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A Hora do Diabo

Diretor
Johnny Allan
Elenco
Jessica Raine, Peter Capaldi, Nikesh Patel
Ano
2022
País
Reino Unido

Suspense Prime Video ml-investigação ml-serial-killer ml-crime ml-stephen-king ml-sobrenatural ml-livro ml-pf ml-vc

A Hora do Diabo

Se você está em busca de respostas rápidas, "A Hora do Diabo" pode não ser a melhor escolha. Agora, se você está disposto a mergulhar em uma jornada envolvente, cheia de mistérios e que, de fato, vai te provocar intelectualmente, pode dar o play sem o menor receio de errar - e fique tranquilo, as respostas virão, mas tudo no seu tempo! "The Devil's Hour" (no original) é uma minissérie de suspense psicológico e investigativo que desafia as convenções tradicionais ao mergulhar em temas como paranoia, trauma e até fenômenos sobrenaturais - no melhor estilo Stephen King, sabe? A produção é realmente intrigante nesse sentido e ao trazer o elemento criminal para a trama, olha, nos prende de uma forma que é difícil parar de assistir. Com uma narrativa inquietante e cheia de reviravoltas, "A Hora do Diabo" segue bem a linha de "Outsider" da Max e se você sabe do que eu estou falando, também sabe onde está se metendo!

A história gira em torno de Lucy Chambers (Jessica Raine), uma assistente social cuja vida parece estar em espiral, especialmente após uma série de eventos inexplicáveis pós-separação. Lucy é atormentada por algumas visões e acorda todas as noites às 3h33, um fenômeno conhecido como "a hora do diabo". Além de lidar com essa situação perturbadora, ela também enfrenta os desafios de criar seu filho Isaac (Benjamin Chivers), uma criança emocionalmente distante e que apresenta comportamentos, no mínimo, bem estranhos. À medida que todos esses eventos da vida de Lucy se conectam com uma série de crimes brutais, o que era ruim, piora ainda mais. Confira o trailer (em inglês):

O criador da minissérie, Tom Moran (de "The Feed"), constrói uma narrativa bem envolvente que brinca com muita inteligência com os conceitos de tempo e realidade. A estrutura da narrativa é naturalmente não linear, o que exige atenção dobrada, no entanto ao explorar questões profundas sobre o impacto psicológico de um trauma e dos reflexos da culpa, somos provocados a criar conexões entre todas essas camadas dramáticas a todo momento. O roteiro da minissérie usa essa estratégia com muita competência e ao questionar a natureza do destino e se os eventos que nos cercam são meros acasos ou se fatos predestinados, cria-se um subtexto filosófico fascinante para uma história de crime e mistério.

A direção de Johnny Allan (de "Bodkin") é meticulosamente trabalhada para entregar uma atmosfera densa e inquietante - sempre com aquela identidade visual britânica de cair o queixo. As cenas são carregadas de tensão, com uma fotografia evocativa que faz uso de sombras e de uma iluminação contrastante que acentua a sensação de desconforto. A estética é um dos pontos altos do projeto - repare como ela amplifica a "confusão" que Lucy sente, fazendo com que a audiência se questione, junto com ela, sobre o que é real e o que é fruto de sua mente perturbada. E aqui é preciso citar a performance de Jessica Raine - ela consegue transmitir a angústia, o medo e a vulnerabilidade de uma mulher que está lentamente perdendo o controle de sua vida, sem nunca perder o senso de força e determinação que a mantém viva. Peter Capaldi, como Gideon, traz uma presença sombria e magnética para um personagem envolto em mistério - com sua habilidade natural de encarnar figuras ambíguas, Gideon é ao mesmo tempo ameaçador e fascinante (uma espécie de Hannibal Lecter na sua essência).

É inegável que um dos principais pontos fortes de  "A Hora do Diabo" é a maneira como ela equilibra elementos sobrenaturais com o drama psicológico. Em vez de se apoiar inteiramente no inexplicável, a minissérie faz um trabalho eficaz ao explorar os efeitos psicológicos das marcas do passado, mostrando como essas emoções reprimidas podem distorcer a percepção da realidade. Isso torna nossa jornada mais complexa, eu diria até que, mais do que apenas uma minissérie de suspense sobrenatural ou de investigação criminal, aqui temos uma exploração profunda da mente humana e dos limites da nossa compreensão do mundo ao nosso redor.

Mas antes do play apenas um disclaimer: "A Hora do Diabo" tem uma narrativa cativante, mas algumas pessoas podem achar o ritmo um tanto lento, especialmente nos primeiros episódios, onde o roteiro se dedica a estabelecer o tom e a atmosfera do que veremos a seguir. No entanto, posso te garantir que sua paciência será recompensada à medida que a trama se desenrola, com revelações surpreendentes e nada óbvias.

Vale muito o seu play!

Assista Agora

Se você está em busca de respostas rápidas, "A Hora do Diabo" pode não ser a melhor escolha. Agora, se você está disposto a mergulhar em uma jornada envolvente, cheia de mistérios e que, de fato, vai te provocar intelectualmente, pode dar o play sem o menor receio de errar - e fique tranquilo, as respostas virão, mas tudo no seu tempo! "The Devil's Hour" (no original) é uma minissérie de suspense psicológico e investigativo que desafia as convenções tradicionais ao mergulhar em temas como paranoia, trauma e até fenômenos sobrenaturais - no melhor estilo Stephen King, sabe? A produção é realmente intrigante nesse sentido e ao trazer o elemento criminal para a trama, olha, nos prende de uma forma que é difícil parar de assistir. Com uma narrativa inquietante e cheia de reviravoltas, "A Hora do Diabo" segue bem a linha de "Outsider" da Max e se você sabe do que eu estou falando, também sabe onde está se metendo!

A história gira em torno de Lucy Chambers (Jessica Raine), uma assistente social cuja vida parece estar em espiral, especialmente após uma série de eventos inexplicáveis pós-separação. Lucy é atormentada por algumas visões e acorda todas as noites às 3h33, um fenômeno conhecido como "a hora do diabo". Além de lidar com essa situação perturbadora, ela também enfrenta os desafios de criar seu filho Isaac (Benjamin Chivers), uma criança emocionalmente distante e que apresenta comportamentos, no mínimo, bem estranhos. À medida que todos esses eventos da vida de Lucy se conectam com uma série de crimes brutais, o que era ruim, piora ainda mais. Confira o trailer (em inglês):

O criador da minissérie, Tom Moran (de "The Feed"), constrói uma narrativa bem envolvente que brinca com muita inteligência com os conceitos de tempo e realidade. A estrutura da narrativa é naturalmente não linear, o que exige atenção dobrada, no entanto ao explorar questões profundas sobre o impacto psicológico de um trauma e dos reflexos da culpa, somos provocados a criar conexões entre todas essas camadas dramáticas a todo momento. O roteiro da minissérie usa essa estratégia com muita competência e ao questionar a natureza do destino e se os eventos que nos cercam são meros acasos ou se fatos predestinados, cria-se um subtexto filosófico fascinante para uma história de crime e mistério.

A direção de Johnny Allan (de "Bodkin") é meticulosamente trabalhada para entregar uma atmosfera densa e inquietante - sempre com aquela identidade visual britânica de cair o queixo. As cenas são carregadas de tensão, com uma fotografia evocativa que faz uso de sombras e de uma iluminação contrastante que acentua a sensação de desconforto. A estética é um dos pontos altos do projeto - repare como ela amplifica a "confusão" que Lucy sente, fazendo com que a audiência se questione, junto com ela, sobre o que é real e o que é fruto de sua mente perturbada. E aqui é preciso citar a performance de Jessica Raine - ela consegue transmitir a angústia, o medo e a vulnerabilidade de uma mulher que está lentamente perdendo o controle de sua vida, sem nunca perder o senso de força e determinação que a mantém viva. Peter Capaldi, como Gideon, traz uma presença sombria e magnética para um personagem envolto em mistério - com sua habilidade natural de encarnar figuras ambíguas, Gideon é ao mesmo tempo ameaçador e fascinante (uma espécie de Hannibal Lecter na sua essência).

É inegável que um dos principais pontos fortes de  "A Hora do Diabo" é a maneira como ela equilibra elementos sobrenaturais com o drama psicológico. Em vez de se apoiar inteiramente no inexplicável, a minissérie faz um trabalho eficaz ao explorar os efeitos psicológicos das marcas do passado, mostrando como essas emoções reprimidas podem distorcer a percepção da realidade. Isso torna nossa jornada mais complexa, eu diria até que, mais do que apenas uma minissérie de suspense sobrenatural ou de investigação criminal, aqui temos uma exploração profunda da mente humana e dos limites da nossa compreensão do mundo ao nosso redor.

Mas antes do play apenas um disclaimer: "A Hora do Diabo" tem uma narrativa cativante, mas algumas pessoas podem achar o ritmo um tanto lento, especialmente nos primeiros episódios, onde o roteiro se dedica a estabelecer o tom e a atmosfera do que veremos a seguir. No entanto, posso te garantir que sua paciência será recompensada à medida que a trama se desenrola, com revelações surpreendentes e nada óbvias.

Vale muito o seu play!

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