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O Julgamento de Paris

Diretor
Randall Miller
Elenco
Chris Pine, Alan Rickman, Bill Pullman
Ano
2008
País
EUA

Drama Prime Video ml-dramedia ml-relacoes ml-empreendedorismo ml-gastronomia ml-familia ml-mc ml-vinho

O Julgamento de Paris

No vasto cenário da sétima arte, poucas temáticas têm o poder de cativar a imaginação e o paladar do público como o universo dos vinhos. Nesse contexto, o filme 'O Julgamento de Paris' se ergue como um verdadeiro 'achado' dentro dos infindáveis catálogos dos serviços de streaming atualmente. Mesmo que, à primeira vista, o filme dirigido por Randall Miller (da série 'Jack & Jill') soe datado, e até superficial, é impressionante como a narrativa sutilmente complexa é capaz de entrelaçar a cultura do vinho com a busca pelo reconhecimento e superação pessoal - algo similar ao que vimos em "Notas de Rebeldia". 

"O Julgamento de Paris" é baseado em fatos reais, e retrata os primeiros tempos da indústria do vinho em Napa Valley nos anos 70, e que culminou com a participação das vinícola californiana Chateau Montelena na competição internacional de melhor vinho em 1976, em Paris - evento que acabou colocando a região no mapa dos melhores produtores de vinho do planeta. Confira o trailer:

Lançado em 2008, "O Julgamento de Paris" trouxe para o grande público uma história das mais interessantes, mas que poucas pessoas conheciam. O evento que eternizou a degustação cega que redefiniu a hierarquia dos vinhos e desafiou as convenções estabelecidas pela França é, de fato, algo muito marcante; no entanto alguns outros temas discutidos no roteiro nos remetem aos desafios de empreender, de inovar e de ter resiliência. É claro que o universo onde a história acontece está longe das jornadas disruptivas e tecnológicas de séries como "Som na Faixa" ou  "Super Pumped: A Batalha Pela Uber", mas eu diria que o DNA, o conceito básico, estão ali e vale a pena um olhar mais critico sobre esse aspecto.

O ponto alto está na história, muito bem contada, inclusive; mas é inegável que seus personagens, em alguns momentos até estereotipados para dar um tom mais leve no que poderia ser uma drama muito mais impactante, são cruciais para nosso envolvimento - o que poderia ser uma trama apenas para os apreciadores e conhecedores de vinho, se transforma em algo mais universal, onde encontramos muito mais camadas que vão dos desejos e ambições até os anseios e arrependimentos de uma forma muito humana. Reparem como o roteiro explora as relações interpessoais ao mesmo tempo que viajamos pelas deslumbrantes paisagens das vinhas de Napa, com muita naturalidade.

A fotografia do Mike Ozier (de "Tudo por um Sonho") é realmente um espetáculo por si só. Com um conceito visual que nos remete ao cinema dos anos 70, com o aspecto mais granulado da imagem e uma saturação bem proeminente, ele é capaz de capturar a elegância das vinhas banhadas pelo sol, as cores ricas das adegas e a intensidade das expressões dos personagens, com a mesma maestria - cada cena parece meticulosamente pensada por Ozier e Miller para destacar tanto as interações humanas quanto os elementos sensoriais associados ao vinho.

Resumindo, "Bottle Shock" (no original) é uma celebração da paixão e do poder transformador que o cinema pode exercer sobre sua audiência ao retratar a convergência entre o vinho e uma boa história. A obra tem uma capacidade muito interessante de nos transportar para um universo repleto de sabores, aromas e aspirações, tornando a experiência de assistir o filme em algo único e, obviamente, enriquecedora. Se você acha que estou exagerando, assim que subirem os créditos, eu duvido que você não vá até o google para pesquisar o preço de um Chateau Montelena Chardonnay!

Vale muito o seu play!

PS: Apenas uma observação, a versão disponível na Prime Vídeo, infelizmente, não tem a opção de som original com legendas - apenas dublado.

Assista Agora

No vasto cenário da sétima arte, poucas temáticas têm o poder de cativar a imaginação e o paladar do público como o universo dos vinhos. Nesse contexto, o filme 'O Julgamento de Paris' se ergue como um verdadeiro 'achado' dentro dos infindáveis catálogos dos serviços de streaming atualmente. Mesmo que, à primeira vista, o filme dirigido por Randall Miller (da série 'Jack & Jill') soe datado, e até superficial, é impressionante como a narrativa sutilmente complexa é capaz de entrelaçar a cultura do vinho com a busca pelo reconhecimento e superação pessoal - algo similar ao que vimos em "Notas de Rebeldia". 

"O Julgamento de Paris" é baseado em fatos reais, e retrata os primeiros tempos da indústria do vinho em Napa Valley nos anos 70, e que culminou com a participação das vinícola californiana Chateau Montelena na competição internacional de melhor vinho em 1976, em Paris - evento que acabou colocando a região no mapa dos melhores produtores de vinho do planeta. Confira o trailer:

Lançado em 2008, "O Julgamento de Paris" trouxe para o grande público uma história das mais interessantes, mas que poucas pessoas conheciam. O evento que eternizou a degustação cega que redefiniu a hierarquia dos vinhos e desafiou as convenções estabelecidas pela França é, de fato, algo muito marcante; no entanto alguns outros temas discutidos no roteiro nos remetem aos desafios de empreender, de inovar e de ter resiliência. É claro que o universo onde a história acontece está longe das jornadas disruptivas e tecnológicas de séries como "Som na Faixa" ou  "Super Pumped: A Batalha Pela Uber", mas eu diria que o DNA, o conceito básico, estão ali e vale a pena um olhar mais critico sobre esse aspecto.

O ponto alto está na história, muito bem contada, inclusive; mas é inegável que seus personagens, em alguns momentos até estereotipados para dar um tom mais leve no que poderia ser uma drama muito mais impactante, são cruciais para nosso envolvimento - o que poderia ser uma trama apenas para os apreciadores e conhecedores de vinho, se transforma em algo mais universal, onde encontramos muito mais camadas que vão dos desejos e ambições até os anseios e arrependimentos de uma forma muito humana. Reparem como o roteiro explora as relações interpessoais ao mesmo tempo que viajamos pelas deslumbrantes paisagens das vinhas de Napa, com muita naturalidade.

A fotografia do Mike Ozier (de "Tudo por um Sonho") é realmente um espetáculo por si só. Com um conceito visual que nos remete ao cinema dos anos 70, com o aspecto mais granulado da imagem e uma saturação bem proeminente, ele é capaz de capturar a elegância das vinhas banhadas pelo sol, as cores ricas das adegas e a intensidade das expressões dos personagens, com a mesma maestria - cada cena parece meticulosamente pensada por Ozier e Miller para destacar tanto as interações humanas quanto os elementos sensoriais associados ao vinho.

Resumindo, "Bottle Shock" (no original) é uma celebração da paixão e do poder transformador que o cinema pode exercer sobre sua audiência ao retratar a convergência entre o vinho e uma boa história. A obra tem uma capacidade muito interessante de nos transportar para um universo repleto de sabores, aromas e aspirações, tornando a experiência de assistir o filme em algo único e, obviamente, enriquecedora. Se você acha que estou exagerando, assim que subirem os créditos, eu duvido que você não vá até o google para pesquisar o preço de um Chateau Montelena Chardonnay!

Vale muito o seu play!

PS: Apenas uma observação, a versão disponível na Prime Vídeo, infelizmente, não tem a opção de som original com legendas - apenas dublado.

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