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Noite Passada em Soho

Diretor
Edgar Wright
Elenco
Anya Taylor-Joy, Thomasin Mckenzie, Diana Rigg
Ano
2021
País
Reino Unido

Suspense netflix ml-psicologico ml-investigação ml-crime ml-sobrenatural ml-vc ml-noir

Noite Passada em Soho

"Noite Passada em Soho" é um filme extremamente envolvente - pela história e pelo visual! Esse suspense que transita entre o psicológico e o sobrenatural é quase uma mistura do coreano "A Ligação" com o clássico de Darren Aronofsky, "Cisne Negro".

No filme acompanhamos Eloise (Thomasin Mckenzie) quando ela decide deixar a sua pequena cidade natal para estudar moda em Londres. Obcecada pelos anos 60, ela se depara com uma vida dinâmica e moderna onde nem tudo parece corresponder às suas românticas expectativas. O impacto dessa mudança tão radical gera uma série de frustrações para Eloise - que leva ela se mudar para um antigo apartamento no centro do Soho, administrado pela curiosa Ms. Collins (Diana Rigg). A situação se complica ainda mais quando a protagonista passa a ter sonhos extremamente realistas com a misteriosa Sandie (Anya Taylor-Joy), uma aspirante a cantora cujas atitudes e escolhas passam a interferir fortemente na vida da própria Eloise. Confira o trailer:

A primeira vista, "Noite Passada em Soho" impacta pela perfeita combinação entre um filme esteticamente impecável, muito mérito do diretor Edgar Wright, com uma trilha sonora fantástica, assinada por Steven Price (vencedor do Oscar por "Gravidade"). Mas também temos um outro lado, e é quando entra em cena o roteiro da Krysty Wilson-Cairns (indicada ao Oscar por "1917") baseado em uma história que o próprio Wright trouxe para o desenvolvimento ao se propor resgatar suas fantasias de adolescente e sua relação mais íntima com o Soho londrino. Veja, o filme não tem a menor pretensão de transformar sua narrativa em uma experiência empírica comprovada por qualquer que seja a linha cientifica ou espiritual de sua interpretação - as coisas simplesmente acontecem, dentro de uma dinâmica particular do diretor e suficiente para nos fazer ficar de olhos grudados na tela por quase duas horas.

Cheio de referências conceituais, as escolhas de Wright direcionam a audiência para uma jornada única, uma linha tênue entre o surreal e o patológico, entre o sonho e a experiência mediúnica - tudo isso sendo construído por duas protagonistas cheias de camadas, brilhantemente conduzidas por uma trama que traz muitos signos, como se o filme fosse um "Alice no País das Maravilhas" de Eloise. Reparem como o uso dos espelhos, por exemplo, cria uma sensação de incerteza e mistério impressionantes. É, de fato, um trabalho fenomenal de direção, fotografia e montagem - além de ter um suporte de efeitos especiais bastante competente e nada invasivo.

Obviamente que ter Anya Taylor-Joy, Thomasin Mckenzie, Diana Rigg e Matt Smith só ajuda, mas é preciso dizer que "Noite Passada em Soho" é o resultado do seu diretor como maestro - um filme maduro, divertido, inteligente, bonito e ainda dinâmico. Se não tem a profundidade de "Cisne Negro", posso garantir que é um entretenimento de primeira; que, mesmo com algumas soluções até que previsíveis, muito desse quebra-cabeça vai se resolvendo sem roubar no jogo e acaba entregando um final bastante correto.

Vale a pena! 

Assista Agora

"Noite Passada em Soho" é um filme extremamente envolvente - pela história e pelo visual! Esse suspense que transita entre o psicológico e o sobrenatural é quase uma mistura do coreano "A Ligação" com o clássico de Darren Aronofsky, "Cisne Negro".

No filme acompanhamos Eloise (Thomasin Mckenzie) quando ela decide deixar a sua pequena cidade natal para estudar moda em Londres. Obcecada pelos anos 60, ela se depara com uma vida dinâmica e moderna onde nem tudo parece corresponder às suas românticas expectativas. O impacto dessa mudança tão radical gera uma série de frustrações para Eloise - que leva ela se mudar para um antigo apartamento no centro do Soho, administrado pela curiosa Ms. Collins (Diana Rigg). A situação se complica ainda mais quando a protagonista passa a ter sonhos extremamente realistas com a misteriosa Sandie (Anya Taylor-Joy), uma aspirante a cantora cujas atitudes e escolhas passam a interferir fortemente na vida da própria Eloise. Confira o trailer:

A primeira vista, "Noite Passada em Soho" impacta pela perfeita combinação entre um filme esteticamente impecável, muito mérito do diretor Edgar Wright, com uma trilha sonora fantástica, assinada por Steven Price (vencedor do Oscar por "Gravidade"). Mas também temos um outro lado, e é quando entra em cena o roteiro da Krysty Wilson-Cairns (indicada ao Oscar por "1917") baseado em uma história que o próprio Wright trouxe para o desenvolvimento ao se propor resgatar suas fantasias de adolescente e sua relação mais íntima com o Soho londrino. Veja, o filme não tem a menor pretensão de transformar sua narrativa em uma experiência empírica comprovada por qualquer que seja a linha cientifica ou espiritual de sua interpretação - as coisas simplesmente acontecem, dentro de uma dinâmica particular do diretor e suficiente para nos fazer ficar de olhos grudados na tela por quase duas horas.

Cheio de referências conceituais, as escolhas de Wright direcionam a audiência para uma jornada única, uma linha tênue entre o surreal e o patológico, entre o sonho e a experiência mediúnica - tudo isso sendo construído por duas protagonistas cheias de camadas, brilhantemente conduzidas por uma trama que traz muitos signos, como se o filme fosse um "Alice no País das Maravilhas" de Eloise. Reparem como o uso dos espelhos, por exemplo, cria uma sensação de incerteza e mistério impressionantes. É, de fato, um trabalho fenomenal de direção, fotografia e montagem - além de ter um suporte de efeitos especiais bastante competente e nada invasivo.

Obviamente que ter Anya Taylor-Joy, Thomasin Mckenzie, Diana Rigg e Matt Smith só ajuda, mas é preciso dizer que "Noite Passada em Soho" é o resultado do seu diretor como maestro - um filme maduro, divertido, inteligente, bonito e ainda dinâmico. Se não tem a profundidade de "Cisne Negro", posso garantir que é um entretenimento de primeira; que, mesmo com algumas soluções até que previsíveis, muito desse quebra-cabeça vai se resolvendo sem roubar no jogo e acaba entregando um final bastante correto.

Vale a pena! 

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