Peço licença para repetir o inicio da publicação que fiz em 18 de fevereiro de 2021: "Só pelo trailer já podemos cravar: "Mare of Easttown" estará na disputa dos principais prêmios da categoria no próximo Emmy". Pois bem, acabei de assistir os dois primeiros episódios e posso reafirmar (agora com mais tranquilidade) que essa minissérie tem tudo que a HBO sabe fazer de melhor e que certamente vai dar para Kate Winslet alguns prêmios.
Na história, somos apresentados a uma pequena e bucólica cidade da Pensilvânia chamada Easttown. Kate Winslet é Mare Sheehan, uma detetive de personalidade forte e muito conhecida na cidade, que trabalha diariamente para manter a ordem na sua comunidade. Outrora uma famosa jogadora de basquete no colégio local, Mare é respeitada por todos, mas parece não ter mais forças para enfrentar os inúmeros problemas pessoais no seu dia a dia: de um divórcio não digerido ao misterioso suicídio do filho mais velho. Profissionalmente, a detetive ainda precisa lidar com um importante caso não resolvido: o desaparecimento de uma jovem, filha de uma de suas amigas e companheira de time desde os tempos de escola. Porém, quando a jovem Erin McMenamin, uma mãe solteira de 17 anos, que vive às custas de um pai bêbado e de um ex-namorado imaturo; aparece morta no riacho que cruza a cidade, Mare se vê mais uma vez no olho do furacão, sendo pressionada por todos os lados, obrigada a lidar com um possível assassinato e com os suspeitos próximos ao seu convívio. Confira o trailer:
Algumas coisas chamam a atenção nos dois primeiros episódios disponíveis na "HBO" enquanto escrevo esse review: a primeira, sem dúvida é o trabalho de Winslet: está incrível, cheio de camadas e muito contido emocionalmente, daquelas raras performances que somos capazes de enxergar a dor da personagem pelos olhos da atriz - mas isso não chega a ser nenhuma surpresa! Segundo é a qualidade técnica e artística da produção, algo que também não surpreende se tratando de HBO, mas que deixa muito claro pelo primeiro episódio que não será uma jornada fácil e muito menos apressada - a construção do universo, estabelecendo os personagens e suas co-relações é algo como poucas vezes vi - pode parecer cadenciado demais para alguns, mas garanto que ele será a base para o que veremos pela frente. Persista! E por fim, os ganchos do final dos dois episódios são muito bem colocados, trabalhados, instigantes e, principalmente, coerentes - daqueles que nos faz ficar ansiosos pelo próximo (no caso, daqui uma longa semana)!
Talvez seja até prematuro elogiar tanto uma produção com apenas dois episódios disponíveis, mas é impossível não se empolgar com o mistério muito bem apresentado, com personagens complexos e um cuidado narrativo dos mais impressionantes! Olha, vale muito e prometo: assim que terminar a minissérie, volto com o review completo na Viu Review!