episódios - no caso a britânica "Unforgiven" (no original), lançada em janeiro de 2009 e que foi muito bem de audiência e de crítica. Digo isso, pois algumas relações entre personagens que estão no filme mereciam um pouco mais de tempo de tela e certos assuntos justificariam mais aprofundamento. Isso prejudica a experiência? Não, mas fica aquele gostinho de "quero mais" (que para alguns vem sendo interpretado como um filme de resoluções atropeladas").

Na história, conhecemos a protagonista Ruth Slater (Sandra Bullock) que passa 20 anos na prisão após ter sido acusada do assassinato de um policial que estava em serviço no dia em que seria despejada de sua casa. Depois de cumprir a longa pena, Slater tenta retomar a vida em sociedade, enquanto busca de todas as formas reencontrar a irmã caçula, com quem perdeu contato após a sua prisão e que foi adotada por uma outra família na época. Confira o trailer:

Alguns pontos chamam muito nossa atenção. Sandra Bullock está sensacional e não fosse um certo preconceito com a atriz (mesmo depois do seu Oscar com "The Blind Side"), eu apostaria, no mínimo, em uma indicação na premiação de 2022 - sua performance é contida, pontuada, minimalista e sempre no tom correto para os diferentes tipos de cenas que ela precisa estar. Uma delas, inclusive, talvez seja o grande ponto alto do filme, quando "Ruth" de Bullock encontra com "Liz" de Viola Davis - além de uma cena muito bem construída para nos surpreender e de um talentoso embate entre duas excelentes atrizes, outro ponto que merece destaque é a montagem. Desde o inicio do filme, a montagem cria um ritmo sensacional para "Imperdoável" - mérito de Joe Walker (indicado ao Oscar por "A Chegada" e que usa do mesmo conceito técnico e narrativo para construir um mistério (e um suspense) em cima de um roteiro bem menos genial).

Dirigido pela ótima cineasta alemã Nora Fingscheidt, estreando em produções com um maior orçamento, o filme flerta com discussões bastante relevantes como o difícil processo de ressocialização de um ex-presidiário e como as vidas desses indivíduos são impactadas pelos crimes cometidos (especialmente contra policiais). O roteiro até pincela algumas críticas sobre os privilégios de ser uma mulher branca perante o preconceito sofrido pelos negros nas mesmas condições, mas não se tem tempo de ir além. A própria relação e as motivações dos irmãos Whelan ficam prejudicadas pela restrição de tempo.

O fato é que "Imperdoável" merece muito mais elogios do que críticas, além de ser um excelente entretenimento com um plot twist bem arquitetado, mesmo que com um final não tão corajoso. Existe um certo ar emotivo no desfecho da história, claro, mas talvez tenha faltado um pouco mais de impacto - algo que uma série da HBO entregaria sem receio, entende? 

Se você gosta de um bom drama, pode ir tranquilo que vale a pena!

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