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Fonte da Vida

Diretor
Darren Aronofsky
Elenco
Hugh Jackman, Rachel Weisz, Sean Patrick Thomas
Ano
2006
País
Canadá

Drama ml-relacoes ml-espiritual ml-casal ml-rm Disney+

Fonte da Vida

"Fonte da Vida" foi o terceiro filme do genial diretor do Darren Aronofsky (na minha opinião um dos melhores, senão o melhor, diretor da sua geração). O filme é basicamente um lindo poema sobre o amor entre duas pessoas que precisam lidar com a morte através de algumas gerações como parte do entendimento sobre a evolução e sobre a vida, que demorou cerca de 6 anos para ficar pronto - o que soa até justificável dada a complexidade do roteiro, ou seja, não é e nem será uma jornada das mais fáceis, mas tenha certeza que talvez seja uma das mais sensíveis que você vai experienciar em muito tempo! Agora, se você não gostou de "Mãe!" (do mesmo diretor) talvez seja melhor você parar por aqui, porque "The Fountain" (no original) segue a mesma estrutura narrativa cheia de simbologias e semiótica.

Na Espanha do século 16, o navegador Tomas (Hugh Jackman) parte para o Novo Mundo em busca da lendária árvore da vida. Enquanto isso, nos tempos atuais a mulher do pesquisador Tommy Creo está morrendo de câncer, mas ele busca desesperadamente a cura que pode salvá-la. Já uma terceira história une as duas primeiras: no século 26, o astronauta Tom finalmente consegue a resposta para as questões fundamentais da existência. Confira o trailer (em inglês):

Depois do sucesso de seu filme independente "Réquiem para um Sonho", Aronofsky chegou no circuito comercial com 75 milhões de dólares para fazer o que seria, até ali, o filme de sua vida, porém durante a produção, Brad Pitt abandonou o projeto por diferenças criativas com o diretor (e resolveu naufragar em "Tróia"), Cate Blanchett, que seria sua co-protagonista, também saiu e o orçamento foi reduzido para cerca 35 milhões de dólares (mais que a metade depois de tudo já planejado). 

Com tantos problemas, a dúvida sempre pairou sobre o roteiro e sobre o conceito estético que o diretor gostaria de imprimir e isso, definitivamente, impactou sua performance nas bilheterias. No entanto, posso garantir que a história escrita pelo Ari Handel (fiel parceiro de Aronofsky até hoje) nos provoca uma enorme reflexão - daquelas onde as imagens servem como uma espécie de gatilho para emergir idéias (e discussões) que permanecem na nossa memória por muito tempos. Veja, e é preciso repetir, a narrativa é complexa, foge do usual, mas por incrível que pareça não é difícil de entender onde ela quer nos levar, basta sair da zona de conforto e divagar. 

Tecnicamente "Fonte da Vida" é perfeito - a fotografia do Matthew Libatique (de "Cisne Negro") é belíssima e extremante alinhada com o trabalho do departamento de arte e de efeitos especiais. Outro ponto que enche os olhos (e os ouvidos) de beleza é como o desenho de som trabalha com a perfeição de sua proposta e conecta uma trilha sonora (digna de Oscar) para nos transportar através dos tempos, das encarnações, das dores e do amor.

Olha, se você leu essa análise até aqui, te digo que vale muito o seu play - mas assista "Fonte da Vida" com um olhar sem preconceito, aceite a proposta de Aronofsky e procure perceber nos detalhes porquê esse filme deve ser considerado um "cinema de primeira" onde seu entendimento estará nas crenças e nas experiências da cada um.

Assista Agora

"Fonte da Vida" foi o terceiro filme do genial diretor do Darren Aronofsky (na minha opinião um dos melhores, senão o melhor, diretor da sua geração). O filme é basicamente um lindo poema sobre o amor entre duas pessoas que precisam lidar com a morte através de algumas gerações como parte do entendimento sobre a evolução e sobre a vida, que demorou cerca de 6 anos para ficar pronto - o que soa até justificável dada a complexidade do roteiro, ou seja, não é e nem será uma jornada das mais fáceis, mas tenha certeza que talvez seja uma das mais sensíveis que você vai experienciar em muito tempo! Agora, se você não gostou de "Mãe!" (do mesmo diretor) talvez seja melhor você parar por aqui, porque "The Fountain" (no original) segue a mesma estrutura narrativa cheia de simbologias e semiótica.

Na Espanha do século 16, o navegador Tomas (Hugh Jackman) parte para o Novo Mundo em busca da lendária árvore da vida. Enquanto isso, nos tempos atuais a mulher do pesquisador Tommy Creo está morrendo de câncer, mas ele busca desesperadamente a cura que pode salvá-la. Já uma terceira história une as duas primeiras: no século 26, o astronauta Tom finalmente consegue a resposta para as questões fundamentais da existência. Confira o trailer (em inglês):

Depois do sucesso de seu filme independente "Réquiem para um Sonho", Aronofsky chegou no circuito comercial com 75 milhões de dólares para fazer o que seria, até ali, o filme de sua vida, porém durante a produção, Brad Pitt abandonou o projeto por diferenças criativas com o diretor (e resolveu naufragar em "Tróia"), Cate Blanchett, que seria sua co-protagonista, também saiu e o orçamento foi reduzido para cerca 35 milhões de dólares (mais que a metade depois de tudo já planejado). 

Com tantos problemas, a dúvida sempre pairou sobre o roteiro e sobre o conceito estético que o diretor gostaria de imprimir e isso, definitivamente, impactou sua performance nas bilheterias. No entanto, posso garantir que a história escrita pelo Ari Handel (fiel parceiro de Aronofsky até hoje) nos provoca uma enorme reflexão - daquelas onde as imagens servem como uma espécie de gatilho para emergir idéias (e discussões) que permanecem na nossa memória por muito tempos. Veja, e é preciso repetir, a narrativa é complexa, foge do usual, mas por incrível que pareça não é difícil de entender onde ela quer nos levar, basta sair da zona de conforto e divagar. 

Tecnicamente "Fonte da Vida" é perfeito - a fotografia do Matthew Libatique (de "Cisne Negro") é belíssima e extremante alinhada com o trabalho do departamento de arte e de efeitos especiais. Outro ponto que enche os olhos (e os ouvidos) de beleza é como o desenho de som trabalha com a perfeição de sua proposta e conecta uma trilha sonora (digna de Oscar) para nos transportar através dos tempos, das encarnações, das dores e do amor.

Olha, se você leu essa análise até aqui, te digo que vale muito o seu play - mas assista "Fonte da Vida" com um olhar sem preconceito, aceite a proposta de Aronofsky e procure perceber nos detalhes porquê esse filme deve ser considerado um "cinema de primeira" onde seu entendimento estará nas crenças e nas experiências da cada um.

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