indika.tv - Sharper
Sharper.jpg

Sharper

Diretor
Benjamin Caron
Elenco
Sebastian Stan, Briana Middleton, Julianne Moore
Ano
2023
País
EUA

Drama AppleTV+ ml-investigação ml-relacoes ml-perseguição ml-crime ml-livro ml-fraude

Sharper

"Sharper" (que no Brasil chegou acompanhado do redundante subtítulo "Uma Vida de Trapaças") é um excelente entretenimento - daqueles que nem pensar muito é preciso! Divertido e envolvente, o filme do diretor Benjamin Caron (da série "Sherlock") usa e abusa dos "plot twists" (ou das reviravoltas, como preferir) para contar histórias de golpistas e, claro, dos seus golpes, pautado em fortes elementos dramáticos com um leve toque de suspense policial - e é justamente isso que o distancia do premiado "Trapaça" do David O. Russell e o aproxima de "A Grande Mentira" do Bill Condon.

Dividido em capítulos, onde um personagem está sempre em evidência, mas onde ninguém é quem diz ser, "Sharper: Uma Vida de Trapaças" pode ser definido como thriller neo-noir sobre os segredos e as mentiras de golpistas profissionais que transitam entre os apartamentos mais luxuosos e os bares mais decadentes da cidade de Nova York, disputando as maiores riquezas e o poder de controlar jogos de alto risco de ambição, ganância, luxúria e inveja. Assista o trailer (em inglês):

Muito bem montado pelo Yan Miles (vencedor de dois Emmys por "The Crown" e por "Sherlock"), eu diria que um dos maiores acertos do roteiro do Brian Gatewood e do Alessandro Tanaka é o de estabelecer seu propósito logo de cara: todos são suspeitos até que se prove o contrário. O interessante, no entanto, é que a trama não precisa se apoiar em um evento especifico (um grande assalto, por exemplo) para nos fisgar, já que são os personagens que vão se conectando com a história de acordo com as experiências que eles mesmos estão vivendo em determinado momento de suas vidas - essa estratégia narrativa é empolgante, pois nos faz sempre buscar um ponto de conexão para que tudo venha fazer sentido, mesmo que inicialmente pareça difícil de perceber que isso seja possível. A forma como as pistas são entregues, em doses bem homeopáticas e fantasiadas de relações humanas, ajuda muito na nossa experiência como audiência.

O elenco de peso que conta com Sebastian Stan, Justice Smith, Briana Middleton, Julianne Moore e até com uma participação muito especial de John Lithgow, só valoriza a dinâmica impressa pelo Benjamin Caron - reparem como tudo vai fazendo sentido, como os nós vão sendo desatados e como as performances dos atores nos conquistam, fazendo com que, mesmo quando o óbvio entra em cena, ainda assim tudo seja muito intrigante.

É fato que em "Sharper: Uma Vida de Trapaças" encontramos algumas passagens, digamos, não tão originais assim - como se ler um livro de mistério barato depois de devorar um clássico de Agatha Christie soe familiar demais! Mas te garanto: essa sensação não vai te impedir de curtir as inúmeras reviravoltas que a história oferece, muito menos diminuir sua ansiedade de chegar ao final e assim entender onde tudo isso começou - e aqui fica minha única critica ao roteiro: se ele terminasse 10 minutos antes, provavelmente, seria muito mais provocativo (e, obviamente, menos expositivo) do que pareceu.

Vale muito o seu play! Diversão (despretensiosa) garantida!

Assista Agora

"Sharper" (que no Brasil chegou acompanhado do redundante subtítulo "Uma Vida de Trapaças") é um excelente entretenimento - daqueles que nem pensar muito é preciso! Divertido e envolvente, o filme do diretor Benjamin Caron (da série "Sherlock") usa e abusa dos "plot twists" (ou das reviravoltas, como preferir) para contar histórias de golpistas e, claro, dos seus golpes, pautado em fortes elementos dramáticos com um leve toque de suspense policial - e é justamente isso que o distancia do premiado "Trapaça" do David O. Russell e o aproxima de "A Grande Mentira" do Bill Condon.

Dividido em capítulos, onde um personagem está sempre em evidência, mas onde ninguém é quem diz ser, "Sharper: Uma Vida de Trapaças" pode ser definido como thriller neo-noir sobre os segredos e as mentiras de golpistas profissionais que transitam entre os apartamentos mais luxuosos e os bares mais decadentes da cidade de Nova York, disputando as maiores riquezas e o poder de controlar jogos de alto risco de ambição, ganância, luxúria e inveja. Assista o trailer (em inglês):

Muito bem montado pelo Yan Miles (vencedor de dois Emmys por "The Crown" e por "Sherlock"), eu diria que um dos maiores acertos do roteiro do Brian Gatewood e do Alessandro Tanaka é o de estabelecer seu propósito logo de cara: todos são suspeitos até que se prove o contrário. O interessante, no entanto, é que a trama não precisa se apoiar em um evento especifico (um grande assalto, por exemplo) para nos fisgar, já que são os personagens que vão se conectando com a história de acordo com as experiências que eles mesmos estão vivendo em determinado momento de suas vidas - essa estratégia narrativa é empolgante, pois nos faz sempre buscar um ponto de conexão para que tudo venha fazer sentido, mesmo que inicialmente pareça difícil de perceber que isso seja possível. A forma como as pistas são entregues, em doses bem homeopáticas e fantasiadas de relações humanas, ajuda muito na nossa experiência como audiência.

O elenco de peso que conta com Sebastian Stan, Justice Smith, Briana Middleton, Julianne Moore e até com uma participação muito especial de John Lithgow, só valoriza a dinâmica impressa pelo Benjamin Caron - reparem como tudo vai fazendo sentido, como os nós vão sendo desatados e como as performances dos atores nos conquistam, fazendo com que, mesmo quando o óbvio entra em cena, ainda assim tudo seja muito intrigante.

É fato que em "Sharper: Uma Vida de Trapaças" encontramos algumas passagens, digamos, não tão originais assim - como se ler um livro de mistério barato depois de devorar um clássico de Agatha Christie soe familiar demais! Mas te garanto: essa sensação não vai te impedir de curtir as inúmeras reviravoltas que a história oferece, muito menos diminuir sua ansiedade de chegar ao final e assim entender onde tudo isso começou - e aqui fica minha única critica ao roteiro: se ele terminasse 10 minutos antes, provavelmente, seria muito mais provocativo (e, obviamente, menos expositivo) do que pareceu.

Vale muito o seu play! Diversão (despretensiosa) garantida!

Assista Agora

Acesse com o Facebook Acesse com o Google

Cookies: a gente guarda estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação, ao continuar navegando você concorda com a nossa Política de Privacidade.