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O Clube dos Meninos Bilionários

Diretor
James Cox
Elenco
Ansel Elgort, Kevin Spacey, Taron Egerton
Ano
2018
País
EUA

Drama AppleTV+ ml-real ml-empreendedorismo ml-jovem ml-biografia ml-ff ml-crise ml-fraude

O Clube dos Meninos Bilionários

Existe uma linha muito tênue entre o "marketing de percepção" e a "mentira compulsiva" e "O Clube dos Meninos Bilionários" talvez seja o melhor exemplo de como os limites podem ser ultrapassados sem tantas dificuldades, causando estragos inimagináveis -  e aqui cabe um comentário bastante pertinente: se eu não soubesse que o filme foi baseado em fatos reais que envolveram Joe Hunt e Dean Karny, provavelmente eu não daria tanto crédito para a história. Mas é impressionante o que acontece com os protagonistas depois que uma interpretação errada de um conceito de gestão importante se transforma em uma bola de neve com consequências gravíssimas para a vida de tantas pessoas.

A história se passa em Los Angeles, no início da década de 80. Joe Hunt (Ansel Elgort) é um rapaz inteligente, ambicioso. Ele se junta com Dean (Taron Egerton), um velho amigo de escola, para criar uma empresa de investimentos baseado inicialmente em dois ativos bem arriscados: ouro e um esquema de pirâmide para mostrar resultados quase que imediatos e assim trazer mais investidores para a empreitada. Com o apoio de um grupo seleto de jovens estudantes ricos e de um investidor pouco confiável, a empresa decola rapidamente, porém as coisas começam a se complicar e o que parecia ser um plano infalível, se prova um esquema mortal. Confira o trailer (em inglês):

"O Clube dos Meninos Bilionários" é um mistura de "Altos Negócios" e o "O Primeiro Milhão" com o "O Mago das Mentiras". Isso só mostra que não é que hoje que histórias sobre escândalos envolvendo grandes empresários especializados em enriquecimento rápido, custe o que custar, chamam muita atenção. Nesse caso, inclusive, o diretor James Cox, de “Wonderland“, traz para a tela sua visão sobre uma época maluca onde os investimentos transformaram a percepção da sociedade americana sobre a forma de ganhar dinheiro e, claro, que não existiam mocinhos nesse meio - como o próprio investidor Ron Levin (Kevin Spacey) deixa claro no filme.

Com uma reconstituição de época bastante competente, extremamente alinhada com a fotografia do diretor J. Michael Muro (Crash: No Limite), entendemos rapidamente toda atmosfera que atraiu os protagonistas para o mercado financeiro durante o governo Reagan - a única grande questão, que até incomoda um pouco, é a tentativa de Cox romantizar todas as ações dos protagonistas, especialmente de Hunt, como se ele fosse uma espécie de benfeitor revoltado com a vida e com a realidade fracassada de sua família perante o abismo social de seus "amigos" de escola. De fato essa escolha criativa se justifica em alguns comentários sobre a superficialidade do filme, porém gosto de ir um pouco além - existem vários pontos que nos provocam ótimas reflexões, além de ser um bom entretenimento, claro.

Frases como "A percepção da realidade é mais real do que a realidade em si" ou "Compre no mistério, venda na história" fazem sentido dentro de um contexto empreendedor, mas qual o limite entre um "bom conceito" e o "caos que ele pode gerar"? Ou entre "uma estratégia pontual" e o "mal caráter de uma pessoa"? Claro que "O Clube dos Meninos Bilionários" não se propõe a responder todas essas perguntas, mas elas estão lá e é aí que você vai encontrar um pouco mais de profundidade que pode ir além do bom entretenimento para quem gosta do assunto!

Antes de finalizar uma curiosidade: O filme é de 2015, mas após as acusações dirigidas ao Kevin Spacey, seu lançamento atrasou alguns anos e se resumiu a uma discreta estratégia por meio de plataformas digitais para só depois migrar para os cinemas, onde arrecadou míseros 3 milhões de dólares - isso não define o filme, mas vale a informação.

Assista Agora

Existe uma linha muito tênue entre o "marketing de percepção" e a "mentira compulsiva" e "O Clube dos Meninos Bilionários" talvez seja o melhor exemplo de como os limites podem ser ultrapassados sem tantas dificuldades, causando estragos inimagináveis -  e aqui cabe um comentário bastante pertinente: se eu não soubesse que o filme foi baseado em fatos reais que envolveram Joe Hunt e Dean Karny, provavelmente eu não daria tanto crédito para a história. Mas é impressionante o que acontece com os protagonistas depois que uma interpretação errada de um conceito de gestão importante se transforma em uma bola de neve com consequências gravíssimas para a vida de tantas pessoas.

A história se passa em Los Angeles, no início da década de 80. Joe Hunt (Ansel Elgort) é um rapaz inteligente, ambicioso. Ele se junta com Dean (Taron Egerton), um velho amigo de escola, para criar uma empresa de investimentos baseado inicialmente em dois ativos bem arriscados: ouro e um esquema de pirâmide para mostrar resultados quase que imediatos e assim trazer mais investidores para a empreitada. Com o apoio de um grupo seleto de jovens estudantes ricos e de um investidor pouco confiável, a empresa decola rapidamente, porém as coisas começam a se complicar e o que parecia ser um plano infalível, se prova um esquema mortal. Confira o trailer (em inglês):

"O Clube dos Meninos Bilionários" é um mistura de "Altos Negócios" e o "O Primeiro Milhão" com o "O Mago das Mentiras". Isso só mostra que não é que hoje que histórias sobre escândalos envolvendo grandes empresários especializados em enriquecimento rápido, custe o que custar, chamam muita atenção. Nesse caso, inclusive, o diretor James Cox, de “Wonderland“, traz para a tela sua visão sobre uma época maluca onde os investimentos transformaram a percepção da sociedade americana sobre a forma de ganhar dinheiro e, claro, que não existiam mocinhos nesse meio - como o próprio investidor Ron Levin (Kevin Spacey) deixa claro no filme.

Com uma reconstituição de época bastante competente, extremamente alinhada com a fotografia do diretor J. Michael Muro (Crash: No Limite), entendemos rapidamente toda atmosfera que atraiu os protagonistas para o mercado financeiro durante o governo Reagan - a única grande questão, que até incomoda um pouco, é a tentativa de Cox romantizar todas as ações dos protagonistas, especialmente de Hunt, como se ele fosse uma espécie de benfeitor revoltado com a vida e com a realidade fracassada de sua família perante o abismo social de seus "amigos" de escola. De fato essa escolha criativa se justifica em alguns comentários sobre a superficialidade do filme, porém gosto de ir um pouco além - existem vários pontos que nos provocam ótimas reflexões, além de ser um bom entretenimento, claro.

Frases como "A percepção da realidade é mais real do que a realidade em si" ou "Compre no mistério, venda na história" fazem sentido dentro de um contexto empreendedor, mas qual o limite entre um "bom conceito" e o "caos que ele pode gerar"? Ou entre "uma estratégia pontual" e o "mal caráter de uma pessoa"? Claro que "O Clube dos Meninos Bilionários" não se propõe a responder todas essas perguntas, mas elas estão lá e é aí que você vai encontrar um pouco mais de profundidade que pode ir além do bom entretenimento para quem gosta do assunto!

Antes de finalizar uma curiosidade: O filme é de 2015, mas após as acusações dirigidas ao Kevin Spacey, seu lançamento atrasou alguns anos e se resumiu a uma discreta estratégia por meio de plataformas digitais para só depois migrar para os cinemas, onde arrecadou míseros 3 milhões de dólares - isso não define o filme, mas vale a informação.

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