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O Predador: A Caçada

Diretor
Dan Trachtenberg
Elenco
Amber Midthunder, Dakota Beavers, Dane DiLiegro
Ano
2022
País
EUA

Ação ml-heroi ml-lcp ml-vu ml-nostalgia Disney+ ml-monstro

O Predador: A Caçada

Entretenimento puro, despretensioso e com um toque de nostalgia! Não existe maneira melhor de definir "O Predador: A Caçada", vendido como um filme de origem, quando na verdade é mais um prequel com uma boa chance de se tornar um reboot graças a quantidade de elogios que o filme vem recebendo desde sua estreia.

Ambientado no mundo da Nação Comanche no início de 1700; munida com armas primitivas, Naru (Amber Midthunder) persegue e finalmente confronta seu pior inimigo: um predador alienígena altamente evoluído, com um arsenal tecnologicamente avançado, resultando em um confronto brutal e aterrorizante. Protegendo seu povo do Predador que caça humanos por esporte, lutando contra a natureza, colonizadores perigosos, entre outros desafios, a jovem corajosa precisa provar que possui a força para enfrentar o que for necessário para manter seu povo seguro. Confira o trailer:

É inegável o valor que o primeiro filme da franquia teve para toda uma geração - basta dizer que em 1987, Arnold Schwarzenegger estava no auge e filmes que equilibravam muita ação com elementos de ficção científica eram, sem a menor dúvida, o gênero que mais provocava o interesse da audiência (mainstream) na época. Pois bem, de lá para cá pouco se aproveitou de uma franquia que poderia tranquilamente se estabelecer como uma grande mina de ouro - muito do que foi lançado nos últimos 35 anos não merece nem ser mencionado aqui para não descaracterizar as recomendações de qualidade que nos propomos a fazer. Até que surge o diretor Dan Trachtenberg, em apenas o seu segundo filme, mas chancelado pela critica e pelo público depois do seu longa-metragem de estreia: "Rua Cloverfield, 10".

Estabelecida sua capacidade de construir narrativas envolventes com poucos recursos de orçamento, mas com uma gramática cinematográfica precisa para nos prender à trama mesmo com a clara intenção de apenas entreter, Trachtenberg, outra vez, entrega mais do que o esperado. "O Predador: A Caçada" é uma evolução do filme de 1987 ao mesmo tempo em que recupera sua essência - não existe aqui uma necessidade de aprofundamento nas motivações dos personagens ou de maiores explicações sobre a criatura que simplesmente surge no planeta para "se divertir". O Predador é um colecionador, mata por prazer, em busca de troféus e ponto final! Já Naru usa sua jornada contra o alienígena apenas como gatilho para se provar (e, claro, sobreviver) - e é isso! Com um subtexto relevante para os dias de hoje, afinal a protagonista foi treinada a vida inteira para ser uma curandeira, mas na verdade o que ela deseja mesmo é ser uma caçadora (função costumeiramente reservada aos homens de sua tribo), o filme cria uma camada inteligente que nos conecta imediatamente com a personagem e nos faz torcer pelo seu sucesso - só não espere uma discussão muito além disso.

O roteiro de estreia de Patrick Aison (de "Jack Ryan" e "Wayward Pines") sofre um pouco com a necessidade de explicar em diálogos muito do que poderia ser simplesmente resolvido com imagens - o filme de 1987 tinha isso, aliás. Veja, sendo Naru uma heroína clássica de filmes de ação em seu processo de amadurecimento e transformação, o embate com um inimigo maligno e muito mais poderoso já seria suficiente para dinâmica na história - não que os "papos cabeça" entre ela e o irmão sejam ruins, mas servem mais como alívios narrativos do que como elementos que possam fazer diferença no resultado final. Os efeitos visuais, com algumas escorregadas (principalmente no sangue), também são competentes e quando Trachtenberg entende suas limitações técnicas, tudo se encaixa ainda melhor - ele resolve com os enquadramentos e com os movimentos de câmera, situações que um diretor menos talentoso sofreria para entregar.

Dito isso, "Prey" (no original) é mais uma agradável surpresa no catálogo do streaming. Não será um filme inesquecível, mas certamente vai agradar quem busca um entretenimento de qualidade que certamente terá continuações - reparem como as “ilustrações” dos créditos nos indicam esse caminho.

Vale seu play!

Assista Agora

Entretenimento puro, despretensioso e com um toque de nostalgia! Não existe maneira melhor de definir "O Predador: A Caçada", vendido como um filme de origem, quando na verdade é mais um prequel com uma boa chance de se tornar um reboot graças a quantidade de elogios que o filme vem recebendo desde sua estreia.

Ambientado no mundo da Nação Comanche no início de 1700; munida com armas primitivas, Naru (Amber Midthunder) persegue e finalmente confronta seu pior inimigo: um predador alienígena altamente evoluído, com um arsenal tecnologicamente avançado, resultando em um confronto brutal e aterrorizante. Protegendo seu povo do Predador que caça humanos por esporte, lutando contra a natureza, colonizadores perigosos, entre outros desafios, a jovem corajosa precisa provar que possui a força para enfrentar o que for necessário para manter seu povo seguro. Confira o trailer:

É inegável o valor que o primeiro filme da franquia teve para toda uma geração - basta dizer que em 1987, Arnold Schwarzenegger estava no auge e filmes que equilibravam muita ação com elementos de ficção científica eram, sem a menor dúvida, o gênero que mais provocava o interesse da audiência (mainstream) na época. Pois bem, de lá para cá pouco se aproveitou de uma franquia que poderia tranquilamente se estabelecer como uma grande mina de ouro - muito do que foi lançado nos últimos 35 anos não merece nem ser mencionado aqui para não descaracterizar as recomendações de qualidade que nos propomos a fazer. Até que surge o diretor Dan Trachtenberg, em apenas o seu segundo filme, mas chancelado pela critica e pelo público depois do seu longa-metragem de estreia: "Rua Cloverfield, 10".

Estabelecida sua capacidade de construir narrativas envolventes com poucos recursos de orçamento, mas com uma gramática cinematográfica precisa para nos prender à trama mesmo com a clara intenção de apenas entreter, Trachtenberg, outra vez, entrega mais do que o esperado. "O Predador: A Caçada" é uma evolução do filme de 1987 ao mesmo tempo em que recupera sua essência - não existe aqui uma necessidade de aprofundamento nas motivações dos personagens ou de maiores explicações sobre a criatura que simplesmente surge no planeta para "se divertir". O Predador é um colecionador, mata por prazer, em busca de troféus e ponto final! Já Naru usa sua jornada contra o alienígena apenas como gatilho para se provar (e, claro, sobreviver) - e é isso! Com um subtexto relevante para os dias de hoje, afinal a protagonista foi treinada a vida inteira para ser uma curandeira, mas na verdade o que ela deseja mesmo é ser uma caçadora (função costumeiramente reservada aos homens de sua tribo), o filme cria uma camada inteligente que nos conecta imediatamente com a personagem e nos faz torcer pelo seu sucesso - só não espere uma discussão muito além disso.

O roteiro de estreia de Patrick Aison (de "Jack Ryan" e "Wayward Pines") sofre um pouco com a necessidade de explicar em diálogos muito do que poderia ser simplesmente resolvido com imagens - o filme de 1987 tinha isso, aliás. Veja, sendo Naru uma heroína clássica de filmes de ação em seu processo de amadurecimento e transformação, o embate com um inimigo maligno e muito mais poderoso já seria suficiente para dinâmica na história - não que os "papos cabeça" entre ela e o irmão sejam ruins, mas servem mais como alívios narrativos do que como elementos que possam fazer diferença no resultado final. Os efeitos visuais, com algumas escorregadas (principalmente no sangue), também são competentes e quando Trachtenberg entende suas limitações técnicas, tudo se encaixa ainda melhor - ele resolve com os enquadramentos e com os movimentos de câmera, situações que um diretor menos talentoso sofreria para entregar.

Dito isso, "Prey" (no original) é mais uma agradável surpresa no catálogo do streaming. Não será um filme inesquecível, mas certamente vai agradar quem busca um entretenimento de qualidade que certamente terá continuações - reparem como as “ilustrações” dos créditos nos indicam esse caminho.

Vale seu play!

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