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O Menu

Diretor
Mark Mylod
Elenco
Ralph Fiennes, Anya Taylor-Joy, Nicholas Hoult
Ano
2022
País
EUA

Suspense ml-psicologico ml-violencia ml-jovem ml-crime ml-gastronomia ml-vc Disney+

O Menu

Se John Doe (de "Se7en - os sete pecados capitais") fosse um renomado chef de cozinha, certamente ele seria bem parecido com o chef Slowik (Ralph Fiennes) de "O Menu" - mas calma, as comparações devem parar por aí já que o filme de Mark Mylod (reconhecido diretor de séries como "Game of Thrones" e "Succession") está longe de ser uma unanimidade como o thriller policial de David Fincher, porém é de se elogiar a criatividade, originalidade e dinâmica narrativa que ele foi capaz de imprimir para entregar um suspense psicológico com certo toque de sadismo capaz de nos entreter do início ao fim da jornada!

A jovem Margot (Anya Taylor-Joy) é convidada por Tyler (Nicholas Hoult) para viver uma experiência inesquecível em um dos restaurantes mais conhecidos e exclusivos do mundo. Localizado em uma ilha, a cozinha do Hawthorne é liderada pelo famoso chef Slowik (Ralph Fiennes) que além de seus ingredientes frescos e exóticos pretende oferecer uma noite única para um pequeno grupo de clientes que vai de um decadente astro de cinema à uma ressentida crítica gastronômica. O que deveria ser apenas a degustação de uma comida para lá de especial, se torna um verdadeiro pesadelo para os convidados, com um cardápio farto, porém cheio de surpresas desagradáveis. Confira o trailer:

Embora a atmosfera de "O Menu" crie uma deliciosa (sem trocadilhos) conexão com a audiência logo de cara, é inegável que o tom crítico que preenche os diálogos mais afiados vai muito além do desenvolvimento de alguns dos doze personagens que na minha opinião tinham muito mais a dizer - fosse uma série contada em flashbacks, teríamos um profundo e divertido estudo de personas que naturalmente subverteriam a sátira do filme em algo muito mais profundo. Que fique claro que isso não é um problema, apenas um olhar diferente da decisão narrativa que se limitar a alfinetar o "universo gastronômico popstar" enquanto nos envolve em um inteligente clima de mistério.

Conceitualmente, Mark Mylo mistura a arte quase poética de "Chef's Table" com uma dinâmica empolgante de necessária suspensão da realidade, como vimos em "Fresh", porém trabalhando uma certa ambiguidade com muito mais sutileza e talvez por isso menos visceral que no filme de Mimi Cave. Veja, o roteiro do Seth Reiss (acostumado em escrever para os "Late Nights" americanos) e do Will Tracy (de "Succession") se apoia nas falhas de caráter dos personagens (algo como vimos em "Lost"), mas não nos deixa odiá-los, muito pelo contrário, ao mesmo tempo que torcemos pelo infortúnio dos convidados, nos empatizamos com eles ao ponto de sentir certo amargor pelo destino de cada um - algumas cenas são impactantes também, mas a força da história está na angústia do que pode vir pela frente e isso, dependendo da expectativa criada, pode decepcionar alguns.

Seja um artista que acelera seu processo criativo pensando em conquistar o mundo ou alguns críticos gastronômicos que inventam significados completamente aleatórios para definir o que consomem com o intuito de soar mais inteligentes e até aquele fã de um renomado chef que não entende exatamente a experiência do que lhe é oferecido, mas faz questão de se gabar por poder pagar por ela, "O Menu" é um prato cheio de simbolismos, metáforas e semiótica, além de um ótimo suspense psicológico com leves toques de humor ácido que vai agradar o "paladar" (trocadilho liberado) de muitas pessoas e envergonhar tantas outras (se a carapuça servir)!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Se John Doe (de "Se7en - os sete pecados capitais") fosse um renomado chef de cozinha, certamente ele seria bem parecido com o chef Slowik (Ralph Fiennes) de "O Menu" - mas calma, as comparações devem parar por aí já que o filme de Mark Mylod (reconhecido diretor de séries como "Game of Thrones" e "Succession") está longe de ser uma unanimidade como o thriller policial de David Fincher, porém é de se elogiar a criatividade, originalidade e dinâmica narrativa que ele foi capaz de imprimir para entregar um suspense psicológico com certo toque de sadismo capaz de nos entreter do início ao fim da jornada!

A jovem Margot (Anya Taylor-Joy) é convidada por Tyler (Nicholas Hoult) para viver uma experiência inesquecível em um dos restaurantes mais conhecidos e exclusivos do mundo. Localizado em uma ilha, a cozinha do Hawthorne é liderada pelo famoso chef Slowik (Ralph Fiennes) que além de seus ingredientes frescos e exóticos pretende oferecer uma noite única para um pequeno grupo de clientes que vai de um decadente astro de cinema à uma ressentida crítica gastronômica. O que deveria ser apenas a degustação de uma comida para lá de especial, se torna um verdadeiro pesadelo para os convidados, com um cardápio farto, porém cheio de surpresas desagradáveis. Confira o trailer:

Embora a atmosfera de "O Menu" crie uma deliciosa (sem trocadilhos) conexão com a audiência logo de cara, é inegável que o tom crítico que preenche os diálogos mais afiados vai muito além do desenvolvimento de alguns dos doze personagens que na minha opinião tinham muito mais a dizer - fosse uma série contada em flashbacks, teríamos um profundo e divertido estudo de personas que naturalmente subverteriam a sátira do filme em algo muito mais profundo. Que fique claro que isso não é um problema, apenas um olhar diferente da decisão narrativa que se limitar a alfinetar o "universo gastronômico popstar" enquanto nos envolve em um inteligente clima de mistério.

Conceitualmente, Mark Mylo mistura a arte quase poética de "Chef's Table" com uma dinâmica empolgante de necessária suspensão da realidade, como vimos em "Fresh", porém trabalhando uma certa ambiguidade com muito mais sutileza e talvez por isso menos visceral que no filme de Mimi Cave. Veja, o roteiro do Seth Reiss (acostumado em escrever para os "Late Nights" americanos) e do Will Tracy (de "Succession") se apoia nas falhas de caráter dos personagens (algo como vimos em "Lost"), mas não nos deixa odiá-los, muito pelo contrário, ao mesmo tempo que torcemos pelo infortúnio dos convidados, nos empatizamos com eles ao ponto de sentir certo amargor pelo destino de cada um - algumas cenas são impactantes também, mas a força da história está na angústia do que pode vir pela frente e isso, dependendo da expectativa criada, pode decepcionar alguns.

Seja um artista que acelera seu processo criativo pensando em conquistar o mundo ou alguns críticos gastronômicos que inventam significados completamente aleatórios para definir o que consomem com o intuito de soar mais inteligentes e até aquele fã de um renomado chef que não entende exatamente a experiência do que lhe é oferecido, mas faz questão de se gabar por poder pagar por ela, "O Menu" é um prato cheio de simbolismos, metáforas e semiótica, além de um ótimo suspense psicológico com leves toques de humor ácido que vai agradar o "paladar" (trocadilho liberado) de muitas pessoas e envergonhar tantas outras (se a carapuça servir)!

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