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Eternos

Diretor
Chloé Zhao
Elenco
Gemma Chan, Richard Madden, Angelina Jolie, Salma Hayek
Ano
2021
País
EUA

Ação ml-heroi ml-marvel ml-lcp ml-vu Disney+

Eternos

"Eternos" é mais um filme de heróis e absolutamente nada mais do que isso. É ruim? Não, longe disso - continua sendo um bom entretenimento, mas que não traz nenhum sopro de criatividade como as recentes séries exclusivas para o streaming vem fazendo, por exemplo. O que "Eternos" traz é uma tentativa de transformar um grupo desconhecido de heróis (e aqui não estou falando com especialistas do universo nerd) em importantes peças para a continuidade do MCU onde, lá na frente, tudo isso fará um sentido maior. Ah, e tem outro elemento que pode chamar atenção dos mais atentos: a tentativa de uma identidade mais autoral da diretora Chloé Zhao (vencedora do Oscar por seu belíssimo Nomadland), que infelizmente não encaixou tão bem na proposta dinâmica de um filme de herói - como fez, por exemplo, Zack Snyder em "O Homem de Aço" (de 2003).

No filme acompanhamos os Eternos, seres super poderosos com características como imortalidade e manipulação de energia cósmica, frutos de experiências de seu próprio criador, o Celestial Arishem, desde o surgimento da Terra há milhões de anos. Criados para a salvar o mundo dos Deviantes, os Eternos convivem com a humanidade através de séculos com esse único objetivo, sendo impedidos de interferir em qualquer outra situação que possa impedir a evolução dos humanos - mesmo que a duras penas. Depois de extinguir os Deviantes o grupo de heróis se separa, mas após os acontecimentos de Vingadores: Ultimato (2019), eles precisam se reunir novamente para enfrentar uma nova ameaça. Muitos conflitos internos surgem, entre o amor que sentem pela Terra e a necessidade de protegê-la acima de tudo, e a fé naquilo que está acima deles. Confira o trailer:

De fato "Eternos" é grandioso, mas o impacto de uma marketing duvidoso em compara-lo com toda uma saga construída por anos como a dos "Vingadores" certamente jogou mais contra do que a favor - é até injusto, pois ainda não temos uma conexão profunda com os personagens, muitos menos com seu propósito heróico e sua importância para o planeta dentro daquele contexto. 

Além disso, existe uma reclamação quase repetitiva de que os recentes filmes (apenas filmes) da Marvel se encontram em uma espécie de estado de inércia. Suas produções vem se padronizando apenas como uma experiência de entretenimento dinâmico, com muitos (cada vez mais) alívios cômicos, mas pouco ou quase nada de profundidade emocional. Obviamente que isso não surpreende, da mesma forma que também não pode incomodar os amantes do MCU, afinal estamos falando de um "filme de herói". A grande questão, porém, é que o gênero deixou de surpreender com antes, mesmo continuando sendo muito divertido de assistir. "Eternos" tem tudo que a cartilha pede: ação, CGI, pancadaria, piadinhas, perigo de extinção da raça humana e final feliz - e até aí está tudo certo, mas essa situação começa a preocupar quando nem uma diretora como Zhao consegue entregar algo novo - e olha que ela tentou. Sim, ela traz alguns planos mais poéticos, enquadramentos mais reflexivos, com o sol de contra-luz e a câmera de baixo pra cima, além de algumas panorâmicas contemplativas; o que faltou mesmo foi mergulhar nas dores dos personagens, criar camadas, provocar suas fraquezas e ela tinha esse poder por ser também roteirista - Richard Donner fez isso com Super-Homem em 1978. 

A conclusão acaba sendo muito simples: "Eternos" não vai te surpreender, mas vai te divertir - se para você basta, dê o play sem medo porque serão mais de duas horas e meia de diversão; e mesmo com todas as alegorias religiosas e mitológicas que estão escondidas no roteiro de Zhao, você não vai encontrar uma história que vai além do que já estamos acostumados.

Dito isso, vale o play pelo entretenimento e pela expectativa de mordermos a língua quando o quebra-cabeça estiver completo "Deus lá sabe quando"!

Assista Agora

"Eternos" é mais um filme de heróis e absolutamente nada mais do que isso. É ruim? Não, longe disso - continua sendo um bom entretenimento, mas que não traz nenhum sopro de criatividade como as recentes séries exclusivas para o streaming vem fazendo, por exemplo. O que "Eternos" traz é uma tentativa de transformar um grupo desconhecido de heróis (e aqui não estou falando com especialistas do universo nerd) em importantes peças para a continuidade do MCU onde, lá na frente, tudo isso fará um sentido maior. Ah, e tem outro elemento que pode chamar atenção dos mais atentos: a tentativa de uma identidade mais autoral da diretora Chloé Zhao (vencedora do Oscar por seu belíssimo Nomadland), que infelizmente não encaixou tão bem na proposta dinâmica de um filme de herói - como fez, por exemplo, Zack Snyder em "O Homem de Aço" (de 2003).

No filme acompanhamos os Eternos, seres super poderosos com características como imortalidade e manipulação de energia cósmica, frutos de experiências de seu próprio criador, o Celestial Arishem, desde o surgimento da Terra há milhões de anos. Criados para a salvar o mundo dos Deviantes, os Eternos convivem com a humanidade através de séculos com esse único objetivo, sendo impedidos de interferir em qualquer outra situação que possa impedir a evolução dos humanos - mesmo que a duras penas. Depois de extinguir os Deviantes o grupo de heróis se separa, mas após os acontecimentos de Vingadores: Ultimato (2019), eles precisam se reunir novamente para enfrentar uma nova ameaça. Muitos conflitos internos surgem, entre o amor que sentem pela Terra e a necessidade de protegê-la acima de tudo, e a fé naquilo que está acima deles. Confira o trailer:

De fato "Eternos" é grandioso, mas o impacto de uma marketing duvidoso em compara-lo com toda uma saga construída por anos como a dos "Vingadores" certamente jogou mais contra do que a favor - é até injusto, pois ainda não temos uma conexão profunda com os personagens, muitos menos com seu propósito heróico e sua importância para o planeta dentro daquele contexto. 

Além disso, existe uma reclamação quase repetitiva de que os recentes filmes (apenas filmes) da Marvel se encontram em uma espécie de estado de inércia. Suas produções vem se padronizando apenas como uma experiência de entretenimento dinâmico, com muitos (cada vez mais) alívios cômicos, mas pouco ou quase nada de profundidade emocional. Obviamente que isso não surpreende, da mesma forma que também não pode incomodar os amantes do MCU, afinal estamos falando de um "filme de herói". A grande questão, porém, é que o gênero deixou de surpreender com antes, mesmo continuando sendo muito divertido de assistir. "Eternos" tem tudo que a cartilha pede: ação, CGI, pancadaria, piadinhas, perigo de extinção da raça humana e final feliz - e até aí está tudo certo, mas essa situação começa a preocupar quando nem uma diretora como Zhao consegue entregar algo novo - e olha que ela tentou. Sim, ela traz alguns planos mais poéticos, enquadramentos mais reflexivos, com o sol de contra-luz e a câmera de baixo pra cima, além de algumas panorâmicas contemplativas; o que faltou mesmo foi mergulhar nas dores dos personagens, criar camadas, provocar suas fraquezas e ela tinha esse poder por ser também roteirista - Richard Donner fez isso com Super-Homem em 1978. 

A conclusão acaba sendo muito simples: "Eternos" não vai te surpreender, mas vai te divertir - se para você basta, dê o play sem medo porque serão mais de duas horas e meia de diversão; e mesmo com todas as alegorias religiosas e mitológicas que estão escondidas no roteiro de Zhao, você não vai encontrar uma história que vai além do que já estamos acostumados.

Dito isso, vale o play pelo entretenimento e pela expectativa de mordermos a língua quando o quebra-cabeça estiver completo "Deus lá sabe quando"!

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