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Druk

Diretor
Thomas Vinterberg
Elenco
Mads Mikkelsen, Thomas Bo Larsen, Magnus Millang, Lars Ranthe
Ano
2020
País
Dinamarca

Drama netflix ml-dramedia ml-relacoes ml-gastronomia ml-amigos ml-mc ml-vinho

Druk

É praticamente impossível iniciar qualquer conversa sobre o excelente "Druk - mais uma rodada", sem pontuar que ele foi o grande vencedor da categoria "Filme Internacional" no Oscar de 2021 - isso sem falar nas mais de 60 vitórias que colecionou ao redor do mundo em festivais e premiações como Goya, César e Bafta, para citar só os "fora dos EUA". Dito isso, fica fácil atestar que o filme dirigido pelo "pra lá de talentoso", Thomas Vinterberg (do imperdível "A Caça"), é uma experiência cinematográfica universal que cativa a audiência desde os primeiros minutos até um emocionante desfecho. Essa obra, que explora a relação entre álcool e a vida cotidiana de maneira única, é uma verdadeira pérola do cinema contemporâneo que merece muito a sua atenção. Aliás, o que torna "Druk" tão especial assim é justamente a profundidade da narrativa e como a impecável performance do elenco, liderado por Mads Mikkelsen, estão tão bem alinhados ao ponto de abordar temas tão complexos com um toque impressionante de humanidade.

Em "Another Round" (no original) acompanhamos a história de quatro amigos, professores de meia-idade, interpretados por Mads Mikkelsen (Martin), Thomas Bo Larsen (Tommy), Magnus Millang (Nikolaj) e Lars Ranthe (Peter), que decidem embarcar em um experimento, no mínimo, ousado: manter um nível constante de álcool no sangue para melhorar suas vidas pessoais e profissionais. No início, essa aventura os leva a redescobrir o prazer da vida, mas, à medida que o experimento avança, eles se veem confrontando as consequências e desafios inesperados. Confira o trailer:

Não é preciso ser um especialista para perceber como Vinterberg (também indicado ao Oscar como "Melhor Diretor") e sua equipe técnica alcançam uma harmonia excepcional entre a direção, o texto, a fotografia e a trilha sonora. A cinematografia de Sturla Brandth Grovlen (de "Victoria") capta brilhantemente a transformação gradual dos personagens e sua crescente euforia à medida que seus níveis de álcool vão subindo e subindo. Essa "dança visual" espelha as oscilações emocionais dos protagonistas - o que deixa claro que tudo aquilo não passa de uma “ideia estúpida” pela óbvia possibilidade de se transformar em alcoolismo, no entanto existe um ponto a ser levado em conta: o olhar sobre as necessidades de cada um em termos de relações interpessoais. Reparem como a montagem de Janus Billeskov Jansen e a trilha sonora complementam de maneira sutil e eficaz os momentos de intensidade emocional, ressaltando toda aquela atmosfera envolvente do filme.

Mads Mikkelsen entrega uma das melhores performances de sua carreira - chega a ser impressionante o carisma tão raro para um ator escandinavo capaz de trazer complexidade e autenticidade ao personagem sem soar expositivo demais. Sua jornada de transformação como Martin, do professor desanimado até o homem redescobrindo sua paixão pela vida, é convincente e comovente ao mesmo tempo - o que na minha opinião justificaria sua indicação (já tardia) para o Oscar de Melhor Ator. Aliás, todo o elenco se destaca, cada qual com suas dores e alegrias, proporcionando um equilíbrio perfeito entre humor e drama como poucas vezes encontramos.

"Druk" é de fato uma obra que nos faz refletir sobre a nossa relação com o álcool, sobre a busca pela autenticidade na vida adulta e a importância de viver plenamente - esse contexto de crise de meia idade é bastante linear na sua previsibilidade, no entanto é envolvente e de fácil identificação. Com isso Vinterberg nos entrega uma verdadeira experiência emocional, que desafia expectativas, oferecendo uma certa crítica à hipocrisia social - se existe uma "moral da história" muito simples em favor da alegria de viver, não se deve deixar de discutir como uma sociedade é capaz de reconhecer sua patológica sensação de tédio e de fadiga espiritual tão "facilmente". Ao final, claro, o filme se propõe a deixar uma mensagem emocionalmente impactante sobre a importância de encontrar um equilíbrio na vida, no entanto saiba que aqui o interessante é mesmo a jornada, não o seu fim!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

É praticamente impossível iniciar qualquer conversa sobre o excelente "Druk - mais uma rodada", sem pontuar que ele foi o grande vencedor da categoria "Filme Internacional" no Oscar de 2021 - isso sem falar nas mais de 60 vitórias que colecionou ao redor do mundo em festivais e premiações como Goya, César e Bafta, para citar só os "fora dos EUA". Dito isso, fica fácil atestar que o filme dirigido pelo "pra lá de talentoso", Thomas Vinterberg (do imperdível "A Caça"), é uma experiência cinematográfica universal que cativa a audiência desde os primeiros minutos até um emocionante desfecho. Essa obra, que explora a relação entre álcool e a vida cotidiana de maneira única, é uma verdadeira pérola do cinema contemporâneo que merece muito a sua atenção. Aliás, o que torna "Druk" tão especial assim é justamente a profundidade da narrativa e como a impecável performance do elenco, liderado por Mads Mikkelsen, estão tão bem alinhados ao ponto de abordar temas tão complexos com um toque impressionante de humanidade.

Em "Another Round" (no original) acompanhamos a história de quatro amigos, professores de meia-idade, interpretados por Mads Mikkelsen (Martin), Thomas Bo Larsen (Tommy), Magnus Millang (Nikolaj) e Lars Ranthe (Peter), que decidem embarcar em um experimento, no mínimo, ousado: manter um nível constante de álcool no sangue para melhorar suas vidas pessoais e profissionais. No início, essa aventura os leva a redescobrir o prazer da vida, mas, à medida que o experimento avança, eles se veem confrontando as consequências e desafios inesperados. Confira o trailer:

Não é preciso ser um especialista para perceber como Vinterberg (também indicado ao Oscar como "Melhor Diretor") e sua equipe técnica alcançam uma harmonia excepcional entre a direção, o texto, a fotografia e a trilha sonora. A cinematografia de Sturla Brandth Grovlen (de "Victoria") capta brilhantemente a transformação gradual dos personagens e sua crescente euforia à medida que seus níveis de álcool vão subindo e subindo. Essa "dança visual" espelha as oscilações emocionais dos protagonistas - o que deixa claro que tudo aquilo não passa de uma “ideia estúpida” pela óbvia possibilidade de se transformar em alcoolismo, no entanto existe um ponto a ser levado em conta: o olhar sobre as necessidades de cada um em termos de relações interpessoais. Reparem como a montagem de Janus Billeskov Jansen e a trilha sonora complementam de maneira sutil e eficaz os momentos de intensidade emocional, ressaltando toda aquela atmosfera envolvente do filme.

Mads Mikkelsen entrega uma das melhores performances de sua carreira - chega a ser impressionante o carisma tão raro para um ator escandinavo capaz de trazer complexidade e autenticidade ao personagem sem soar expositivo demais. Sua jornada de transformação como Martin, do professor desanimado até o homem redescobrindo sua paixão pela vida, é convincente e comovente ao mesmo tempo - o que na minha opinião justificaria sua indicação (já tardia) para o Oscar de Melhor Ator. Aliás, todo o elenco se destaca, cada qual com suas dores e alegrias, proporcionando um equilíbrio perfeito entre humor e drama como poucas vezes encontramos.

"Druk" é de fato uma obra que nos faz refletir sobre a nossa relação com o álcool, sobre a busca pela autenticidade na vida adulta e a importância de viver plenamente - esse contexto de crise de meia idade é bastante linear na sua previsibilidade, no entanto é envolvente e de fácil identificação. Com isso Vinterberg nos entrega uma verdadeira experiência emocional, que desafia expectativas, oferecendo uma certa crítica à hipocrisia social - se existe uma "moral da história" muito simples em favor da alegria de viver, não se deve deixar de discutir como uma sociedade é capaz de reconhecer sua patológica sensação de tédio e de fadiga espiritual tão "facilmente". Ao final, claro, o filme se propõe a deixar uma mensagem emocionalmente impactante sobre a importância de encontrar um equilíbrio na vida, no entanto saiba que aqui o interessante é mesmo a jornada, não o seu fim!

Vale muito o seu play!

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