indika.tv - O Último Amor de Mr. Morgan
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O Último Amor de Mr. Morgan

Diretor
Sandra Nettelbeck
Elenco
Michael Caine, Clémence Poésy, Jane Alexander
Ano
2013
País
Alemanha

Drama AppleTV+ ml-relacoes ml-independente ml-alemanha ml-europa ml-familia ml-rm

O Último Amor de Mr. Morgan

Finalista no Festival de Locarno em 2013, "O Último Amor de Mr. Morgan" é daqueles filmes que enchem nosso coração de felicidade - mesmo sendo completamente previsível e tendo uma história que parece que já vimos em algum lugar, sabe? No filme, Mr. Morgan (Michael Caine) acabou de perder a esposa (Jane Alexander) para o câncer. Embora americano, Mr. Morgan decide continuar em Paris onde mora, mesmo sem falar francês e vivendo praticamente sozinho, ele é tomado pela tristeza e pelas lembranças do grande amor da sua vida. Certo dia, ele conhece Pauline (Clémence Poésy), uma professora de dança que desperta uma nova motivação em sua rotina: a vontade de viver para poder estar ao lado dessa adorável jovem. Durante a história, ainda conhecemos a relação conturbada dele com os filhos Karen (Gillian Anderson) e Miles (Justin Kirk) e como isso impactou na sua forma de enxergar os laços familiares. Confira o trailer:

Um ano após o grande sucesso de Michael Haneke, "Amour" (Amor), "Last Love" (título original) fala sobre temas muito parecidos: os ciclos da vida, as relações familiares e, claro, sobre como a falta de comunicação pode nos afastar de um amor verdadeiro e nos encher de ressentimentos e arrependimentos. Embora não seja uma narrativa tão marcante, "O Último Amor de Mr. Morgan" é uma delicia de assistir e equilibra perfeitamente momentos leves e emotivos, com o drama e a profundidade de algumas marcas que a vida nos deixa.

Filme para curtir, em um lindo cenário, com uma trilha sonora maravilhosa que nos faz refletir em vários momentos e valorizar algumas coisas que teimamos em esquecer graças ao dia a dia corrido que vivemos!

A premiada diretora alemã, Sandra Nettelbeck (de "Bella Martha") é muito competente em criar uma atmosfera bastante nostálgica ao apresentar os conflitos de cada personagem. Com muita habilidade, ela trabalha enquadramentos que misturam realidade com imaginação que, muito mais que uma habilidade técnica, é capaz que nos proporcionar sensações bastante especiais. Reparem como Mr. Morgan se relaciona com a esposa morta com uma delicadeza impressionante!

Como roteirista, Nettelbeck, é muito inteligente em dividir muito bem a história - uma adaptação da obra de Françoise Dorner. No primeiro ato, o foco está na relação de Mr. Morgan e Pauline - uma jovem de certa forma misteriosa que apareceu na vida do protagonista em um momento de fragilidade e tristeza, com sua doçura e projetando nele uma figura paterna - aqui existe um jogo interessante proposto pelo texto: como sabemos pouco de Pauline e entendemos o momento de Morgan, é inevitável não se questionar se esse encantamento entre os dois pode ir além de uma inocente amizade, mas, sinceramente, os diálogos são tão bem escritos que até isso pouco importa diante do que ambos estão vivendo.

Pois bem, no segundo ato acompanhamos a entrada dos filhos de Mr. Morgan na história. Se no início acompanhamos o luto do protagonista e a esperança do recomeço ao conhecer Pauline, agora somos provocados a nos questionar perante o relacionamento familiar e a verdade que Morgan pode esconder através da sua personalidade - e aproveito para citar o excelente trabalho do ator Michael Caine. É no desenrolar desse ato que o roteiro de Nettelbeck acerta e erra ao mesmo tempo: se ela vai nos contando sobre a vida dos personagens nos momentos certos, ela vacila ao deixar claro por quem Pauline vai, de fato, se apaixonar - e fique tranquilo, isso não está nem perto de ser um spoiler de tão óbvio que é desde o primeiro momento!

Para finalizar, temos um terceiro ato onde sua relação com Pauline se mistura com os conflitos familiares em busca de uma solução - eu diria até, em busca de uma redenção e o texto não decepciona. Os diálogos são cirúrgicos ao não cair no piegas e Nettelbeck entrega, nos detalhes, um filme com alma! Daqueles que sentimos na pele ao assistir e que nos trazem coisas boas, mesmo quando algo ruim pode acontecer na tela. Emoção no ponto certo e aqui vai meu segundo destaque do elenco: Clémency Poésy é doce, talentosa e linda!

Ao som de uma trilha sonora de Hans Zimmer que conta com Norah Jones e uma belíssima versão de "Not to Late", “O Último Amor de Mr. Morgan” é um ótimo filme para assistir, sentir e se divertir! Vale muito a pena com aquele aperto no coração da saudade!

Assista Agora

Finalista no Festival de Locarno em 2013, "O Último Amor de Mr. Morgan" é daqueles filmes que enchem nosso coração de felicidade - mesmo sendo completamente previsível e tendo uma história que parece que já vimos em algum lugar, sabe? No filme, Mr. Morgan (Michael Caine) acabou de perder a esposa (Jane Alexander) para o câncer. Embora americano, Mr. Morgan decide continuar em Paris onde mora, mesmo sem falar francês e vivendo praticamente sozinho, ele é tomado pela tristeza e pelas lembranças do grande amor da sua vida. Certo dia, ele conhece Pauline (Clémence Poésy), uma professora de dança que desperta uma nova motivação em sua rotina: a vontade de viver para poder estar ao lado dessa adorável jovem. Durante a história, ainda conhecemos a relação conturbada dele com os filhos Karen (Gillian Anderson) e Miles (Justin Kirk) e como isso impactou na sua forma de enxergar os laços familiares. Confira o trailer:

Um ano após o grande sucesso de Michael Haneke, "Amour" (Amor), "Last Love" (título original) fala sobre temas muito parecidos: os ciclos da vida, as relações familiares e, claro, sobre como a falta de comunicação pode nos afastar de um amor verdadeiro e nos encher de ressentimentos e arrependimentos. Embora não seja uma narrativa tão marcante, "O Último Amor de Mr. Morgan" é uma delicia de assistir e equilibra perfeitamente momentos leves e emotivos, com o drama e a profundidade de algumas marcas que a vida nos deixa.

Filme para curtir, em um lindo cenário, com uma trilha sonora maravilhosa que nos faz refletir em vários momentos e valorizar algumas coisas que teimamos em esquecer graças ao dia a dia corrido que vivemos!

A premiada diretora alemã, Sandra Nettelbeck (de "Bella Martha") é muito competente em criar uma atmosfera bastante nostálgica ao apresentar os conflitos de cada personagem. Com muita habilidade, ela trabalha enquadramentos que misturam realidade com imaginação que, muito mais que uma habilidade técnica, é capaz que nos proporcionar sensações bastante especiais. Reparem como Mr. Morgan se relaciona com a esposa morta com uma delicadeza impressionante!

Como roteirista, Nettelbeck, é muito inteligente em dividir muito bem a história - uma adaptação da obra de Françoise Dorner. No primeiro ato, o foco está na relação de Mr. Morgan e Pauline - uma jovem de certa forma misteriosa que apareceu na vida do protagonista em um momento de fragilidade e tristeza, com sua doçura e projetando nele uma figura paterna - aqui existe um jogo interessante proposto pelo texto: como sabemos pouco de Pauline e entendemos o momento de Morgan, é inevitável não se questionar se esse encantamento entre os dois pode ir além de uma inocente amizade, mas, sinceramente, os diálogos são tão bem escritos que até isso pouco importa diante do que ambos estão vivendo.

Pois bem, no segundo ato acompanhamos a entrada dos filhos de Mr. Morgan na história. Se no início acompanhamos o luto do protagonista e a esperança do recomeço ao conhecer Pauline, agora somos provocados a nos questionar perante o relacionamento familiar e a verdade que Morgan pode esconder através da sua personalidade - e aproveito para citar o excelente trabalho do ator Michael Caine. É no desenrolar desse ato que o roteiro de Nettelbeck acerta e erra ao mesmo tempo: se ela vai nos contando sobre a vida dos personagens nos momentos certos, ela vacila ao deixar claro por quem Pauline vai, de fato, se apaixonar - e fique tranquilo, isso não está nem perto de ser um spoiler de tão óbvio que é desde o primeiro momento!

Para finalizar, temos um terceiro ato onde sua relação com Pauline se mistura com os conflitos familiares em busca de uma solução - eu diria até, em busca de uma redenção e o texto não decepciona. Os diálogos são cirúrgicos ao não cair no piegas e Nettelbeck entrega, nos detalhes, um filme com alma! Daqueles que sentimos na pele ao assistir e que nos trazem coisas boas, mesmo quando algo ruim pode acontecer na tela. Emoção no ponto certo e aqui vai meu segundo destaque do elenco: Clémency Poésy é doce, talentosa e linda!

Ao som de uma trilha sonora de Hans Zimmer que conta com Norah Jones e uma belíssima versão de "Not to Late", “O Último Amor de Mr. Morgan” é um ótimo filme para assistir, sentir e se divertir! Vale muito a pena com aquele aperto no coração da saudade!

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