indika.tv - X - A Marca da Morte
X-a-marca-da-morte.jpg

X - A Marca da Morte

Diretor
Ti West
Elenco
Mia Goth, Jenna Ortega, Martin Henderson
Ano
2022
País
EUA

Suspense Prime Video ml-psicologico ml-violencia ml-vc ml-slasher

X - A Marca da Morte

Antes de ler essa análise, acho que vale a pena uma rápida sugestão: quanto menos você souber sobre "X - A Marca da Morte", melhor!

Pensando nisso, vou tomar o máximo de cuidado para evitar qualquer tipo de spoiler que possa impactar diretamente na sua experiência, mas já te adiando que estamos falando de um filme muito bom (muito mesmo) - um slasher de respeito, com aquela atmosfera setentista na forma (que carrega um conceito visual muito particular, com movimentos de câmera extremamente alinhados à uma época onde o "susto" era até mais importante que uma boa história) e no conteúdo (que respeita uma gramática cinematográfica envolvente e nostálgica, além de contar com uma trama muito bem construída, inteligente e com a clara proposta de se perpetuar)!

Em 1979, Maxine (Mia Goth), uma jovem cheia de sonhos, Wayne (Martin Henderson), seu namorado, e mais um grupo de amigos vão passar um final de semana em uma fazenda em algum lugar do Texas - a ideia é aproveitar o cenário para gravar um filme pornográfico chamado "The Farmer's Daughters". Ao chegar na propriedade, o grupo é recebido pelo casal Howard e Pearl que nem imagina o real motivo da estadia, porém situações estranhas começam acontecer e passam a impactar diretamente na vida de cada uma dessas pessoas. Confira o trailer:

Embora possa ser classificado com um terror "clássico", existe um certo suspense psicológico que envolve a história e que só fortalece a narrativa desde o primeiro plano do filme - é muito interessante como as relações entre os personagens vão sendo construídas e como elas são muito bem estabelecidas no presente, mesmo carregando algumas marcas do passado. Conforme o filme vai se desenrolando, a atmosfera vai ganhando aquele ar denso de mistério e ao adentramos no cenário onde 100% da trama se desenrola (a fazenda de Howard e Pearl) temos a certeza de que não estamos diante um filme onde a violência será gratuita ou que ela será inserida com o simples objetivo de chocar. Eu diria que existe uma certa honestidade narrativa em "X - A Marca da Morte", pois até o momento do clímax, onde o conflito inevitável acontece, tudo é pacientemente desenvolvido.

Obviamente que essa escolha conceitual vai agradar muitas pessoas, mas também irritar muitas outras pela "demora" dos acontecimentos, então esteja preparado para ir se conectando com o mistério sem a pressão de ver a ação explodir logo cedo - faz parte do jogo. Os personagens são cheios de camadas - Maxine, obviamente justifica essa percepção de complexidade íntima, mas Wayne, Bobby-Lynne (Brittany Snow), Lorraine (Jenna Ortega) e Jackson (Kid Cudi) não ficam muito distantes. A montagem também é um show - a forma com que David Kashevaroff e o diretor Ti West (de "Them") conectam situações que estão em foco com elementos narrativos que estariam no segundo plano gratuitamente, é simplesmente genial. E aqui cabe outro comentário: nada é gratuito no filme, então preste bem atenção!

O fato é que "X - A Marca da Morte" pode ser considerada uma das melhores surpresas de 2022, com sua releitura clássica de um gênero por muito tempo esquecido (ou menosprezado) e que agora com um toque de modernidade e sem esquecer a força do cinema independente, voltou a brilhar! Ti West, aliás, mais uma vez surpreende e deixa claro sua capacidade de mexer com nossas sensações e emoções sem perder a mão - como muitas vezes vimos diretores mais experientes no gênero, como James Wan, perder. Olho nele!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Antes de ler essa análise, acho que vale a pena uma rápida sugestão: quanto menos você souber sobre "X - A Marca da Morte", melhor!

Pensando nisso, vou tomar o máximo de cuidado para evitar qualquer tipo de spoiler que possa impactar diretamente na sua experiência, mas já te adiando que estamos falando de um filme muito bom (muito mesmo) - um slasher de respeito, com aquela atmosfera setentista na forma (que carrega um conceito visual muito particular, com movimentos de câmera extremamente alinhados à uma época onde o "susto" era até mais importante que uma boa história) e no conteúdo (que respeita uma gramática cinematográfica envolvente e nostálgica, além de contar com uma trama muito bem construída, inteligente e com a clara proposta de se perpetuar)!

Em 1979, Maxine (Mia Goth), uma jovem cheia de sonhos, Wayne (Martin Henderson), seu namorado, e mais um grupo de amigos vão passar um final de semana em uma fazenda em algum lugar do Texas - a ideia é aproveitar o cenário para gravar um filme pornográfico chamado "The Farmer's Daughters". Ao chegar na propriedade, o grupo é recebido pelo casal Howard e Pearl que nem imagina o real motivo da estadia, porém situações estranhas começam acontecer e passam a impactar diretamente na vida de cada uma dessas pessoas. Confira o trailer:

Embora possa ser classificado com um terror "clássico", existe um certo suspense psicológico que envolve a história e que só fortalece a narrativa desde o primeiro plano do filme - é muito interessante como as relações entre os personagens vão sendo construídas e como elas são muito bem estabelecidas no presente, mesmo carregando algumas marcas do passado. Conforme o filme vai se desenrolando, a atmosfera vai ganhando aquele ar denso de mistério e ao adentramos no cenário onde 100% da trama se desenrola (a fazenda de Howard e Pearl) temos a certeza de que não estamos diante um filme onde a violência será gratuita ou que ela será inserida com o simples objetivo de chocar. Eu diria que existe uma certa honestidade narrativa em "X - A Marca da Morte", pois até o momento do clímax, onde o conflito inevitável acontece, tudo é pacientemente desenvolvido.

Obviamente que essa escolha conceitual vai agradar muitas pessoas, mas também irritar muitas outras pela "demora" dos acontecimentos, então esteja preparado para ir se conectando com o mistério sem a pressão de ver a ação explodir logo cedo - faz parte do jogo. Os personagens são cheios de camadas - Maxine, obviamente justifica essa percepção de complexidade íntima, mas Wayne, Bobby-Lynne (Brittany Snow), Lorraine (Jenna Ortega) e Jackson (Kid Cudi) não ficam muito distantes. A montagem também é um show - a forma com que David Kashevaroff e o diretor Ti West (de "Them") conectam situações que estão em foco com elementos narrativos que estariam no segundo plano gratuitamente, é simplesmente genial. E aqui cabe outro comentário: nada é gratuito no filme, então preste bem atenção!

O fato é que "X - A Marca da Morte" pode ser considerada uma das melhores surpresas de 2022, com sua releitura clássica de um gênero por muito tempo esquecido (ou menosprezado) e que agora com um toque de modernidade e sem esquecer a força do cinema independente, voltou a brilhar! Ti West, aliás, mais uma vez surpreende e deixa claro sua capacidade de mexer com nossas sensações e emoções sem perder a mão - como muitas vezes vimos diretores mais experientes no gênero, como James Wan, perder. Olho nele!

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Acesse com o Facebook Acesse com o Google

Cookies: a gente guarda estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação, ao continuar navegando você concorda com a nossa Política de Privacidade.